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BELÉM
2022
Ellen Thamires Allen – 20060092
BELÉM
2022
Medida Provisória nº 925, de 18 de março de 2020
Introdução
Destacasse que a referida medida não acarretara danos aos cofres do Estado, uma vez
que tais medidas são de cunho protelatório e visam apenas o retardamento do pagamento de
débitos com o Poder Público. Além do mais, essa medida servira também para ajudar as
empresas do setor aqui exposto não só honrar os compromissos firmados, como também
acalentar os ânimos dos clientes, posto que terão um prazo maior para reembolsar o valor devido
referente aos voos cancelados ou adiados por prazo indeterminado.
Desenvolvimento
Diante dos problemas sofridos pelo setor de aviação civil, o Governo Federal, com o
intuito de regulamentar os procedimentos de reembolso referente aos cancelamentos e tomar
medidas que possam de algum modo auxiliar as companhias aéreas nesse momento de crise do
setor, instaurou, no dia 18 de março de 2020, a Medida Provisória nº 925, a qual sofreu
alterações em sua redação original para assim ser convertida na Lei nº 14.034/2020 e sancionada
no dia 5 de agosto de 2020. A Lei, que busca minimizar os efeitos da crise do setor da aviação
civil brasileira, prevê medidas emergenciais as quais alteram diversos dispositivos do
ordenamento jurídico pátrio, como o Código Brasileiro de Aeronáutica, inclusive no que diz
respeito ao inadimplemento no contrato de transporte aéreo. Os fornecedores alegavam que a
economia, como um todo, estava sofrendo as consequências das restrições da circulação de bens
e serviços, inclusive ressaltam que o serviço de transporte aéreo, por suas particularidades,
sofreu imediata e drasticamente a maior parte das consequências da pandemia. Ademais, foi
relatado que as áreas de transporte aéreo e turismo são responsáveis por 10% do Produto Interno
Bruto mundial, pleiteando a sua proteção para a recuperação da economia. Neste sentido,
sustentam a campanha “não cancele, remarque”, defendendo justamente que os consumidores
priorizem a remarcação em detrimento do simples cancelamento. Nesse cenário, as
consequências para as pessoas físicas e jurídicas envolvidas com a aviação civil se tornaram
mais relevantes para o Direito, tanto em relação ao consumidor quanto em relação à
sustentabilidade das empresas aéreas. Assim, a vulnerabilidade do consumidor se tornou mais
evidente, pois os cancelamentos de voos ou eventos previamente agendados forçaram a
mudança de planos e consequentemente prejuízos não planejados.
A política normal de cancelamentos ou alterações de datas feitas pelo consumidor prevê
multas e taxas. Essas penalidades possuem o objetivo de desestimular a mudança de planos do
consumidor em relação aos voos adquiridos. Porém em um contexto de pandemia decretada, a
realização de uma viagem pode significar uma exposição do consumidor e de toda a
comunidade a um risco aumentado de que a doença se espalhe ainda mais. Desta forma, o
consumidor ficaria entre arcar com as multas e taxas do cancelamento ou se expor mais ainda
ao contágio do vírus. A partir desse cenário caótico se tornando cada vez mais evidente, o
Estado não pode se omitir de atuar, pois os casos de demandas judiciais e prejuízos ao
consumidor seriam inevitavelmente crescentes
Diante disto, a Lei 14.034/20 foi aprovada pelo Senado e sancionada pelo Presidente da
República, tendo como principal finalidade socorrer as companhias aéreas e concessionárias de
aeroportos, afetadas pela crise do setor, além de disciplinar o reembolso e a remarcação das
passagens aéreas de voos cancelados durante o período da pandemia. Cumprindo e sendo
relacionada desta maneira, ao princípio da economicidade, que trata-se da obtenção do melhor
resultado estratégico possível de uma determinada alocação de recursos financeiros,
econômicos e/ou patrimoniais em um dado cenário socioeconômico. Tendo como objetivo
realizar o máximo rendimento dos recursos disponíveis, com a utilização de um método de
apropriação de dados que leva em conta os interesses da coletividade e os fatores sociais do
mercado, num determinado tempo e espaço.
Após isto, podemos avaliar o princípio da busca do pleno emprego. Tendo como
objetivo entender a busca do pleno emprego como forma de aplicação da função social dentro
do regime de insolvência empresarial, contida dentro da lei de falências e recuperações de
empresas, e tem por objetivo principal preservar a atividade empresarial, por ser muito
importante para a manutenção e oferta de empregos a população, diminuindo assim o
desemprego, como também melhora as economias públicas, melhorar os serviços adquiridos
pois incentiva a competitividade e melhora também os desempenhos dos funcionários. Porém
podemos também avaliar a dificuldade da sua implementação no sistema jurídico brasileiro,
pois são discutidas a partir de um novo prisma do que viria a ser a função social da empresa.
Essa análise é feita a partir do estudo das recentes alterações sociais da atividade econômica
especializada e na legislação falimentar, instrumento esse que se configura como incentivo ao
agente privado na busca de emprego.
Opinião do grupo
Logo, a opinião do grupo mediante o presente trabalho afirma que as medidas tomadas
pelo Estado estão alinhadas com a Teoria da Escolha Pública, a qual se dá quando o Estado
aplica um método de soluções para problemas onde busca a pacificação. E tais medidas estão
de acordo com os princípios supracitados e os mesmos ajudam a reduzir impactos causados
dentro de cenários de emergência, como o princípio da economicidade, que busca obter o
melhor resultado estratégico possível de uma determinada locação de recursos financeiros, e
assim, realiza o máximo rendimento de recursos disponíveis. Contudo, apesar dos esforços de
equilibrar a economia, houve um grande número de desemprego devido a empresas não se
adaptarem ao novo acontecimento atípico. Logo, a medida em questão foi muito útil, pois ela
pode ajudar as empresas de aviação civil da melhor maneira possível, como na remarcação de
voos, e não no seu cancelamento, fazendo com que as empresas tivessem um prazo maior para
devolverem os valores cobrados aos clientes. Sendo assim, buscando um equilíbrio econômico
e não gerando maiores dados nem para as empresas, nem para os clientes e muito menos na
economia do Estado.
Bibliografia
Conselho Nacional de Justiça. Cartilha do Transporte aéreo, maio de 2021. Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/05/cartilha-transporte-aereo- CNJ_2021-05-
20_V10.pdf.
http://m.monografias.brasilesescola.uol.com.br
https://www.conjur.com.br/2015-nov-08/estado-economia-principio-subsidiariedade- autorita