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FACULDADE DOM ALBERTO

THAIS COSTA DOS SANTOS

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

CONQUISTA - MG
2023

FACULDADE DOM ALBERTO


A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

THAIS COSTA DOS SANTOS

Artigo científico apresentado à Faculdade Dom


Alberto como requisito parcial à obtenção da
Graduação em Pedagogia.

CONQUISTA - MG

2023

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL


THAIS COSTA DOS SANTOS

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial
ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO: Os jogos e a brincadeiras desempenham um papel fundamental na


educação especial,proporcionando diversos benefícios. O jogo é importante nas aulas
de educação física, nas séries iniciais no processo de alfabetização e principalmente
na inclusão de crianças com necessidades especiais. Mas de forma que o educador
e o educando participem dele, se integrem e façam dele uma vivencia pedagógica
coerente e significativa. De um modo geral os educadores reconhecem importância
do jogo no desenvolvimento do aluno, percebendo seu papel na construção do Eu e
das relações interpessoais. Convencê-los da importância para a aprendizagem, no
entanto, e mais difícil. E é, portanto, a pretensão deste trabalho, que se inicia
abordando a importância da educação para a criança, e o amparo da lei. Onde logo
após procura-se desenvolver um referencial sobre o jogo delineado por um dos
maiores pesquisadores do comportamento infantil, que foi Piaget, e assim mostrando
o jogo e a criança, ou melhor, o lúdico e a criança. A infância e a ludicidade não
poderiam ficar fora do contexto deste trabalho, visto que, as atividades propostas aqui,
em colocação do jogo, da brincadeira e dos brinquedos, são restritivas nas instruções
e na condução da própria atividade o que auxilia na construção do conhecimento.
Atualmente a forte determinação cultural do brincar pode ser comprovada na evolução
dos próprios termos pares designarem a essência humana, visto que estes auxiliam a
formação moral, cultural e social do educando.

Palavras-chave: Jogos. Brinquedos. Brincadeiras. Lúdico

1.INTRODUÇÂO

Este trabalho vem demonstrar a necessidade de trabalhar com a dinâmica dos


jogos, não evidenciando como uma ordem, mas como uma sugestão viável para a
interação aluno-escola, e unindo claramente o ensino a aprendizagem facilitando o
processo das crianças especiais.
O tema proposto é “A importância dos jogos e brincadeiras na educação especial”

A incorporação de jogos e brincadeiras na educação especial é uma


abordagem pedagógica de suma importância,pois oferece um meio eficaz e inclusivo
para promover o aprendizado e o desenvolvimento de crianças com necessidades
especiais.Ao criar um ambiente educacional lúdico e adaptado,essas atividades não
apenas tornam o processo de aprendizado mais envolvente e divertido mas também
desempenham um papel fundamental na promoção do desenvolvimento
social,emocional e cognitivo dessas crianças.Nesta exploração,examinaremos em
detalhes como jogos e brincadeiras se tornam ferramentas poderosas na educação
especial,contribuindo para o crescimento integral e o sucesso das criança~s com
necessidades especiais.
Justifica-se este tema pela vontade de se trabalhar a posição educativa que os
jogos, o lúdico e o prazer, está ligados à prática educativa desde os primeiros anos
de escolarização de nossas crianças.
Visto que muitos educadores defendem e justificam a ideia de que a criança
quando brincam com as coisas e com os outros, ela se expressa com o corpo, se
constrói no tempo e no espaço, aprendendo através de suas próprias ações.
Onde se pode observar que as atividades lúdicas na escola são indispensáveis,
pois dão sustentação para melhorar os fatores de execução e coordenação, estimular
a criatividade, favorecendo assim, o ajustamento à espontaneidade de movimentos e
a organização perceptiva.
O tema foi desenvolvido com o intuito de mostrar que é impossível uma criança
que não tenha desenvolvido a coordenação motora e o pensamento cognitivo, tenha
capacidade de construir, escrever, interpretar ou realizar tarefas através de atividades
adaptadas.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que significa "jogo".Se o termo
lúdico estivesse confinado a sua origem estaria se referindo apenas ao jogar, ao
brincar, ao movimento espontâneo. No entanto, a evolução semântica da palavra
"lúdico",não parou apenas nas suas origens e acompanhou as pesquisas de
Psicomotricidade. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de
psicofisiologia do comportamento humano. Sendo assim, a definição deixou de ser o
simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as
demarcações do brincar espontâneo.
Dessa forma, considera-se o lúdico como uma necessidade básica da
personalidade, do corpo e da mente, fazendo parte das atividades essenciais da
dinâmica humana. Caracteriza-se como espontâneo, funcional e satisfatório. Sendo
funcional, ele não deve ser confundido com o mero repetitivo, sem alvo ou objetivo, e
também não há desperdício de movimento, ele visa produzir ao máximo, com o
mínimo dispêndio de energia.
O lúdico “não está nas coisas, nos brinquedos ou nas técnicas, mas nas
crianças, ou melhor, dizendo, no homem que as imagina, organiza e constrói”
(OLIVEIRA, 2000, p.10).Caracterizando-se como uma das formas mais complexas
que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o
desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante
toda sua vida.
A esse respeito:
“os jogos e as atividades lúdicas tornam-se significativas à medida que a
criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela
passa a reconstituir reinventar as coisas, que já exige uma adaptação mais
completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que ela
própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o
concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato” (PIAGET, 1973,
p. 156).

Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a coordenação


motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à parte do corpo,
direção, dentre outros aspectos significativos de seu desenvolvimento, relacionados
tanto a aspectos cognitivos, quanto a aspectos sociais e emocionais; a fim de que
desenvolva livremente a expressão corporal que favorece a criatividade, e adquira
hábitos de práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas
de lazer e de aprendizagem.

Por essa razão, esta pesquisa traz uma ampla visão da importância dos jogos
e brincadeiras na formação da personalidade humana constatando que a educação
especial vem sofrendo transformações ao longo dos anos o quanto é importante a
ludicidade para o aprendizado e como os resultados são positivos na prática
pedagógica, onde a conscientização desta importância cabe ao educador, que se
torna responsável pela aprendizagem e deve trabalhar a criança em sua múltipla
formação, nos aspectos biológicos, sociais, cognitivos e afetivo- emocionais.
Através da brincadeira, a criança se expressa, interage, aprende a lidar com o
mundo que a rodeia e forma sua individualidade, recria situações do cotidiano se
expressa; desta maneira percebe-se a importância do brincar como forma da criança
expressar-se e desenvolver suas habilidades de criação, de relacionar-se e de
interagir.
Com o modo lúdico de aprender na educação especial é de suma importância,
pois leva o aluno a sensações e emoções fundamentais para o seu desenvolvimento.
Afinal, brincando a criança forma sua personalidade e aprende a lidar com o mundo
no está inserido. Assim, pelo fato da brincadeira estar diretamente ligada ao
desenvolvimento infantil, também deve estar inserida no contexto escolar com o
objetivo de auxiliar o processo de aprendizagem.
Nesta fase, a criança está sempre descobrindo e aprendendo novas coisas, é
um ser em criação, o brincar nessa fase é fundamental para seu desenvolvimento
social e cognitivo.
Na maioria das vezes, pais e professores, está preocupada apenas com o
aspecto pedagógico se a criança especial terá as habilidades desenvolvidas. Porém
para estes, a escola representa um lugar sistemático de aprendizado, enquanto
consideram jogo, brinquedo ou brincadeira simplesmente um
lazer.
Diante deste aspecto, este artigo deseja levar pais e professores a uma
reflexão, fazendo com que adotem uma postura que modifica sua visão em relação
ao lúdico como forma de aprendizagem.

O objetivo principal é trazer uma abordagem significativa do emprego de jogos


e brincadeiras pelo educador com o intuito de proporcionar aos educandos maneiras
prazerosas de aprendizagem. Para a sua realização utilizamos a pesquisa
bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites,
bem como pesquisa de grandes autores referente a este tema.

2. JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS, USADOS NA APRENDIZAGEM DA


CRIANÇA ESPECIAL.
Entender como as crianças aprendem através dos jogos brinquedos e
brincadeiras, mostrando a importância para o bom desenvolvimento da criança,
sensibilizando os educadores para sua pratica em sala de aula ou como ensiná-las
para obter um melhor aprendizado, com a arte de aprender, o brinquedo na busca de
novos conhecimentos, exige do educando uma ação ativa, indagadora, reflexiva,
desvendadora, criativa, relações estas que constituem a essência psicogenética da
educação lúdica (evolução psíquica e genética da criança através do jogo), em total
oposição à passividade, submissão, alienação, irreflexão, condicionamento da
pedagogia dominadora.
De acordo com Vygotsky, o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento
proximal na criança, em que um comportamento pode adquirir significados. No
brinquedo a criança se comporta de forma mais avançada do que nas atividades do
seu dia-a-dia na vida real.1
O brinquedo da á possibilidade da criança, liberta-se de restrições que o mundo
lhe impõe.Nem sempre os jogos e brincadeiras são levados em conta pelo currículo
escolar, aparecem apenas como mera distração, como recreação.

2.1 A brincadeira

Conforme afirma Spengler (2010).


O desenvolvimento da linguagem, fala e escrita leva anos. Não se alfabetiza
a criança no seu primeiro ano escolar. O processo começa muito antes, fora
da escola. A criança vive em um mundo cheio de letras e números e já tem
conceitos em relação a eles. O papel da alfabetização formal é permitir que
eles convivam e manejem letras e números da mesma forma que manejam
tesouras, colam, pintam e desenham. Fica clara a necessidade de uma
atenção especial ao período de alfabetização como um dos fatores de maior
importância para a estruturação do conhecimento. (SPENGLER. 2010. P. 01).

O jogo é definido como divertimento submetido a regras flexíveis ou não e que


buscam através de estratégias, concluir alguma missão, ou vencer o jogo, no caso de
competição.
Segundo VIGOTSKY,a brincadeira possui três características: A imitação, a
imaginação e a regra. Estas características estão presentes em todos os tipos de
brincadeiras, sejam elas de faz-de-conta ou tradicionais.

1 Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37661/000821739.pdf?sequence=1


O jogo pode ser entendido como uma atividade infantil, em que as crianças
colocam em movimento a capacidades, como, a imaginação, autonomia, habilidade,
criatividade e a astucia entre outras.2
A brincadeira envolve representação de papeis, pois coloca em ação
pensamentos, imaginação, raciocínio memória, sentimentos, resolução de conflitos, a
ação livre e espontânea, a representação de seu cotidiano. A criança expressa suas
relações culturais, afetivas e sociais na qual está inserida, vivencia e troca de papeis,
nesse sentido vivencia tentativas que ajudam no processo lúdico.
De acordo com Kishimoto (2008, p. 17) mostram que no Brasil, termos como
jogo, brinquedo e brincadeira ainda são empregados de forma indistinta.Cada
contexto social constrói uma imagem de jogo, conforme seus valores e modo de vida,
que se expressam o meio da linguagem.
Kishimoto (2008) Define o brinquedo como tema indispensável, para
compreender esse campo. Definido jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com
a criança. Ele representa certas realidades, posto que represente e estabelece alguma
coisa e invocada mesmo que ali não esteja presente o objeto. Desse ponto de vista o
brinquedo, não reproduz apenas objetos, mas uma finalidade social.
Segundo Kishimoto (2008), no campo dos jogos define-se que cada pessoa
pode entende de diferentes modos. Há três níveis de diferenciação.
O primeiro nível revela o jogo como um resultado de sistema linguístico que
funciona dentro de um contexto social e denota o sentido que cada sociedade lhe
atribui.
O segundo nível conceitua o jogo como um sistema de regras, o que se
constituiria na sua característica principal, são regras de um jogo que os diferencia de
outro jogo.
O terceiro nível, ainda citado por Kishimoto (2008), destaca-se o objeto, que
e o suporte do jogo. Por meio desse objeto, o jogo potencializa a ação lúdica da
criança, podendo-se assim estabelecer como recurso pedagógico.3
Nos primeiros anos de vida de cada pessoa, o jogo pode vir a ser uma atividade
fictícia,real ou imaginaria da pessoa, mas principalmente uma atividade de momento,

2 Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37661/000821739.pdf?sequence=1


3 Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/18109865/a-ludicidade-na-educacao---
ibpex_digital/24
é necessária compreender que no brinquedo as crianças se envolvem em um mundo
onde deixa fluir a imaginação.
Para as crianças, os jogos e brincadeiras, estão repletos de desafios,
experimentos e novas descobertas de novas faces e possibilidades, elas interagem
de tal forma que constroem juntas realidades vividas ou objetos que passarão a fazer
parte do seu mundo, do seu cotidiano

3 O processo de ensino aprendizagem através do jogo e do lúdico.

Os jogos, brinquedos e brincadeiras na construção do processo de ensino


aprendizagem no processo de ensino, devem ser trabalhados de forma interdisciplinar
ao logo de todo o ano letivo.
A brincadeira tem como pressuposto de duplo aspecto de servir ao
desenvolvimento da criança enquanto pessoa e auxiliando na construção de
conhecimentos, a brincadeira faz parte da vida da criança juntamente com o jogo e a
brincadeira.
Abed, (2000, p. 136) Classifica os jogos de regra da seguinte maneira:
Jogos de controle: É os que requerem uma precisão no movimento que
possibilita a criança com dificuldade de concentração ter foco como pegar varetas e
jogo de botão.Possuem um efeito relaxante, exigindo que os movimentos corporais
sejam calmos para crianças que precisam retardar respostas impulsivas, que tentam
resolver seus exercícios escolares rapidamente, sem refletir;
Jogos de expressão: São aqueles que possibilitam as crianças mudas se
comunicar por meio de desenhos ou mímica. Neste tipo de jogos, cria-se uma situação
em que há exigência de que tipo simbólico e dramático aparece integrado ao jogo.
Esse jogo ajuda a criança que tem deficiência se expor, facilitando vivenciar situações
lúdicas que as levam a descontrair com esse constrangimento.
Os jogos de regra podem ser recursos a ser utilizados pois auxiliam o trabalho
educativo do professor, que percebem algumas lacunas no desenvolvimento e
aprendizagem infantil nos aspectos, sociais, afetivos e motores.
O grande trunfo das atividades lúdicas é o fato de elas estarem centradas na
emoção e no prazer, mesmo quando o jogo pode trazer alguma angustia ou
sofrimentos, nesses casos, quando a criança exprime emoções consideradas
negativas, o jogo funciona como carlarsis, uma limpeza da alma, que do
espaço para outras emoções mais positivas se instalarem. (MARINHO, 2004.
P. 9)
O jogo, o brinquedo, e o brincar têm papel fundamental na aprendizagem da
criança, e renegar seu papel na escola e renegar sua própria história de
aprendizagem.Os jogos são nosso parceiro, ferramentas, que leva a criança a novas
descobertas a desafiando e a envolvendo num mundo de fantasia.
Com o jogo a criança aprende brincando. O mundo lúdico e um mundo onde a
criança está em constante exercício, é um mundo onde ele deixa fluir sua imaginação,
o faz de conta, a fantasia, e é através do brinquedo que ela tem a capacidade de se
descobrir.
O lúdico possibilita o estudo com relação da criança e o mundo externo,
integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da
personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma
conceitos seleciona ideias, estabelece relação lógica, integra percepções, faz
estimativas compatíveis com meio físico e desenvolvimento, o que e mais
importante, vai-se socializando.A convivência de forma lúdica e prazerosa
com as atividades proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas ás
experiências vivenciadas, bem como relacionadas á demais produções
culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos compatíveis a
essa prática.(MAURICIO.2009).

O lúdico se trabalhada de maneira correta e planejada pode despertar no aluno


participação nas atividades, provocar participação coletiva e desafia os alunos a uma
busca de soluções.Através do jogo, brinquedos e brincadeiras pode se despertar nas
crianças um espírito de autonomia, cooperação e companheirismo, pode se descobrir
também diferentes habilidades.
Deve ser oferecida as crianças brincadeiras de acordo com a idade delas, e
também com a zona de desenvolvimento que se encontra.Quando as crianças
brincam, pode se notar a que elas experimentam.Sinais de alegria, risos, certa
excitação são componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá bem
além de impulsos parciais. A criança consegue conjugar seu mundo de fantasia com
a realidade, transmitindo, livremente. De uma situação a outra.

4 O desenvolvimento infantil através do lúdico e o papel do educador


No processo de Educação infantil o papel do educador e de suma importância,
pois ele e quem criam os espaços necessários, e quem deve trabalhar conteúdos na
escola de forma lúdica, e ele quem deve buscar com que a criança aprenda com
prazer, alegria e entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está
distante da concepção ingênua de passa tempo.
De acordo com Vygotsky.
E na interação com as atividades que envolvem a simbologia e brinquedos
que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a
criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida
real. Tanto pela vivência de uma vida imaginaria quanto pela capacidade de
subordinação ás regras. (VYGOTSKY. 1984. P. 27).
A ação lúdica faz com que o professor procure ampliar cada vez mais a vivencia
da criança, com outros ambientes, com brinquedos e brincadeiras e outras crianças
permitindo as elas a aprender brincando, ao aprender fazendo.
Para que isso aconteça, ele deve estimular a imaginação delas, para isso o
professor deve oferecer materiais dos mais simples aos mais complexos, podendo
eles ser brinquedos ou jogos. E importante que seja de materiais recicláveis, materiais
que para muitos era lixo, como por exemplo: Papel, pedaço de madeira, tampa de
garrafa plástica, pedaço de pano, folha seca, caixa de objetos.
Interessante que o educador introduza conteúdos diferenciados providencie
espaço necessário para a realização das brincadeiras. O professo deve dar as
crianças tempo para que realize as brincadeiras desde o começo.
Uma proposta que alie as questões ambientais e brinquedo feito com material
reutilizável, pode possibilitar além do desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo do
aluno, também a aquisição de uma consciência ecológica, que poderá mais a frente,
tornado um cidadão mais preocupado com o meio ambiente e sua preservação.
O professor tem papel de interlocutor, que traga aspectos prioritários em função
da necessidade de cada um, É através dos jogos e brincadeiras que a criança a
descobrir o mundo, explorando e relacionando, ela constrói e socializa
conhecimentos, na convivência com outras crianças, permitindo que tarefas e
habilidades possam ser excitadas de maneira independente ou com ajuda dos
colegas.
Nesse sentido, o professor será o responsável por ajudar a criança a ampliar
suas possibilidades, proporcionando a elas, jogos e brincadeiras que contribuam para
seu progresso intelectual. O professor e capaz de mediar, transformar conhecimentos
já existentes, ajudando de forma racional e lógica, ajudando também na formação de
cidadãos críticos.
Segundo a teoria de Jean Piaget, a estrutura do conhecimento, significa inserir
o objeto do conhecimento em um determinado sistema de relações, tendo como ponto
de partida a ação sobre o objeto, a inteligência vai se desenvolvendo na medida em
que a criança se relaciona com o mundo, em um processo que envolve a capacidade
de organizar, estruturar, entender e, depois, com explicar os sentimentos e ações.

5Porque é importante brincar na infância

Para CUNHA, porque brincando a criança está nutrindo sua vida interior,
descobrindo vocação e buscando sentido das coisas.4
Porque, é brincando que a criança excita suas potencialidades e se desenvolve.
Porque, é bom, da felicidade, e gostoso, e ser feliz, traz disposição ensina a
amar e a partilha.
Porque, brincando se faz amigos, aprende a conviver respeitando o direito do
outro, desenvolve a sociabilidade, é tem vivência em grupo.
Porque, brincando a criança aprende toda a riqueza de aprender fazendo,
espontaneamente, sem pressão ou medo de errar, e com prazer por esta adquirindo
novos conhecimentos.
Porque brincando prepara-se para o futuro, experimentando o mundo ao seu
redor, dentro do limite que suas condições permitem.
Porque, brincando aprende a participar das atividades, através do prazer de
brincar.
O brinquedo ensina qualquer coisa que complete o individuo em seu saber,
seus conhecimentos e sua apreensão do mundo, o brinquedo educativo
conquistou espaço na educação infantil. Quando a criança está
desenvolvendo uma habilidade na separação de cores comuns na quebra–
cabeça a função educativa e os lúdicos estão presentes.A criança com sua
imaginação conseguem montar um castelo até mesmo com quebra-cabeça.
Através disto utiliza o lúdico com ajuda do professor. (KISHIMOTO.
2001.p.37-36).

4 Disponível em: http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo39.html


Para as crianças, as brincadeiras estão repletas de desafios, experimentos e
prazeres, e trazem consigo, vivência de novas descobertas de novas faces e
descobertas, ela pode dar vida aos objetos criada pela imaginação das crianças.
A brincadeira, não e simples passa tempo ou folga das tarefas. Qualquer
brincadeira realizada pelas crianças significa aprendizado, ela se interage em
sociedade, cria estratégias e habilidades desenvolvidas através da brincadeira.

O contato, manipulação e uso dos brinquedos, por seu lado. Possibilitam as


crianças uma aprendizagem disciplinar das formas de ser e pensar da
sociedade (...). Ao se apresentarem como uma produção do mundo adulto
propõe a estas uma forma singular de ver e representar a realidade, assim
como trazem em si uma concepção de criança (WAJSKOP. 1995.p.68)

O brinquedo é o meio pelo qual acontece crescimento, e um meio que


possibilita a criança de explorar o mundo, ajudando a criança a entender suas ideias,
seus sentimentos, sua maneira de reagir. As brincadeiras promovem o
desenvolvimento e aprendizado infantil, pois quando acriança está brincando, ela está
fazendo uso da imaginação.Transformando, destruindo, construindo, a criança
expressa seu imaginário, seus problemas, permitido aos educadores ver as
dificuldades.
De acordo com os parâmetros Curriculares Nacionais de Arte:

O professor precisa compreender a multiplicidade de situações problema que


podem ocorrer das mais diversas maneiras, e se apresenta a cada aluno em
particular, segundo seu nível de competência e as determinações, internas e
externas de um momento singular de criação, dentro do seu processo de
aprender a realizar formas artísticas. (PCNs BRASIL. 2001.p.107).

O brincar está relacionado á criatividade e, nesse sentido, todo o sujeito precisa


de atividade que possa ser criativo.O beber quando leva á mão a boca, a criança,
quando engatinha e consegue chegar a um brinquedo. O brincar e uma atividade em
que os alunos utilizam habilidades e processos que estimulam a imaginação e
autonomia.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão,os jogos ,brinquedos e brincadeiras desempenham um papel
vital e multifacetado na educação especial.Eles transcendem a mera diversão,atuando
como ferramentas poderosas para o desenvolvimento integral das crianças com
necessidades especiais.Ao promover a aprendizagem de maneira lúdica e
inclusiva,essas atividades contribuem para o desenvolvimento cognitivo,social e
emocional das crianças enquanto também estimulam autoestima e a confiança.Além
disso os jogos e brincadeiras são um caminho essencial para a inclusão,permitindo
que as crianças especiais participem plenamente do ambiente educacional . Com o
jogo pode-se observar que este, é o método de que a criança dispõe para ascender
compreensivamente á realidade. E ao mesmo tempo pode-se ressaltar também, que
é importante colocar em prática essa realidade, demonstrando o conhecimento e a
necessidade dos porquês, inclusive dos jogos e brincadeiras.
Houve uma preocupação também em passar o lado cognitivo formado pelo
jogo. Mas através da interpretação da criança que observa, age e constrói seus
conhecimentos através do lúdico, afirmou-se aqui um forte exemplo dessa formação
cognitiva.
Muito caminho ainda nos resta a percorrer, mas numa primeira tentativa de
valorizar o jogo como fator cognitivo, entendo ter cumprido esse objetivo.
Não se pode analisar o jogo sem analisar o comportamento da criança, seja de
forma individual ou coletiva. Ao se falar em coletivo, os jogos em grupos são de grande
importância nesta fase para que a criança possa se interagir com a sala, como seus
amigos de forma geral.
Portanto pode-se concluir que o estimular na escola é buscar unir o útil ao
agradável, ou seja, o ensino ao prazer. Prazer este que conseguimos através de jogos
inteligentes e educativos. Assim procura-se desenvolver neste trabalho a importância
do brinquedo para o ensino e o desenvolvimento das potencialidades de cada criança.
Pode-se dizer ainda, que a riqueza do brinquedo reflete o imaginar, como isso,
as atitudes atraem e cativam as crianças nas descobertas de novas experiências. E
também que pela análise do brinquedo e sua inserção no pensamento infantil, o
adulto, ou o professor, pode ampliar seus conhecimentos a respeito do
desenvolvimento afetivo das crianças e, ao mesmo tempo, criticar os problemas
econômicos, culturais e sociais que envolvem a criança.
Portanto,reconhecer e valorizar a importância dos jogos,brinquedos e
brincadeiras na educação especial é fundamental para proporcionar a todas crianças
oportunidades iguais de aprendizado,desenvolvimento e felicidade.

REFERÊNCIAS

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linguagem. In: SCOZ et al. (org). Psicopedagogia: avanços teóricos e práticos –
escola, família, aprendizagem. Livro do V Congresso Brasileiro de Psicopedagogia.
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CUNHA, Nylse H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo. Maltese,


1994.

FREIRE. João Batista. Educação de corpo inteiro. Disponível em: HTTP: //


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FREIRE. Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários a prática educativa.


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WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 1995.

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