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Escola Secundária de Mafambisse

Classe: 11°
Turma: A01
Curso: Diurno
Trabalho de: Psicologia e Pedagogia

Tema: História de Moçambique antes da Independência

3° Grupo
Membro do grupo:
1. Joaquina Batista. N° 31.
2. Jossias mucharavene. N° 33.
3. Julieta Raul. N° 34.
4. Lodovina Arlindo. N° 35.
5. Luísa Luís. N°36.
6. Maldo Antônio 37.
7. Manuel Abílio 38.
8. Marcelina Paulo. N° 39.
9. Marta Joaquim. N° 40.

Mafambisse
Junho/2023

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Membros do grupo
Joaquina Batista…31
Jossias mucharavene..33
Julieta Raul..34
Lodovina Arlindo..35
Luísa Luís..36
Maldo Antônio 37
Manuel Abílio..38
Marcelina Paulo..39
Marta Joaquim..40

História de Moçambique depois da Independência nas zonas libertadas

História de Moçambique

Trabalho de Psicologia e Pedagogia apresentado


na Escola Secundária de Mafambisse
Prof. Joana C. Muromo

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Mafambisse
Junho/2023

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Índice
História de
Moçambique……………………………………………………………………………………1.
Objetivo da educação nas zonas ……………………………………………………………….2.
O período antes da independência…………………………………………………………….3.
O período colonial (1845-1974)……………………………………………………………….4.
Características…………………………………………………………………………………5.
A educação no Governo no período de transição (1974-1975)………………………………..6.
A educação após a independência ……………………………………………………………..7.
Antes do Sistema Nacional de Educação (1975-1982)…………………………………………8.
O surgimento da lei 4/83 (1983-1991)………………………………………………………….9.
O surgimento da lei n° 6/92 (1992-2018)…………………………………………………….10.

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Introdução
Neste presente trabalho tem como o tema central Finalidade e objectivo da educação em
Moçambique em diferentes momentos históricos. De referir que a educação passou por várias
transformações, de acordo com os períodos em ela atravessou, visto que com a chegada dos
portugueses deixou de ser o que era, isto é tomou uma nova visão, neste período Moçambique
consegui libertar outras zonas, onde conseguiu também impor um outro modelo de educação
e em fim depois a educação conheceu já uma grande evolução, pois muitos moçambicanos
que não tinham acendido a educação passaram a ter e o número de analfabetos se reduziu.

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Objectivo Geral:
Compreender a finalidade e objectivo da educação em Moçambique em diferentes
momentos históricos.

Objectivos Específicos:
Descrever finalidade e objectivo da educação em Moçambique em diferentes momentos
históricos. Identificar os sistemas de educação implementados em Moçambique no período
colonial e pós-independência. Conhecer o processo de Sistema Nacional de Educação.
Metodologia
A metodologia e técnicas de pesquisa usadas consistiram em selecção, leituras, análises de
várias obras bibliográficas, em seguida que culminará com a compilação de dados em trabalhos.

História de educação de Moçambique nas zonas libertadas após a


independência

O I Congresso da FRELIMO (Setembro de 1962) determinou a criação de escolas em


zonas onde fosse possível. Foram definidas funções específicas para a educação:
a escola devia satisfazer o conhecimento verdadeiro que se adquire através da
descoberta da natureza, da sociedade e das leis que as regem; e fornecer soluções para
os problemas que surgem na vida quotidiana da comunidade, aprendendo da
comunidade.
No entanto, por outro lado, marcava o início de novos desafios, uma etapa de
contradições de outro tipo. Não se tratava apenas, de conduzir militarmente e luta pela
liquidação total e completa do colonialismo, mas de iniciar ao mesmo tempo o processo
de construção e consolidação de unidade nacional, numa dimensão político
cultural mais abrangente para a edificação de uma Nação.
Satisfazer as necessidades da sociedade fornecendo (…) soluções para problemas que
surgem na vida quotidiana da comunidade. [Com base no conhecimento científico], a
escola deve saber extrair todas as experiências da comunidade a fim de estudá-las e
interpretá-las para mais tarde voltar a devolvê-las à comunidade já mais desenvolvidas
na forma de conteúdo (FRELIMO, 1970:21). Da citação acima exposto, conclui-se
que a aprendizagem da língua correspondia à aquisição do domínio do “código”
como sistema formal, como um conjunto de regras que possibilitam combinar as
categorias abstractas da língua. A língua era, desse ponto de vista, um sistema de

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comunicação sempre obediente ao sistema de significação então circulante nos meios
administrativos ligados ao poder. Rama (1985:79) expressa melhor a ideia: “A letra
apareceu como a alavanca de ascensão social, da responsabilidade política e da
incorporação aos centros do poder

Objectivos da educação nas zonas libertadas

Nas zonas libertadas um slogan da FRELIMO era educar ao homem para


ganhar a Guerra, criar nova sociedade e desenvolver o país; A novidade foi de ‘’criação
de novas escolas com centro de Aprendizagem, um espaço onde o conhecimento
era sistematizado, elaborado e transmitido’’, a educação Colonial era um processo
de alienação ou moralização dos indígenas, isto é, preparação de futuros
trabalhadores rurais e artífices» (MAZULA, 1995:79).
Preparação da criança para vida social, isto para os não indígenas, «Formar indígenas a
consciência de cidadão português e prepará-lo para a luta da vida, tornando-se mais útil
à sociedade e a si próprio. Nacionalizar o indígena das colónias, difundindo entre eles a
língua e os costumes portugueses» (Idem). Colonizar as culturas ditas tradicionais e
substituí-las com as modernas, formar os moçambicanos em verdadeiros
portugueses, formar bons trabalhadores agrícolas e artífices que viriam garantir
rendibilidade da economia colonial.
A educação em Moçambique não teve sempre as mesmas características, conforme
constatou na reflexão que acabou de fazer. Deste modo, considerando a Independência
Nacional (1975) como marco referencial, a caracterização da educação em Moçambique
pode ser dividida em dois grandes períodos: o período antes da Independência e o
período pós-Independência.

Educação antes da Independência

A história da educação em Moçambique antes da Independência pode ser dividida em


duas etapas relevantes: a educação no período colonial e a educação no governo de
transição.

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A Educação no período colonial (1845 – 1974)

A educação neste período foi caracterizada pela dominação, alienação e cristianização.


Foi o período em que surgiu a primeira regulamentação do ensino nas colónias, período
da Monarquia em Portugal, a 2 de Abril de 1845. A 14 de Agosto do mesmo ano, foi
estabelecido um decreto que diferenciava o ensino nas colónias e na Metrópole e criava
as escolas públicas nas colónias.
Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução
primária no ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras
escolas primárias na Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e
Lourenço Marques.
Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução
primária no ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras
escolas primárias na Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e
Lourenço Marques.
A 30 de Novembro de 1869, foi reformado o Ensino Ultramar, onde se decretava o
ensino primário obrigatório, dividido em dois graus, com duas classes cada, em que as
escolas estavam sob tutela das missões católicas.
Em 1912 foi criada, em Lourenço Marques, a primeira escola secundária em
Moçambique.

Dois subsistemas de ensino do sistema de educação colonial


Um dos maiores marcos da educação colonial em Moçambique é a vigência de dois
subsistemas de ensino, nomeadamente:
Ensino Oficial – para os filhos dos colonos ou assimilados;
Ensino rudimentar – para os chamados “indígenas”- os nativos.
Neste sentido, o sistema de ensino em Moçambique era de dois tipos, correspondendo a
duas concepções de educação – para indígenas e educação da elite, para o colonizador e
assimilado.

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O ensino oficial destinava-se à transmissão de valores e padrões aristocráticos. O ensino
para indígenas era para o povo colonizado que praticamente estava reduzido apenas a
aprender a ler, escrever e a domesticação.

Características

O subsistema de Educação Geral é o eixo central do SNE e conforme a


afirmação integral e politécnica base para o ingresso em cada nível dos diferentes
subsistemas de educação”.
Os Níveis e conteúdos deste subsistema constituem ponto de referência para todos os
subsistemas do SNE.
O subsistema de educação de adultos compete a alfabetização e educação da população
maior de 15 anos, de modo a segurar uma formação científica geral e o acesso
aos vários níveis de educação técnico-profissional, educação superior e formação
de professores”. A formação dada por este subsistema corresponde à formação dada
pelo subsistema de Educação Geral. Ela deve ser adequada às necessidades do
processo do desenvolvimento e da construção da sociedade socialista realizada
com base na experiência social e profissional do trabalhador, numa metodologia
ligada à sua realidade.

Características do subsistema da Educação de Técnico-profissional

O sistema de educação técnico-profissional constitui o principal instrumento para


a materialização da política de formação da força de trabalho qualificada em resposta às
exigências do desenvolvimento económico e social do país, e caracteriza-se Pela função
que desempenha no crescimento quantitativo e qualitativo da força do trabalho
qualificada, dando aos jovens e trabalhadores uma formação integral; Pela ênfase na
formação profissional; Pelo carácter terminal da formação

Características do subsistema de formação de Professores

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O subsistema de formação de professores assegura uma qualificação pedagógica,
metodológica, científica e técnica de corpo docente para os vários subsistemas e tem um
carácter profundamente ideológico que confere ao professor a consciência de classe que
o torna capaz de educar o aluno nos princípios do Marxismo-Leninismo. O subsistema
de Educação Superior realiza a formação de profissionais técnicos e científicos
com um alto grau de qualificação e um profundo conhecimento da realidade nacional e
das leis do desenvolvimento da natureza, da sociedade e do pensamento, para participar
no desenvolvimento e defesa do país e da revolução. A formação neste subsistema
realiza-se em estreita ligação com a investigação científica. Este subsistema
destina-se aos estudantes que terminam o nível médio da educação geral ou
equivalente dando prioridade aos filhos dos operários e dos camponeses
cooperativos e aos combatentes e trabalhadores de vanguarda. Em casos especiais, a
definir pelo Ministro da Educação e Cultura, poderão ingressar neste subsistema alunos
que não tenham as habilitações referidas no número anterior. O Ministro da Educação
e cultura definirá a duração dos estudos que devem corresponder a cada currículo e
os graus e títulos a atribuir

Foi a partir de 1930, com a assinatura dos acordos missionários (A concordata em 1940
e o Estatuto missionário em 1941) que o governo impôs uma política rigorosa de
educação e assimilação em Moçambique. Com a assinatura da Concordata e do Estatuto
Missionário, o Estado transferiu para a igreja a sua responsabilidade sobre o ensino
rudimentar, comprometendo-se a dar um apoio financeiro às missões e às escolas
católicas.
Enquanto nas zonas rurais os moçambicanos dispunham de escolas das missões, os
centros administrativos dispunham de escolas oficiais e particulares para os brancos e
assimilados. Era um ensino relativamente evoluído em comparação com o ensino para
indígenas.

A educação no Governo de Transição (1974-1975)

Este período é consequência dos acontecimentos destacados nos anos anteriores. Por
exemplo, a fundação da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), em 1962,
permitiu o desencadeamento da luta armada para a libertação nacional, na sequência da

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qual, com os Acordos de Luzaka em 1974, condicionou o surgimento do Governo de
Transição. Assim, uma das razões que leva à consideração deste período prende-se com
o facto de que grande parte das transformações no campo educacional aplicadas a nível
nacional teve como origem as experiências levadas a cabo pela FRELIMO e resultam da
visão deste movimento sobre o modelo de sociedade pretendido e os princípios
defendidos durante a Luta Armada.
A FRELIMO implementou um tipo de escola ligada ao povo, às suas causas e
interesses. A educação realizada nestas escolas era essencialmente política e ideológica,
uma vez que estava condicionada pelos factores que têm a ver com a natureza
revolucionária da luta conduzida pela FRELIMO.

A educação pós – Independência

Ao longo deste período, o sistema educativo sofreu várias reformas que tinham em vista
adequar a formação dos moçambicanos aos contextos sócio-políticos, económicos e
culturais, marcado pelo alcance da Independência, em 1975. Neste período, destacam-se
como principais marcos: o surgimento da lei 4/83; da lei 6/92; e da Lei 18/2028.

Antes do Sistema Nacional de Educação (1975–1982)

Neste período registaram-se os seguintes factos:


A nacionalização da educação a 24 de Julho de 1975, e a consequente suspensão de
todas as formas do sistema do ensino colonial português;
A proclamação do direito à educação para todos os moçambicanos, pela Constituição da
República Popular de Moçambique (20 de Junho de 1975) e a consequente massificação
do acesso à educação em todos os níveis de ensino;
A introdução de um currículo educacional transitório do sistema colonial português para
o nacional (1975);
A criação dos centros de formação de professores primários e a consequente abolição
das instituições portuguesas vocacionadas à formação de professores (1975).

O surgimento da lei 4/83 (1983 – 1991)

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Em 1983, procedeu-se à introdução do Sistema Nacional de Educação (SNE), através da
Lei nº 4/83.
Em 1990, é introduzida a Constituição da República, que possibilita a reabertura do
ensino particular em 1991 e o reajustamento da Lei do SNE.

O surgimento da Lei nº 6/92 (1992 – 2018)

A lei nº 6/92 surgiu para reajustar a lei 4/83. Em 2004 é introduzido o Plano Curricular
do Ensino Básico, ora em vigor, em consequência da reforma do currículo escolar
anterior (vide REGEB 2008).
Neste período, nota-se uma educação democrática, baseada na aplicação de métodos de
aprendizagem centrados no aluno, em função da evolução das ciências da educação e do
contexto em que a aprendizagem ocorre.
O surgimento da Lei nº 18/2018
Esta lei traz as seguintes alterações ao SNE:

 Introdução da educação pré-escolar;


 O ensino primário em seis classes;
 O ensino bilingue como modalidade do ensino primário;
 O ensino básico obrigatório gratuito de nove classes;
 O ensino secundário de seis classes;
 O ensino à distância como modalidade do ensino secundário e superior;
 O perfil de ingresso para formação de professores;
 A Educação Inclusiva em todos os níveis de ensino;
 A educação vocacional.

O Ensino secundário (da 8ª à 10ª classes) ;


O ensino Pré-universitário (11ª e 12ª classes) e também fazem parte a educação Pré-
escolar e o ensino Especial e Vocacional.
Subsistema de Educação de Adultos (SSEA), que compreende:
O ensino Primário (1º nível: 1º e 2º Graus que correspondem à 5ª e 7ª classes
respectivamente);

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O ensino secundário (2º nível: corresponde à 11ª classe)
O ensino Pré-universitário (3º nível: corresponde à 12ª classe).
Subsistema de Formação de Professores (SSFP), corresponde:
➢ Nível Médio e Superior Subsistema de Educação Superior (SSES). Níveis,
estrutura-se por quatro (4) níveis: Primário,
➢ Secundário, Médio e Superior.
➢ Ensino à Distancia

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Conclusão
Após o término do trabalho, concluímos que antes do colonialismo a educação
era transmitida através de fontes orais. Com chegada dos portugueses, a educação,
verificou mudanças, o português passou a impor regras de ensino, onde só participavam
do ensino qualificado os filhos dos mesmos e os assimilados. Como os
portugueses tinham dificuldades na comunicação com os indígenas, viram uma
necessidade de ensinar a língua para melhor se comunicarem com os indígenas No
período pós colonial o efectivo dos alunos nas escolas cresceu e a educação atingiu
assim o seu auge. Os mais de 10 milhões de analfabetos começaram a se alfabetizar
visto que a educação no período colonial só era garantida para os colonos e já neste
momento ficou garantida para todos moçambicanos e de uma forma igual. Nas escolas
começaram a se introduzir novas disciplinas e já nesse período a educação
estava dividida em ensino primário, secundário e superior, Portanto os
moçambicanos começaram a ser educados para tomar consciência dos seus direitos
que não era valorizados pelos colonos, tirar a mentalidade colonial, formar
intelectuais, quadros políticos e económico para desenvolver o país.

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Referência Bibliográfica

Castiano, J , Ngoenha, S e Berthoud, G (2005). A longa marcha de uma educação para


todos em Moçambique. Maputo: Imprensa Universitária.
Gasperini, L (1989). Moçambique: educação e desenvolvimento rural. Roma: Edizioni
Lavoro.
Golias, M. (1993). Sistema de Ensino em Moçambique. Maputo: Escolar.
Gomez, B. M.(1999) Educação Moçambicana – História de um processo (1962-1984).
Maputo: Livraria Universitária.
Mazula, B. (1995). Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985. S/L:
Edições Afrontamento e Fundo Bibliográfico de Lingua Portuguesa.

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