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As provas projetivas são utilizadas no contexto

psicopedagógico como um meio de análise e depuração do


sistema de hipóteses e devem ser aplicadas quando há
suspeita de implicações emocionais ou vínculos negativos
com a aprendizagem.

Quando se aplica uma prova projetiva o sujeito projeta para fora de si o que se


recusa a reconhecer em si mesmo ou o ser em si. Através das provas
projetivas pretende-se que haja a manifestação do inconsciente, sem medos
e/ou repressões. Aparecem aqui, através de estímulo, manifestações
inconscientes com marcas deixadas pelas vivências dos sujeitos.
Ao se aplicar as provas projetivas o terapeuta deve ter a clareza de que elas
expressam uma realidade subjetiva relacionada com a vivência particular do
indivíduo. Não se trata da  realidade como ela é e sim a realidade que o
sujeito vê.  As provas projetivas devem ser adaptadas ao tipo de
investigação que se pretende realizar e a especificidade do indivíduo.

Entre as técnicas projetivas há vários tipos de desenhos


para solicitar, dentre eles:

Teste do desenho (desenho livre com expressão oral sobre o que foi desenhado).
 
Teste do desenho do par educativo (a criança desenha uma situação em que está
aprendendo algo novo).
 

Teste do desenho da casa (para possibilitar a criança a expressão do ambiente em


que ela mora).
Teste do desenho do que mais gosta de fazer (arguir a criança sobre a predileção).
 

 Teste da família prospectiva (pedir que a criança projete a visão de sua família em
períodos diferentes, a curto, médio e longo prazo).
Teste de visão de futuro (explorar o que a criança quer ser, fazer, qual o objetivo
no futuro).
 

Através do desenho a criança muitas vezes manifesta sentimentos e desejos que


não consegue expor verbalmente. Segundo Piaget (1985, p.79.):

[…] a despeito da espantosa diversidade das suas manifestações, a função


simbólica apresenta notável unidade. Quer se trate de imitações diferidas,
de jogo simbólico, de desenho, de imagens mentais, e de lembranças-
imagens ou de linguagem, consiste sempre em permitir a evocação
representativa de objetos ou acontecimentos não percebidos atualmente.

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