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Anatomia e morfologia vegetal A impregnação:

As células vegetais possuem uma parede celular rígida, cujas funções são: ● Pode ser por lenhina (lenhificação), sendo a lenhina (lignina) um polímero complexo
que contém muitas cadeias de monómeros quimicamente distintos, todos derivados
• Suporte e proteção;
do ácido cinâmico:
• Manutenção da forma celular;
● é um processo irreversível, em que a água é substituída por lenhina (molécula
• Controlo da taxa e direção de crescimento. hidrófoba)

Nas células vegetais, podem ser definidos dois sistemas contínuos de transporte: ● a lenhina é ligada covalentemente aos polissacáridos da parede

Simplasto: Comunicação célula a célula através dos plasmodemos; A lenhina confere resistência mecânica (rigidez), química e biológica (contra fungos e
bactérias), assim como impermeabilidade, características fundamentais num sistema de
Apoplasto: Comunicação ao nível da parede celular e espaços intercelulares. transporte de água; A lenhificação pode ser mais intensa nalgumas regiões do que noutras.
Após a divisão celular, inicia-se a sintetização da parede celular que possuirá uma lamela (XILEMA)
média, composta por pectinas que faz a ligação de duas células adjacentes. • Por calose, sendo a calose constituída por polímeros de (1 →3) β-D-glucose que
Parede celular primária: desempenham um papel nas células do FLOEMA e após o ferimento de tecidos,
selando os plasmodesmos de células contíguas.
• 30% celulose – polímeros de (1 →4) ß-D-glucose, que formam microfibrilhas (feixes de
40 polímeros) e uma matriz amorfa composta por: • Por ceras, sendo que a parede celular é primeiro impregnada com cutina (ou suberina),
a qual fornece uma matriz onde serão depositadas ceras (compostos lipídicos de
• 30% hemicelulose – mistura de composição heterogénea (ex: xiloglucano – xilose e cadeias longas). A junção de cutina e ceras forma a cutícula, que cobre a superfície da
glucose). Ligam-se à celulose por pontes de hidrogénio epiderme. A cutícula é composta por várias camadas, com diferentes proporções de
cutina, ceras e celulose; A junção de suberina e ceras forma o súber (ex: cortiça), que é
• 30% pectina – polissacarídeos ramificados que formam uma matriz hidratada
igualmente encontrado nas células da endoderme (raízes) e que restringe o
resistente à compressão
movimento de água pelo apoplasto, formando uma barreira.
• 10% proteínas

• Os polímeros de celulose unem-se através de pontes de hidrogénio


Organização da parede celular secundária:
• Devido a possibilidade de múltiplas pontes de hidrogénio a celulose é muito hidrofílica
A parede celular secundária é a camada mais próxima da membrana plasmática;
• É a orientação das microfibrilhas de celulose que vai definir a forma e crescimento da
Podem ser distinguidas camadas, nomeadas por ordem de síntese S1 - S2 – S3;
célula, sendo este crescimento controlado pela pressão de turgescência e pela
extensibilidade da parede. Muitas células não possuem parede celular secundária

(células meristemáticas, células envolvidas em determinados processos - ex. fotossíntese);


Parede celular secundária: Existem descontinuidades na parede secundária – pontuações - que permitem a comunicação/
transporte entre células contíguas (geralmente as pontuações ocorrem no mesmo local em
A parede secundária resulta da impregnação da parede primária por moléculas que aumentam
duas células contíguas, formando zonas apenas com a lamela média e a parede primária);
a sua rigidez, sendo que camadas adicionais são depositadas internamente à parede primária e
isto apenas ocorre quando a célula atinge a sua dimensão final. É composta por: Os plasmodemos ocorrem nas pontuações;
• 65 – 85% de polissacarídeos As pontuações podem ser simples ou areoladas;
• 50 – 80% de celulose A parede celular secundária é particularmente importante em células especializadas com
espessamentos ou naquelas que conduzem água (devido ao espessamento da parede a célula
• 5 – 30% de hemicelulose
poderá eventualmente morrer).
• 15 – 35% de lenhina

Organização de células em tecidos:


Os tecidos vegetais apresentam células de diferentes formas, com paredes de diferentes • Podem evitar a acumulação de sais na folha, por secretarem sais.
espessuras e impregnações, dependendo da sua função, porém todos os tecidos são formados
por meristemas. Agrupam-se em três tipos de tecidos:
Parênquima:
• Tecidos de revestimento (epiderme);
O parênquima é um tecido que apresenta células vivas, com aspeto variável, mas com paredes
• Tecidos fundamentais (parênquima, colênquima, esclerênquima);
finas e de forma poliédrica. Este tecido pode desempenhar funções fundamentais da planta,
• Tecidos vasculares (xilema, floema). entre elas fotossíntese, respiração e armazenamento. Apesar de as células não se
apresentarem morfologicamente muito especializadas, podem desempenhar papéis
Epiderme:
específicos na célula.
A epiderme constitui a camada de células mais externa, revestindo a superfície do corpo
As paredes celulares do parênquima são geralmente finas, não apresentando parede
primário de uma planta. Pode persistir por toda a vida (plantas sem crescimento secundário)
secundária, porém existem algumas exceções como por exemplo as células do parênquima de
ou ser substituída (plantas com crescimento secundário). Geralmente apresenta uma célula de
madeira - células lenhosas.
espessura e forma variáveis, mas geralmente pavimentar. As células da epiderme não possuem
cloroplastos ou possuem cloroplastos incipientes. A característica mais distintiva da epiderme é A rigidez do tecido é dada pela pressão de turgescência.
a presença de cutícula, sendo que a cutícula da superfície adaxial das folhas é mais espessa do
Tipos de parênquima:
que a abaxial. Em alguns casos, pode apresentar ceras epicuticulares.
• Parênquima cortical;
Funções da epiderme:
• Clorênquima (especializado na fotossíntese, apresenta muitos cloroplastos; nas folhas
• Redução da perda de água por transpiração;
podem ser distinguidos o clorênquima em paliçada e o lacunoso, sendo que este
• Proteção mecânica; último tem grandes espaços intercelulares);

• Facilitação de trocas gasosas pela presença de estomas: • Parênquima de reserva (especializado no armazenamento de substâncias, podendo ser
amilífero - amido ou oleaginoso - substâncias oleaginosas);
Os
• Parênquima aquífero (especializado na reserva de água, sobressai nas plantas
constituem aberturas na epiderme, rodeadas por células guarda, onde são facilitadas as trocas
suculentas);
gasosas, sendo que podem estar distribuídos em ambas as superfícies ou apenas numa delas,
mais frequentemente na superfície abaxial. • Aerênquima (parênquima com grandes espaços intercelulares, típico em raízes de
plantas aquáticas ou submersas).
São constituídos por células guarda (células estomáticas), que definem a abertura (ostíolo) e
que têm forma de um rim ou de um haltere (típico das monocotiledóneas principalmente
gramíneas) e por células subsidiárias (células contíguas às células guarda).
Colênquima:
A abertura/fecho do estoma é permitida pela expansão/contração do vacúolo.
O colênquima é um tecido que apresenta células vivas, com paredes primárias espessas. As
Os estomas podem variar na sua posição relativa à epiderme e na sua distribuição na superfície paredes são maioritariamente constituídas por celuloses, pectinas e hemiceluloses (são muito
foliar. hidrofílicas). São células mais plásticas que as do esclerênquima (fibras). Função de suporte em
órgãos em crescimento ou em plantas que não apresentam crescimento secundário.
Por outro lado, existem também os tricomas que são apêndices epidérmicos, sendo
constituídos apenas por células epidérmicas. Podem ser persistentes ou cair. O colênquima geralmente apresenta uma posição periférica (sub-epidérmica ou após 1-2
camadas de células parenquimatosas).
Funções dos tricomas:
A distribuição do espessamento das paredes do colênquima mostra diferentes padrões:
• Protegem de insetos e herbívoros;
• Lamelar: paredes tangenciais são mais espessas que as radiais;
• Aumentam a reflexão dos raios solares;
• Angular: espessamento ocorre nos ângulos das células;
• Mantêm a camada de ar para evitar transpiração excessiva;
• Lacunar: espessamento das paredes celulares que contactam com espaços
• Podem secretar determinadas substâncias (glandulares);
intercelulares.
• Podem absorver água e minerais;
Esclerênquima: A família do Lycopodium (Lycopodiaceae):

O tecido esclerênquima apresenta células usualmente mortas (sem protoplasto), com paredes • O esporófito consiste num rizoma ramificado, de onde emergem ramos aéreos;
secundárias lenhificadas. A principal função é fornecer resistência mecânica e suporte ao
• Os micrófilos são típicos da divisão (licófilos);
tecido. Podem ocorrer em células individuais (escleritos) ou em grupos (fibras).
• Tanto o caule, como as raízes apresentam protoestelas;
• Fibras: constituídas por células longas que se agrupam; como são lenhificadas não são
hidrofílicas, sendo muito pouco plásticas; apresentam menor plasticidade e maior • Os esporângios encontram-se na superfície de micrófilos férteis designados
elasticidade que o colênquima; são estruturas de suporte, já que não se alongam; esporófilos;
geralmente ocorrem em faixas ao redor dos tecidos vasculares, fornecendo proteção e
sustentação; dividem-se em fibras xilémicas (associadas ao xilema) ou fibras • Os esporófilos podem estar organizados em estróbilos ou cones terminais (sinónimos),
extraxilémicas (fibras corticais associadas ao floema perivasculares). sendo que estes constituem uma agregação de esporângios;

As fibras das dicotiledóneas estão mais associadas ao floema e são menos lenhificadas que nas • Os esporófilos podem ser muito idênticos a micrófilos estéreis e, neste caso, as plantas
monocotiledóneas e comercialmente, compõem as fibras macias (ex: canhâmo, linho). As fibras não apresentam estróbilos;
das monocotiledóneas (associadas ou não aos feixes vasculares) são mais lenhificadas e • São homospóricos;
compõem as fibras duras (ex: sisal).
• Os esporos originam gametófitos bisexuais independentes dos esporófitos
• Escleritos: células individualizadas, ou em pequenos grupos, com parede lenhificada (fotossintéticos ou em simbiose com fungos – endomicorrizas);
muito espessa; aumentam a rigidez dos tecidos; podem apresentar-se como:
• A água é fundamental para que ocorra fertilização (produção de anterozóides) e cada
● braquiescleritos/células pétreas: são escleritos isodiamétricos, comuns no floema, arquegónio produz apenas uma oosfera;
córtex e na polpa de frutos;
• Possui geração esporófita e geração gametófita, com desenvolvimento exospórico.
● Macroscleritos: são escleritos alongados de forma colunar, típicos nas sementes de
leguminosas;

● Osteoscleritos: são escleritos colunares em forma de osso, típicos em folhas de A família da Selaginella (Selaginellaceae):
dicotiledóneas e sementes;
• Possui micrófilos típicos da divisão;
● Astroscleritos: são escleritos ramificados em forma de estrela que ocorrem em
• Poderá apresentar dois tipos de micrófilos (de dimensão diferente);
folhas;
• Possui protostelas nos caules e raízes;
● Tricoscleritos: são escleritos muito alongados semelhantes a pelos e por vezes
ramificados, ocorrentes em arbustos e árvores mediterrâneas. • Possui uma lígula, na base de cada micrófilo e esporófilo;

• Possui esporófilos geralmente organizados em estróbilos;


Divisão Lycopodiophyta: • É heterospórica;
• Os licófitos apresentam “folhas” muito incipientes denominadas microfilos (enações); • Possui macroesporófilos (onde são desenvolvidos os macroesporângios) e
microesporófilos (onde são desenvolvidos os microesporângios), sendo que os
• Apresentam raízes verdadeiras, mas podem possuir rizomas;
macroesporófilos e os microesporófilos podem ocorrer no mesmo estróbilo;
• Exemplares extintos apresentavam um câmbio vascular e crescimento secundário;
• Os gametófitos masculinos (microgametófitos) desenvolvem-se no interior do
• Não ocorriam divisões anticlinais no câmbio, pelo que o crescimento secundário era micrósporo;
limitado (<10 cm);
• Os gametófitos femininos (macrogametófitos) rompem a parede do macrósporo;
• Os membros da Divisão Lycopodiophyta eram as espécies dominantes no Carbonífero;
• A água é fundamental para que ocorra fertilização (produção de anterozóides);
• Todas as espécies lenhosas extinguiram-se antes do final do Paleozóico e atualmente,
• Possui geração esporófita e geração gametófita.
só existem membros herbáceos.
• Desenvolvimento endospórico.
• Apresentam um rizoma, que produz folhas todos os anos (frondes), sendo estas
macrófilos;
Divisão Pteridophyta:
• O rizoma produz numerosas raízes;
● São muito abundantes em regiões tropicais e muitos membros são epifíticos;
• O rizoma apresenta o sistema vascular organizado em sifonostela (o floema está em
● Atualmente, só existe um género capaz de formar câmbio vascular;
ambos os lados do xilema);
● Distinguem-se pela existência de dois tipos de esporângios:
• As folhas são formadas por: pecíolo, nervura central (ráquis), lâmina (pode ser
● Eusporângios: composta por pinas e pínulas);

- As células iniciais estão na superfície do tecido que irá desenvolver o esporângio; • Quer as folhas, quer os rizomas poderão estar revestidos por tricomas ou escamas;

- Células-mãe dos esporos são as células que irão sofrer meiose para dar origem • No início do seu desenvolvimento, as folhas estão enroladas em forma de báculo
aos esporos; (pré-folheação circinada), sendo que este tipo de desenvolvimento protege os jovens
meristemas e é devido ao maior crescimento da página inferior da folha;
- A parede do esporângio apresenta diversas camadas de células.
• Os esporângios desenvolvem-se nas margens abaxiais das folhas, em aglomerados, os
● Leptosporângios: soros;
- O esporângio desenvolve-se a partir de uma única célula superficial; • Muitas espécies apresentam os soros envoltos num indúsio (protuberância da folha) e
- A parede do esporângio apresenta uma única camada de células; este degenera quando os esporângios estão maduros;

- A camada interna contém as células esporogénicas (células mãe dos esporos); • Quando o esporo germina, dá origem ao gametófito (de vida livre e bissexuado), o
protalo e a maturação de ambos os gametângios pode ser não simultânea;
- As células do anel possuem uma parede muito espessa ao contrário das células do
estómio; • Para ocorrer fecundação é necessário água, de modo a permitir ao anterozóide nadar
ao encontro da oosfera;
- Quando o esporângio seca, ocorre a contração do anel, promovendo a deiscência
do esporângio e dispersão de esporos. • Inicialmente, o esporófito depende do gametófito.

Ambos possuem o tapete, que constitui um tecido nutritivo (duas camadas de células). No
final, o resto das células do tapete é depositado nos esporos, constituindo as ornamentações Desenvolvimento vegetal:
dos esporos típicas de cada família.

Nesta divisão existem: Todas as células são formadas por mitoses sucessivas do zigoto, formando o embrião. A partir
• Membros com eusporângios (atualmente estão pouco representados); de certa altura, a multiplicação celular fica restrita a locais específicos, os meristemas, onde as
células se continuam a dividir ativamente. Os meristemas apicais são responsáveis pelo corpo
• Membros com leptosporângios e com homosporia (são os fetos comuns): ordem primário da planta:
Filicales (Polypodium, Adiantum);
- Meristema caulinar;
• Membros com leptosporângios e únicos a apresentar heterosporia (são os fetos
aquáticos); - Meristema radicular;

• Membros mais primitivos (anteriormente colocados noutra Divisão); ordem Psilotales - Cotiledones (correspondem às primeiras folhas);
(Psilotum); - Epicótilo (região acima da zona de inserção dos cotiledones);
• As plantas “fósseis”: ordem Equisetales (Equisetum). - Hipocótilo (região abaixo da zona de inserção dos cotiledones).

Os meristemas apicais caulinares estão situados em gemas, sendo a ramificação do eixo


A ordem do Polypodium (Filicales): resultante da produção de gemas axilares:

• Apresentam leptosporângios; - Gema apical (alongamento);

• São homospóricos; - Gema lateral (ramificação do eixo).


Nas plantas que possuem crescimento secundário, algumas células do procâmbio permanecem
meristemáticas e formarão o câmbio vascular, onde é produzido floema 2ª para o exterior e
Nota: Os meristemas podem nem sempre apresentar atividade, podendo ocorrer períodos de
xilema 2ª para o interior.
repouso.
A divisão das células-mãe dos elementos xilémicos é superior à divisão das células-mãe dos
elementos floémicos, resultando numa maior quantidade de xilema.
Células meristemáticas:
O câmbio vascular possui dois tipos de células:
As células meristemáticas são caracterizadas por:
- Células iniciais usiformes (alongadas, responsáveis pela formação do xilema secundário e do
- Serem de pequenas dimensões; floema primário);

- Com citoplasma denso; - Células iniciais radiais (isodiamétricas, responsáveis pela formação de células
parenquimatosas lenhosas que constituem os raios medulares).
- Relação núcleo/citoplasma elevada;
Nota: 90% da madeira é composta por xilema, sendo o restante células parenquimatosas dos
- Células indiferenciadas; raios medulares.
- Sem espaços intercelulares. Raios medulares: Permitem o transporte e nutrição entre as diferentes partes que compõe a
Para que ocorra a formação de um órgão, é necessário ocorrer diferentes tipos de divisões: madeira.

- Periclinal (paralela à superfície do órgão) = Tangência longitudinal; Para acompanhar o alargamento do órgão, as células iniciais do câmbio podem dividir-se
anticlinalmente e, com o alargamento, a epiderme é substituída pela periderme originada pelo
- Anticlinal (perpendicular à superfície do órgão) = Radial longitudinal; câmbio súbero-felodérmico (felogénio), que produz súber para o exterior e tecido
parenquimatoso (feloderme) para o interior.
- Transversal (perpendicular ao eixo do órgão).

(Terminologia usada em órgãos cilíndricos)


O câmbio vascular e súbero-felodérmico são designados meristemas laterais:

- Localizados em anel, ao redor do caule e da raíz;


Sabe-se que os meristemas apicais originam tecidos primários definitivos pois as células
resultantes da atividade de um meristema apical entram num processo de diferenciação, - Responsáveis pelo crescimento secundário e formação do corpo secundário da planta.
perdem a capacidade de se dividirem e especializam-se. Podem ser distinguidas três subzonas
meristemáticas primárias:

- Protoderme (origina o tecido dérmico - epiderme); Madeira:

- Procâmbio (origina o xilema e floema primários); - Ao longo de um ano, o câmbio vascular atravessa dois períodos de maior atividade
(primavera e outono), enquanto que no verão existe uma diminuição da atividade
- Meristema de crescimento (origina os tecidos fundamentais). meristemática e no inverno uma paragem;

- O xilema formado na primavera apresenta células de maior calibre, distinguindo-se do tardio;


Para além dos meristemas apicais, podem ser distinguidos os meristemas intercalares que: - As condições ambientais também influenciam a atividade do meristema e ficam registadas;
- São típicos das bases dos nós das gramíneas e outras monocotiledóneas. Podem também - Frequentemente é distinguível uma parte mais escura no centro da madeira (cerne) que
ocorrer na base das folhas; contrasta com a parte mais periférica (alburno)
- São resultantes do destacamento de zonas meristemáticas (apicais) que ficaram intercaladas • O cerne é constituído por células mortas que esgotaram as suas reservas e vai assim
por tecidos definitivos; acompanhando a expansão do xilema;
- A sua atividade origina também tecidos primários definitivos. • O alburno possui células vivas.

Casca:
- As células do súber vão sendo muito suberizadas, acabando por morrer; - Não possui crescimento secundário.

- A casca corresponde aos tecidos facilmente destacáveis da madeira; (Monocotiledóneas)

- Casca interna (compreende tecidos vivos); - Possui de 3 a 4 feixes vasculares;

- Casca externa (compreende tecidos mortos). - Medula menos desenvolvida ou inexistente;

- Possui crescimento secundário;

Organização do tecido da planta: - Xilema na forma de estrela.

Os três orgãos vegetativos - raíz, caule e folha - distinguem-se pela distribuição relativa dos (Dicotiledóneas)
tecidos vasculares e fundamentais.

Os tecidos vasculares (xilema e floema) organizam-se em feixes vasculares que podem ser
Caule:
colaterais/alternos e abertos/fechados, estando esta última característica relacionada com o
facto de apresentarem câmbio vascular ou não. - Cutícula e estomas;
Por sua vez, os feixes vasculares podem apresentar uma disposição dispersa ou radial. - Presença de tricomas;

- Protoxilema endarco (mais interno);


Raíz: - Feixes vasculares colaterais.
A raíz é composta por: (Características comuns)
- Córtex (tecidos fundamentais entre os tecidos vasculares e dérmico); - Feixes vasculares colaterais fechados e dispersos;
- Cilindro central (estela); - Não é distinguível medula;
- Endoderme (camada de células que separa o córtex do cilindro central, com uma - Não possui crescimento secundário.
suberificação típica);
(Monocotiledóneas)
- Periciclo (uma ou mais camadas de células subjacentes à endoderme que conservam
capacidade meristemática importante para a formação de raízes laterais); - Feixes vasculares colaterais abertos dispostos radialmente;

- Feixes alterno (xilema, floema, parênquima,etc); - Córtex menos desenvolvidos que a medula e praticamente inexistentes;

- Medula (tecidos fundamentais no interior do cilindro central). - Possui crescimento secundário.

Entre as raízes das monocotiledóneas e as raízes das dicotiledóneas, destacam-se (Dicotiledóneas)


características comuns e individuais:

- Ausência de cutícula e estomas; Folha:


- Presença de pêlos radiculares unicelulares; - O sistema vascular de uma folha é composto por uma série de feixes (nervuras);
- Presença de endoderme com células de parede espessa; - O floema está próximo da superfície abaxial;
- Protoxilema exarco (mais periférico); - O espaço compreendido entre as duas epidermes corresponde ao mesófilo.
- Feixes vasculares alternos e radiais.

(Características comuns) O aparecimento da semente:


- Maior número de feixes vasculares; Este tópico assenta em duas teorias relacionadas com a evolução da reprodução sexuada:
- Medula mais desenvolvida; - Teoria da interpolação (o zigoto adquiriu capacidade de sofrer mitoses - criação do esporófito)
• As plantas terrestres evoluíram de algas verdes com ciclo haplonte (dominância do - As sementes são nuas (não se encontram no interior de ovários);
gametófito);
- Não necessitam de água para a reprodução (exceção Cycadophyta e Ginkgophyta);
• Ocorreu evolução de um esporófito pluricelular 2n, dependente nutricionalmente do
- Apresentam crescimento secundário com câmbio vascular (árvores lenhosas ou arbustos);
gametófito n (proteção do embrião);
- A maioria não apresenta elementos de vaso (exceção Gnetophyta);
• Produção de um esporófito multicelular independente do gametófito maximizou a
reprodução, ampliando a possibilidade de produtos meióticos. - Todas as folhas são macrófilos (poderão ter evoluído para agulhas ou escamas);
- Teoria da transformação (evolução independente dos ciclos com predominância do - O macrogametófito das gimnospérmicas origina vários arquegónios;
gametófito ou do esporófito)
- O microgametófito das gimnospérmicas corresponde ao grão de pólen;
• O ciclo de vida com alternância de gerações isomórficas (gametófito e esporófito
multicelulares e independentes como sucede com a Cooksonia) teria sido - As plantas com semente não possuem anterídeos (característica comum a todas as plantas
transformado num ciclo heteromórfico. heterospóricas);

O desenvolvimento da semente pode ser considerado um caso externo de heterosporia: - O microgametófito parcialmente desenvolvido (grão de pólen) é transferido para o local onde
se encontra o óvulo – processo designado de polinização e a transferência do gâmeta
- O macrosporângio está envolvido pelo tegumento (tecido do esporófito) que possui uma masculino (contido no grão de polén) para o feminino é baseado na dispersão pelo vento (não
abertura (micrópilo) e que possivelmente evoluiu a partir de telomas. Neste macrosporângio na água, como em briófitos e pteridófitos);
há retenção do macrósporo e deixa de ocorrer libertação de esporos.
- Nas Divisões Coniferophyta e Gnetophyta os gâmetas masculinos não são flagelados.
- O macrosporângio possui tecido nutritivo (nucelo) e a célula-mãe de macrósporos que sofrerá
meiose. Ocorre redução do número de células-mãe de macrósporos. Nota: A reprodução é parcialmente dependente da água.

- Três dos quatro macrósporos que se formam degeneram e apenas um macrósporo se torna
funcional ( o desenvolvimento do macrogametófito é completamente endospórico). Divisão Coniferophyta:
- Após a fecundação, o jovem embrião desenvolve-se no interior do macrogametófito que está - As coníferas constituem o grupo de gimnospérmicas mais numeroso;
retido no esporófito e forma-se a semente.
- Compreendem, por exemplo Sequóias, Pinheiros, Abetos, Cedros, Piceas, Ciprestes,
- A dispersão passa a ser feita por sementes e não por esporos. Araucárias, Teixos;

- Existem espécies dióicas e monóicas;


Grupos que antecederam as gimnospérmicas: - As coníferas constituem um grupo bastante homogéneo;
Divisão Progymnospermophyta

- Possuíam características intermédias entre as plantas vasculares (sem sementes) e as Pinus:


gimnospérmicas;
- No início do desenvolvimento possui agulhas simples;
- A dispersão era efectuada por esporos livres;
- Plantas adultas desenvolvem agulhas em fascículos (1 – 8 agulhas), os quais contêm pequenas
- Apresentavam crescimento secundário idêntico às coníferas – câmbio vascular (xilema e folhas escamosas protetoras;
floema secundário);
- As agulhas são macrófilos;
- Apresentavam macrófilos;
- Bem adaptadas a ambientes secos (cutícula cerosa muito espessa, presença de uma
- Surgiu pela primeira vez a organização dos vasos condutores em eustela. hipoderme lenhificada, estomas afundados);
Grupo fóssil: Fetos com sementes (Pteridospermales), sementes suportadas por estruturas - As folhas possuem dois canais resiníferos;
foliares
- As folhas possuem dois feixes condutores e possuem endoderme;

- Nos caules, o crescimento secundáriio começa cedo dando origem a elevadas quantidades de
Gimnospérmicas: xilema secundário (madeira);
- O xilema é composto por traqueídos e o floema por células crivosas; - A semente das coníferas possui dois tecidos esporofíticos diplóides assim como tecido
gametofítico
- O pinheiro é uma espécie monóica que apresenta microsporângios e macrosporângios em
estróbilos (cones) distintos; • O invólucro da semente e restos de nucelo;

- Os cones masculinos apresentam os microsporófilos organizados em espiral; • O embrião

- Cada microsporófilo apresenta dois microsporângios na sua superfície inferior (abaxial); O embrião compreende radícula, hipocótilo, cotiledones;

- Os microsporângios jovens possuem muitos microsporócitos (células-mãe dos esporos); - As sementes são dispersas no outono do segundo ano;

- Após meiose, cada micrósporo desenvolve um grão de pólen (microgametófito imaturo) que - As brácteas separam-se e as sementes aladas dispersam-se.
contém duas células protálicas, uma célula germinativa, uma célula do tubo;

- Os cones femininos são maiores e mais complexos;


Outras coníferas:
- Constituem ramos modificados designados complexo escama-semente e cada um destes
- Facilmente reconhecíveis pelos cones femininos e folhas;
complexos é composto por uma bráctea estéril e uma escama ovulífera com dois ovos;
- O tempo que decorre entre entre a polinização e a fertilização é mais curto que no pinheiro.
- Os complexos escama-semente estão dispostos em espiral;

- Cada macrosporângio possui apenas uma célula-mãe de esporos;


Divisão Cycadophyta:
- A meiose origina quatro núcleos dos quais três degeneram;
- Muitas possuem um tronco característico coberto com as bases das folhas caídas;
- A maturação do macrogametófito pode ser lenta e ocorre após a polinização;
- As folhas estão aglomeradas no topo do caule;
- Formam-se dois a três arquegónios;
- Possuem crescimento secundário a partir de um câmbio vascular;
- A polinização ocorre na primavera quando as escamas estão separadas e os grãos de pólen
aderem ao exsudado do micrópilo; - São dióicas;
- Ao fecharem as escamas protegem os óvulos em desenvolvimento; - Os cones masculinos contém os microsporângios (que originam grãos de polén);
- Os arquegónios amadurecem cerca de quinze meses após a polinização; - O vento/insectos dispersa o polén, mas é necessária água para permitir a fertilização;
- O grão de pólen germina cerca de três meses após polinização formando um tubo polínico - O tubo polínico não é tão ramificado como na Divisão Ginkgophyta;
que abre caminho através das células do nucelo;
- O único membro vivo desta Divisão é a Ginkgo biloba (é considerada um fóssil vivo – surgiu no
- Só após um ano da ferminação é que ocorre a fase final da maturação do microgametófito, a início do Pérmico);
célula divide-se e dá origem à célula estéril e à célula espermatogénica;
- Árvore de crescimento lento e elevado porte;
- A célula espermatogénica dá origem a duas células espermáticas;
- Folhas típicas, em forma de leque com nervação dicotómica (são inteiras em ramos curtos e
- O tubo polínico descarrega ambas as células espermáticas na oosfera mas só uma fecunda a lobadas em ramos longos e em plântulas);
oosfera;
- Ao contrário da maioria das outras gimnospérmicas é de folha caduca;
- Todas as oosferas dos arquegónios são fertilizadas e começam a desenvolver-se em
poliembrionia primária; - É uma espécie dióica;

- Cada zigoto pode originar diversos embriões por poliembrionia secundária mas no final só um - Os óvulos são nus e aparecem aos pares na extremidade de pequenos caules;
embrião sobrevive; - São produzidos diversos cones masculinos na extremidade de pequenos caules;
- Na embriogénese o tegumento evolui para o invólucro da semente; - Requer água para a reprodução;
- A semente contém tecidos de três gerações dois esporofíticos e um gametofítico; - As sementes amadurecem no outono, apresentando um invólucro carnudo;

- Quando apodrece liberta um odor extremamente desagradável;


- Convém plantar em locais públicos exemplares masculinos; Vantagens evolutivas das angiospérmicas:

- As folhas tornaram-se mais largas com nervuras reticuladas;

Divisão Gnetophyta: - O esporófito apresenta elevada plasticidade de formas e adaptações a diferentes ambientes;

- Possui apenas três géneros vivos (Gnetum, Ephedra, Welwitschia) – monóicos ou dióicos; - Algumas folhas adquiriram outros tipos de função, que não apenas a fotossintética;

- Possui muitas características idênticas às angiospérmicas (ex: estruturas tipo-estame, - O xilema apresenta elementos de vaso e o floema células de companhia.
aglomerados de óvulos tipo-inflorescências, xilema com elementos de vaso);
Características das angiospérmicas:
Gnetum:
- desenvolvimento de estruturas especializadas na reprodução, que contêm componentes
- Tem interesse particular porque é a única gimnospérmica com xilema contendo traqueídos e femininos e/ou masculinos – a flor;
elementos de vaso (um caso de evolução convergente?);
- os óvulos encontram-se no interior de macrosporófilos – os carpelos;
- É uma espécie tropical, constituindo árvores ou trepadeiras;
- os grãos de pólen são produzidos em microsporângios contidos em microsporófilos – os
- Possui folhas similares às das angiospérmicas; estames;

- O Gnetum possui características reprodutoras similares às das angiospérmicas (aparecimento - não existem nem anterídeos nem arquegónios;
de estruturas tipo-estames).
- a fase gametófita é extremamente reduzida;
Ephedra:
- O ovário fornece maior proteção ao óvulo;
- Formam arbustos ou pequenas árvores (a maioria são dióicas);
- Após fertilização, o óvulo desenvolve-se na semente que fica retida no ovário;
- Possuem folhas pequenas (em escamas) e ramos unidos lembrando o Equisetum;
- As sementes ficam protegidas num fruto, desenvolvido a partir das paredes do ovário.
- Única gimnospérmica que apresenta fecundação dupla (característica das angiospérmicas).

Welwitschia:
Flor:
- A maior parte da planta está enterrada no solo;
A flor é composta por órgãos reprodutores femininos, gineceu, que integram o carpelo
- Basicamente possuem uma raíz e duas folhas que se vão desmembrando e apresentam (estigma, estilete, ovário) e por masculinos, androceu, que integram o estame (antera, filete).
crescimento contínuo (podem atingir 4 metros); Para suporte possuem recetáculo e pedúnculo e podem apresentar verticilos (qualquer ponto
do caule onde se inserem folhas ou outros órgãos, vulgarmente designado nó).
- Espécies dióicas;
Possuem pétalas inseridas na corola e sépalas inseridas no cálice, que formam o perianto.
- A fertilização é promovida por insetos.
Quando não há distinção entre as pétalas e as sépalas, são tépalas.

Gineceu + androceu - férteis


Aparecimento da flor (angiospérmicas):
Pétalas + sépalas - estéreis
As angiospérmicas apresentam grande variedade de:

- Estilo de vida;
Formação do grão de pólen:
- Tamanho;
Envolve dois processos
- Tipo de corpo;
- microesporogénese – até à formação dos micrósporos nos microsporângios;
- Duração da planta;
- microgametogénese – até à formação do microgametófito (fase de 3 células).
- Formas;

- Habitats.
Na microesporogénese, cada antera bi-lobada possui quatro esporângios (sacos de pólen), • exocarpo/epicarpo;
forma-se o tapete constituído por células que fornecem nutrientes aos micrósporos em
• mesocarpo (pode não existir);
desenvolvimento, as células esporogénicas, sofre meiose e formam-se os micrósporos.
• endocarpo (camada interna do fruto frequentemente aderente ao tegumento da
Na microgametogénese, ocorre uma mitose que forma uma célula vegetativa (célula do tubo) e
semente).
uma célula generativa. Em 2/3 das angiospérmicas é nesta fase que ocorre a deiscência dos
grãos de pólen. Durante a formação do grão de pólen ocorre a formação de uma parede - Os componentes do pericarpo podem apresentar diferentes consistências.
externa (exina, proveniente do tapete) e uma parede interna (intina) do grão de pólen. A célula
generativa sofre uma mitose e dá origem a duas células espermáticas. - Outros componentes da flor podem fazer parte do fruto (ex: macieira, morango) – frutos
falsos ou acessórios.

Formação do saco embrianário:


Tipos de flor:
Tal como nas gimnospérmicas, o óvulo
- As flores podem ser perfeitas ou imperfeitas:
- Está envolvido pelo tegumento;
• Perfeitas – possuem todos os componentes férteis (estames, carpelos). São flores
- Possui uma abertura (micrópilo); bisexuais;
- Possui um tecido de reserva (nucelo); • Imperfeitas– possuem falta de um dos componentes férteis.
- Possui a célula-mãe dos macrósporos. Estaminadas – não possuem gineceu (flor masculina)
Acontece por macroesporogénese em que após meiose apenas uma das células (macrósporo) é Pistilada – não possui androceu (flor feminina)
que se desenvolverá no saco embrionário (macrogametófito). Após ocorrerem três mitoses
sucessivas, ocorre a fase final do desenvolvimento do macrogametófito (8 núcleos; 7 células). - As flores podem ser completas ou incompletas:

O saco embrionário maduro (macrogametófito), contido no óvulo, o qual está contido no • Completas – possuem todos os componentes (estames, carpelos, pétalas e sépalas);
ovário (no carpelo), está pronto a ser fecundado. • Incompletas – possuem falta de um dos componentes (Nota: as flores imperfeitas são
Polinização: flores incompletas).

- A polinização ocorre no estigma, de muitos modos distintos (vento, insectos, etc); - Os carpelos estão diferenciados em três porções:

- Ocorre a formação do tubo polínico (em muitas espécies só nesta fase é que ocorre a última • ovário (onde se encontram os óvulos)
mitose, formando-se as células espermáticas; • estilete
- Ocorre uma fertilização dupla, ocorrendo fusão (oosfera/célula espermática ; célula • estigma
central/célula espermática);
- Os carpelos podem estar unidos, apresentando um ovário (comum) com vários lóculos (o
Desenvolvimento embrionário: número de lóculos geralmente está relacionado com o número de carpelos);
- O endosperma (3n) irá constituir um tecido de reserva (nalguns casos o endosperma e o - Para evitar confusão com “carpelo”, o termo pistilo é referido como unidade estrutural do
nucelo, perisperma, podem persistir na semente; gineceu;
- O zigoto (2n) irá desenvolver o embrião; - Os óvulos estão ligados ao ovário pela placenta – o seu arranjo (placentação) varia entre os
- O zigoto (2n) irá desenvolver o pró-embrião e depois o embrião; diferentes grupos.

Desenvolvimento do fruto: Tipos de ovários:

- À medida que ocorre o desenvolvimento do embrião, o ovário desenvolve-se no fruto; A inserção dos verticilos florais varia em relação ao ovário (característica distintiva)

- O fruto é formado pelo pericarpo e semente(s); - Ovário súpero - cálice hipogínico;

- O pericarpo origina-se do ovário da flor e apresenta três partes - Ovário súpero - cálice perigínico (inserido em volta do ovário livre);
- Ovário ínfero - cálice epigínico. Frutos secos: pericarpos pobres em água sem substâncias nutritivas encontradas geralmente
acumuladas na semente.
Peças florais:
Frutos carnudos: pericarpos ricos em água e em substâncias nutritivas que constituem o
As peças florais podem-se encontrar livres (prefixo apo ou poli) e as peças florais similares
mesocarpo.
podem-se encontrar unidas, conação (prefixo sim) e as peças florais distintas podem-se
encontrar unidas, adnação. Frutos monospérmicos: possuem apenas uma semente.

Tipos de pistilos: Frutos polispérmicos: possuem mais que uma semente.

- Unicarpelar unilocular (1 só carpelo/ 1 só lóculo);

- Pluricarpelar unilocular (diversos capelos que formam uma única cavidade); Tipos de frutos secos:

- Pluricarpelar plurilocular (diversos capelos que formam diversas cavidades; frutos com o - Aquénio - monocárpico (provém de um ovário com um único carpelo), semente presa ao
interior dividido em gomos). pericarpo apenas pelo funículo, indeiscente, seco;

Tipos de estames: - Cariopse - parecido ao aquénio, mas com o tegumento da semente ligado ao pericarpo em
toda a sua extensão; fruto das gramíneas;
- Podem apresentar-se fundidos;
- Vagem - monocárpico deiscente, (duas fendas longitudinais), seco; fruto das leguminosas.
- Podem ser coloridos e aromáticos;
Tipos de frutos carnudos:
- Podem ter sofrido uma esterilização e ter evoluído para nectários.
- Baga (goiaba, melancia, laranja, melão, tomate...) - sincárpico; pericarpo membranoso,
Tipos de inflorescência:
mesocarpo carnudo, endocarpo ténue ou membranoso;
- Rácimo/cacho;
- Drupa (ameixa, azeitona, manga...).
- Espiga;
Dentro destes destacam-se
- Panícula;
• Pomo - proveniente de ovário infero, revestida externamente pela parte superior do
- Umbela simples ou composta; pedúnculo;

- Capítulo • Pseudobaga - resultante de um ovário ínfero composto de carpelos fechados, em que o


endosperma é muito pouco consistente, e por vezes, nos frutos maduros se encontra
Os capítulos são inflorescências típicas das compostas (Asteraceae). As flores do disco são liquefeito. Ex. Cucurbitacea: melão (Cucumis melo); melancia (Citrullus lanatus);
flores perfeitas: ovário ínfero com dois carpelos, estames fundidos entre si e à corola. As flores
do margem podem ser apenas pistiladas ou estéreis. • Hesperídio - Resulta de um ovário supero, composto. Possui epicarpo delgado,
mesocarpo e endocarpo membranáceo. Internamente, cada divisão do endocarpo
Tipos de frutos: (gomo) resulta de cada um dos carpelos fechados que formam o ovário, estando
- Simples (ovário singular) - cereja; revestida por pelos entumescidos e sucosos. Estes pelos são a única parte carnuda do
fruto. Cada gomo pode ser polispérmico ou desprovido de sementes por aborto.
- Múltiplos (vários ovários; pistilos livres) - framboesa; Laranja (Citrus sinensis), limão (Citrus lemon), tangerina (Citrus deliciosa).
- Agregados/infrutescência - (vários ovários em várias flores) - ananás;

- Deiscentes ou não-deiscentes; Tipos de placentação:


- Secos ou carnudos; O tipo de placentação vai determinar a disposição das sementes no fruto
- Monospérmicos ou polispérmicos. - Placentação marginal;
Frutos deiscentes: o pericarpo abre quando o fruto está maduro permitindo a saída das - Placentação parietal;
sementes - ervilha.
- Placentação central ou axial.
Frutos não-deiscentes: o pericarpo não abre - maçã, laranja.
• Angiospérmicas típicas (polinização por animais, seleção do pólen, dispersão de
sementes por diversas estratégias);
Semente:
• Gimnospérmicas típicas (polinização pelo vento, óvulos expostos, dispersão pouco
As sementes desidratam durante a maturação e entram num período de dormência. Os frutos
significativa das sementes).
evoluíram no sentido de facilitar a dispersão das sementes.

Podem ser dispersas pelo vento, passagem de animais, água e ingestão por animais.

Germinação da semente:

As sementes possuem sempre três estruturas básicas

• Tegumento - corresponde à casca da semente;

• Tecido de reserva - a reserva nutritiva (endosperma) utilizada para o desenvolvimento


de embrião pode persistir na semente ou não (a maior parte das monocots e muitas
dicots);

• Embrião - é constituído pelo(s) cotilédone(s) e o eixo embrionário.

Por sua vez, no embrião, distinguem-se as diferentes estruturas

• Cotilédone - parte do embrião (primeiras folhas) que tem como função o fornecimento
de nutrientes aquando a germinação;

• Epicótilo - porção do eixo caulinar por cima do ponto de inserção dos cotilédones;

• Hipocótilo - porção do eixo caulinar por baixo do ponto de inserção dos cotilédones.

Dicotiledóneas:

- Os cotilédones podem também apresentar uma função de absorção;

- Podem apresentar uma estrutura membranar utilizada para absorver nutrientes do


endosperma;

- Germinação epígea.

Monocotiledóneas:

- As monocotiledóneas só possuem um cotilédone;

- O cotilédone possui uma função de nutrição e absorção;

- Germinação hipógea.

Vantagens evolutivas das angiospérmicas:

- O pólen pode ser conduzido para o estigma, de muitos modos distintos (vento, insectos, etc);

- Diversos animais participam na polinização das flores e diferentes estratégias foram seguidas
para atrair os polinizadores (odores fortes, cores fortes, nectários);

- As plantas cuja polinização ocorre pelo vento não possuem odor, nectários ou cores fortes;

- As angiospérmicas possuem um maior controlo da reprodução que as gimnospérmicas

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