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XIX Encontro de Pesquisa em Ensino de Física – 2022

KALIMBA, UM INSTRUMENTO AFRICANO PARA CONTEMPLAR A


ALEGRIA NA SALA DE AULA

KALIMBA, AN AFRICAN INSTRUMENT FOR CONTEMPLATING JOY


IN THE CLASSROOM

Profa. Mestranda Fernanda Luiza de Souza Farias1, Prof. Doutor Emerson


Ferreira Gomes2

Instituto Federal (IFSP)/Campus São Paulo/fernanda.luiza@aluno.ifsp.edu.br 1


Instituto Federal (IFSP)/ Campus Boituva/
emersonfg@ifsp.edu.br2

Resumo

O presente trabalho tem o intuito de refletir sobre o ensino de física com


instrumentos africanos, mais precisamente a kalimba. A kalimba é um instrumento
gracioso capaz de trazer alegria através de sua musicalidade e, a partir da
apresentação desse instrumento, podemos indagar aos alunos sobre os motivos que
nos levam conhecer determinado instrumento e não outros, refletindo sobre o
apagamento da cultura afrodescendente. Esse instrumento pode ser encontrado em
diversos países do continente africano. No âmbito da disciplina de física no ensino
médio, o intuito é contemplar a Lei 10.639/2003, e, portanto, os conteúdos de história
e cultura africana e afro-brasileira, nos currículos escolares. Além disso, a pesquisa
desenvolvida nesse trabalho pretende também superar os desafios encontrados e
enfrentados no interior do sistema educacional a fim de tornar possível, aos
estudantes do ensino médio, o conhecimento das contribuições que as sociedades
africanas deram para a ciência, já que os recortes que trazemos para sala de aula são
geralmente europeus.

Palavras-chave: Instrumento africano, educação antirracista, ondas sonoras

Abstract

This work aims to reflect on the teaching of physics with African instruments,
more precisely kalimba. Kalimba is a graceful instrument capable of bringing joy
through its musicality and from the presentation of this instrument we can question
students about the reasons that lead us to know a certain instrument and not others,
reflecting on the erasure of the afro descendant culture. This instrument can be found
in several countries of the African continent. Within the discipline of physics in high
school, the intention is to contemplate Law 10,639/2003, and, therefore, the contents
of African and Afro-Brazilian history and culture in school curricula. In addition, the
research carried out in this work also aims to overcome the challenges faced within
the educational system to make it possible for high school students, knowledge of the
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contributions that African societies have made to science, since the topics we bring to
the classroom are generally European.

Keywords: African instrument, anti-racist education, sound waves

Introdução

Durante a pandemia, ensinar mostrou-se desafiador e a volta para a escola


também. Com o intuito de trazer alegria aos alunos e recepcioná-los de maneira mais
agradável, foi proposto para eles que trouxessem seus instrumentos musicais para
escola, para que iniciássemos as aulas de física tocando um instrumento. Para minha
surpresa, não apareceu nenhum instrumento de matriz africana, mesmo os alunos
sendo na sua maioria afrodescendentes. Por isso, foi realizada uma pesquisa a partir
da lei 10639/03, que “determinou que os estabelecimentos de ensino fundamental e
médio, oficiais e particulares estão [...] obrigados a ofertar o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira” (PINHEIRO; ROSA, 2018) e, então, elaborada uma sequência
didática para apresentar aos alunos a kalimba, instrumento musical de matriz africana.
O referencial pedagógico para propor a atividade vem do livro “Alegria na
escola”, escrito por Georges Snyders, que descreve que uma reforma na formação
dos professores seria que pudéssemos atingir um entusiasmo cultural, confiar que a
cultura que ensinamos pode dar satisfação aos alunos. Na escola, pode-se conhecer
alegrias diferentes que as da vida diária, coisas que sacodem, interpelam, fazendo
com que os alunos mudem algo em sua vida (SNYDERS, 1988, p.14), portanto a
proposta de apresentar a kalimba.
Ao propor aos alunos a interação entre seus instrumentos, estamos
proporcionando conforto, bem-estar, prestígio; em seguida, vitalidade, o dinamismo e
a coragem das atuações, pelo que o indivíduo se sente bem na sua pele. O espaço
escolar é um ambiente onde a “cultura primeira” trazida pelo estudante, aquela que é
decorrente da “experiência direta da vida” ou da recepção dos produtos da cultura de
massa, cultura que tranquiliza e procura acalmar as angústias, deve ser incorporada
ao processo educacional, no sentido que traz a satisfação ao educando (SNYDERS,
1988, p. 36).
Contudo, os alunos não apresentaram instrumentos de matriz africana, em
suma isso ocorre pelo apagamento dos saberes construídos pelos povos africanos.
Nos últimos anos, a problemática das relações entre educação e diferenças culturais
tem sido objeto de inúmeros debates, reflexões e pesquisas, no Brasil e em todo o
continente latino-americano. As questões e os desafios se multiplicam. As buscas de
construção de processos educativos culturalmente referenciados se intensificam
(OLIVEIRA, CANDAU, 2010, p.16).
O eurocentrismo contido em nosso currículo impacta de maneira negativa a
construção da identidade das crianças afro-brasileiras (GOMES, 2018), o currículo
que apresentamos ao educando silencia e produção científica dos povos de matriz
africana. O apagamento da cultura desses povos está vinculado ao epistemicídio que
trata do apagamento cultural e epistemológico produzido por povos de outros lugares
do mundo.
Para pesquisadora Sueli Carneiro (2005), o conceito de epistemicídio é útil
para debatermos sobre as desqualificações constantes atribuídas aos sujeitas/os afro-
brasileiras/os e seus conhecimentos,
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O Não ser construído afirma o Ser. Ou seja, o ser constrói o Não Ser,
subtraindo-lhe aquele conjunto definidoras do Ser pleno: autocontrole,
cultura, desenvolvimento, progresso e civilização no contexto da relação de
dominação e reificação do outro, instalada pelo processo colonial, o estatuto
do Outro é o de ‘coisa que fala’ (CARNEIRO, 2005, p.99).
A consequência desse ato é o desconhecimento de outros instrumentos pelos
alunos.
Apresentar características físicas da kalimba em sala de aula contribui para a
mostrar a diversidade de instrumentos construídos pela humanidade. Sabemos que
os instrumentos apresentam características comuns, mas os apresentados em sala
são aqueles que constituem o movimento harmônico. Os instrumentos que constituem
as séries harmônicas são importantes, mas poderíamos apresentar também aqueles
que não possuem a série harmônica, ampliando a quantidades de instrumentos que
podem ser abordados no ensino de física.
Para sequência didática, foi elaborado um questionário escrito (diagnóstico)
sobre ondas mecânicas, com enfoque em instrumentos musicais, envolvendo,
particularmente, instrumentos relacionados ao conhecimento de africanidades. Nesse
sentido, o material em questão buscou auxiliar os estudantes proporcionando a eles
uma reflexão com o intuito de contribuir no processo de ensino-aprendizagem da
história e da ciência, tendo como foco a aplicação da lei 10.639/03, contemplando
aspectos de ondas mecânicas.
A atividade de pesquisa foi desenvolvida com a kalimba, instrumento musical
de matriz africana, com alunos da 2° série do ensino médio, em uma escola pública
em que atuo como professora efetiva.

Objetivo

Este trabalho tem como objetivo principal introduzir conceitos de ondulatória


a partir do instrumento musical chamado Kalimba na disciplina de física, no ensino
médio regular para proporcionar um ambiente que contemple a alegria, a diversidade
trazendo a kalimba para contemplar a lei 10639/2003 e o conhecimento das
contribuições que as sociedades africanas deram para a ciência.
Para realização desse trabalho, foi necessário estabelecer os seguintes
objetivos específicos:
1.Apresentar e desenvolver um diálogo sobre os instrumentos musicais, a
importância da música no cotidiano e as características que envolvem os instrumentos
musicais em geral, com atenção especial ao instrumento africano chamado kalimba.
2.Identificar as formas de apagamento epistemológico existentes para
combater o racismo e a discriminação em sala de aula, apresentando a diversidade
de instrumentos africanos existentes, instrumentos que não são retratados nos livros
didáticos.
3.Propor temas, relacionando o ensino de física, para contemplar a lei
10639/03, colocando em práticas ações que visibilizem a construção epistêmica e
cultural dos povos de matriz africana.
Para que os alunos reflitam sobre os saberes que constituem sua
aprendizagem, e visto que a escola é o ambiente natural a pesquisa desenvolvida é
de caráter qualitativo (CRESWELL, 2014). Essa abordagem pretende fazer
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questionamentos sobre o processo de ensino aprendizagem que sempre é pautado
em saberes eurocentrados no ensino de ciências. Por isso, o estudo qualitativo se
mostra mais adequado pois visa dar poder aos educandos para compartilhar suas
histórias e conhecer instrumentos musicais de povos africanos.

Metodologia

Coleta e análise de dados

A coleta de dados da pesquisa foi feita com questionários, entrevista e


observação descritos por Bogdan e Bicklen (1994).
As observações chamadas de notas de campo consistem em dois tipos de
materiais. O primeiro é descritivo, em que a preocupação é a de captar uma imagem
por palavras do local, pessoas, ações e conversas observadas. O outro é reflexivo - a
parte que apreende mais o ponto de vista do observador, as suas ideias e
preocupações (BOGDAN, BICKLEN 1994).
O questionário, também chamado de survey (pesquisa ampla), é um dos
procedimentos mais utilizados para obter informações. Já a entrevista é um método
flexível de obtenção de informações qualitativas sobre a pesquisa.
Para análise de dados, foi utilizada análise do discurso com o intuito de
perceber o que não foi dito, considerar fatores externos a eles, como ideológicos e
sociais (GOMES, 2016). Orlandi (2005) fala dos processos de esquecimento, o
primeiro de enunciação, esse que nos leva a falar de uma maneira e não de outra.
Nesse caso, nossa memória discursiva não contempla a produção afrodescendente.
Outro aspecto relevante é o da ilusão de controle do discurso, porque não nos damos
conta que o determinante dos sentidos desse discurso é a própria história (ADINOLFI,
2007, p.3). Outro esquecimento é ideológico, já que quando nascemos esse processo
já está pronto, ele não se inicia em nós. Orlandi (2005) afirma ainda que o
esquecimento é estruturante, o sujeito esquece o que já foi dito e tal processo não é
involuntário, portanto, através do discurso e do esquecimento vamos apagando a
produção científica, artística e cultural de outros povos. O sujeito pertence a diversas
formações discursivas e cada sociedade acaba por acolher determinados discursos
(ADINOLFI, 2007, p.4). Como levamos para a sala de aula recortes de produções
científicas produzidas pelos europeus, conclui-se que esse é o discurso que
escolhemos, contribuindo para o apagamento da produção afrodescendente.

Música na sala de aula

Ao iniciar a aula de física, perguntei se entre eles havia alunos que tocavam
instrumentos musicais. Expliquei que poderíamos fazer a introdução de ondas
mecânicas a partir das apresentações das músicas trazidas por eles. Foram dois os
alunos que toparam o desafio, portanto, na aula seguinte tivemos duas
apresentações, uma de violão e a outra de violino. Os outros alunos, tomados pela
timidez, não fizeram apresentações, mesmo aqueles que sabiam tocar um
instrumento musical. Feitas as apresentações, aplaudimos os alunos e conversamos
sobre o repertório escolhido. Posteriormente, indaguei se conheciam outros
instrumentos além daqueles trazidos por eles. As questões elaboradas para nortear
nossos diálogos foram:
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• É provável que você conheça algum instrumento musical, escreva pelo
menos três nomes desses instrumentos em seu caderno.
• Qual o país de origem dos instrumentos que foram elencados por você?
Nas respostas dos alunos apareceram além do violão e violino, a flauta,
saxofone, piano, trombone, flautas, gaitas, baixo e trompete. Nesse primeiro
momento, nenhum aluno citou o nome de algum instrumento de matriz africana.
Portanto, seguiu-se com as perguntas.
• Você ouviu falar em um instrumento chamado kalimba? Qual o país de
origem desse instrumento?
Aqui inicia-se um silêncio, nenhum dos alunos conheciam a kalimba ou
haviam ouvido falar dela, continuei:
• Quais características sociais e culturais existentes fazem com que
conheçamos violinos, violões, entre outros instrumentos, mas não conheçamos a
kalimba?
Em seguida, apresentei-lhes o instrumento que estava em minhas mãos.
Nenhum dos alunos a conhecia, dialogamos sobre as características históricas e
físicas do instrumento, sobre quais aspectos culturais, ideológico e sociais fazem com
que conheçamos os instrumentos elencados por eles, mas nem sequer havíamos
ouvido falar daquele instrumento. Durante as aulas de física, fiz a contextualização
sobre ondas mecânicas e sonoras a partir das características físicas dos instrumentos
musicais trazidos pelos alunos e do instrumento africano apresentado por mim. Como
as características do violão e violino são apresentadas de forma ampla em outros
artigos, optei por trazer as características da kalimba.

Características físicas da kalimba

A kalimba é um instrumento de matriz africana, classificado como um


lamelofone, encontrado em vários países do continente africano. O instrumento foi
trazido pelos afrodescendentes escravizados ao Brasil. Não existe um padrão fixo
para a produção do instrumento. O que foi apresentado aos alunos é constituído de
uma base de coco que funciona como a caixa de ressonância e sete lamelas (lâminas
de metais). As lâminas metálicas podem ser pressionadas na extremidade livre,
enquanto o lado oposto está engastado no cavalete de um tampo de uma caixa de
ressonância. A vibração da tecla é descrita a partir da equação de vibração de uma
barra longa, fina e perfeitamente elástica.
A equação geral para as ondas de flexão em barras elásticas é descrita a
seguir:
y = cos(t + ) [A cosh kx + B sinh kx + C cos kx + D sin kx]. (eq. 1.1)
em que A, B, C e D são quatro constantes arbitrárias que podem ser
determinadas após a escolha de quatro condições de contorno, duas para cada
extremidade da barra.
Para o caso de uma barra de comprimento L, engastada em x = 0 e
livre em x = L, as condições de contorno implicam que:
A+C=B+D=0
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e a solução para a equação transcendental derivada de quarta ordem 1.1
produz as seguintes frequências resultantes

Para uma dada barra de comprimento L, construída com uma determinada


geometria, com um material que tenha as constantes K (constante de mola), E
(módulo de Young) e pp (densidade), as variáveis da equação 1.2 se tornam fixas e
podemos calcular as relações entre as frequências naturais da barra:

Diferente do comportamento das cordas vibratórias ou do ar que vibra em


tubos longos, as frequências geradas por barras engastadas em um só lado não
apresenta relação direta com os harmônicos naturais (SOUZA, 2011, p.91). Abaixo é
possível observar a foto da kalimba apresentada aos alunos.

Figura 1- Foto da kalimba utilizada na pesquisa (produção fotográfica da autora)

Resultados e discussões

Os alunos se mostraram entusiasmados com a oportunidade de apresentar


seus instrumentos na aula de física aos colegas e nos diálogos, expressaram alegria
e contentamento. Contudo, outros alunos apresentaram timidez e não se sentiram à
vontade para tocar seus instrumentos.
Sobre os diálogos e a pergunta do questionário, sobre quais aspectos
culturais e sociais fazem com que conheçamos instrumentos musicais de origem
europeia, como o violino e o violão, mas, não conheçamos instrumentos de matriz
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africana, nas respostas apareceu a incidência do racismo, como mecanismo de
apagamento de saberes construídos por afrodescendentes. A seguir, são descritos
alguns dos relatos do aluno participante da pesquisa.
Na nossa sociedade há um estigma relacionado a cultura africana, no
passado existiu uma discriminação contra o povo africano, e por causa disso
sua cultura ficou muito excluída nos dias de hoje. Enquanto isso a Europa
sempre teve sua cultura valorizada por ser um continente muito rico (Relato
descrito pelo aluno)
Outros alunos disseram que os instrumentos africanos não chegam com
facilidade ao Brasil pela falta de pesquisa ou porque simplesmente não são
mencionados.
Nós não conhecemos instrumentos africanos, não são falados e nem
pesquisados e os músicos usam mais instrumentos europeus (Relato descrito
pelo aluno)
Uma outra questão apresentada foi: - Após a aula de física quais instrumentos
africanos você conheceu? Nas respostas, além da kalimba, apareceu a Kora e o
Balafont, mostrando o interesse dos alunos em conhecer outros instrumentos além do
apresentado.
Finalmente, os alunos tiveram a oportunidade de fazer apresentações
musicais dos instrumentos trazidos por eles de maneira alegre e festiva, de conhecer
a Kalimba, a partir da apresentação do instrumento, contribuindo para uma reflexão
sobre contextos e ambientes nos quais estão inseridos, discutindo o racismo estrutural
e o epistemicídio a partir do apagamento cultural e científico de outros povos.

Referências
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