Você está na página 1de 63

CONHECIMENTO

E MÉTODOS DO
CUIDAR EM
ENFERMAGEM
PROFESSOR ANDREY FERREIRA DA SILVA
AULA 1
07/02

CONCEPÇÃO DO
CUIDADO
PROFESSOR ANDREY FERREIRA DA SILVA
O nascimento do cuidado

O cuidar nasce na prática feminina atrelada a


maternidade e ao cuidado com pessoas idosas.

O cuidado como uma A cura como uma


prática feminina prática masculina
O nascimento do cuidado

O cuidado saiu do espaço privado (do lar) e se realocou no


espaço público (instituições de saúde)
O nascimento do cuidado
• O cuidado como ato de
libertação dos pecados;
• Cuidar como ato de
doação.
O nascimento do cuidado

A palavra origina-se do termo cogitare e esta vinculada


à atitude de preservar, zelar, manter vivo, em condições
de plenitude e Liberdade para o auto cuidar-se

CUIDAR É:

Acolher, defender, ajudar, apoiar,


proteger, compartilha, auxiliar.
Experiência do cuidar!

• Ser cuidado;

• Cuidar de si;

• Cuidar de outro ser;

• Como aprendemos a cuidar ?

• Sempre Cuidados ?

• Quando necessitamos do cuidado?


Competências para cuidar
Compromi
sso social,
ético e
moral

Trabalho
CUIDAR E em Grupo
Técnica CUIDADO e
Comunica
ção

Relacionam
ento
Interpessoal
AULA 2
14/02

O CUIDADO DE
ENFERMAGEM NOS
CICLOS DA VIDA
PROFESSOR ANDREY FERREIRA DA SILVA
O cuidado de enfermagem

O cuidado de enfermagem consiste na


essência da profissão e pertence a duas
esferas distintas: uma objetiva, que se
refere ao desenvolvimento de técnicas e
procedimentos, e uma subjetiva, que se
baseia em sensibilidade, criatividade e
intuição para cuidar de outro ser
Elementos do cuidado
1 - A forma; 11 - a cientificidade;
2 - o jeito de cuidar; 12 - a autenticidade;
3 - a sensibilidade; 13 - o envolvimento;
4 - a intuição; 14 - o vínculo compartilhado;
5 - o 'fazer com‘; 15 - a espontaneidade;
6 - a cooperação; 16 - o respeito;
7 - a disponibilidade; 17 - a presença;
8 - a participação; 18 - a empatia;
9 - o amor 19 - o comprometimento;
10 - a interação; 20 – a compreensão;
Elementos do cuidado

21 - a confiança mútua; 27 - o respeito ao silêncio;


22 - o estabelecimento de limites; 28 - a receptividade, a observação;
23 - a valorização das 29 - a comunicação;
potencialidades; 30 - o calor humano;
24 - a visão do outro como único; 31 - e o sorriso, são os elementos
25 - a percepção da existência do essenciais que fazem a diferença no
outro; cuidado
26 - o toque delicado;
Ciclos da vida

Todos os seres vivos passam por duas


etapas da vida: o nascimento, que é
quando ela começa; e a morte, que é
quando ela se encerra. O período entre o
nascimento e a morte varia bastante, de
acordo com a espécie e diversos outros
fatores, como a qualidade de vida.
Ciclos da vida

• Quando o indivíduo apresente algum


processo patológico em alguma dessas
fases, necessita de cuidados especiais e
específicos;

• Nem sempre o que se aplica em uma


das etapas da vida poderá ser utilizado
em outra
Ciclos da vida

• Infância: é a fase que vai desde o


nascimento até os onze anos de idade;

• Período de muita aprendizagem e


novidades, já que é quando começamos a
descobrir o mundo à nossa volta e as
relações entre as pessoas;

• Começamos a falar e a andar, geralmente


iniciamos os estudos, aprendemos regras e
limites, etc. Aqui, somos bem dependentes
de nossos pais e/ou responsáveis.
Os cuidados gerais de
enfermagem na infância
• Controle das doenças prevalentes na
infância;

• Estímulo ao aleitamento materno;

• Acompanhamento do crescimento e do
desenvolvimento saudável;

• Orientação alimentar;

• Imunizações;

• Prevenção de acidentes.
Ciclos da vida

• Adolescência: costuma ir dos doze aos


vinte anos de idade;

• Nessa fase, ocorrem muitas


transformações no corpo e na mente;

• Transformações sexuais;

• Transição da infância para a vida adulta.


Os cuidados gerais de
enfermagem na adolescência

• Orientações quanto a higienização;

• Orientação quanto as mudanças sexuais;

• Orientação quanto a saúde sexual e reprodutiva;

• Atividades educativas nas escolas;

• Acompanhamento das vacinas;

• Acompanhamento quando ao uso e abuso de álcool e outras drogas;

• Acompanhamento dos casos de violência intrafamiliar; sexual e na escola;

• Consulta de planejamento família.


Ciclos da vida

• Fase adulta: consideramos que a fase


adulta se inicia aos vinte e um anos de
idade. Aqui, as mudanças que ocorrem
na adolescência já se estabilizaram, e a
responsabilidade aumenta bastante.
Os cuidados gerais de
enfermagem na fase adulta

• Monitoramento de doenças crônicas não transmissíveis;

• Monitoramento de doenças crônicas transmissíveis;

• Orientação quanto aos hábitos saudáveis;

• Monitorar os índices de doenças ocupacionais;

• Participar, de forma ativa, no cuidado à saúde do trabalhador;

• Fazer o monitoramento das vacinas;

• Estimular o não uso de álcool, crack e outras drogas;

• Monitorar os índices de adoecimento mental na população adulta, jovem.


Ciclos da vida

• Idoso: também chamada de


terceira, ou melhor idade;

• Mudanças anatômicas e fisiológicas;

• Senescência e senilidade;

• Síndromes Geriátricas.

Síndromes geriátricas são conhecidas como os 7 “Is”: Incapacidade


cognitiva, Incapacidade comunicativa, Instabilidade postural,
Incontinência esfincteriana, Iatrogenia, Imobilidade e Insuficiência familiar.
Os cuidados gerais de
enfermagem ao idoso

• Monitorar o processo de envelhecimento;

• Monitorar as vacinas;

• Avaliar as atividades de vida diárias realizadas com autonomia;

• Intervir diante da presença das síndromes geriátricas.

• Identificar a presença doenças prevalentes no idoso;

• Observar sinais e sintomas que remetem ao adoecimento mental da pessoa idosa;

• Observar possíveis sinais de negligência ao cuidado;


Os cuidados gerais de
enfermagem ao idoso

• Realizar atividades multidisciplinares ao idoso;

• Estimular a prática de atividades físicas;

• Orientar a manutenção da vida sexual de


forma ativa e com prevenção;

• Orientar práticas de vida que estimulem a


autonomia da pessoa idosa.
AULA 3
28/02

INSTRUMENTOS
BÁSICOS PARA O
CUIDADO DE
ENFERMAGEM
PARTE 1
Instrumentos Básicos
do Cuidado

A identidade profissional e a Instrumentos são recursos empregados para se


autonomia da enfermagem: alcançar um objetivo ou conseguir um resultado;
Instrumentos básicos para o cuidado
de enfermagem – Comunicação;
Na Enfermagem: Conjunto de conhecimentos e
Trabalho em Equipe; Destreza Manual;
habilidades fundamentais para o exercício das
Avaliação (PARTE 1); Observação;
atividades profissionais.
Método Científico e Criatividade
(PARTE 2).
Instrumentos Básicos do Cuidado

Comunicação

Trabalho
Criatividade
em equipe

Método Destreza
Científico Manual

Observação Avaliação
Instrumentos Básicos do
Cuidado: comunicação

A comunicação humana é um
processo complexo e compreende grande
número de variáveis e características que
exigem abordagem multiteórica para
abranger toda sua extensão e facilitar o
trabalho interdisciplinar.
Instrumentos Básicos do
Cuidado: comunicação
É processo de compreensão e compartilhamento de mensagens enviadas
e recebidas, sendo que as próprias mensagens e o modo como se dá seu
intercâmbio exercem influência no comportamento das pessoas envolvidas a
curto, médio ou longo prazo.

Esta influência pode ser percebida mesmo quando as pessoas não estão
próximas ou estão em ambiente diferente e distante de onde ocorreu o processo
de comunicação ou interação.
Instrumentos Básicos do
Cuidado: comunicação

EMISOR CODIFICADOR CÓDIGO CONTEXTO

RECEPTOR DECODIFICADOR CANAL


Instrumentos Básicos do
Cuidado: comunicação
FEEDBACK OU RESPOSTA

CÓDIGO:
VERBAL OU NÃO VERBAL

CODIFICAÇÃO DECODIFICAÇÃO

EMISOR RECEPTOR
CANAL
Instrumentos Básicos do Cuidado: comunicação

A mensagem pode ser enviada por meio dos tipos de comunicação.

• É o conjunto de mensagens utilizado pelas pessoas em seu cotidiano,


ou seja, a linguagem verbal – falada e escrita
Verbal • A comunicação verbal, que se dá por meio de palavras, depende da
linguagem, fortemente influenciada pela cultura, como o linguajar
indígena e os dialetos existentes em um país.

• Sinais, gestos, expressões faciais, posturas, aparência, vestimentas,


Não disposição de móveis, manifestações fisiológicas como rubor,
palidez, sudorese, lacrimejamento, dança, corrida, rituais,
verbal entre outros.
• A maior parte da comunicação humana.
Trabalho em equipe
Assimilação

O trabalho em equipe é um requisito


Acomodação
básico para a obtenção de bons Cooperação
resultados; Interação
No campo da saúde, a enfermagem em grupo
sempre estará inserida numa equipe Competição
Conflito
multiprofissional com vistas ao cuidado
do paciente; Adaptação

Figura: Formas Básicas de Interação


Trabalho em equipe: atitudes proibidas

• Ser inflexível e não transparente na comunicação;


• Não alinhar o objetivo;
• Comprometimento zero;
• Falta de planejamento e de respeito com os prazos;
• Criticar um participante na ausência dele;
• Desvalorização do trabalho alheio;
• Não assumir erros;
• Ignorar regras estabelecidas pela equipe;
• Desiquilíbrio emocional;
• Não aceitar as diferenças.
Instrumentos Básicos do
Cuidado: destreza manual

Destreza Manual: Capacidade de fazer movimentos de braço e mão de


forma precisa;

O desempenho de várias atividades de enfermagem envolvendo


movimentos coordenados e precisos de forma conjunta de habilidades
psicomotoras, das mais simples, as mais complexas, necessárias ao cuidado
de enfermagem.
Instrumentos Básicos do Cuidado: avaliação

• O ato de avaliar esta presente em diversas situações do nosso cotidiano;

• Caráter formal ou informal, objetivo ou subjetivo, sistemático ou assistemático,


profundo ou superficial levando em consideração a referência que se utiliza;
Instrumentos Básicos do Cuidado:
avaliação – Três aspectos

Avaliação como
processo social

Avaliação em seu Avaliação como


aspecto técnico julgamento moral
Instrumentos Básicos do Cuidado: avaliação
– No contexto da Enfermagem

• Avaliação no gerenciamento dos serviços de saúde: Avaliar


processo, procedimentos, recursos humanos etc.

• Avaliação no processo de enfermagem: Avaliar o cuidado que


esta sendo aplicado.

• Avaliação no processo de ensino-aprendizagem: Formas de


avaliar se o conteúdo do que foi ensinado foi absorvido

• Avaliação na pesquisa.
AULA 4
07/03

INSTRUMENTOS
BÁSICOS PARA O
CUIDADO DE
ENFERMAGEM
PARTE 2
Instrumentos Básicos do Cuidado: observação

• Instrumento importante para a realização da primeira etapa do processo de


enfermagem (Histórico de Enfermagem);

• Recurso para coleta de dados – Premissas ao estabelecimento do Diagnóstico


de Enfermagem;

• Observar é uma capacidade humana desde de que o mundo é mundo;

• Forma mais usada para conhecer, e compreender pessoas, coisas,


acontecimentos e situações;

• Obter informações para tomar decisões.


Instrumentos Básicos do Cuidado:
observação – TIPOS

observar “é o ato ou prática de notar e registrar os fenômenos (fatos e eventos)


(....) habilidade essencial usada para auxiliar na identificação de problemas
físicos e emocionais, melhorada com treino e experiência (....) base do
levantamento de dados”

ASSISTEMÁTICA – Realizada de forma espontânea, sem utilizarmos


meios e técnicas especiais, roteiros ou perguntas;
TIPOS

SISTEMÁTICA – Responder preposições pré-estabelecidas, ou seja,


sabemos de antemão o quê, como e quando vamos observar.
Instrumentos Básicos do Cuidado:
observação – TIPOS

• NÃO PARTICIPANTE – Observar como espectador sem que haja


interação;

• PARTICIPANTE – O observador, propositalmente ou não, integra-se ao


grupo ou ao contexto a qual esta observando.
TIPOS

• INDIVIDUAL – Observado por uma única pessoa;

• EM EQUIPE – Feito por diversas pessoas observando vários aspectos da


mesma situação.
Instrumentos Básicos do Cuidado: Observação –
Habilidade de observar

• O que se quer observar;

• Manter a atenção concentrada;

• Ter conhecimento (Observando o


contexto pois o fenômeno pode se
mostrar de formas diferentes);

• Meios para verificar se a observação


foi tendenciosa.
Instrumentos Básicos do
Cuidado: observação e a sua
importância para o cuidado

Florence Nightingale – Valorização


da observação - Observação com
objetivo definido – Instrumento para
coleta de dados – Transformação da
realidade.
Uma imagem pode gerar várias
conclusões...
Instrumentos Básicos do Cuidado: método científico

• Para que haja desenvolvimento científico é


necessário pensamento crítico;

• Alterações na estrutura social, estilo de vida,


no progresso científico e tecnológico =
Mudança na abordagem terapêutica.

• MÉTODO – Instrumento de ordenação que


traça os modos de proceder do cientista ao
longo de uma investigação para alcançar
os objetivos;

• A investigação científica produz


conhecimento;
Instrumentos Básicos do Cuidado: método científico

Para a enfermagem: Desenvolvimento da


profissão enquanto ciência;

O método científico se concretiza na


busca de soluções para problemas.
Instrumentos Básicos do Cuidado: criatividade

• Disposição para criar;

• Favorável a liberdade de expressão;

• Atividade intelectual distinta da


inteligência;

• Sua utilização gera progresso,


desenvolvimento e evolução da
humanidade
Instrumentos Básicos do Cuidado:
criatividade na enfermagem

PERCEPÇÃO DO PROBLEMA
Criatividade na assistência
PENSAMEN FLUÊNCIA DE IDEIAS
• No planejamento e na
TO execução dos cuidados;
CRIADOR ORIGINALIDADE • Reflexão sobre a prática diária
de atividades de enfermagem;
AÇÕES ELABORADAS • No domínio do saber fazer
Instrumentos Básicos do Cuidado: criatividade

ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS

POTENCIAL DESENVOLVIMENT
CRIATIVO REFLEXÃO DA PRÁTICA O PROFISSIONAL

CRIAÇÃO DE NOVAS ALTERNATIVAS


AULA 5
14/03

TEORIA DE ENFERMAGEM:
TEORIA AMBIENTALISTA E DO
CUIDADO TRANSCULTURAL
PROFESSOR ANDREY FERREIRA DA SILVA
Título aqui

Texto aqui
AULA 6 e 7
21/03

TEORIA DE
ENFERMAGEM:
TRABALHO EM
GRUPO
PROFESSOR ANDREY FERREIRA DA SILVA
Teoria de Enfermagem

1. Modelo de Adaptação (Calista Roy)

2. Teoria do Autocuidado (Dorothea Orem)

3. Teoria Transcultural (Madeleine Leininger)

4. Teoria dos Sistemas (Betty Neuman)

5. Teoria das Relações Interpessoais (Hildegard Peplau)

6. Teoria Transpessoal (Joyce Travelbee)


1. Modelo de Adaptação (Callista Roy)

• Enfermeira em pediatria;
• Modelo comumente aplicado na atenção básica;
• Modo de adaptação Físico-fisiológico - está associado à
forma como a pessoa responde como ser físico aos
estímulos do ambiente, sendo o comportamento a
manifestação das atividades fisiológicas do organismo.

• Modos psicossociais:
• Autoconceito
• Interdependência
• Desempenho de papel.
2. Teoria do Autocuidado (Dorothea Orem)

• Manutenção da vida em seu benefício;


• Autocuidado e déficit do autocuidado;
• Sistemas;
• Orientação, cuidado para melhorar e
incentivo s busca individual.
3. Teoria Transcultural (Madeleine Leininger)

• Diversidade do cuidado cultural;


• Congruência cultural;
• População diversa = diferentes culturas.
• Respeito ao indivíduo;
• Direcionamento do cuidado.
4. Teoria dos Sistemas (Betty Neuman)

• Aplicada na saúde do idoso;


• Sistemas que causam desarmonia;
• Forças estressoras: danos;

INTRA
• Partes em interação Pessoal
EXTRA

• Nível de prevenção: primário, secundário e terciário.


5. Teoria das Relações Interpessoais (Hildegard Peplau)

• Saúde mental;
• Valor – enfermeiro e pessoa;
• Rumo a vida;
• Autonomia do cuidado;
• Humanização do paciente.
6. Teoria Transpessoal (Joyce Travelbee)

• Aplicada na saúde mental;


• Relacionamento entre paciente com transtorno mental e a
comunidade;
• Diferencia o transtorno de outros tipos de alterações
cognitivas;
• Doença: ajuda a conhecer as limitações do paciente.
• Identificar o problema, ajudar o paciente na comunicação
e interação;
• FASES: Fase de pré-interação; Fase introdutória ou de
orientação; Fase de identidades emergentes; e quarta fase,
término ou avaliação.

Você também pode gostar