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ANHANGUERA SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

PEDAGOGIA

VALQUIRIA MAYARA DE SOUZA

A IMPORTANCIA DE BRINCADEIRAS E JOGOS NA PRÉ-


ESCOLA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Campo Grande
2022
VALQUIRIA MAYARA DE SOUZA

A IMPORTANCIA DE BRINCADEIRAS E JOGOS NA PRÉ-


ESCOLA

Projeto Educativo apresentado à Anhanguera


Polo GUANANDI, como requisito parcial à
conclusão do Curso de Pedagogia.

Docente supervisor: Prof. Paula Fernanda


Bolebecha Pereira.

Campo Grande
2022
JOGOS E BRINCADEIRAS PEDAGÓGICAS NA PRÉ-ESCOLA

RESUMO

O presente artigo faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em


Pedagogia da Universidade Anhanguera. Tem como objetivo salientar a diferença entre jogos
e brincadeira, as suas verdadeiras funções e como elas podem contribuir no aprendizado das
crianças, estimulando o aprendizado em sala de aula, de forma que o mesmo não seja
confundido com recreação. Desse modo, ao analisar dos meios de pesquisa bibliográfica e de
campo, pode-se identificar a evolução que pode ser auferida, com o antes e depois de utilizar
jogos e brincadeiras como ferramenta pedagógica no ensino aprendizagem das crianças,
acrescentando no desenvolvimento social, postural e global, estimulando, criando, aprendendo
com facilidade, sem represália.
Palavras Chave: pedagogia. Educação Infantil. Jogos e brincadeiras na Pré-Escola;

PEDAGOGY GAMES AND PLAYS IN PRE-SCHOOL


This article is part of the Completion Work of a Degree in Pedagogy at University
Anhanguera. Aims to highlight the difference between games and play, their true functions
and how they can contribute to children's learning, stimulating learning in the classroom, so
that it is not confused with recreation. In this way, when analyzing the means of bibliographic
and field research, it is possible to identify the evolution that can be obtained, with the before
and after using games and games as a pedagogical tool in the teaching and learning of
children, adding to the social, postural development and global, stimulating, creating, learning
with ease, without reprisal.
Keywords: pedagogy. Child education. Games and games in pre-school;
INTRODUÇÃO

O presente artigo relata através de uma pesquisa bibliográfica e de campo,


acerca da introdução de jogos e brincadeiras durante a aprendizagem, de forma que
nesse lapso temporal, observou-se com o estágio na pré-escola, que através dos
jogos e brincadeiras pedagógicas a criança aprimora-se melhorando o
desenvolvimento de suas habilidades manuais e motoras.
Com o uso de jogos e brincadeiras na pré-escola auxilia-se as crianças na
parte motora, psíquica e física, vez que o mesmo instiga a criança a descobrir, criar,
modificar e a estimular vários sentidos. Nesse sentido, é importante discriminar a
diferença entre jogos e brincadeiras, quais são suas verdadeiras funções e como
elas podem contribuir no aprendizado das crianças, sendo o uso de tais recursos
usados como ferramentas pedagógicas, e, por fim, qual a sua importância,
aproveitando a parte lúdica para desenvolver conteúdos escolares, desenvolver e
observar a capacidade e habilidade de cada criança seja ela motora, social,
cognitiva ou afetiva.
OBJETIVO

Tem-se como escopo do estudo a busca por meios e métodos de


ensino que trazem ao profissional da educação novas formas de ensino no ambiente
escolar, de modo a contribuir com o aluno com o aspecto lúdico na aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

É através das brincadeiras e dos jogos que as crianças se


comunicam com o mundo, podendo se expressar, descarregar suas energias,
interagir com o meio onde vivem e com sua e cultura, bem como, exercitar suas
potencialidades, provocar o funcionamento do pensamento e adquirir conhecimento
social e emocional.
Pode-se afirmar dessa forma que brincar é a atividade onde a
criança tem a liberdade de se expressar e inventar conforme a imaginação mandar,
não pedindo um direcionamento ou regras específicas, apenas o acompanhamento
do professor, mas sem grandes intervenções. Trata-se, portanto, de deixar o
pensamento fluir na imaginação, testando padrões de comportamento e através do
imaginário criar novos mundos onde tudo é possível, sendo a liberdade em brincar o
mais importante do que o brinquedo que se usa, pois a imaginação deve ser testada
acima de tudo, de modo que, por vezes se obtém melhores resultados quando o
material utilizado não vem pronto para as crianças a exemplo de caixas de papelão,
embalagens plásticas vazias, tudo que estimula a imaginação é permitido para
deixar a brincadeira
Fluir.
Da mesma forma, pode-se considerar que os jogos, embora
diferenciam-se das brincadeiras por existirem regras pré-existentes, também criam o
desenvolvimento que potencializa os desenvolvimento ensino-aprendizagem, sendo
ainda, uma forma de resgatar a cultura e o convívio na sociedade.

Considerando o objetivo apresentado, busca-se apresentar como as


brincadeiras tem influência no aprendizado em sala de aula, e, ainda, discutir e
avaliar quais são as melhoras formas de abordagem com as brincadeiras e jogos no
ambiente.

 Brincadeiras na escola

Ressalta-se nesse aspecto que criança ao brincar, cria mecanismos


e exerce diversos recursos para transformar a realidade, além de adaptar o cenário
de acordo o enredo da história, assim um cabo de vassoura, se torna um cavalo
montado para a batalha e a criança governa sua tropa de um ou mais, criando um
estimulo para seu desenvolvimento psíquico.
Nas brincadeiras é observado também o estabelecimento de diálogo
e consequentemente promove a interação e interatividade entre as crianças, criando
os primeiros vínculos sociais e emocionais, sendo a brincadeira uma importante
ferramenta pedagógica.
Nesse sentido, afirma Kishimoto (1998) que a criança quando brinca
constrói sua própria identidade onde: “se comporta como um poeta, pelo fato de
criar um mundo só seu, ou, mais exatamente, por transpor as coisas do mundo em
que vive para um universo novo em acordo com suas conveniências” (KISHIMOTO
1998, p. 63).
Portanto, enquanto ferramenta pedagógica, o brincar é um meio de
aprendizagem e possibilita que o professor possa “mensurar” o desenvolvimento da
aprendizagem dos alunos e rever sua prática pedagógico buscando novas
aplicações que favoreçam o estimulo do domínio cognitivo, físico e afetivo.

 Jogos na escola

No que tange aos jogos, considerando, ainda, os conceitos


elencados por Kishimoto (2002), observa-se que:

O jogo é considerado uma atividade lúdica que tem valor educacional, a utilização
do mesmo no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino
aprendizagem. O jogo é um impulso natural da criança funcionando, como um
grande motivador. É através do jogo que obtém prazer e realiza um esforço
espontâneo e voluntário para atingir o objetivo, o jogo mobiliza esquemas mentais
e estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias
dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e cognitiva. (p.113)

Ainda, com nesse aspecto, Segundo Friedmann (1996):

O jogo implica para a criança muito mais do que o simples ato de brincar. Através
do jogo, ela está se comunicando com o mundo e também está se expressando.
Para o adulto o jogo constitui um “espelho”, uma fonte de dados para
compreender melhor como se dá o desenvolvimento infantil. Daí sua importância.
(p 14)

E, ainda, para Vygotsky apud Friedmann (1996), afirma que:

Sugere como característica que define o jogo, o fato de que, nele, uma situação
imaginária é criada pela criança (isso é verdade tanto na brincadeira sócio
dramática como também nos jogos de regras). O brincar da criança é imaginação
em ação. [...] outra característica é a natureza das regras da brincadeira: não
existe atividade lúdica sem regras [...]. (p 35)

Considerando, os conceitos apresentados, pode-se afirmar que o


ensino do jogo deve favorecer uma participação ativa da criança no crescimento e
no processo educativo e estar relacionado ao aprendizado fundamental, ou seja, o
conhecimento do mundo através de suas próprias emoções. Por meio de jogos,
cada criança cria uma série de indagações a respeito da vida, as mesmas que mais
tarde, já adulta, voltará a descobrir e ordenar, fazendo uso do raciocínio. Por isso, o
lúdico não só merece como deve ser ensinado e proporcionado em todas as fases
de desenvolvimento da criança, pois é uma das mais importantes atividades da
infância e é um excelente meio para o desenvolvimento das capacidades do ser
humano, tais como: saúde física, força, coordenação, ritmo, resistência, atenção e
memória, raciocínio, tranquilidade e principalmente, a questão moral, que envolve o
ensinamento do saber ganhar e saber perder, tudo isso intimamente ligado à
realidade, honestidade, respeito, colaboração e companheirismo.
 QUAL A FUNÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA PRÉ-ESCOLA

Dessa forma, tem-se como objetivos salientar acerca da importância


das brincadeiras no ambiente escolar, bem como dos jogos, levando em
consideração que o uso de jogos e brincadeiras na educação infantil auxilia a
criança tanto na parte motora, psíquica e física.
O novo instiga a criança a descobrir, criar, modificar, estimula vários
sentidos, como exemplo tem-se uma criança que tem dificuldade em segurar certos
objetos, com o auxílio de brinquedos (blocos de montar) vai ajudá-la a conseguir
melhorar sua coordenação motora, além de instigar a ter mais habilidades, ajudar no
crescimento, afetividade, imaginação, criatividade, memória, linguagens não verbais,
manipula objetos (textura, cor, formato), musicalização; (aprende ouvindo,
dançando). Gerando, ainda, estimulo a expressar os seus sentidos, pensamentos da
realidade através de brincadeiras, de faz de conta.
Assim sendo, além da importância para o desenvolvimento da
criança, buscará ressaltar acerca do uso também para o profissional como
desenvolvimento profissional.
PROBLEMATIZAÇÃO

Destarte, existirão profissionais que não serão adeptos a jogos e


brincadeiras mesmo sabendo que são instrumentos indispensáveis na
aprendizagem e no desenvolvimento das crianças, e conforme foi abordado, usá-los
como ferramenta pedagógica auxilia muito o professor no dia a dia escolar. Além de
ser benéfico aos alunos, pode desenvolver um objetivo, uma ideia, de várias
maneiras, jeitos e formas. Através dos jogos e brincadeiras podem dispor de vários
recursos, vários métodos, estimula vários sentidos, conquista o objetivo proposto e
alguns outros.
Como exemplos de jogos e brinquedos, tem-se: cubo de madeira,
blocos de montar, jogos de memória, que podem ser usados no dia-a-dia para
desenvolver coordenação motora, aguçar a memória, entre outros.

Para Alves (2001): “Professor bom não é aquele que dá uma aula
perfeita, explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em
brinquedo e seduz o aluno a brincar” (p.21). Assim, o lado lúdico na vida escolar
deve ser utilizado como ferramenta pedagógica, e não somente como brincar e jogar
sem um fim pedagógico.
REFERENCIAL TEÓRICO

Insta ressaltar que, o lúdico dentro do contexto educacional, uma


vez que os jogos, as brincadeiras e o brinquedo são elementos que constituem a
ludicidade. Santos, Costa e Martins (2015) apontam a ludicidade como uma
ferramenta de aprendizagem, destacando que:

A ludicidade como forma de aprendizagem é um estímulo para o educando, pois


sabe-se que por meio da mesma consegue-se estimular várias áreas do
desenvolvimento infantil, como: cognitiva, motora e afetiva, desperta também as
potencialidades através do meio em que a criança se encontra e dos conteúdos a
serem passados, de formas eficientes que causem estímulos para o aprendizado
(SANTOS, COSTA, MARTINS, 2015, p. 83)
Assim, portanto, na ludicidade que a criança tem a oportunidade de
aprendizagem com maiores estímulos, desenvolvendo de forma integral das
capacidades cognitiva, motora e afetiva, bem como, preconizado nas diretrizes da
educação infantil. O lúdico, por meio do brinquedo, dos jogos e da recreação, ajuda
a desenvolver aspectos importantes para a maturidade da criança como a
socialização, cooperação, imaginação, criatividade, respeito ao próximo e regras.
(LIRA; RUBIO, 2014). Silva (2015, p. 21) aponta ainda que: “o lúdico é o nosso
companheiro diário, já que desse modo às crianças se conhecem e se expressam
melhor, adquirindo conhecimentos, conhecendo limites de maneira agradável e
saudável”.
Desta forma, é um meio de gerar conhecimento, onde das
ferramentas como jogos e brincadeiras, a criança aprende sobre regras, limites,
companheirismo, estimula a socialização e a interação social. Assim, o professor
deve incorporar em suas atividades diárias na educação infantil, a ludicidade, pois
“compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade
infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua prática, levando em conta
as necessidades das crianças” (BRASIL, 1998, p. 19). Desta forma, é preciso que o
professor considere as atividades lúdicas com base das necessidades das crianças,
sejam motoras, cognitivas e afetivas. (LIRA; RUBIO, 2014).
Observa-se que por meio da atividade lúdica ocorre o
desenvolvimento de forma integral do ser humano, resgatando estruturas não
valorizadas no decorrer na vida em sociedade, destacando o sistema capitalista,
uma vez que, na busca por crescimento e desenvolvimento econômico, pelas
exigências do mercado de trabalho e da sociedade, não se valoriza o brincar, o se
divertir e o aprimoramento de outros significados de aprendizagem. Assim, por
intermédio da ludicidade é possível se libertar e se tornar mais autônomo de si
mesmo. (SILVA, 2015).
Nesse sentido, um dos focos da aprendizagem por meio das
atividades lúdicas e seus elementos constituintes (jogos, brincadeiras e brinquedo) é
a interação com o outro, pois o convívio com o outro e o estabelecimento de
relações e com o ambiente propicia aprendizagens e experiências. Destacando a
ludicidade dentro de um contexto social, que segundo Wadsworth (1984) apud
Piaget merece destaque os jogos lúdicos e brincadeiras que apresentam regras e
representam um fenômeno de identificação de um sistema de regras. No momento
das atividades lúdicos e recreativas ocorre uma interação entre as crianças, onde é
possível se divertir e interagir, contribuindo para a socialização, para a valorização
da cultura e na construção do conhecimento. (CÔGO; FIGUEREDO, 2018).
As atividades lúdicas, são vistas em sua maioria, como um fator de
diversão pelas crianças e para o aprendizado orientado pelo professor, trazendo
assim benefícios A prática de atividades lúdicas pode contribuir também para a
melhoria e aprimoramento da capacidade psíquica, intelectual e física dos alunos.
Com tantos benefícios apresentados, há que se considerar que não
existe justificativa para não utilização das atividades lúdicas no aprendizado a ser
ofertado no ambiente escolar.
Especificamente na pré-escola, segundo a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDB): “se caracteriza como espaço institucional não doméstico que
constitui estabelecimento educacional público ou privado que educa e cuida de
crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial,
regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e
submetidos a controle social (Brasil, DCNEI, 2009)”. Ainda de acordo com a LDB
“seu papel é oferecer vivências e experiências significativas em diferentes áreas do
desenvolvimento da criança, construindo laços afetivos e a criatividade em um
ambiente seguro e acolhedor.”

Nesse sentido, ressalta-se que, pré-escola deve ser um espaço de


experiências significativas tendo papel fundamental no desenvolvimento da
autonomia infantil diante das resoluções de eventuais situações dentro do cotidiano
escolar. O desenvolvimento infantil no ambiente escolar está aliado a vários fatores,
dentre eles o brincar e as situações que envolvam criatividade infantil a partir da
ludicidade. Machado e Nunes (2012, p. 19-20) destacam que:

As experiências que as crianças vão adquirindo na Educação Infantil devem


possibilitar o encontro de explicações contextualizadas sobre o que ocorre à sua
volta e consigo mesma, enquanto desenvolvem formas de sentir, pensar e
solucionar problemas que serão refletidos e vivenciados na idade adulta.

Dessa forma, observa-se que a vivência infantil contextualizada


principalmente por meio de brincadeiras influi significativamente no desenvolvimento
infantil. Para Hansen et al. (2007, p. 134),

Existem, portanto, certos comportamentos que são adaptativos a uma fase


específica do desenvolvimento e ao longo da vida desaparecem. Um exemplo
típico presente em várias espécies é o comportamento de brincar, o qual na
espécie humana está relacionado aos desenvolvimentos físico, social, emocional
e cognitivo das crianças.

Considerando que as brincadeiras sempre tiveram relação direta ou


indireta com o comportamento humano; elas expressam emoção, timidez, dor e
alegria e que a criança tem necessidade de interagir, construir seus pensamentos,
sentir suas emoções, seus desejos, suas vontades, assim, percebe-se que o simples
ato de brincar – seja um faz de conta, uma história contada, ou até um esconde-
esconde – contribui no processo de consciência social e afetiva do mundo ao redor,
e que ao manipular os objetos, a criança também está transferindo para eles suas
emoções.
Sabe-se que a vida intelectual requer alguns instrumentos
necessários à sua realização, tal como a linguagem, que é construída na vida social,
sendo a vida emocional o primeiro terreno das relações interindividuais de
consciência, ela é também uma das condições necessárias à vida intelectual,
emoção e inteligência mantêm contínuas relações (Cerisará, 1997, p. 45).
Na pré-escola, deve favorecer o ambiente lúdico necessário às
experiências sensoriais, emocionais, sociais e culturais fundamentais ao
desenvolvimento infantil, e na Pré-Escola deve considerar as elaborações e
hipóteses infantis surgidas e experimentadas na brincadeira, nesse sentido, esta
deve ser considerada o próprio processo pedagógico.
Ressalte-se, que as situações em as que crianças vivem pode ser
percebidas por sua forma de brincar e manipular os brinquedos, como é o caso de
maus-tratos, percebidos em acompanhamentos terapêuticos e no cotidiano escolar,
o corpo da criança é um elemento fundamental na descoberta e na interação com o
mundo.
Destarte, os movimentos são considerados, pelos Referenciais
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Brasil, 1998), uma forma de
linguagem, e pelas brincadeiras a linguagem é desenvolvida e ampliada. Machado e
Nunes (2012, p. 12) reiteram que “o movimento para a criança significa muito mais
do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança usa seu corpo
para expressar pensamentos e emoções que ainda não consegue exprimir pela
palavra”.

Assim sendo, o espaço escolar precisa se adequar às necessidades


da criança, apresentando panorama agradável, sugestivo e com variedade de
materiais que estejam ao seu alcance, permitindo a interação com os pares e com
os objetos de forma espontânea e lúdica.

Desta feita, a brincadeira faz parte da vida da criança, seja na


escola ou fora dela, esta atividade é tanto fonte de lazer como de conhecimento.
Contudo, brincar na escola é diferente de brincar em casa, na rua ou em outros
lugares. Nesse texto, assim, segundo a teoria de Vygotsky para discutir a questão
da brincadeira na escola, diferenciando o brincar em outros ambientes, vejamos:

"Brincar na Escola não é exatamente igual a brincar em outras ocasiões, porque a


vida escolar é regida por algumas normas que regulam as ações das pessoas e
as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão presentes, também,
na atividade da criança. Assim, as brincadeiras e os jogos têm uma especificidade
quando ocorrem na Escola, pois são mediadas pelas normas institucionais."
"Incluir o jogo e a brincadeira na Escola tem como pressuposto, então, o duplo
aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à
construção do conhecimento, processos estes intimamente interligados."

Assim sendo, observa-se uma grande problemática quando se vê


que muitos na população e até em profissionais da área não reconhecem o ato de
brincar como algo fundamental ao desenvolvimento infantil, sendo considerado
apenas mais uma forma de se divertir e passar o tempo.
Todavia, conforme demonstrado ao longo do presente, as
brincadeiras na escola vão muito além, tendo influencia forte no desenvolvimento
infantil, tanto psíquico como emocional da criança, e principalmente na fase da pré-
escola onde as habilidades estão em plena construção, favorecendo, assim, desde
que com brincadeiras e jogos direcionais, o desenvolvimento da criança .
MÉTODO

A aplicabilidade da brincadeira escolhida será do uso da caixa


sensorial, sendo que a única regra para realizar essa atividade montessoriana é
considerar a faixa etária da criança que vai usá-la: nesse caso, será de crianças de
4 e 5 anos.
O material utilizado será slime e caixa de areia, quando estiver
pronta, será colocado na frente da criança e deixar que ela se divirta com essa
brincadeira sensorial fuçando toda a areia e o slime para encontrar os “objetos
escondidos”, o que estimulará, o reconhecimento das mesmas enquanto aguça a
visão e o tato e cria inúmeras sinapses neuronais.

CRONOGRAMA

Etapas do Projeto Período


1. Planejamento Agosto – um dia para leitura de pesquisa
e um dia para organizar (2) dias.
2. Execução Setembro – 15 dias
3. Avaliação Outubro- 15 dias – ao longo da
execução.

RECURSOS
Para a execução do método apresentado, se faz necessário o uso
de caixa de papelão (pode ser de tênis); bem como objetos variados: tampinhas,
brinquedos, slime e areia coloridas.
AVALIAÇÃO
Para a avalição do método utilizado, será ofertado as crianças uma
folha de papel em branco, onde as mesmas irão desenhar o que sentiram e
identificaram existir dentro das caixas, sendo revelado a elas, após, o que realmente
existia.
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS ABNT: NBR 6022 - de maio de 2003: Artigos em


Publicação Periódica científica impressa ALMEIDA, M. T. P. Os Jogos Tradicionais
Infantis em Brinquedotecas Cubanas e Brasileiras. São Paulo: USP, 2000 ALVES,
R. É brincando que se aprende. Páginas Abertas, São Paulo, v. 27, n. 10, p. 20-21,
2001 BETTELHEIM, B. Uma vida para seu filho. São Paulo: Artmed, 1984 BRASIL.
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação infantil/ Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998 CUNHA,
N. H. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 2 ed. São Paulo: Maltese, 1994 p.11
FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Mini Aurélio Escolar século XXI. Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 2001 FRIEDMANN, A. Brincar: crescer e aprender: o resgate
do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996 KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo,
brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2002 MILANI, D. A representação
lúdica e gráfica em crianças com síndrome de Down. Journal: Boletim Academia
Paulista de Psicologia, XXIII vol. (3). 2003 NBR 10520 - de agosto de 2002: Citações
em documentos; NBR 6023 - de agosto de 2002 Referências, Elaboração NBR
10719 - de julho de 2011: Relatórios Técnicos e/ou científico NBR 6028 - de
novembro de 2003: Resumos, Apresentação NBR 14724 - de dezembro de 2005:
Trabalhos acadêmicos SILVA, M. Jogos Educativos. Campinas: Papiros, 2004
VYGOTSKY, L. S.A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991 11 WIKIPEDIA.
Verbete : Jogo. United States of America: The Wikimedia Foundation, 2015b.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo 18 de maio 2015.

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