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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA

APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DE CRIANÇAS DE 6 ANOS

PARAUAPEBAS, 2022
JOSELMA SARAIVA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA


APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DE CRIANÇAS DE 6 ANOS

PARAUAPEBAS 2022
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA
APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DE CRIANÇAS DE 6 ANOS

Por =Joselma saraiva da silva

RESUMO

O presente trabalho acadêmico analisa a importância dos jogos no processo


ensino- aprendizagem nas séries iniciais n que os últimos anos se tornou
objeto de interesse de educadores e pesquisadores devido à importância que
as crianças deram, fazendo com que os educadores e demais profissionais da
educação começassem a inseri-los nas rotinas escolares para que os auxilie  
no desenvolvimento infantil e na construção de conhecimentos. Nas séries
iniciais essa prática ocorre de forma natural favorecendo a concepção de
ensino e aprendizagem matemática. Já que a participação ativa das crianças é
da própria natureza lúdica e prazerosa inerente a diferentes tipos de jogos tem
servido de argumento para fortalecer a nova concepção que as crianças
aprendem matemática brincando. Contrapondo a afirmação de que para
aprender matemática é necessário um ambiente que predomine a antigos
conceitos de rigidez disciplina e silêncio.
.
                                                  

Palavras- chave: Aprendizagem; Ludicidade; no desenvolvimento do docente


e discente.
1 INTRODUÇÃO

Este artigo tem o objetivo de refletir e analisar a influência dos jogos,


verificando suas contribuições para o processo ensino-aprendizagem da
criança de 6 anos. Nesta pesquisa foi feito um resgate teórico sobre o jogo e
sua crescente valorização dentro da Educação Infantil e até mesmo dentro de
nossas casas já que as crianças estão inseridas em uma nova era, a era da
informatização, como um recurso que contribui para a formação global da
criança, desmistificando a ideia de usar jogos apenas como entretenimento nas
horas vagas.

Será enfatizado as características dos jogos, segundo Piaget, o que


permite identificar e adequar os jogos às fases do desenvolvimento da criança.
Sendo que nos primeiros anos de escolaridade, entender o que é a matemática
e suas funções na vida diária é muito abstrato e neste momento o lúdico se faz
presente, pois este sim, faz parte do contexto de infância da criança, afinal,
brincar faz sentido para ela. Através dessas atividades podemos analisar e
refletir sobre as diversas contribuições dos jogos para o aprendizado da
criança. Demonstrando a importância da inserção de jogos e brincadeiras,
como um modelo prático de vivência e consciência, visando uma melhor prática
no desenvolvimento da criança.

Na matemática se tem revelado a aproximação entre o jogo como uma


cultura com diversas manifestações e significados. O que tem de relação entre
o jogo e as intervenções pedagógicas é o interesse das crianças, na sua
intenção de brincar acabam aprendendo as regras compreendendo as
modalidades que por sua vez intervém a imaginação como nas brincadeiras de
faz de conta e na representação e simulação que são os jogos de construção,
e manipulação, composição e representação de objetos que são os jogos de
regras. Mas o jogo também é um facilitador da aprendizagem utilizadas nas
estratégias didáticas que são planejadas e orientadas pelo o adulto, visando ao
aprender ou seja proporcionar a construção de conhecimentos e habilidades.
2- DESENVOLVIMENTO

As preocupações com o ensino de matemática de qualidade desde a


Educação infantil são cada vez mais frequentes, e são inúmeros os estudos
que indicam caminhos para fazer com que o aluno dessa faixa etária escolar
tenha oportunidades de iniciar de modo adequado seus primeiros contatos com
essa disciplina.
É sabido, por exemplo, que o conhecimento matemático não se constitui
em conjunto de fatos a serem memorizados; que aprender números é mais do
que contar números muito embora a contagem seja importante para a
compreensão do conceito de números que as ideias matemáticas que as
crianças aprendem na educação infantil serão de grande importância em toda a
sua vida escolar cotidiana.
Essa proposta de trabalho com jogos de matemática para a educação
infantil veio encorajar a exploração de uma grande variedade de ideias
matemáticas não apenas numéricas, mas também aquelas relativas á
geometria as medidas e as noções de estatísticas de modo que a criança
desenvolvam e conservem com prazer uma curiosidade acerca da matemática
adquirindo diferentes formas de perceber a realidade incorporando o contexto
do mundo real, as experiências e a linguagem natural da criança no
desenvolvimento das noções matemáticas. Sem esquecer que a escola deve
fazer o aluno ir além do que ele parece saber tentando compreender como ele
pensa que conhecimentos traz de sua casa e fazer interferências no sentido de
levar cada aluno a ampliar progressivamente suas noções matemáticas.
E preciso considerar que os alunos necessitam de um tempo para
desenvolverem os conceitos e as ideias matemáticas trabalhados pela a
escola. Isso significa que, nas aulas de matemáticas da educação infantil, o
contato constante e planejamento com as noções matemáticas em diferentes
contextos, ao longo de um ano e de um ano para outro ano, é essencial.
Relembrando que brincar é um direito fundamental de todas as crianças
no mundo inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as
oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas
de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a construção do
conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes
indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio. A escolha do
tema está vinculada à atividade profissional na área de Educação Infantil.
Associar a educação da criança ao jogo não é algo novo. Os jogos constituíram
sempre uma forma de atividade do ser humano, tanto no sentido de recrear e
de educar ao mesmo tempo. A relação entre o jogo e a educação são antigas,
Gregos e Romanos já falavam da importância do jogo para educar a criança.
Portanto a partir do século XVIII que se expande a imagem da criança como
ser distinto do adulto o brincar destaca-se como típico da idade. As
brincadeiras acompanham a criança pré-escolar e penetram nas instituições
infantis criadas a partir de então. Nesse período da vida da criança, são
relevantes todos os aspectos de sua formação, pois como ser bio-psico-social-
cultural dá os passos definitivos para uma futura escolarização e sociabilidade
adequadas como membro do grupo social que pertence.
A concepção de Kishimoto sobre o homem como ser simbólico, que se
constrói coletivamente e cuja capacidade de pensar está ligada à capacidade
de sonhar, imaginar e jogar com a realidade, é fundamental para propor uma
nova "pedagogia da criança". Kishimoto vê o jogar como gênese da "metáfora"
humana. Ou, talvez, aquilo que nos torna realmente humanos. Nestes tempos
de mudanças educacionais, nós educadores temos que ser multifuncionais, ou
seja, não apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos,
psicopedagogos, recreacionistas e muito mais para que possamos desenvolver
as habilidades e a confiança necessária em nossos educandos. Para que
tenham sucesso no processo de aprendizagem e na vida. Tudo isso marcados
pela ansiedade, medo, resistência e ao mesmo tempo esperança. Esperança
esta que nos faz acreditar que o espaço escolar pode-se transformar em um
espaço agradável, prazeroso, de forma que as brincadeiras e jogos permitam
ao educador alcançar sucesso em sala de aula, e quebrar a era do
“desencanto escolar”.
“ O jogo e a brincadeira são por si só, uma situação de
aprendizagem. As regras e imaginação favorecem á criança
comportamento além dos habituais. Nos jogos ou brincadeiras a
criança age como se fosse maior que a realidade, e isto,
inegavelmente, contribuem de forma intensa e especial para o seu
desenvolvimento (Rego, 1932, p.36).
Relembrando que brincar é um direito fundamental de todas as crianças
no mundo inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as
oportunidades
educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de
aprendizagem. o papel do adulto frente ao desenvolvimento infantil, cabendo-
lhe proporcionar experiências diversificadas e enriquecedoras, a fim de que as
crianças possam fortalecer sua autoestima e desenvolver suas capacidades.
Para Severino (1991) a autoestima refere-se à capacidade que o
indivíduo tem de gostar de si mesmo, condição básica para se sentir confiante,
amado, respeitado. Tal capacidade, porém, não se instala no indivíduo como
num passe de mágica, mas faz parte de um longo processo, que tem sua
origem ainda na infância. Cabe ao adulto ajudar na construção da autoestima
infantil, fornecendo à criança uma imagem positiva de si mesma, aceitando-a e
apoiando-a sempre que for preciso.
O educador e as instituições Educacionais precisam se desvencilhar da
prática em que o conhecimento é mera repetição sob uma ótica
comportamentalista onde esse conhecimento é cristalizado.
“Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um
caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto,
mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros
e da sociedade. aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É
oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre
muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua
visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá
encontrar. é preparar para a vida”. (KAMI, 1991, 125).

Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na


humanidade desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje,
eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio.
Almeida (2004), cada época e cada cultura têm uma visão diferente de
infância, mas a que mais predominou foi a da criança como ser inocente,
inacabado, incompleto, um ser em miniatura, dando à criança uma visão
negativa. Entretanto já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma
conotação diferente para a infância, mas suas ideias vieram a se firmar no
início do século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar
a criança como uma criatura especial com especificidades, características e
necessidades próprias.
Foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança
na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas
atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e
brinquedos.
A criança que brinca sempre, com determinação auto ativa, perseverando,
esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem
determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção do seu bem e de
outros. Como sempre falamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é
altamente sério e de profunda significação.
Tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronúncia a palavra
jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. Pode-se estar falando de
jogos políticos, de adultos, crianças, animais ou amarelinha, xadrez, adivinhas,
contar estórias, brincar de “mamãe e filhinha”, futebol, dominó, quebra-cabeça,
construir barquinho, brincar na areia e uma infinidade de outros.
Tais jogos, embora recebam a mesma denominação, tem suas
especificidades. Por exemplo, no faz-de-conta, há padronizadas permitem a
movimentação das peças.
Brincar na areia, sentir o prazer de fazê-la escorrer pelas mãos, encher e
esvaziar copinhos com areia requer a satisfação da manipulação do objeto. Já
a construção de um barquinho exige não só a representação mental do objeto
a ser construído, mas também a habilidade manual para o operacionalizar.
O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus
alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material
deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo
interesse que despertam pelo material de que são feitos. Lembrando sempre
da importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade
das crianças. A sucata é um exemplo de material que preenche vários destes
requisitos.
Valorizar as atividades das crianças, interessando-se por elas,
animando-as pelo esforço, evitando a competição, pois em jogos não
competitivos não existem ganhadores ou perdedores. Outro modo de estimular
a imaginação das crianças é servir de modelo, brincar junto ou contar como
brincava quando tinha a idade delas.
Muitas vezes o professor, que não percebe a seriedade e a importância
dessa atividade para o desenvolvimento da criança, ocupa-se com outras
tarefas, deixando de observar atentamente para poder refletir sobre o que as
crianças estão fazendo e perceber seu desenvolvimento, acompanhar sua
evolução, suas novas aquisições, as relações com as outras crianças, com os
adultos. Pensando na importância do brincar na Educação Infantil foi criado
“Referencial Curricular de Educação Infantil” (MEC/SEF/DPE, 1998),
publicação MEC.
A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em
favor do conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões
educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a
atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor
procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico,
com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
“A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações
emocionais, desenvolve a linguagem interior e, às vezes, a
exterior, exercita níveis diferenciados de atenção e explora com
extrema criatividade diferentes estados de motivação”. (ANTUNES,
2012).

Os conhecimentos relativos à matemática não devem ser trabalhados de


modo fragmentado, deve haver articulação entre eles. Também não serão
esgotados em um único momento da escolaridade, mas pensados numa
perspectiva em espiral. O mediador deve assumir uma postura de intervenção,
observação, análise, organização e problematização. O ensino de conteúdos
matemáticos deve priorizar o ato de brincar.

Jogos e brincadeiras, Ao brincar a criança amplia sua capacidade


corporal, sua consciência do outro, a percepção de si mesma como um ser
social, a percepção do espaço que o cerca e de como pode explorá-lo.
Vygotsky afirma que através do brinquedo a criança aprende a agir numa
esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo
ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da
atenção.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da matemática tem o objetivo de
fazer com que as crianças gostem de aprender essa disciplina e desperta o
interesse do aluno envolvido. Para isso é necessário que as crianças tenham
chance de ampliar suas competências espaciais, pictóricas, corporais,
musicais, interpessoais e intrapessoais. Essas competências quando
contempladas nas ações pedagógicas servem como rotas ou caminhos para
que os alunos possam aprender mais para que essa aprendizagem ocorra ela
deve ser significativa, exigindo que:
Nessa perspectiva, ao se trabalhar com conhecimentos matemáticos,
como com o sistema de numeração, medidas, espaço e forma etc.,
por meio da resolução de problemas, as crianças estarão,
consequentemente, desenvolvendo sua capacidade de generalizar,
analisar, sintetizar, inferir, formular hipóteses, deduzir, refletir e
argumentar. (RCNEI, p.213).

Assim, o jogo e a instrução escolar representam o mesmo papel que se


diz respeito ao desenvolvimento das habilidades e conhecimentos. Durante o
jogo, ocorre uma transformação de processo interpessoal em e um
intrapessoal, no momento em que consideramos o jogo como um diálogo do
indivíduo com ele mesmo, pois o outro seu adversário. Em se tratando da
matemática, temos que ficar atento ao fato que ela exige imaginação, não se
pode ensinar matemática de forma a fazer a criança pensar apenas de uma
maneira. Se o jogo passa pelo caminho das regras, ideias, estratégias,
previsões, execuções e analise de possibilidades, seu uso deve ser incentivado
na escola, principalmente no ensino de matemática.
Vygotsky (1989) a brincadeira aparece como uma projeção da criança
nas atividades adultas de sua cultura. Através dela, a criança adquire
motivação, as habilidades e atitudes necessárias para sua participação social.
Para o autor, o brincar é o caminho pelo qual a criança compreende o mundo
em que vive, a partir de uma nova relação entre o campo e o significado e o
campo da percepção. Ainda na teoria Vygotskyana, os jogos e a brincadeira
favorecem a criação de ZDP- Zona de Desenvolvimento Proximal- que o autor
sintetiza como: A distância entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução sob a orientação de um adulto ou em
colaboração com companheiros mais capazes. Assim segundo Vygotsky
(1989), os jogos, ao criarem a ZDP, permite as crianças um avanço na
compreensão conceitual dos conteúdos.
Para kishmoto (1996), ao permitir a ação intencional, a construção de
representações mentais, a manipulação de objetos, o desempenho das ações
sensório – motoras e as trocas nas interações, o jogo contempla várias formas
de representação da criança ou suas múltiplas e o desenvolvimento infantil. A
autora considera ainda que a utilização do jogo potencializa a exploração e a
construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do
lúdico. Analisando a história da utilização dos jogos no século XX,
Kishmoto(1996) entende que a importância desse recurso para o ensino deve
se ao fato de que o brincar educativo introduz, nas situações de aprendizagem,
propriedades lúdicas de prazer, de capacidade de criação, de ação motivadora
e ativa.
Já para Jean Piaget( 1978), é necessário que se tenham alguns
conceitos chaves esclarecidos: Esquema de Assimilação, Acomodação e
Equilibração. Por conta do objeto deste estudo abordar o desenvolvimento
cognitivo, faremos uma analise da teoria do desenvolvimento de Piaget as
pesquisas de Jean Piaget partiram de uma pergunta fundamental para qual ele
procurava uma resposta: como se desenvolve o conhecimento do mundo da
criança? Como resposta Piaget supunha que a criança como um participante
ativa no desenvolvimento do conhecimento, que constrói seu próprio
entendimento.
Após adquirir esquemas o próximo passo é assimila-los ou seja
assimilação nada mais do que aquilo que o indivíduo aproveitará dos
esquemas adquiridos anteriormente. Assimilação é uma forma de adaptação
ao meio em que ele vive. Apesar dos adultos ainda terem certos esquemas que
adquiriram na infância com certeza esses esquemas se transformam ao
decorrer da sua vida, de acordo com as experiências vividas e novos
conhecimentos adquiridos.
O processo de acomodação permite ao indivíduo a reorganizar as suas
ideias durante seu desenvolvimento, de acordo coma as novas vivencias que o
mesmo vai passando. Ora pode envolver novos esquemas ora pode modificar
aqueles já existentes.
A Equiliibração: O indivíduo está a todo o momento assimilando e
acomodando diversos esquemas de acordo com e as suas experiências com o
meio em que vive , o controle desses dois fatores nada mais é que equilibração
segundo Piaget (1978) denomina o desequilíbrio também é um elemento muito
importante pois quando o mesmos ocorre, a criança se sentirá motivada a
buscar novamente o equilíbrio, que é tão necessário para todo o ser humano
organizar suas ideias, a equilibração é a passagem do desequilíbrio para o
equilíbrio Piaget ( 1976) em seus estudos dividiu o processo de equilibração
em quatro estágios:
 Sensório motor ( Do nascimento aos 16 meses);
 Pré- operacional ( Dos 18 meses aos 6 anos);
 Operacional Concreto ( Dos 6 aos 12 anos);
 Operacional Formal: (A partir dos 12 anos);

O autor dividiu seus estágios baseados teoricamente em suas pesquisas


e justifica o porquê da separação por estágio e critérios utilizados como podem
observar em sua obra Piaget trabalha com estágios que são as etapas do
desenvolvimento da criança. Quanto a idade entende-se que são aproximadas
pela qual a criança apresentará tal desenvolvimento isso não quer dizer que
será exatamente na mesma idade, mas que entorno dessas idades a criança
apresentará tais características. Algumas podem apresentar essas
características antes das idades, exatamente na idade ou até depois das
idades citadas pelo o autor. Levando em consideração que cada criança tem
ritmos e limites diferenciado devendo ser respeitado em qualquer ocasião.
Nos quatros estágios de desenvolvimento delimitado por Jean Piaget
(1976) nota-se que as crianças passam por diferentes fases como se dentro
desses estágios ocorressem também alguns substágios. No início do período
de um certo estágio a criança é capaz de fazer uma determinada coisa já no
meio desenvolvem-se outras habilidades, que logo, são inferiores as
habilidades ocorridas no final. Assim como em todos os estágios isso ocorre no
sensório motor. Esses “substágios” ocorrem porque ao longo de todo processo
dos estágios, os bebês vão tendo novas experimentações, e dessa maneira
vão construindo seu conhecimento. Assim que a criança sensória motora
explora o mundo que o cerca, aprende novas coisas e vai tendo habilidades ao
decorrer desse período.
Os aspectos cognitivos do desenvolvimento sensório moto evoluem a
medida que a criança age sobre o meio. Ao experimentar e atribuir significados
as coisas do mundo que a cerca, acriança já está construindo conhecimento.
Se com a área cognitivo ocorrem essas novas aprendizagens e diferenças ao
longo de todo o estágio ocorrendo da mesma forma com a a área afetiva da
criança também é possível nota esse processo no comportamento afetivo das
crianças sensório - motoras.

2.1.Estágio sensório-motor (do nascimento aos 18 meses):


Nos primeiros meses de vida, o bebê ainda está preso no presente
imediato ou seja naquilo que está acontecendo com ele no momento e assim
responde apenas aos estímulos necessários ocorrendo apenas reflexo em
seus estudos Piaget 9 1976) chega a conclusão que o bebê em estagio
sensório-motor não é capaz de manipular as imagens mentais ou memorias
iniciais alegando que essas atividades fazem parte do próximo estágio.

2.2. Estágio pré-operacional (dos 18 meses aos 6 anos)

Nos primeiros anos de vida o bebê é muito egocêntrico, ele é o centro


de suas ações chegando até mesmo a ser egoísta por esse motivo não é um
ser social com o passar do tempo, com suas novas experiências e
conhecimentos é que começa a ser desenvolvido esse lado social na criança,
porém isso não ocorre no Estágio sensório motor. A medida a que a criança se
desenvolve cognitivamente, as mudanças ocorridas afetam o comportamento
em todas as áreas.

2.3. Estágio das operações concretas (dos 6 aos 12 anos)


É nessa fase que se inicia propriamente o trabalho com o conceito de
números e operações matemáticas na escola. O jogo educativo é também de
fundamental importância nessa idade, para que a criança possa compreender
melhor as operações. Há diversos jogos pedagógicos que podem ser
relacionados com esse conteúdo.

2.4. Estágio das operações formais (a partir dos 12 anos):

É nesse estágio que é desenvolvida a personalidade. a formação da


realidade é o reflexo do que foi absorvido por ser desta sua infância, no que diz
respeito as regras e valores o raciocínio moral também encontra total
desenvolvimento nessa fase pois nesse momento regras são entendidas como
necessária para a cooperação.
A matemática faz-se presente em diversas atividades pelas crianças e oferece
aos homens em geral várias situações que possibilitam o desenvolvimento do
raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O
ensino dessa disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as
possibilidades dos alunos de compreender e transformar a realidade. Dentre os
muitos objetivos do ensino de matemática, encontra-se o de ensinar a resolver
problemas, as situações de jogos representam uma boa situação-problema, na
medida em que o professor sabe propor boas questões aos alunos,
potencializando suas capacidades para compreender e explicar os fatos e
conceitos da matemática.

O jogo é uma das primeiras formas de disfarce de o sujeito humano


apropria-se, valioso espaço de expressão do desejo inconsciente, fazendo dele
fone de prazer, e ao mesmo tempo, fonte de conhecimento . Freud(11968)
aponta para o caráter de irrealidade da atividade lúdica infantil, uma das
primeiras manifestações da fantasia e estabelece um elo de continuidade entre
ela, os devaneios da vida adulta e a criação literária. A atividade lúdica é
precursora da atividade imaginativa que rege a produção literária, artística. A
partir da discussão dessa ideia Freud tece interessantes e importantes
argumentos que fomentam a compreensão dos aspectos que alimentam
motiva a atividade lúdica infantil. Que quando a criança brinca faz o mesmo
que o poeta, ou seja cria um mundo imaginário em que situa as coisas de seu
mundo a uma nova ordem que lhe agrade.

Os jogos e brincadeiras infantis são norteados por um grande desejo de


ser adulto. Poderia um leitor indagar a resposta é relativamente simples :
porque a criança acredita que um adulto pode tudo. Ou seja que é onipotente,
que tem domínio sobre a realidade. Ao se colocar no espaço imaginário do
jogo, a criança a tão sonhada o onipotência já que ela se apoia em objetos
tangíveis e visíveis ao mundo real o que diferencia a atividade lúdica infantil do
fantasiar adulto inerente aos sonhos e devaneios. Além de ser uma das formas
básicas da comunicação infantil matemática com a qual a criança inventa o
mundo e elabora seus próprios questionamentos e soluções caracterizando-se
como experiência estruturante para as crianças o que é fundamental para o
seu desenvolvimento psíquico.
O jogo apresenta uma intima relação com a criação. Ele é uma atividade
eminentemente criativa. O conceito de espaço transicional, área em que o
lúdico opera, diz respeito à existência de uma área de potencialidades universo
simbólico capaz de possibilitar a articulação das relações do sujeito internas
com a realidade externa. Trata-se portanto de um espaço intermediário de
experiência entre o mundo interno e externo em que o lúdico é situado. Na
esteira dessa ideia, Winnicott ( 1975) argumenta que a atividade lúdica está
implicada com o s primórdios da vida imaginativa e da experiência cultural que
resultam na capacidade individual de viver criativamente.
Winnicott (1975, p.15) pontua que não se pode ignorar uma parte
da vida do ser humano que constitui o que se chama de ‘ área intermediaria de
experimentação” par qual contribuem tanto a realidade interna, quando a vida
externa: é “um lugar de repouso para o individuo empenhado na perpétua
tarefa de humana de manter as realidades internas e externas separadas,
ainda que inter-relacionadas”.
Para designar essa área intermediaria de experiência, Winnicott
introduz os termos” objetos transicionais”( o polegar é o ursinho de pelúcia, a
ponta do cobertor , dentre outros) fenômenos transicionais área intermediaria
entre os subjetivo e aquilo que é objetivamente percebido. Se o jogo é um
espaço de experiência intermediário potencial de ligação das realidades
interna e externa e que opera segundo a dinâmica dos dois princípios de
funcionamento do psiquismo( principio do prazer/ principio da realidade).
Pode se dizer que se trata de riquíssimo espaço de aprendizagem para
a acriança, uma vez, que liga o desejo inconsciente, de origem erótica e
agressiva, a objetos e produções tangíveis ao mundo externo. Em outras
palavras, a atividade lúdica mobiliza o desejo inconsciente e o transforma em
desejo de saber, em curiosidade investigativa, em criatividade: elementos
empregados na construção de conhecimento. Consequentemente, seu valor
formativo/ educativo e inquestionável.
Mesmo sabendo que os jogos fazem parte da vida, de acordo com
Macedo, Petty e Passos (1997), a escola tem proposto exercícios sem sentido.
Ela ensina - símbolos, linguagem, Matemática - conteúdos com regras vazias
e, portanto, sem valor. Alguns crêem que a função da escola é instrumental, ou
seja, os adultos mantêm seus filhos na escola visando aos futuros cidadãos
que estes deverão ser, mas para a criança essa função da escola é muito
abstrata e teórica. Se esse conhecimento necessário para a vida for tratado
como um jogo, provavelmente vai ter mais significado para ela.

De acordo com Valenzuela (2005), a antropologia encarregou-se de


mostrar que aspectos muito sofisticados do saber humano são adquiridos por
meio de relações mais ou menos lúdicas e informais. Do mesmo modo, as
novas pedagogias fomentam a atividade lúdica como meio de educação,
amadurecimento e aprendizagem. Mas a pedagogia tradicional rechaça o jogo
por considerar que ele não tem caráter formativo. Ortiz (2005) complementa
esta ideia dizendo que o jogo não era bem visto pela pedagogia tradicional; a
educação e o jogo não eram considerados bons aliados.
Apesar disso, as crianças aprendem jogando, já que fazem da própria
vida um jogo constante. Felizmente, a posição da pedagogia atual converteu o
princípio do jogo ao trabalho em máxima na didática infantil. O jogo deve ser
utilizado como meio formativo na infância e na adolescência. A atividade lúdica
é um elemento metodológico ideal para dotar as crianças de uma formação
integral.
Para Valenzuela (2005) complementa dizendo que nos jogos, o
educador deve ser o animador, um professor flexível, motivador, buscando
desafiar e dialogar. Mesmo conhecendo as excelências do jogo como
instrumento educativo de primeira ordem, na sociedade em que vivemos, na
qual brincar e jogar se opõe ao trabalho, esse instrumento acaba sendo
deixado de lado pelo educador, ao considerá-lo útil apenas para o descanso do
trabalho. Tal atitude fortalece a pouca aceitação e o reduzido reconhecimento
do valor da brincadeira pela rigidez das aprendizagens escolares que outorgam
pouco tempo ao jogar na escola.

As características do jogo fazem com que ele mesmo seja um veículo de


aprendizagem e comunicação ideal para o desenvolvimento da personalidade e
da inteligência emocional da criança. Divertir-se enquanto aprende e envolver-
se com a aprendizagem fazem com que a criança cresça, mude e participe
ativamente do processo educativo. Ortiz (2005)

Almeida (2001) escreveu, que os jogos despertam no aluno a vontade


de aprender através dos desafios propostos. Já Kishimoto (2003) destaca que
o jogo leva a criança ao mundo das idéias e também desenvolve a sua atenção
e a memória ativa. Além disso, o jogo é fundamental para o desenvolvimento
do raciocínio, contribuindo muito para a aprendizagem, principalmente se
houver a possibilidade de jogá-lo. O passo inicial para que o encontro entre o
jogo e trabalho pedagógico seja possível é a disponibilidade para acolher o
brincar da criança em toda a sua plenitude, com toda a sua curiosidade própria
da infância que é colocada em jogo ( Alves E Sommerhalder, 2006). Fazemos
referência a um professor que tenha sensibilidade para reconhecer a
importância do toque amoroso, do gesto de respeito e do acolhimento do
imaginário e da fantasia da criança aproximando o educar/cuidar muito mais de
uma arte do que de procedimentos técnicos ou mecanizados. Propomos um
professor brincante, que se permita brincar junto com a criança. Como lembra
Emerique (2003), a postura professor em jogo é fundamental para o
desenvolvimento da criança e , por meio do jogo, há maiores chances de que a
aprendizagem seja acompanhada do prazer do gosto e do sabor deste saber.

Segundo Oliveira (2006), o humor, o entusiasmo e a alegria são


elementos fundamentais à educação. Sem dúvida, possibilitam a constituição
de um ambiente acolhedor, que convida a criança a desejar o desejo de
aprender, a fazer as suas fantasias alimentos para a construção de
conhecimentos.

Vejamos o exemplo de uma professora que trabalha com educação


infantil participante de uma pesquisa realizada por Alves (2008). Em entrevista
realizada para a pesquisa professora fala sobre a prática educativa junto às
crianças. De início ressalta a necessidade de que a aprendizagem ser mais
significativa para a criança, ou seja, é preciso que o conhecimento apresentado
á criança faça sentido de modo que ela o reconheça como parte de si. Sugere
então, uma linguagem mais próxima da realidade da criança.

O jogo. Acredita que o jogo pode corroborar com o processo de


ensino e aprendizagem uma vez que pode tornar a prática educativa mais
harmônica (maior proximidade entre a criança e a professora), menos
aterrorizantes porque mais clara e compreensível. Consequentemente mais
prazerosa. O caminho para tornar o aprendizado mais significativo é constituir
uma prática mais prazerosa e mais lúdica.

A professora descobre esse universo de fantasias resolve permitir


que as crianças tenham certa liberdade para vivenciar e explorar o jogo de
forma compartilhada com a professora. Enriquecendo uma atividade
pedagógica articulando a no universo lúdico, sem com isso “perder” de vista a
dimensão educativa. O professor também pode proporcionar à criança espaços
intermediários de experiências que conduzem numa direção crescente a se
adaptar às limitações e frustações da realidade do convívio civilizatório. Trata
se de aprendizado para avida que extrapola o universo de conteúdos/
conhecimentos transmitidos pela a educação escolarizada. Nessa perspectiva
a tarefa da educação “pode se pensada como um trabalho de escultor[...], que
se dá forma, busca-a e a faz emergir [...]” ( OLIVEIRA, 2006a,P.93).

O jogo “(...) pode significar para a criança uma experiência fundamental,


de entrar na intimidade do conhecimento, de construir respostas por
meio de um trabalho que integre o lúdico, o simbólico e o operatório. (...)
pode significar para a criança que conhecer é um jogo de investigação”
(Almeida 1997p.142).

O professor deve considerar o grupo, a idade das crianças e a


quantidade delas, o tempo disponível e também se o jogo é conhecido ou não.
Tem que ter muito cuidado ao explicar a atividade, podendo propor jogar uma
partida na lousa para que as regras fiquem claras para todos os alunos.

Abaixo estão os diversos tipos de jogos de que o professor pode lançar


mão, considerando, anteriormente, tudo o que foi anteriormente destacado. Os
jogos podem ser estruturados basicamente em três formas: de exercício,
simbólicos ou de regra.

Os jogos de exercício caracterizam-se pela repetição ou assimilação


funcional. Esta repetição ocorre, pois, a ação é uma fonte de satisfação ou
prazer. São ações que carecem de normas internas e se realizam pelo prazer
que produz a ação em si mesma, sem que exista outro objetivo diferente do da
própria ação.
De um ponto de vista funcional, através destes jogos a criança cria e faz
invenções que a ajudam a assimilar o mundo ao seu redor, fazendo com que
entenda e se submeta mais facilmente às regras de funcionamento da escola e
de sua casa. De um ponto de vista estrutural, estes jogos são um prelúdio para
futuras teorizações das crianças nas séries iniciais da escola fundamental. A
base das operações pelas quais as crianças aprendem as matérias na escola é
a união das experiências vividas com a possibilidade de explicação pelo
professor.

Em síntese, os jogos de exercício são a base para o “como” e os jogos


simbólicos são a base para o “por que”. Mas, a coordenação entre o como e o
porquê só se dá quando temos a estrutura dos jogos de regra, como veremos
no próximo item.

A repetição aparece como uma regularidade, que é o “como fazer” do


jogo, mesmo que as regras sejam modificadas. Esta regularidade deve ser
levada em conta por todos os participantes, portanto a transgressão de alguma
regra é uma falta que perturba o sentido do jogo.

A partir dos sete anos, a criança inicia formas de jogar eminentemente


sociais; isso acontece porque ela começa a ter conhecimento de normas e
regras. Nestes jogos, a moral corresponde às regras do jogo, jogar certo. No
entanto, jogar certo nem sempre significa jogar bem, pois isso, no jogo,
corresponde à ética.
A coletividade também é uma característica particular deste tipo de jogo.
Ou seja, cada jogador depende da jogada do outro. Daí podemos ver a
assimilação recíproca. Esta reciprocidade se dá exatamente por causa do
caráter coletivo, da busca da regularidade e também pelas convenções que os
jogadores podem fazer ou não do contexto do jogo. Quando a criança começa
a desenvolver atividades com regras, tem como desafio controlar seus desejos
e motivações pessoais, os quais, às vezes, poderiam até mesmo interromper o
processo, respeitando mais os outros jogadores.
3.RESULTADOS E DISCUSSÕES

A proposta de trabalho tem como tema “A importância dos Jogos e das


Brincadeiras na Aprendizagem de matemática de Crianças de 6 Anos” a qual
pretendo com este capítulo apresentar, analisar e discutir as respostas obtidas
com a aplicação das entrevistas, elaborada com a finalidade de identificar as
práticas lúdicas e recreativas com as crianças de 6 anos. Visando assim,
compreender as diferentes formas de manifestação da atividade lúdica na
infância, percebendo deste modo a forma como brincavam/jogavam e de brinde
o aprendizado das mesmas.
Diante de observações e práticas desenvolvidas no cotidiano escolar em
anos anteriores e preocupados com os encaminhamentos dados em sala de
aulas buscamos eu e o corpo docente junto ao setor de Educação Infantil do
Município uma proposta metodológica para contribuir com a prática diária dos
professores. Tendo em vista a importância da ludicidade como alternativa
metodológica é que foi apresentada aos professores numa das etapas da
Formação Continuada Educação Infantil para crianças de 4,5 e 6 anos.
A primeira fase da proposta consistiu na leitura do livro “Matemática no
dia a dia da Educação Infantil” e socialização de alguns jogos que poderiam ser
usados para a abordagem dos conteúdos das disciplinas escolares e
discussões sobre a importância do uso dos recursos lúdicos na escola. Após
essa apresentação o passo seguinte foi a sugestão de uma proposta
pedagógica, na qual cada professor deveria realizar um planejamento
utilizando um jogo de acordo com os conteúdos de sua de atuação, a qual
posteriormente deveria ser aplicada em sala de aula e os resultados
socializados com os demais professores numa seguinte formação continuada
de professores.
Cada professor selecionou seus jogos e os materiais que pudesse ser
confeccionado ou adaptado. Depois de produzido aplicaram em sala de aula
para seus alunos. Após foi marcado um novo encontro no qual os professores
deram depoimentos sobre os resultados, trocaram ideias e experiências.
Assim, após esta etapa nós professores podemos aprovar o uso jogos na
educação infantil. Foi um momento muito rico de interação e troca de
experiências, e que além dessa socialização contaram também com sugestões
para enriquecer ainda mais a proposta inicial professores. Além disso, esses
materiais passaram também a serem trocados entre as todas as professoras
da escola. Por último foi organizada uma coletânea com todos os jogos, e
apresentados aos pais em um evento Amigo da Escola disponibilizadas em
uma sala de jogos para alunos e pais jogarem. O meu depoimento:
 Ao trabalhar com esses jogos em uma turma de II Período na E.M. E.I.
G.I e posso afirmar que embora esse tipo de trabalho exige mudança de
postura por parte do educador, foi maravilhoso por ser um recurso didático de
grande valia no que se refere a aceitação dos educandos e avanço por parte
dos mesmos, a interação existente no ato de jogar, promove a socialização e a
relação entre parceiros assim como entre o próprio grupo. E ainda é através de
brincadeira que a criança consegue desenvolver de forma prazerosa o seu
potencial cognitivo. Com isso me senti realizada ao incluir jogos nos meus
planejamentos, pois além de facilitar a aprendizagem dos educandos acabei
aprendendo com eles.
Relacionar o aprendizado da Matemática dando significado aos seus
conteúdos, estabelecer relações é essencial adquirir uma desenvoltura no uso
dos diferentes procedimentos e materiais didáticos que lhes são afetos. Assim
sendo, reafirmamos nossa posição: os jogos são oportunidades singulares para
que os estudantes aprendam conteúdos matemáticos, exercitem e se tornem
hábeis na resolução de procedimentos e se tornem os capazes de solucionar
problemas, que é o objetivo essencial da aprendizagem desse componente
curricular.
As atividades e discussões realizadas a respeito da inserção dos lúdicos
na escola proporcionaram a nós professores envolvidas, um maior
desenvolvimento enquanto pesquisador, pois ele deve pesquisar com a
finalidade de conhecer a realidade para transformá-la, visando a melhoria de
suas práticas pedagógicas. Este trabalho possibilitou trocas de experiências
por meio das diversas atividades apresentadas envolvendo os aspectos
lúdicos. Essa iniciativa possibilitou também que nós professores
compreendêssemos que o “brincar” na escola não pode acontecer de forma
aleatória ou providencial, é preciso que estas atividades sejam planejadas pelo
professor que irá inserir estas em meio aos seus conteúdos. Esses momentos
promove os relacionamentos e aprendizagem, visando a formação totalitária do
sujeito/aluno.

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se tratar dos processos de ensinar e aprender os conteúdos dos


diferentes componentes curriculares na escola, não existem regras prontas,
nem orientações definitivas. Em todos os casos, e o ensino-aprendizagem de
Matemática não é exceção, é preciso que os professores, trabalhe com o
objetivo de que o jogo pelo jogo, tomando – o como puro divertimento. o
assunto a ser tratado, o nível de ensino, a classe em que será desenvolvido,
entre tantos outros aspectos que influenciam de forma significativa o sucesso
das práticas educacionais. Considerando que cada criança é responsável pela
construção do seu próprio conhecimento, mas que não prescinde do apoio, do
incentivo e do acompanhamento dos professores, com também da troca de
saberes e experiências com os pares, o jogo é uma alternativa importante para
favorecer a aprendizagem, tanto por causa do lúdico como por estimular
processos reflexivos e estabelecimento d relações.

Os jogos e as brincadeiras são importantes para que as crianças


ultrapassem a fase do egocentrismo, que ocorre quando a criança tem o foco
apenas nela mesmo, sem dar importância as outras pessoas. Os jogos de
cooperação são últimos para que as crianças passem dessa fase egocêntrica
tornando-se um ser social. Outro elemento importantíssimo que pode ser
explorado através do jogo é a utilização de regras, pois vivemos em uma
sociedade composta por diversas delas, portanto faz-se necessário que a
criança compreenda desde pequena a necessidade de obedece-las como todo
o jogo é composta de regras os mesmos tornam-se ferramentas eficazes para
este fim. Seria interessante também que as escolas resgatassem os jogos
tradicionais que são divertidos, faz parte da cultura de um povo e infelizmente
estão se perdendo cada vez mais devido a sociedade moderna.

Dentre os vários fatore do esquecimento dos jogos tradicionais tempo


de encontram-se a falta de tempo da família, que geralmente trabalham e
chegam em casa cansados ou sem tempo de repassarem essa cultura para as
crianças, a diminuição dos espaços nas ruas e também a falta de segurança
nas mesmas, o crescimento das industrias eletrônicas que criam cada vez
mais brinquedos elaborados chamando atenção somente para os eletrônicos e
deixando de lado os jogos e as brincadeiras tradicionais.

Por essa razão cabe a escola a prática da ludicidade para ensinar os


conteúdos do currículo escolar pode propiciar o sucesso da aprendizagem dos
alunos. Lembrando que, os benefícios dessas atividades vão além das salas de
aula, pois esses recursos promovem uma maior interação entre os alunos.
Além disso, muitas vezes uma atividade desenvolvida na escola, na qual o
professor tenha participação efetiva ou colaborativa proporciona um
relacionamento mais próximo entre ele e o aluno. Cabe a escola buscar
estratégias de ensino que sejam agradáveis para o aluno, pois somente num
ambiente prazeroso que a aprendizagem ocorrerá de forma significativa.
REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e


documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,
2002.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação .
9. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
ALMEIDA, Paulo Nunes, Educação Lúdica, Técnicas e Jogos Pedagógicos.
São Paulo: Loyola, 1995
ALMEIDA, M.T.P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis:
Vozes, 2004.
KISHIMOTO, T.M. O jogo, a criança e a educação. Rio de Janeiro: Vozes,
1993.
SMOLE, Kátia Stocco. Jogos de Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org.). O Brincar e a Criança do Nascimento aos


Seis Anos. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

ORTIZ, J. P. Aproximação teórica à realidade do jogo. In: MURCIA, J. A. M. et


col. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005. p.9-28.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Editora
Zahar, 1978.
MACEDO, L.; PETTY, A. L. S. & PASSOS, N. C. Quatro cores, senha e
dominó: oficinas de jogos em uma perspectiva construtivista e
psicopedagógica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
VALENZUELA, A. V. O jogo no ensino fundamental. In: MURCIA, J. A. M. et
col. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005. p.89-107.
VYGOSTSKY, L. S. A formação Social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1979.

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