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ATIVIDADE SUPERVISIONADA: Psicologia do Desenvolvimento.

Profa. Ms. Josy Rodrigues.

OBJETIVO: Produzir uma reflexão sobre a importância do desenvolvimento cogntivo e


sua relação com a prática da Educação física.

INTRODUÇÃO

A terceira infância, segundo Piaget, é marcada pela fase da alfabetização escolar e


a fase do encantamento. Nesta fase as crianças começam a desenvolver o pensamento
lógico e possuem uma melhor compreensão da causalidade, categorização, conceitos
espaciais, raciocínio indutivo e dedutivo e números.
Na terceira infância, que compreende a fase dos 7 aos 11 anos aproximadamente,
em que a criança se encontra na fase da alfabetização, as emoções começam a fazer
parte do interesse. Os contos em que as crianças experimentam sensações de medo,
angústia, encantamento, excitação, são solicitados por elas. Heróis, princesas, soldados,
mágicos, são personagens recorrentes.
Elas se encontram no mundo do sentimento, mas também no mundo do
“encantamento”. Histórias de monstros, bruxas, caveiras, ou de lutas e guerras trazem
alteração em seu estado de ânimo. Mexem com a respiração e provoca alteração nos
batimentos cardíacos. Auxiliam na maturação e no controle das emoções. Surge o laço
além do núcleo familiar, como a figura do amigo (a) e o exercício da vontade de gostar,
querer e ter de forma mais social. A individualidade aflora.
As histórias contadas podem ser mais longas e com um maior número de
personagens. A estrutura pode também ser mais complexa, mas ainda apoiada na
imagem e não nas ideias, nem opiniões e preferências narrador, mas sim do ator contador
de história. As palavras conotativas e as rimas são bem aceitas, assim como “jargões” e
“trejeitos” de personagens agradam pela repetição e estranheza que causam. A narrativa
passa a ser mais “corporal”, com auxílio de ferramentas que ambientem a história, tais
como: instrumentos musicais, pequenos cenários, objetos e móveis reais, de preferência
que causem sensação de atemporalidade.
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento intelectual da criança se processa por meio de uma série de
estágios, de acordo com Piaget, e cada estágio é caracterizado com base em uma
estrutura cognitiva específica.
De acordo com o autor, a terceira infância corresponde ao Estágio operatório-
concreto, onde as crianças são capazes de manipular mentalmente representações
internas, mobilizando ideias e memórias para realizar operações mentais. Elas começam
a formular regras internas sobre como o mundo funciona e as utilizam para orientar o
raciocínio.
Entender o processo cognitivo significa a possibilidade de compreender a natureza
do pensamento, comportamento, sensações, emoções e percepções; os processos de
elaboração de códigos e linguagens, de criação de novos instrumentos, teorias, materiais,
conhecimentos, técnicas, ideias, artes, ciências, etc. Significa também compreender a
capacidade de planejar, prever, memorizar e agir. Relaciona-se com a própria
possibilidade humana de desenvolvimento e transformação, assim como de seu
ambiente.
 A ligação entre cognição e motricidade (e afetividade) assume formas diferentes
durante o processo de desenvolvimento humano. Nos primeiros anos de vida, a
aprendizagem de noções como lateralidade, estruturação espaço-temporal, etc.
desenvolvem-se em íntima relação com o próprio desenvolvimento motor, de tal maneira
ser difícil identificar os limites entre um e outro.
Diversos estudos apontaram para um avanço do desempenho cognitivo através de
atividades como jogos e atividade lúdicas. Além disso, a metodologia empregada pelo
professor influencia na compreensão dos alunos sobre os jogos.
A aula de Educação Física é, portanto, um espaço excepcional para o
desenvolvimento da inteligência, por ser uma área que tem a possibilidade de trabalhá-la
em todas as suas manifestações, através de atividades que proporcionam prazer. O
esporte é uma ferramenta didática e pedagógica de grande valia, pois, através dele é
possível trabalhar princípios que completam a formação integral do aluno, através de
aspectos como a cooperação, socialização, emancipação e o prazer.
Recorrendo mais uma vez à teoria piagetiana, vale salientar que os jogos são de
suma importância, pois, além de se constituírem um componente lúdico, promovem o
desenvolvimento intelectual da criança; com isso, mesmo se constituindo em atividades
prazerosas, são subordinados aos conceitos de acomodação e assimilação, nos quais se
explica que no primeiro momento a criança modifica estágios de seu comportamento, e no
segundo, incorpora elementos do mundo externo ao seu próprio esquema.
Através das brincadeiras lúdicas e os dos exercícios físicos que a criança
desenvolve suas aptidões perceptivas, de modo que, a referente deve desenvolver-se
considerando os níveis de maturação biológica das crianças, para que estas possam
desenvolver seu controle mental. O brincar pode ser empregado para o desenvolvimento
das funções do cérebro (raciocínio lógico, concentração, análise, imaginação, síntese,
etc.), e no desenvolvimento de competências cognitivas necessárias tanto à prática
corporal como à prática social.
O desenvolvimento motor da criança está associado à mudança contínua desse
comportamento motor, ao longo do ciclo da vida, sendo provocado e estimulado, pela
interação entre as exigências da tarefa motora, a biologia do indivíduo e as condições do
ambiente.
Desse modo, essa interação se torna uma abordagem biocultural, através do qual,
o desenvolvimento biológico e a experiência ambiental, principalmente na infância e na
adolescência, tornam-se fundamentais na aquisição de habilidades e capacidades
motoras.
O campo de desenvolvimento do esquema corporal é vasto e se funde com
pressupostos psicológicos e o mesmo não acontece apenas em consonância com
pressupostos biológicos, mas, abrange aspectos sociais e afetivos, sendo esse fator
preponderante, pois, crianças que são confinadas em ambientes onde não existe a
estimulação por parte de pais ou representantes, como em orfanatos e outras instituições,
se tornam apáticas e apresentam déficits de ordem física e cognitiva.
Para que esse prazer esteja presente no conteúdo esporte, por exemplo, é
necessário que ele seja tratado de forma lúdica, sem a cobrança exacerbada da técnica
ou de suas regras institucionalizadas, criando assim, um ambiente de inclusão. Embora a
definição de jogos pareça estar associada a brinquedos, elas possuem significados
diferentes, pois, enquanto o primeiro pressupõe conhecimento predeterminado, o
segundo contribui para a construção do conhecimento.
Os estímulos corporais são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades
psicomotoras, além de proporcionar o desenvolvimento completo do individuo, ou seja, o
movimento permite que a criança explore o mundo através de experiências concretas.
CONCLUSÃO

Pode-se dizer que a psicomotricidade através da Educação Física ensina o


movimento, e prepara a criança para ter uma vida melhor. O cognitivo é a união do
raciocínio critico ao reflexivo do aluno, buscando o aprendizado pela repetição,
aumentando assim gradualmente o seu conhecimento.
O esporte na educação escolar é, portanto, uma importante estratégia de
transformação, por meio de seus recursos pedagógicos, suas metodologias, dinamismo e
as possibilidades do professor poder trabalhar diversas habilidades em seus alunos, o
esporte traz consigo a oportunidade de desenvolver aspectos sociais, físicos e cognitivos
através de sua prática.
Nesse sentido, os profissionais de Educação Física devem proporcionar o
desenvolvimento cognitivo em suas aulas, praticando o uso de conteúdos. A Educação
Física nas escolas é essencial para os alunos, pois ela ensina o aluno a lidar com o seu
corpo, ter conhecimento sobre os seus movimentos, a ter uma interação social, ensinando
assim os alunos a conviverem uns com os outros.
O desenvolvimento psicomotor relacionado à Educação Física é de grande
influência no aprendizado da criança, auxiliando dentro do ambiente escolar e fora da
escola. Nesse sentido os profissionais da disciplina devem proporcionar o
desenvolvimento cognitivo em suas aulas, melhorando assim a memória, percepção e
raciocínio dos alunos, tornando essencial a Educação Física nas escolas em nível
fundamental.

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