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1. Introdução
Compreender a evolução histórica da educação é um dos interesses dos pesquisadores nesta área,
no entanto, como estudantes do curso de Ciências da Educação é bastante pertinente
debruçarmos essa questão.
Antes de dar segmento a nossa explanação, importa nos destacar que o presente portefólio surge
no âmbito das abordagens da cadeira de História da Educação 1, onde traremos de forma
detalhada as evidencias que relatam a presença da educação em Moçambique, desde o período
colonial até a actualidade, o mesmo contem fotografias de documentos e outros artigos que nos
permitirão a compreensão clara de todos os capítulos que abordamos durante as aulas. A História
da Educação é um campo de pesquisa ou uma disciplina que se ocupa em compreender o
desenvolvimento da educação desde os tempos remotos do seu surgimento até os dias actuais,
através de fontes como arquivos escolares, legislações específicas no sector da educação, diários
de classe, cadernos doa alunos, entre outros que abrangem essa área. A História da Educação
abrange também a compreensão da educação de forma comparada entre as épocas.
Tal como é do nosso conhecimento a educação é dinâmica, o que nos permite afirmar que a
educação em Moçambique vem sofrendo transformações com vista a adaptar-se a actualidade
social, económica e cultural e as actuais necessidades de formação do país.
2. Objectivos
2.1. Geral
2.2. Específicos
Descrever os diferentes períodos da educação em Moçambique
Apresentar as evidências da existência da educação em Moçambique.
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3. Metodologia
Para a realização do presente portefólio recorremos a recolha de dados bibliográficos e a fotos
virtuais que auxiliaram na definição de alguns conceitos.
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4. Fundamentação teórica
Segundo Joh Dewey Educação é um processo pelo qual uma cultura é transmitida de geração
em geração acontecendo por meio da comunicação de hábitos, actividades, pensamentos e
sentimentos dos membros mais velhos da cultura aos mais novos.
Karl Marx define a Educação como sendo um processo fundamental para a criação de estruturas
de pensamentos, para a criação ou manutenção de um determinado tipo de sociedade.
Analisando os conceitos de educação segundo os dois autores supra citados, podemos observar
que a educação existe desde o principio da vida humana, com a necessidade de desenvolvimento
do homem e da sua sociedade em transmitir conhecemos e as suas manifestações culturais,
porém a institucionalização da educação em Moçambique só veio a ser notória com a chegada
dos portugueses a Ilha de Moçambique em 1498, antes disso não há nenhum relato escrito que
evidencie a presença da acção educativa institucional. De realçar que numa primeira fase não se
via a educação institucional, pois o objectivo dos portugueses era a dominação e o controle
comercial de Moçambique, não obstante a isso, com o passar do tempo e com o crescimento do
comércio, surge a necessidade de se educar o homem.
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O sistema educativo para os Africanos estava dividido em dois níveis, nomeadamente o ensino
rudimentar e o ensino primário, o primeiro nível compreendia a iniciação e a 1ª e 2ª classes e o
segundo nível a 3ª e a 4ª classe e a admissão ou preparação para ingressar no ensino secundário.
No que diz respeito a formação dos Professores primários durante o período colonial,
podemos destacar que no ano de 1940 Moçambique contava apenas com uma escola do governo
para a formação dos professores, porém esta mesma escola foi encerrada no mesmo ano em
consequência do acordo missionário, no qual, a tarefa de formação dos professores passava a
estar a cargo da igreja católica, importa realçar que a formação só começou a ser levada a cabo
em 1945 nas mesmas instalações onde funcionava a antiga escola, com o decorrer do tempo o
número de escolas veio a crescer e consequentemente o número de alunos.
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Como abordamos no capítulo anterior, o governo colonial levou a cabo a educação para todos,
depois de concluir o ensino primário para os indígenas, alguns jovens Moçambicanos
conseguiram ter acesso ao ensino secundário. No entanto esse ensino era feito de forma
diferenciada para com os filhos dos colonos, a minoria população negra sentia-se insatisfeito, o
que contribui para a criação dos primeiros grupos de jovens estudantes africanos, que em forma
de textos literários expressavam a sua insatisfação. De realçar que foi a partir destes grupos que
surgiram os primeiros movimentos de libertação conhecidos a nível da África.
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Com o primeiro congresso, foi lançada uma campanha de sensibilização nas comunidades, com
vista a explicar os propósitos da luta armada. E em 1964 iniciou a luta armada contra o regime
colonial português, depois da declaração feita pelo Dr. Eduardo Mondlane ao 25 de Setembro do
mesmo ano. De realçar que durante o mesmo congresso a educação serviu de ponte de
comunicação na sensibilização das massas e preparação para a guerra.
F
ot
o
Ainda no processo de luta de libertação, a FRELIMO procurava colocar escolas nas zonas
conquistadas, onde era leccionados diversos conteúdos sobretudo de carácter Moçambicano,
como é o caso da História e Geografia de Moçambique, a criação das escolas nas zonas
libertadas contribuiu bastante para o desenvolvimento da educação até se chegar ao que
vivenciamos nos dias actuais.
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Ainda neste período podemos destacar que foram levados a cabo diversos eventos que tiveram
um marco bastante significativo, como a assinatura dos acordos de Lusaka em 1974, que
constituíram uma vitória para FRELIMO, visto que trouxe para o partido uma independência nos
seus ternos.
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No que diz respeito a educação, com a tomada de posse do novo governo, o governo de
transição, à 20.04.1974 este tomou como prioridade a educação, com vista a evitar o caus que ia
se estalar neste sector devido a saída dos missionários portugueses.
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Um dos grandes desafios deste governo no que tange à educação, foi levar o país todo a uma
experiência educacional, porém desde cedo a FRELIMO colocou a educação como um dos
pontos prioritários na sua política de libertação nacional, dai que na medida em que as zonas
eram libertadas, o partido procurava implementar escolas, com vista a promover a
Com o fim do colonialismo, a educação de todo o país começou a registar novos desafios e
objectivos, onde podemos destacar a criação de um homem novo e a nacionalização do ensino,
no qual todos os conteúdos leccionados passava a ser voltados à cultura moçambicana.
Em 1983 o foi estabelecido o Sistema Nacional da Educação (SNE), com vista a proporcionar
uma educação para todos os moçambicanos, assim como romper com o sistema herdado do
colonialismo e melhorar alguns aspectos que foram implementados logo depois da
independência nacional.
Com vista a responder este sistema foram criados grupos de trabalho, que se dedicavam na
elaboração dos objectivos dos subsistemas de educação geral e da educação de adultos, assim
como na elaboração de livros e manuais de ensino, esses grupos eram constituídos na sua
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maioria por professores. No que diz respeito ao currículo, podemos destacar a priorização do
ensino primário e os primeiros anos da educação de adultos.
O sistema nacional da educação (SNE) é orientado por leis que regem o funcionamento mesmo,
no entanto desde a sua implementação foram criadas leis como a 1ª lei do SNE, lei 4/83 que foi
revogada pela lei 6/92, a mesma foi revogada pela lei 18/2018 em vigor actualmente, a
substituição de cada lei tinha por objectivo melhorar o processo de ensino e aprendizagem. De
salientar que cada uma das leis era dividido em subsistemas que permitem a fácil compreensão e
planificação de cada nível de ensino.
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9. Nota reflexiva
Finda a realização do presente portefólio, sentimo-nos bastante enriquecidos e congratulados em
poder elaborar o mesmo, pois compreendemos que antes da chegada dos portugueses a ilha de
Moçambique, não se tem nenhum relato escrito que evidencie a presença do acto educacional em
Moçambique, porém ao analisar se a definição do conceito educação segundo alguns autores,
podemos concluir que a educação sempre fez parte da vida humana e o mesmo acontece com
Moçambique, de forma informal, a educação esteve presente, visto que foi por meio desta que a
instrução para a construção de grandes obras arquitectónicas na ilha de Moçambique foi possível,
e no exercício das actividades quotidianas e na transmissão de conhecimentos em todas áreas da
vida humana. Não obstante a isso, não podemos deixar de enaltecer o contributo que a
formalização da educação que os portugueses trouxeram teve e que ainda tem para o
desenvolvimento da educação que se tem nos dias actuais.
A introdução do ensino rudimentar (ensino para indígenas), teve um contributo na criação dos
movimentos de libertação que levaram a cabo a independência de Moçambique, pois criou nos
"indígenas " uma sede de liberdade e transformação. Com a proclamação da independência de
Moçambique, viveu -se nos primeiros anos um período de caus na educação, mesmo com os
esforços do novo governo em Evita-lo, isso porque muitos moçambicanos já tinham o direito a
educação, o que provocou um alto crescimento de indivíduos a aderirem a educação e ao mesmo
tempo, via-se uma fraca de nada de professores e escolas, pois grande parte das infra-estruturas
educacional foram destruídos com a guerra de libertação e os poucos professores missionários
havia regressado a Portugal, por esta razão foram criadas vias alternativas para responder essa
demanda. Todo esse processo favoreceu para a criação dos sistemas de educação e a melhor
organização do ensino que temos nos dias actuais.
10. Bibliografia
1. GOMEZ, Miguel Buendia. Educacao moçambicana: história de um processo, 1962-1984.
Livraria Universitaria 1999.
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1
2. Objectivos.................................................................................................................................1
2.1. Geral.....................................................................................................................................1
2.2. Específicos............................................................................................................................1
3. Metodologia..............................................................................................................................2
4. Fundamentação teórica.............................................................................................................3
9. Nota reflexiva.........................................................................................................................29
10. Bibliografia.........................................................................................................................30