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projetos de carvão
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Parte Dois - CARVÃO
 projetos de carvão

Esta pesquisa é uma forma de armazenar

informações para uso futuro e, de fato,
se você olhar nos cadernos de esboços
de artistas como Leonardo da Vinci, verá
seus estudos da natureza, e eles são uma
inspiração. Este tipo de trabalho é uma
investigação visual e trabalhos de campo
essenciais precisam ser feitos por
estudantes que desejam adquirir o
conhecimento visual necessário para
produzir trabalhos mais estabelecidos.
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 Parte Dois - CARVÃO
DESENHO DE PAISAGEM TEXTURAL
Depois de completar seus muitos estudos da
natureza, você deve ser capaz de se mover
para a paisagem e fazer um estudo mais
abrangente do assunto. Tal como acontece
com os outros desenhos, você primeiro
precisa estabelecer sua composição - faça
isso usando o visor ou o suporte de janela.
Desenhe levemente o contorno da
composição. Quando estiver satisfeito com a
estrutura do desenho, você pode repassá-lo
com giz de cera. Agora você precisa colocar
na textura. Aqui está uma explicação do tipo
de texturas que encontramos neste desenho:
1.
2.
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1/Uma série de formas oblongas com alguma
indicação de textura sombreada para dar a
textura implícita da pedra.
2/As telhas da lateral da casa são sobrepostas
umas sobre as outras, sendo a parte de baixo
das telhas desenhada em um tom levemente
escuro, e mais pesada que a parte de cima das
telhas, dando a impressão de sombra projetada
pelas telhas. Isso, por sua vez, traz uma
qualidade tridimensional ao desenho, bem
como uma sensação de textura. Também na
figura 2 podemos ver que o tijolo está
3.

mostrado em situação. Continuando com o
exemplo 2, podemos ver como os azulejos da
parte inferior do edifício são representados
por uma série de linhas horizontais paralelas
entre si. Estas são então quebradas por uma
série de linhas diagonais que seguem e
imitam a inclinação do telhado. Por fim, as
portas e janelas são preenchidas com linhas
verticais. As linhas da porta dão a impressão
de madeira e as linhas da janela dão a
impressão do reflexo do vidro.
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projetos de carvão
3/Nestas ilustrações vemos que temos uma
variedade de marcas que implicam diferentes tipos
de vegetação. Como arbustos do tipo matagal e
dois tipos diferentes de folhagem. Também temos
marcas diferentes para os troncos das árvores.
O desenho no exemplo abaixo depende
do tom e a textura é feita usando a
superfície áspera do papel.
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 Parte Dois - CARVÃO

C
carvão duro de alta qualidade pulverizado. É
compactado em bastões redondos e fixados
com cola vegetal. A consistência macia e
quebradiça do carvão comprimido permite
criar tons de veludo preto muito densos. O
valor tonal do carvão também pode parecer
mais áspero quando aplicado na superfície
do papel em comparação com a qualidade do
tom feito com o carvão natural, que parece
muito mais suave e arejado.
carvão em toda a superfície do papel e
aplicando diferentes pressões.
2/Uma gradação tonal densa do claro ao
escuro. Você notará como o preto do carvão
compactado é muito mais forte em comparação
com o preto do carvão natural.
3/Uma área tonal criada por linhas horizontais e
verticais. Essas marcas são feitas usando a
borda lateral do material.

1.

2.

3.

4.
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 projetos de carvão

4/Uma série de marcas aleatórias que vão do mais 7/Linhas verticais fechadas criando tom.
escuro mais intenso ao mais claro mais aberto.
8/Linhas verticais, horizontais e diagonais
5/Uma esfera criada colocando o lado do criando um tom hachurado.
carvão no papel e desenhando um círculo
com ele colocando mais pressão em um lado 9/Linhas verticais abertas dando uma impressão
do círculo para dar a impressão da forma visual listrada.
através da ilusão de luz e escuridão.
10/Ângulos retos decrescentes desaparecendo no tom
6/Usando o lado do carvão comprimido, faça um da frente para trás, dando a ilusão de espaço.
quadrado escuro, coloque ao lado dele um quadrado
claro semelhante. Isso lhe dá a ilusão de uma caixa.

5.. 6.

7. 8.

9. 10.
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 Carvão comprimido – projetos
FROTTAGE
Frottage é um termo francês e significa tirar
uma impressão por fricção. Provavelmente
todos nós já fizemos algum frottage em
algum momento ou outro. Você já esfregou
uma moeda quando era pequeno? Então isso
foi um trabalho de frottage. A fricção de latão
é outra forma de frottage.
Como técnica e processo de desenho,
podemos expandir e usar o frottage como uma
ferramenta para expressar nossas ideias e tem
sido usado por muitos artistas, especialmente
no século XX, para esse fim. Nada menos que
um artista como Max Ernst usou esse processo
com grande efeito no início do século passado.
Fazemos frottage de forma muito simples. Você
precisa de um papel de jornal barato e fino, um pouco
de carvão comprimido, algum fixador e uma atitude
experimental aberta em relação ao seu material de
referência. Sendo qualquer forma de superfície que
tenha uma textura que você ache interessante.
Vamos criar um desenho a partir do frottage.
Nosso assunto é uma paisagem porque a
paisagem se presta muito a esse processo. Em
primeiro lugar, você precisa coletar uma série de
fricções (frottage) de uma variedade de texturas
que você pode encontrar no ambiente ao seu
redor. Faça isso simplesmente colocando o papel
sobre a textura escolhida e depois coloque o
carvão comprimido sobre o papel e esfregue bem
por cima. Ao fazer isso, você recriará a textura por
baixo. Faça isso muitas vezes sobre muitos tipos
diferentes de textura, pois isso formará seu
material de recurso para fazer o desenho que
assumirá a forma de uma colagem (colagem é uma
imagem construída total ou parcialmente com
pedaços de papel ou outros materiais). Essas
texturas de superfície que você está criando
podem
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120
ser regular e geométrica ou da natureza.
Certifique-se de corrigir a impressão assim
que a fizer para preservá-la. Agora que você
coletou seu material de origem, pode pensar
na próxima etapa desse processo.
A paisagem que vamos produzir precisa
ser pesquisada. Para isso, você precisa
fazer alguns esboços básicos da vista que
escolheu. Seria útil fazer cerca de meia
dúzia de desenhos de diferentes pontos de
vista, dando-lhe uma maior escolha de
assunto quando vier fazer o trabalho
finalizado em casa ou no estúdio.
Para começar, você precisa transferir um de
seus esboços para uma folha maior, de
preferência A1. O esboço que você escolher
deve ter um bom senso de profundidade. Por
exemplo, deve ter uma composição que
contenha um primeiro plano claro, um plano
intermediário e um horizonte identificável. Faça
isso de forma linear, desenhando as formas das
áreas que ocupam a paisagem, criando o que
parecem ser silhuetas ao redor dos objetos.
Você precisará preencher essas formas
com texturas de sua pesquisa, para dar uma
impressão da paisagem que você criou em
seus esboços originais. Você também pode
descobrir que precisa criar mais frottage
para áreas específicas da foto.
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Carvão comprimido – projetos

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 Parte Dois - CARVÃO

O PROCESSO

1/Transfira o esboço básico para uma folha
de papel A1. Estabelecemos a composição
básica e o espaço dessa composição está
bem organizado no pedaço de papel.
2/Pegue pedaços de seu frottage e
estabeleça onde você gostaria de usá-los em
seu desenho.
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3/Sempre comece no que parece ser o ponto
mais distante da imagem quando decidir
colar seus primeiros pedaços de frottage.
Geralmente é o horizonte ou algum lugar no
céu. Para colar, eu recomendaria qualquer
tipo de cola de papel.

122
 Carvão comprimido – projetos

4/Comece a colar as texturas que você cortou ou 6/Quando tiver concluído o meio termo,
rasgou em uma forma apropriada que se ajustará você pode passar para o primeiro plano e
aproximadamente à forma de fundo em seu terminar o desenho. Fazendo as alterações
desenho. finais que julgar necessárias.

5/Depois de colocar as camadas no plano

de fundo, você pode avançar para
trabalhar no meio termo. Agora fica óbvio
por que trabalhamos de trás para a frente
neste desenho, pois facilita a ocultação de
erros.
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Parte Dois - CARVÃO

Sempre vale a pena gastar algum tempo
fazendo alterações finais em uma
composição de frottage. Embora trabalhar
de trás para a frente do desenho torne
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Carvão comprimido – projetos
possível corrigir erros à medida que a
composição se desenvolve, são os retoques
finais que realmente criam uma imagem da
qual se orgulhar.
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 Parte Dois - CARVÃO
ESPAÇO NEGATIVO E CIAROSCURO
O carvão compactado é muito útil para
fazer linhas fortes e tons dramáticos muito
escuros. A próxima série de exemplos
destacará como usar o meio para essa
finalidade.
Os desenhos usam a forma de trabalho do
espaço negativo que encontramos na seção Lápis;
veja os exemplos depois de Van Gogh começando
na página 40. Este método bem estabelecido
envolve desenhar o espaço ao redor dos objetos
para estabelecer a composição. A segunda etapa
do desenho exige que você observe analiticamente
a natureza da luz e a maneira como ela pode ser
usada para descrever e expressar uma cena e um
clima.
Antes de iniciar o desenho, disponha os
objetos sobre uma mesa.
1/Estabeleça a composição no plano da imagem,
ou seja, o papel. Você pode fazer isso usando um
suporte de janela para enquadrar a composição
que você mais gosta. Uma dica - não complique
muito.
2/Comece a desenhar sua composição a partir
da borda do papel. Desenhe o que você vê
através do suporte da janela. Lembre-se de que
a montagem da janela deve estar em escala
com o desenho, caso contrário, haverá
distorção. Por exemplo, se o seu desenho for
A1, a montagem da janela deve ser A5. Desenhe
uma linha que passe por cima dos objetos e saia
da borda do papel do outro lado.
3/Agora volte ao ponto inicial do outro lado
do papel e desenhe uma linha que descreva a
borda inferior da natureza morta.
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O que você produziu é um esboço do
grupo de objetos.
4/Comece a preencher a forma e forma dos
objetos.
5/Neste ponto, você precisa iluminar o grupo de
natureza morta. Configure uma luz de um
ângulo agudo em um lado. Isso criará uma
atmosfera dramática, lançando longas sombras
sobre o grupo.
Desenhe as formas das sombras usando linha.
É importante que as sombras apareçam como
formas que existem nos objetos e dos objetos.
Veja-os como formas abstratas. Isso ajudará sua
compreensão se você apertar os olhos ao olhar
para o grupo. Essa ação facilita a visualização das
sombras.
6/Preencha as formas das sombras com o carvão
compactado, tornando as áreas sombreadas em
um preto denso. Isso produzirá um desenho muito
contrastante em preto e branco.
7/Esfume o desenho, tonificando-o com um
pano ou, de preferência, borrando-o com a
mão. Os tons de preto e cinza resultantes
darão a atmosfera do desenho.
8/Use uma boa borracha de plástico limpa para trazer
de volta os efeitos de luz nítida. Não tenha medo de
perder algumas arestas dos objetos nas sombras –
essa perda é real e uma característica desse tipo de
desenho. Você não precisa dar todos os detalhes.
Deixe algumas áreas deliberadamente obscuras para
permitir que os espectadores tragam sua própria
imaginação para a peça.
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1.

2.

3.
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4.

5.

6.
Parte Dois - CARVÃO
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8.
7.
Carvão comprimido – projetos

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 Parte Dois - CARVÃO

UM DESENHO TONAL CONSTRUÍDO

CARVÃO COMPRIMIDO
DESENHO DE CORTINAS

Historicamente, a cortina tem sido usada há criou a sensação de movimento no plano

séculos por artistas e estudada por estudantes
e aprendizes de artistas. Não é preciso ir além
dos estudos de cortinas de Leonardo da Vinci
para ver que era parte integrante de sua
pesquisa.
Existem três projetos de cortinas que são
fundamentais para ampliar nossa
alfabetização visual, e o carvão compactado é
o meio mais adequado para isso.
Muitos artistas do passado usariam cortinas
como dispositivo de composição para criar uma
estrutura subjacente para seu trabalho. Este
processo foi concebido para guiar o olhar do
espectador através da composição.
Um desses métodos era criar a ideia de
movimento através do plano da imagem
usando certos efeitos com cortinas para criar
essa ilusão. Nicholas Poussin (1593-1665) e El
Greco (1541-1614) usaram esse processo
com muito sucesso para efetuar essa ilusão.
O que se deve perceber aqui é que esses
efeitos não foram de forma alguma usados
de forma naturalista. Em vez disso, eles
foram construções visuais formais para nos
ajudar a ler a imagem.
da imagem através da natureza e direção
da linha.
3/Agora podemos dar à cortina uma
sensação de volume que também
enfatizará a sensação de movimento no
plano da imagem. Fazemos isso
adicionando tom de uma maneira
construída muito particular. Esse processo
é conhecido como iluminação frontal ou
superior e foi usado por artistas pré-
renascentistas como Cimabue e Duccio. No
desenho finalizado, o tom é aplicado da
mesma forma que você pode ver no
detalhe. Ele nos permite ler o sentido
simples da forma. Funciona dessa maneira.
A superfície da cortina que parece mais
próxima de nós é deixada branca e, à
medida que a superfície se afasta de nós e
entra em qualquer recesso, você
gradualmente torna o tom mais escuro até
atingir o preto no que parece ser o ponto
mais distante, veja o exemplo detalhado. A
ilusão de uma sensação superficial de
profundidade é criada.

1/Para fazer um estudo desse tipo de trabalho, deve-

se primeiro configurar formalmente sua natureza
morta de cortinas. Faça isso pegando uma folha
grande e enrole-a bem e também frouxamente em
torno de um objeto alto (eu uso um cavalete para esse
fim). Ao fazer isso, demos uma sensação de
movimento à natureza morta. Em essência, é o tipo de
movimento que você descreveria ao ver e tentar
explicar uma escada em espiral. Ao organizar o grupo
dessa maneira, construímos a ideia de um movimento
ascendente.

2/Agora prepare-se para desenhar com um grande

pedaço de papel - quanto maior, melhor para este
desenho. Em primeiro lugar, desenhe os contornos
das dobras da cortina usando o carvão comprimido.
Imediatamente você verá que você tem
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1.
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Parte Dois - CARVÃO

2. e 3.

CORTINAS 2
Outra forma de trabalhar com cortinas, que
dá um efeito mais estático e é mais ou menos
o oposto da abordagem anterior, pois em vez
de movimento criamos um sentido de forma
que tem peso e imobilidade. Os artistas
usariam essa forma de trabalhar para criar
uma ilusão de massa que refletisse a forma
subjacente. Veja o exemplo abaixo
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Carvão comprimido – projetos
e também se referem às obras de Massacio,
Cézanne e algumas das obras de Picasso.
Estenda um lençol grande sobre uma forma
simples (uma cadeira) para que reflita a forma do
objeto. Agora prossiga para desenhar isso usando
exatamente o mesmo processo do desenho de cortina
anterior.
133
 Parte Dois - CARVÃO
TROMPE L'OEIL
Trompe L'Oeil significa enganar o olho, criar uma
ilusão realista. Existem muitas maneiras de criar
esse efeito, mas uma das mais fáceis é escolher um
objeto relativamente plano e que possa ser
pendurado ou apoiado em uma superfície plana.
Nos exemplos, escolhi um bastão de tênis e uma
luva de jardinagem.
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Escolha seu assunto com cuidado para isso. Um
vestido ou objeto de casaco favorito que você
conhece bem, algo que, quando pendurado ou
deitado, nos apresentava algumas dobras. Depois
de escolher seu objeto, pendure-o em uma
superfície plana. Isso elimina o problema de
profundidade excessiva.

Você precisa iluminar o objeto de lado para
projetar uma sombra na parede atrás do objeto.
Faça isso usando qualquer luz como uma
lâmpada de equilíbrio de ângulo e direcionando
a luz da lâmpada para o seu objeto pelo lado.
Esse tipo de fonte de luz é muito importante,
pois a forma como a luz ilumina o objeto e as
sombras projetadas criarão a ilusão de Trompe
L'Oeil quando desenhadas.
Agora você precisa começar seu desenho com o
carvão comprimido, fazendo primeiro uma linha
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Carvão comprimido – projetos
desenhando como nos dois desenhos
anteriores, fixando sua composição no papel
com a maior precisão possível e em escala e
proporção. A próxima parte do desenho é
diferente dos dois últimos desenhos, pois é uma
observação pura e muito precisa, observando o
tom e a textura em detalhes. Preste atenção
especial a pequenos detalhes, como vincos,
botões ou forros. Veja o exemplo na página 134.
Não se esqueça das sombras projetadas.
135
 Parte Dois - CARVÃO

DESENHO TROMPE L'OEIL DE UMA

1. LUVA DE JARDINAGEM

Tendo elaborado a composição da luva de

jardinagem, agora é hora de focar nas
2. complexidades das texturas que a luva
contém. Nos exemplos a seguir, eu o dividi
em uma série de observações minuciosas
da maneira como a luva foi fabricada ou
construída.

3.
6.

4.

7.

5.
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1/Na abertura da luva deparamo-nos
primeiro com um ponto tipo bainha, que faz
o rebordo da luva. Isso é construído fazendo
um pequeno canal usando duas linhas
paralelas que seguem a borda contornada da
luva. Neste canal, agora colocamos o padrão
do ponto, e este consiste em uma série de
linhas diagonais que vão para um lado. Nos
espaços que são criados pelas linhas,
colocamos agora outra série de marcas que
vão na direção oposta para implicar a
conclusão dessa textura.
2/Podemos agora começar a observar a textura
da próxima seção da luva, e esta assume a
forma de outra faixa que é obviamente muito
mais larga do que a primeira faixa, então aqui
temos que levar em consideração as
proporções relativas de textura da luva . Essa
faixa segue novamente os contornos e a forma
da luva, e a textura é construída por meio de
uma série de linhas diagonais.
3/Neste exemplo observamos que agora existe
uma faixa menor que novamente segue os
contornos da luva. Esta banda tem
aproximadamente a mesma proporção que a
primeira banda, mas a textura é muito
diferente. Vemos que a marca para criar essa
textura é uma série de pontos que mudam no
ângulo de colocação, pois a natureza da forma
da luva muda seus ângulos.
4/Neste exemplo, podemos ver que agora estamos
criando uma série de linhas de texturas que dão a
impressão de uma textura espinha de peixe. Isso é
feito juntando duas fileiras de mesmas
proporções, sempre seguindo os contornos e a
forma da luva. Em seguida, colocamos na faixa
superior uma série de linhas diagonais que se
opõem à nossa primeira série de linhas diagonais
e, na faixa seguinte, colocamos outra série
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Carvão comprimido – projetos
de linhas diagonais que também se opõem às linhas
superiores. Isso cria a textura e o padrão de espinha de
peixe que é uma característica textural essencial para este
objeto. Abaixo disso, há uma pequena faixa de pontos que
fizemos na fig. 3 e, em seguida, você repetirá a textura de
espinha de peixe novamente.
5/Esta seção da luva é finalizada por um tipo
diferente de ponto. Novamente observamos
que é uma banda que tem cerca de duas
vezes a espessura da banda menor. É
construído juntando uma série de formas de
ferradura sobrepostas e, no centro dessas
formas, colocamos várias marcas laterais
para dar a impressão do ponto.
6/Nesta seção da luva, vemos uma repetição
do que acabamos de desenhar em termos de
textura. No entanto, toda a direção e
estrutura da textura e a forma da luva
mudaram. Os únicos pontos texturais
adicionados são as quatro linhas. Estes
consistem em pequenas marcas de tipos em
arco que se juntam para formar a linha que
segue os contornos e a forma da luva. A
textura espinha de peixe principal da luva
deve ser repetida nos dedos da luva para
completar esta parte textural da observação.
7/Passamos agora da parte de algodão da
luva para a parte protetora de couro e
examinamos como fizemos nossas
observações para esse material. No desenho
da composição você deve ter desenhado as
áreas e definido as partes de couro da luva, e
o desenho desse material será bem diferente
do desenho das partes de algodão da luva.
Ao aplicar nossas técnicas nas partes de
algodão da luva o desenho foi feito de forma
bem construída, enquanto aqui para o couro
o desenho é mais orgânico em sua
abordagem e como
137
 Parte Dois - CARVÃO
interpretar a textura. A textura do couro é
criada rabiscando o meio de carvão
comprimido sobre a superfície do papel,
aplicando pressões variadas à medida que
avança para dar uma variedade de peso à
marca. Há, no entanto, um pequeno pedaço
de textura adicionado a esta seção, que
possui uma fórmula construída para ela. Isso
é mostrado por uma carreira de pontos, que
cria uma linha que segue a forma da luva.
Finalmente, para terminar este desenho é
preciso colocar sombras sobre o topo da
textura que são criadas pela direção da fonte de
luz que originalmente colocamos sobre o
assunto. Lembre-se também de colocar as
sombras projetadas no fundo em que seu
modelo está, pois isso é de vital importância na
criação do efeito Trompe L'Oeil.
O bastão de tênis é outro exemplo do
2.
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138
Trompe L'Oeil e como podemos ver aqui foi
construído da mesma forma que a luva de
jardinagem.
Em primeiro lugar, desenhe a composição
do morcego, como fizemos com os outros
assuntos que abordamos. Depois de ter a
composição firmemente fixada em seu papel,
você pode começar a contemplar as qualidades
de textura do assunto.
1/A amarração do bastão é construída por
uma série de marcas que implicam a
tensão tecida nesta seção do desenho. A
direção das marcas nos dá a impressão de
tecido firme.
2/A construção da cabeça do morcego é
feita de madeira que foi formada pela
compressão do material para fazer
4.

essa estrutura incomum, e isso está implícito nas
marcas fortemente comprimidas que têm a forma
de linhas que seguem a forma e a forma da cabeça
do morcego.
3/4/O cabo do morcego foi pintado e,
portanto, sua superfície é plana, mas ainda
assim tem uma qualidade brilhante que está
implícita no aspecto tonal do desenho.
Existem também elementos gráficos na
superfície da alça, que devem ser copiados
com a maior precisão possível. Na base do
cabo, temos o grip em couro. Este material
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Carvão comprimido – projetos
foi enrolado em torno desta parte do morcego
para formar um padrão. Desenhe esse padrão
antes de colocar as marcas texturizadas. As marcas
que indicam a aderência do bastão são feitas por
fileiras de pontos que seguem o padrão sinuoso do
material de couro.
Agora que você tem todas as referências
texturais, agora pode colocar as observações
de tom por cima, colocando os importantes
efeitos de sombra para criar a ilusão
tridimensional que é Trompe L'Oeil.
139
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos
CARVÃO DE SALGUEIRO
O carvão de salgueiro é um meio muito bom para
produzir desenhos de linha fortes, mas fluidos.
Quando estamos usando linha, devemos ter uma
visão clara de nossas metas e objetivos. Isso vale
para qualquer tipo de desenho, é claro, mas a linha
oferece muitas maneiras diferentes de
expressarmos nossas ideias. Uma das coisas mais
enigmáticas sobre a linha é que ela é uma pura
metáfora (uma metáfora é algo que age por outra
coisa). Artistas que pintam cores de referência e
artistas que esculpem formas ou formas de
referência. A linha é uma linguagem visual pura
que podemos usar expressiva ou analiticamente
em relação às nossas observações.
1/4Na figura 1 você pode ver que duas linhas
foram desenhadas opostas uma à outra. Juntas,
essas duas linhas dão a impressão de uma
forma côncava. Quando esse tipo de linha é
usado para descrever a realidade, como na
figura 4, fica claro que, embora você tenha
desenhado ou copiado o que viu, o resultado
final não descreve necessariamente o que está
ali.
2/5Aqui novamente temos o mesmo problema, uma linha
que implica um côncavo e a outra linha que implica um
convexo. Quando aplicamos isso à realidade, ou
desenhamos o que vemos (como na figura 5), sentimos
que a ilusão não está funcionando.
3/6Na figura 3 vemos duas linhas que implicam
arestas convexas de uma forma. Essas duas linhas
que trabalham opostas começam agora a implicar
a ilusão de uma forma ovóide que as empurra para
fora. Se você olhar agora para a figura 6, poderá
ver que a área do pescoço tem uma sensação de
forma e volume. Isso se deve ao uso de linhas
convexas que funcionam em conjunto umas com
as outras.
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7/8Essas duas comparações adicionais destacam
esse fenômeno. A Figura 7 é um desenho de uma
cabeça e torso muito literalmente, como podemos
ver. Em outras palavras, extraímos a verdade. No
entanto, “a arte é uma mentira que nos permite
ver a verdade”, disse Picasso. As linhas pontilhadas
destacam as áreas côncavas da figura e, se
desenhadas de forma côncava, a sensação de
volume é negada.
Na figura 8 vemos a mesma figura na
mesma pose, mas desenhada com linhas
convexas. Essas linhas invadem a figura,
criando a ideia de sobreposição. Este sistema
de desenho dá uma ilusão de forma e volume
no espaço. É assim que artistas como
Michelangelo, Leonardo, Rubens e outros
usariam a linha como metáfora para criar a
ilusão de forma e volume no espaço.
MÚSCULO SUPERFICIAL
Este desenho da figura inteira (ver página
142) vai muito além do contorno puro das
ilustrações anteriores.
Nas ilustrações anteriores, a forma é apenas
sugerida pelos contornos convexos, mas neste
desenho o músculo superficial - ou seja, o músculo
que fica logo abaixo da superfície da pele - não é
apenas sugerido, mas também desenhado de
forma muito mais conclusiva.
Na próxima ilustração (ver página 142)
podemos ver que o artista Egon Schiele usou
a linha para expressar o efeito oposto ao de
fragilidade e fragilidade. Ele fez isso
colocando menos ênfase no convexo e mais
ênfase nas linhas côncavas. Podemos ver
imediatamente que a forma nessas
circunstâncias tende a ser negada. Isso, no
entanto, não torna um desenho melhor que
o outro. Ambos são expressões do que
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos

1. 4.

5.
2.

3.

6.

7. 8.
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141
 Parte Dois - CARVÃO

Direita: Depois de Rubens.

Desenho segundo Egon Schiele com

ênfase nas linhas côncavas.

O músculo superficial.
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142
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos
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143
 Parte Dois - CARVÃO

o artista queria.
A LINHA INCISADA
A linha incisa é uma linha que parece
cortar o papel, sugerindo um senso de
direção. É feito usando o carvão de lado
para fazer essa linha precisa. Este método
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O desenho não apenas capta a dinâmica da
direção através do contorno da figura, mas
ao mesmo tempo nos informa sobre a
mudança de planos da forma dentro das
figuras.

144
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F

145
 Parte Dois - CARVÃO

MOVIMENTO

Nesta próxima série de desenhos, o meio de
carvão será usado para mostrar uma expressão de
movimento.
1a/1bColoque uma série de desenhos de
diferentes poses um sobre o outro, como
visto na ilustração. Pose o modelo; faça o
desenho do modelo usando contorno como
previamente sugerido. Posicione o modelo novamente
e faça um novo desenho sobre o primeiro desenho e
repita esse processo novamente. No terceiro desenho
você começará a se perder e uma sensação de
confusão será o que você está sentindo. Esta é uma
sensação que queremos criar, pois é só quando você
está perdido que o

1a.
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146
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos

desenho pode ser encontrado. Este é um desenho e comece a colocá-lo sobre as áreas do desenho. Você
muito útil para os alunos, pois ajuda a desenvolver descobrirá que desenvolvimentos interessantes
uma sensibilidade abstrata. O que criamos aqui para o aparecem para você fazer desenhos maiores.
artista é um estado de espírito muito importante, pois
agora você pode desenvolver o potencial do desenho
como uma peça abstrata. Uma maneira de fazer isso é
pegar um pequeno suporte de janela

1b.
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147
 Parte Dois - CARVÃO

1c/Como no primeiro desenho em movimento, abstrato composições. De esses

pegue uma montagem de janela e coloque-a sobre descobertas, você pode fazer desenhos emocionantes
o desenho para criar uma nova dinâmica maiores.

148
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 Carvão vegetal de salgueiro – projetos

2/Instrua o modelo a se mover por uma série 2.

de ações, por exemplo, caminhar e depois se
curvar. Enquanto você faz o desenho, a modelo
deve repetir esses movimentos no mesmo ritmo.
Comece seu primeiro desenho em um ritmo muito
lento. À medida que você se acostuma com o
método de desenho, pode acelerar. Lembre-se de
que você não está desenhando o modelo, mas a
ação. O que você está tentando desenhar, usando
linhas, é um fluxo contínuo que dá uma noção da
ação do modelo conforme ele se move no espaço e
no tempo. O melhor tipo de linha a ser usada para
isso é o que os artistas chamam de 'linha contínua'.
Na verdade, isso significa que você não remove o
carvão do papel enquanto faz o desenho. No
entanto, você deve permitir diferentes pesos de
marca que expressam movimento através e dentro
do plano de imagem.

149
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 Parte Dois - CARVÃO
A VISTA EM MOVIMENTO
Antes de 1900, os artistas percebiam o
mundo de um ponto ou ponto de vista. O
espectador seria apresentado a essa visão e
entenderia a cena a partir dessa perspectiva.
Essa era uma maneira tradicional de
apresentar nossa compreensão do mundo
em duas dimensões, usada há séculos em
um ideal cultural ocidental. No entanto,
nossas atitudes começaram a mudar no
início do século XX, e outras formas de ver
começaram a ser exploradas. Nossa atitude
em relação ao ponto de vista único começou
a mudar. Artistas como Picasso e Braque
1a.
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150
começou a experimentar múltiplas visões do
mesmo assunto no mesmo plano de imagem. O
que eles pretendiam fazer era apresentar uma
visão da realidade junto com outra visão da
mesma realidade no mesmo pedaço de papel.
Daí o nascimento do cubismo.
A visão em movimento é a maneira perfeita
de ampliarmos nossa compreensão do mundo
visualmente usando carvão de salgueiro.
1a/Defina uma natureza morta simples em uma
mesa ou placa que você possa girar ou mover
facilmente para assumir diferentes posições. O
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos

os objetos que você escolher para sua natureza

morta devem ter características formais diferentes
básicas. Posicione um dos objetos do grupo em
posição central; isso é por motivos de referência
nos desenhos a seguir.

1b/Assuma sua primeira posição e, em seguida,

desenhe sua natureza-morta à maneira do
desenho do espaço negativo, localizando sua
composição através do suporte da janela.

1b.
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151
 Parte Dois - CARVÃO

1c/1dA próxima parte do desenho é mover sua
posição ou virar sua natureza morta sobre a mesa,
então agora estamos olhando para o grupo de
lado. Comece seu segundo desenho por cima do
mesmo desenho usando o objeto central agora
como ponto de referência para compor seu
desenho. Este ponto será seu principal ponto de
partida para o próximo desenho, pois o ajudará à
medida que o desenho se desenvolve e se torna
mais complexo.
Repita pela última vez para que seu
último desenho seja visto de trás. Quando
terminar, você terá três desenhos lineares
da mesma natureza morta feitos um sobre
o outro.
1e/Agora podemos começar a tirar disso
desenhando o potencial visual que ela tem a
oferecer, como nos desenhos anteriores
desta seção. Uma maneira de fazer isso é
pegar o suporte da janela e colocá-lo sobre o
desenho em lugares diferentes até encontrar
uma composição interessante que você
gostaria de transpor. Depois de fazer sua
cópia maior desta seção, você pode começar
a sombrear o desenho como mostramos na
seção de lápis - o desenho depois da
paisagem de Cézanne.

1c/1d.
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152
 Carvão vegetal de salgueiro – projetos

1e.

O desenho sombreado.
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153
 Particularmente se você
esfregar muito, trabalhe de
volta no desenho com o carvão
mais fino para finalizar. No
entanto, deve-se sentir tão
limpo e leve quanto um bom
senso de contraste. Feliz por ter
removido as áreas, agora você
pode voltar a pensar no
desenho com carvão, trazendo
mais luz e escuridão, dê
atenção à textura quando
necessário. Quando você está
desenhando, como com todos
os s, você deve se lembrar de
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154
 Parte TRÊS
CANETAS, TINTAS, PINCÉIS e PAPEL
Ponta de fibra, esferográfica, caneta de imersão, Rotring, canetas
tinteiro. Tintas, pincéis tradicionais, orientais e cabeça chata. Papel.
INTRODUÇÃO
Se você é um artista de primeiro tipo, alguém
que deseja muito controle sobre os processos,
achará esta seção do livro desafiadora. A tinta
em sua forma mais fluida e usada em conjunto
com aplicadores não tradicionais irá expor você
à experiência de deixar os processos e a
natureza do meio serem seu guia. Essa
abordagem pode levá-lo involuntariamente a
conclusões visuais satisfatórias que você nunca
teria considerado em seu trabalho
anteriormente. Você descobrirá, no entanto,
que seu senso inato de controle sempre atuará
como uma rede de segurança e impedirá que os
processos fiquem completamente fora de
controle. Este é exatamente o tipo de equilíbrio
que devemos buscar como artistas. 'Não
procuro, encontro', disse Picasso.
Se, por outro lado, você é um tipo de
artista mais emotivo que às vezes fica
frustrado porque tem uma propensão a
deixar o processo fugir com você, e os
resultados geralmente terminam em um
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bagunça, você encontrará exercícios para
conter seus excessos. A tinta oferecerá a você o
efeito firme e controlado que às vezes você
pode sentir que está faltando em seu desenho.
Se você está nesta categoria, meu conselho é
começar seu desenho com a liberdade que você
sente que é necessária para o seu estilo - não se
pode negar o fluxo instintivo, ele vem
naturalmente. Eu faria um desenho aguado -
uma paisagem seria uma boa escolha de
assunto - com tinta e um pincel de ponta chata.
Essa combinação permitirá que sua energia
criativa instintiva seja liberada no desenho.
Agora é hora de trazer aquele elemento de
controle ou detalhe para o desenho que lhe dá
aquele senso de equilíbrio tão necessário que
falamos anteriormente. Para fazer isso, pegue
uma caneta rotring ou uma caneta de imersão e
coloque os detalhes finos sobre o desenho de
lavagem mais livre para dar uma sensação
contrastante de tensão.
155
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
DESENHO COM TINTA
Desenhar com tinta é o material de desenho mais
emocionante na minha opinião. Embora o lápis e o
carvão tenham certos atributos e características,
desenhar com tinta é muito mais exigente e ao
mesmo tempo versátil. A própria natureza da tinta
como substância e as múltiplas formas como ela
pode ser aplicada como meio lhe conferem um
amplo espectro de uso, tanto de forma tradicional
quanto experimental. Pessoalmente, descobri que
trabalhar com tinta pode ajudar a corrigir nossas
fraquezas e aprimorar nossos pontos fortes. Os
artistas tendem a desenvolver traços e estes
tendem a cair em dois tipos. Podemos ser artistas
muito controlados por nosso intelecto ou
processos de pensamento e usar nossos materiais
de acordo. Alternativamente, podemos funcionar
permitindo que os processos nos levem a uma
conclusão visual fornecida por uma abordagem
mais emocional e expressiva. Cada uma dessas
formas de trabalhar tem que ter um pouco da
outra para trazer alguma forma de ordem estética.
A tinta é um meio que permite que essas
qualidades inatas floresçam.
Este capítulo não deve apenas apresentá-lo
ao meio de desenho a tinta com seus usos
tradicionais e suas abordagens mais
experimentais, mas também deve dar a você a
oportunidade de ajustar sua atitude em relação
ao seu trabalho. Isso, por sua vez, ampliará sua
perspicácia visual.
TINTA E OUTROS MATERIAIS
A tinta chinesa ou indiana são as tintas
mais usadas para fins de desenho,
incluindo desenho técnico, desenho a
pincel, caligrafia, aguadas e outros usos
cerimoniais.
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156
As fórmulas para fazer tinta podem ser
encontradas em livros específicos, mas basicamente é
a fuligem de resina queimada ou caroço de cereja
misturada com um aglutinante aquoso (uma solução
de goma-água). Isso é moído em uma placa de
mármore e transformado em uma pasta, que é então
moldada em bastões e deixada secar. Para fazer a
tinta, o bastão é esfregado em uma pedra de tinta ou
vidro moído. É uma pedra ou um pedaço de vidro que
tem uma superfície de textura fina e, quando o bastão
de tinta é esfregado, deixa um resíduo. O resíduo é
colocado em uma tigela rasa e lentamente misturado
com água destilada até que a quantidade certa de
tinta líquida seja feita com a força certa.
No entanto, a tinta indiana engarrafada pode ser
trazida de qualquer fornecedor de arte e não precisa
de preparação. É preto puro e permanente quando
seco. A tinta também pode ser diluída com água para
produzir lavagens.
A tinta Bistre, que era comumente usada
na Europa entre os séculos 16 e 18, vem em
cores diferentes que variam de marrom
amarelado claro a marrom escuro escuro.
Bistre é feito de fuligem contendo alcatrão de
madeira. Outros tons de cor podem ser
obtidos usando diferentes madeiras. Tirando
a fuligem de diferentes níveis de
carbonização pode-se variar a intensidade do
tom. Devido à sua resistência, esse tipo de
tinta é mais adequado para uso em lavagens.
Rembrandt foi possivelmente o artista mais
conhecido por usar o bistre.
A sépia é obtida misturando-se o bistre
com a tinta obtida das bolsas das lulas. Foi
isso que o professor Seydelmann, de
Dresden, fez em 1778 e, no processo,
inventou um meio de desenho mais forte e
escuro que o bistre.

CANETAS DE FIBRA
Existe uma vasta gama de canetas que podem ser
usadas pelos mais diversos motivos pelos artistas. As
canetas com ponta de fibra vêm em diferentes
espessuras e diferentes formatos de ponta. A caneta
de ponta de fibra é um meio muito direto e é
projetada para fazer desenhos gerais rápidos, mas
precisos, que fluem livremente. É difícil corrigir
desenhos com ponta de fibra, portanto, erros devem
ser considerados como parte do processo com
CANETA ESFEROGRÁFICA
Canetas esferográficas fazem uma marca consistente e
permanente. Pode-se criar uma linha escura ou uma linha
clara, dependendo da pressão. As canetas esferográficas
podem ser usadas tanto para desenhos muito mecânicos
quanto para desenhos muito fluidos. Eles também podem
ser usados para fazer esboços e anotações muito rápidos
e podem ser muito úteis para trabalhar
CANETAS DE FELTRO
Canetas de feltro vêm em todos os tamanhos
diferentes e pontas em forma como as canetas de
ponta de fibra. Essas canetas são mais usadas para
desenhos e esboços rápidos e, como as outras canetas
mencionadas até agora, é difícil corrigir seus erros.
Eles também vêm em muitas cores diferentes e são
frequentemente usados como caligrafia.
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Canetas e tinta
este tipo de desenho. A ponta desse tipo de caneta
pode se desgastar rapidamente e a nitidez da marca
pode ser perdida. Essas canetas são melhor usadas
em papéis revestidos fortes, por exemplo, cartolina
Bristol. Veja o exemplo do desenho de impressão de
um artista feito com uma caneta de ponta de fibra.
Esses desenhos geralmente são produzidos para dar
uma impressão ao cliente de um local proposto e
geralmente são completados com um toque de cor.
Pode-se obter canetas de ponta de fibra em várias
cores.
em cadernos de desenho. A esferográfica também
pode ser usada em papéis mais finos e, assim como a
caneta de ponta de fibra, é difícil corrigir erros.
Lembre-se de que desenhar com esse tipo de caneta
geralmente é de natureza exploratória, portanto, você
deve aceitar seus erros como parte integrante do
processo de aprendizado que expõe seu
procedimento de pensamento.
canetas para sinais. Há um exemplo de desenho
com ponta de feltro na página 185. Aqui temos um
desenho que reflete o uso das diferentes
espessuras das canetas com ponta de feltro, e
observe a abertura e a liberdade de marcação
usadas para criar esse desenho.
157
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
CANETAS
Estes são instrumentos mais personalizados do que as
canetas mencionadas anteriormente e, se você usar
uma caneta-tinteiro, não deve permitir que mais
ninguém a use, pois ela se desgasta com seu estilo de
escrever ou desenhar com esse instrumento.
CANETAS RAPIDOGRAPH OU ROTRING
O fluxo da tinta nas canetas Rapidograph e Rotring
é controlado por meio de um tubo do tipo agulha
para criar uma linha bem definida. A linha
produzida é uniforme e consistente e pontas de
diferentes espessuras e graus podem ser
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158
Essas canetas devem ser usadas apenas com tinta
não à prova d'água. Caso contrário, eles vão
entupir. A tinta não à prova d'água também é útil
para usar com alvejante para desenhar. Não dei
nenhuma ilustração de marcas feitas com canetas-
tinteiro porque elas geralmente estão associadas à
escrita e não ao desenho.
obtido. Essas canetas são usadas para desenhos
muito precisos e geralmente são usadas por
profissionais como arquitetos e designers. Os
desenhos geralmente são feitos em escala e são
desenhos de trabalho precisos.
 Canetas

PROJETO DE CANETA: PLANTA DE COZINHA

Chave

Este é exatamente o tipo de projeto para o qual, 1.Freezer

tradicionalmente, a caneta rotring tem sido 2.Fogão
usada. Existem agora pacotes de software 3.Forno nível dos olhos
disponíveis que permitem produzir planos 4.Pia e escorredor
gerados por computador, mas o objetivo deste 5.Mesa de café da manhã/top de trabalho

exercício é fazer com que você entenda as 6.Máquina de lavar

características de uma caneta que fornece um 7.Tampa de bueiro
fluxo controlado de tinta através de uma ponta 8.Tampos de armazenamento e trabalho

de agulha. 9.Caixote de lixo

6.

5..

4.

2. 7.

8. 1. 3.
9.
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159
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
CANETAS DIP
As canetas de imersão são assim chamadas porque, ao
contrário das outras canetas mencionadas, essas canetas não
fornecem seu próprio fluxo de tinta - elas precisam ser
mergulhadas em um pote de tinta antes de serem capazes de
fazer uma marca.
Canetas ou pontas de mapeamento são usadas
apenas para detalhes muito finos e hachuras finas.
As diferentes pontas Gillot são desenhadas para
lhe dar uma linha mais variada de acordo com o
ângulo que você segura a caneta e a pressão que você
aplica. O fluxo de tinta para a ponta da caneta de
imersão é muito diferente do fluxo de outras canetas.
É menos consistente e, portanto, deve ser mergulhado
continuamente na tinta para reabastecer seu
suprimento. As canetas de imersão podem ser usadas
de forma muito aberta e expressiva na natureza da
marcação ou podem ser usadas com muita precisão.
Caneta de mergulho.
Caneta natural.
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160
CANETAS NATURAIS E MARCAS
ALTERNATIVAS
Esse tipo de caneta geralmente é feito de material
natural, ao contrário das canetas manufaturadas. Eles
podem ser cortados e modelados para produzir uma
marca mais personalizada. Eles geralmente são feitos
de pena de junco ou bambu e são produzidos para
fazer uma marca mais ampla. No entanto, você pode
fazer pontas para suas próprias necessidades com
uma faca afiada, lâmina de barbear ou um cortador de
penas. Pode-se também fazer marcas com outros
materiais cortados em pontas. Aqui estão algumas
sugestões. Um canudo de plástico pode ser cortado e
usado como uma pena, ou um palito de fósforo afiado
ou um pedaço de galho. Quase tudo pode ser útil para
mergulhar na tinta para desenhar. Portanto, não
tenha medo de experimentar seus instrumentos de
desenho.

ele está no papel quando a tinta
geralmente significa o uso de
por outro lado, podemos usar o que
chamamos de desenhos de pincel.
Esses e os japoneses ainda
usam o pincel de desenho e
escrita para esses propósitos
cerimoniais. Pincéis áteis, e
geralmente são feitos
o cabelo fica bem consistente e sua
tensão na marca fazendo com que volte
ao seu formato e fique bem firme
quando esticado. É essencialmente um
corpo de pincel e pode ser confiável
quando você está trabalhando com eles
são caros para comprar, por isso é
necessário comprá-los. Nunca os deixe
em contato com água ou água por
qualquer período de tempo, limpe-os
após o uso no
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Canetas, Pincéis
solução adequada; para as tintas que
estamos usando essa solução seria água.
Certifique-se de secá-los e guardá-los com
cuidado para não danificar as cerdas. Se você
não puder pagar por pincéis de marta,
existem outras alternativas menos caras.
Essas escovas são geralmente feitas de pêlo
de boi, pêlo de esquilo ou algum tipo de
material sintético. Também sugiro que você
experimente os pincéis que já possui, apenas
para ver quais efeitos pode criar com eles.
Pincéis dos quais nos cansamos e colocamos
de lado podem ser muito úteis para fazer
marcas.
Entre as páginas 172 e 176, vemos
exemplos de marcação com três tipos
diferentes de pincel: um pincel oriental, um
pincel de cabeça chata; e uma escova de
cabeça redonda, que é uma versão ocidental
da escova oriental.
161
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
PAPEL
O papel que você escolher para trabalhar deve
ser trazido com o tipo de trabalho e materiais
para os quais você vai usá-lo em mente. Papéis
baratos podem ser usados para esboços
rápidos, trabalhando neles com canetas
manufaturadas, como esferográfica, ponta de
fibra, ponta de feltro e canetas rotring. No
entanto, se você tem algo específico em mente,
precisa escolher o papel com cuidado.
CONSELHO DE BRISTOL
Este é um quadro branco duro que é liso e é
usado por designers para trabalhos finos de
caneta. Como não há textura e a placa é como
uma superfície laminada, ela permite que o
tipo de caneta usada por designers, como
canetas rotring, deslize pela superfície do
papel e forneça uma linha precisa necessária
em alguns desses desenhos.
PAPEL DE CARTUCHO OU PAPEL BOND LIVRE
Esta é a forma mais comum de papel para desenho
a caneta e tinta e está disponível em uma variedade
de superfícies, desde lisa, semi-áspera a áspera, e
pode ser usada para trabalhos com caneta, pincel e
lavagem. Para trabalhos de pincel e lavagem é
aconselhável esticar o papel (ver esticar papel).
PAPEL DE AQUARELA
Esses papéis são muito úteis de usar,
principalmente para escovar e lavar. Eles vêm em
uma variedade de espessuras e pesos de papel e
diferentes acabamentos texturizados. Eles
também devem ser esticados antes de trabalhar
neles.
SKETCHBOOKS
Ao trabalhar com canetas manufaturadas, cadernos de
esboços são necessários. Eles agem como diários
visuais, onde você pode anotar e registrar seus
primeiros pensamentos, anotações visuais e anotações
para o futuro. Eles são projetados para serem
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162
carregado com você para registrar suas
observações e coletar informações. Eles
vêm em vários tamanhos de A5 a A1, e
você pode obter vários tipos de papel,
desde papel de cartucho ou papel sulfite
até papel aquarela.
PAPEL ESTICADO
Se você pretende trabalhar em papel usando
lavagens ou uma solução aquosa, você precisa
primeiro esticar o papel para evitar que ele se
deforme. As fibras do papel se expandem
quando entram em contato com a água,
tornando a superfície do papel muito difícil de
trabalhar.
O processo é muito simples, mas permite
bastante tempo de secagem para sua preparação.
Passo 1/Coloque o papel em uma bandeja com água
por pelo menos cinco minutos ou mais. Isso permite
que as fibras do papel se expandam.
Passo 2/Coloque o papel molhado na prancheta,
mas primeiro umedeça a superfície da prancheta.
Etapa 3/Fixe o papel para baixo usando tira
de goma. Molhe a tira de goma e coloque-a
nas quatro bordas do papel para que a maior
parte da fita grude no papel. Não se
preocupe se vir bolhas no papel neste ponto,
pois o papel encolherá quando secar e ficar
com um acabamento macio e firme.
Passo 4/Deixe uma pequena poça de água no meio
do papel. Isso permite que a borda externa do
papel (onde está a fita) seque primeiro, permitindo
que a fita fixe o papel com firmeza antes que ele
comece a encolher. Deixe um bom meio dia para
que o papel seque completamente e então você
terá uma superfície lisa para trabalhar que levará
água sem deformar.
 Papel

Passo 1

Passo 2

etapa 3

Passo 4
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163
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
CORREÇÃO
Antes que os fluidos de correção e a caneta se
tornassem amplamente disponíveis no
mercado, era muito difícil corrigir um desenho a
caneta, pincel e tinta. Um deles usou um branco
chinês, que era uma tinta preparada com
branco de zinco que foi pintada sobre a área
ofensiva. No entanto, a mancha da tinta
costumava aparecer. Você também pode
remover o erro do papel usando uma lâmina de
barbear ou uma pedra-pomes. Só se poderia
usar esse método se o papel fosse durável o
suficiente. No entanto, felizmente, temos
fluidos de correção modernos e canetas que
cobrem as marcas mais fortes sem problemas e
são permanentes. A caneta pode ser usada para
cobrir trabalhos muito complexos e como um
instrumento de desenho por si só. O aplicador
pode ser usado para cobrir áreas muito grandes
onde são necessárias mudanças radicais em um
desenho.
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164
TRÊS TIPOS DE DESENHO COM TINTA
Desenhos de lavagem de alvejanteAlguns
resultados muito interessantes podem ser
alcançados usando tinta de caneta-tinteiro. Você
deve primeiro esticar o papel no qual está prestes
a fazer o desenho e, em seguida, cobrir toda a
superfície com uma camada generosa de tinta.
Deixe secar. Agora você pode pintar diferentes
soluções de alvejante nesta superfície. Um ponto
importante a ser lembrado é que quanto mais
forte o descolorante, mais claras as áreas ficarão.
Antes de embarcar nesta técnica, você deve fazer
alguns desenhos práticos para experimentar o
efeito incomum em primeira mão. Para exemplos
deste tipo de desenho, consulte a página 199.
ATENÇÃO: Lembre-se dos aspectos de saúde e
segurança ao usar produtos químicos: sempre leia
e siga as instruções de uso.
Desenhos de caneta, pincel e tintaPara este
tipo de desenho, você deve primeiro desenhar a
composição bem levemente com lápis. Faça as
marcas apropriadas para descrever a cena e
corrija os erros. Se você está satisfeito com este
desenho inicial, repasse essas marcas usando
sua caneta de imersão. Tente sempre recriar o
uso variado da marca já existente, depois passe
por cima do desenho com aguadas para dar-lhe
a sua base tonal.
Caneta,tinta, escovar e correção
materiaisComo na seção anterior, vamos
usar materiais de correção como um
elemento positivo ao lado dos outros
materiais.

MARCAÇÃO EXPERIMENTAL COM TINTA
Tente abordar isso sem ideias preconcebidas
sobre como devem ser as marcas, pois não
existe uma fórmula ou receita para essa
forma de trabalhar. É uma forma de fazer um
vocabulário pessoal de marcas que podem
servir de referência para desenhos futuros.
Posso explicar como fiz meus exemplos, mas
é muito importante que você os expanda e
descubra seu próprio método natural de
trabalho. Você pode usar qualquer tipo de
tinta; Eu usei tinta indiana. Os implementos
utilizados foram escolhidos aleatoriamente,
apenas para dar exemplos.
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Tinta, marcação
1/ Uma pena ou pena
As primeiras marcas foram feitas mergulhando
a ponta (ou seja, a ponta não emplumada) na
tinta e aplicando-a no papel. Arraste a ponta da
pena pelo papel, aplicando diferentes pressões
e movendo a pena em diferentes direções. Em
seguida, tente fazer pontos com a ponta da
pena. Você descobrirá que precisa reabastecer
a tinta com bastante frequência para esses
procedimentos. Agora tente mergulhar a ponta
emplumada da pena na tinta e passe a tinta
pelo papel arrastando, permitindo que a tinta se
afine naturalmente de marcas opacas muito
escuras para marcas de textura mais finas e
claras.
165
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
2/Pedaço em forma de bastão
Escolhi um pedaço de madeira aplainada com cerca de
um centímetro de espessura. No final do pedaço de
madeira, cortei três canais com uma faca afiada,
fazendo uma fileira de dentes irregulares. Mergulhei
os dentes na tinta e depois fiz diferentes tipos de
marcas com a madeira arrastando diferentes
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166
direções e com diferentes movimentos no papel.
Você descobrirá quando aplicar o bastão pela
primeira vez que, como com a pena, fará uma linha
mais opaca. Isso gradualmente diminuirá para
uma série de linhas que se tornam menos densas
em tom à medida que a tinta diminui.

3/ Pedaço de dowling ou uma extremidade circular de um
pedaço de madeira
Basta mergulhar a ponta do pedaço de madeira na
tinta e imprimi-la no papel, criando uma sequência
de pontos. Você notará que a impressão do ponto
desaparece à medida que a tinta acaba.
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
Tinta, marcação
4/ Pincel pontilhado
Este pincel é projetado para fazer uma marca
conhecida como pontilhado, uma técnica usada
em cerâmica, pintura e decoração, bem como
por artistas plásticos. Mergulhe o pincel na
tinta; em seguida, limpe o excesso na borda da
garrafa. Segurando o pincel verticalmente,
passe-o no papel.
167
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
5/ Cotonete
O cotonete é uma ferramenta muito útil para
desenhar com tinta. Retire o algodão de uma
ponta do botão e, usando uma tesoura, faça um
corte diagonal no caule para dar uma ponta
pontiaguda. Esta extremidade pode então ser
usada para fazer marcas semelhantes ao tipo que
você obteria com uma caneta de imersão comum.
A haste oca do cotonete convertido irá segurar um
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168
certa quantidade de tinta, assim como o
reservatório de qualquer caneta. No entanto, como
a tinta na haste flui muito livremente, esse
implemento pode ser usado para obter um efeito
de respingo, fazendo um movimento de
esfaqueamento. Você também pode usar a outra
ponta do cotonete. Mergulhe isso na tinta e você
pode fazer linhas mais grossas ou áreas tonais
variando de preto a cinza.

6/ Escova de dentes
Pegue uma escova de dentes velha e mergulhe-
a na tinta. Aponte para o papel e passe o
polegar sobre as cerdas do pincel, atirando
manchas de tinta no papel. Desta maneira
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Tinta, marcação
você pode criar áreas de tom a partir desse efeito
salpicado. Você também pode usar o pincel para
aplicar a tinta como se estivesse desenhando com
ela.
169
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

7/ Corda

Pegue um pedaço de barbante desgastado. Certifique- usando h diferente é para criar um

se de que a área desfiada é bastante dura e resistente. variação de marcas
Mergulhe-o na tinta e aplique-o no papel,
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170

DESENHO COM CORDA
Este desenho baseia-se na memória e na
imaginação, dois elementos que são recursos
muito úteis para os artistas recorrerem.
Se começarmos no topo do desenho, você
notará que usei a corda em um movimento
giratório para dar o efeito de folhas. Às vezes,
construí as áreas tonais tornando-as mais
escuras e às vezes tornei as áreas mais claras
para dar o efeito de forma
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Tinta, marcação
e espaço. O tronco da árvore foi criado
arrastando o pedaço de barbante pela
linha do tronco para criar o efeito de casca.
A grama em primeiro plano foi produzida
arrastando a corda em ondas curtas em
diferentes direções. O espaço ao fundo foi
conseguido fazendo apenas algumas
marcas variadas para indicar distância.
171
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PA

A ESCOVA ORIENTAL E A ESCOVA DE CABEÇA por

REDONDA O
também

Os pincéis orientais são pincéis tradicionais . Como

usados em desenhos e caligrafias chineses e ong

japoneses. O pincel era tradicionalmente usado ed-
segurando-o verticalmente no papel e fazendo minério

as marcas com pinceladas livres e rítmicas. O idade

controle na marca, e o eé

1.
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F

172
 escovas orientais

a mesma tensão na marca caligráfica. o efeito caligráfico (o tratamento livre e

Embora uma história de marcação seja rítmico de um desenho).
evidente neste trabalho de pincel, os
próprios desenhos parecem ser expressivos
e têm uma sensação de movimento e ritmo
natural. São desenhos dinâmicos regidos por
uma estrita tradição de marcação. No
entanto, você não deve ser restringido pela
abordagem tradicional. Segure o pincel de
uma forma que seja confortável para você e
faça as pinceladas sem qualquer pré-conceito
do que pode ocorrer. Você aprenderá mais
com essa abordagem.
Na série de exemplos a seguir, você
verá que existem diferentes graus de
liberdade nos tipos de marcas feitas.
1/No primeiro exemplo, a marca é uma marca
solta e de fluxo livre com algum controle. As
marcas que indicam folhas ou grama são onde
o corpo do pincel é colocado na superfície do
papel e gradualmente puxado em uma direção
arqueada enquanto gradualmente levanta o 2.
corpo do pincel para longe do papel. Outras
marcas para criar formas naturais, como grama,
podem ser feitas colocando a ponta do pincel
no papel e arrastando-o pela superfície por uma
curta distância em uma série de direções
ligeiramente diferentes.
Você pode criar uma série de pontos
colocando a ponta do pincel no papel. Linhas
de marcas verticais e horizontais podem
sugerir textura, talvez uma trama ou uma
cesta, ou podem ser usadas para sugerir
janelas em um edifício.
2 e 3/Aqui as marcas são feitas um pouco
mais rápidas e implicam mais ritmo e
liberdade, embora ainda haja um elemento
de controle nelas.
4 e 5(verso) O controle do pincel nesses
exemplos é muito limitado. Os derramamentos
acidentais aumentam a dinâmica do
3.
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173
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

e
d
o
g
você
e.
n
ts
y
de
ct
h
e
a

h
e
4. papel. Você pode usar qualquer tinta. Quando você
tentar a técnica pela primeira vez, os respingos devem
ser aleatórios. No entanto, como Jackson Pollock, uma
vez que você se torna experiente, pode começar a usá-
lo com mais direção.
A ideia por trás da técnica de splatter é

5.
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174
 escovas orientais

Exemplos de técnica de splatter.

C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F

175
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

Desenhos feitos
com um redondo-
escova de cabeça.
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176

ESCOVAS DE CABEÇA PLANA
A escova de cabeça chata foi projetada
fundamentalmente para aplicar aguadas, mas ao
mesmo tempo é uma ferramenta muito útil para fazer
marcas mais amplas. Lavagens são áreas de tom que
são colocadas no papel. Eles podem variar de muito
claros, finos e transparentes a escuros e opacos.
Washes podem ser usados para descrever efeitos
atmosféricos, normalmente em desenhos de
paisagem. Quando usados dessa forma, eles são
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
escovas de cabeça chata
geralmente aplicado muito livremente. Às vezes,
eles têm vida própria quando são espalhados no
papel. Você não deve se preocupar com isso, mas
tente aprender a manipular o efeito. Para fazer
uma lavagem, dilua a tinta com água.
Marcas feitas pela escova de cabeça chata.
Estes foram feitos arrastando, girando e
pontilhando com a ponta do pincel.
177
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
Quanto mais água você adicionar, mais
transparente e mais fina será a lavagem. A
lavagem é aplicada mergulhando o pincel
na tinta e aplicando-o em uma camada
uniforme na área apropriada. As lavagens
também podem ser usadas de forma mais
formal, para criar a ilusão de forma. Isso é
feito por uma transição de tom sobre o
objeto, colocando um lado do objeto na luz
gradualmente mudando de tom para o
outro lado do objeto que ficaria
completamente escuro. Nesse tipo de
trabalho é preciso levar em consideração a
projeção da sombra, que também é
escura. Você pode ver um exemplo disso
na página 181, onde uma esfera foi
construída usando uma série de lavagens.
Uma série de marcas largas feitas pelo
pincel de cabeça chata são mostradas na
página 177. Essas marcas são feitas
arrastando, girando e pontilhando com a
borda do pincel.
MOLHADO EM MOLHADO
Outra maneira de usar o pincel de cabeça chata e
outros pincéis é pintar molhado em molhado. Este é
um processo que também tem sua bela força vital.
Para transformar uma marca molhada em molhada,
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178
umedeça o papel (quanto mais úmido o
papel, mais a marca se espalhará por conta
própria).
1/Uma área molhada foi deixada no papel. O pincel
carregado de tinta pode então tocar esta área
molhada para criar um efeito de espalhamento
semelhante a uma flor. Tanto uma cabeça redonda
quanto um pincel oriental podem ser usados para
conseguir isso. 2/O papel não fica tão molhado
como no exemplo anterior, mas usa-se o mesmo
pincel. O papel foi tocado repetidamente. Linhas
também foram desenhadas no papel. Você pode
observar que a propagação não é tão radical como
em1.
3/A escova de cabeça chata foi usada aqui e
as condições são as mesmas de2 exceto que
borramos imediatamente o desenho com
outro pedaço de papel para impedir que a
tinta se espalhe.
4/O papel não está tão molhado como nos
exemplos anteriores e está apenas úmido. O pincel
de cabeça chata carregado com tinta foi colocado
no papel em seu lado largo plano para fazer as
marcas. Você pode ver que a propagação da tinta é
muito limitada e mais congelada. Esses tipos de
marcas devem ser usados para sugerir texturas
ou objetos como flores.
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F

3.
1.

4.
2.
escovas de cabeça chata

179
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
CRIANDO A ILUSÃO DA FORMA
Como em alguns dos exemplos anteriores nas
seções anteriores, mostrei aqui outros métodos
usando diferentes técnicas de caneta, tinta e
pincel para criar a ilusão de forma em uma
superfície bidimensional.
O primeiro método que usei emprega uma
escova de cabeça chata e uma série de lavagens
para dar a ilusão de uma esfera. Em primeiro
lugar, desenhe o contorno da esfera e a linha do
horizonte na parte de trás para criar a composição.
Desenhe também a forma da sombra. Comece
aplicando tinta nanquim nas áreas mais escuras e
opacas, que são a sombra, uma pequena parte da
parte de baixo da bola e a área acima da linha do
horizonte na parte de trás da bola. Dilua um pouco
de nanquim para criar uma lavagem um pouco
mais clara e coloque-a próximo à área escura que
está sobre a esfera, diluindo aos poucos e
espalhando o tom sobre a esfera até que fique
totalmente claro na extremidade oposta.
A ilusão de um cubo é criada por uma
técnica de respingos controlados usando uma
escova de dentes. Primeiro desenhe o cubo
levemente com um lápis, sem esquecer de
colocar a linha de trás para criar a sensação de
espaço. Em seguida, mascare as áreas ao redor
do lado mais escuro do cubo, deixando essa
área como a única aberta para respingos. Pegue
a escova de dentes e mergulhe-a na tinta. Antes
de tudo, faça um exemplo de teste para garantir
que uma área de tinta uniforme e consistente
seja aplicada e, quando estiver satisfeito com o
resultado, mude o processo para a área exposta
em seu desenho. Quando secar, faça o mesmo
com a área de meio-tom, mascarando-a e
aplicando um meio-tom. Espere secar e usando
o mesmo procedimento faça o mesmo para o
último e mais claro tom.
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
180
Crie a ilusão de um cone usando o sombreamento
de luz frontal com uma caneta de ponta de feltro
fina e fluido corretivo. Como com os outros dois
sólidos, desenhe o contorno com um lápis primeiro
muito levemente e coloque a linha de trás. O ponto
mais próximo do cone será a área mais clara e, à
medida que a superfície do cone recua
gradualmente, o tom ficará mais escuro. Neste
desenho, usei fluido de correção para fazer a área
mais clara do desenho parecer ainda mais clara. As
áreas escuras foram criadas usando uma série de
linhas que seguem a curva da forma. Essas linhas
se tornam mais densas e escuras à medida que
começam a alcançar a borda externa da forma.
Crie a forma de um cilindro usando um
rapidógrafo ou caneta rotring. Desenhe
novamente o contorno do cilindro com um
lápis e a linha de trás para criar o espaço. De
um lado do cilindro desenhe uma série de
linhas verticais. Comece com eles bem
próximos, dando a sensação de uma sombra.
Espace gradualmente as linhas para que o
outro lado do cilindro fique completamente
branco. Agora repita este processo no topo
do cilindro, mas do lado oposto - isso dá a
ilusão de que o cilindro é oco.
Estas são apenas algumas maneiras de criar
ilusões do efeito 3D. Você deve pensar em outros
métodos que podem ser empregados para criar
ilusões semelhantes e experimentá-los para
expandir suas percepções visuais.
 A ilusão da forma

Você pode ver claramente o efeito 3D nestes

exemplos.
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181
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

CANETA ROTRING OU RAPIDOGRAGH,

PONTA DE FELTRO E PONTA DE FIBRA.

Artistas especialmente treinados geralmente
criam desenhos com essas canetas. Essas
pessoas geralmente são arquitetos que
estudaram o assunto na universidade. Eu sou
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mostrando esses exemplos como algo que
você pode aspirar no futuro quando tiver
mais experiência em desenho, em vez de
tentar agora.

182
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F

Canetas – projetos

183
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

DESENHO DE PROJETO COM CANETA

DE FELTRO DE UM PORTO
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184

Comece este desenho desenhando a
composição primeiro com lápis. Dessa forma,
se você cometer algum erro, poderá corrigi-
lo apagando-o. Para estabelecer a
composição ou o desenho no papel, use seu
aprendizado anterior. Por exemplo, use o
suporte para janela para ajudá-lo a
enquadrar sua foto. Ao olhar pela janela para
o mundo, mova-o para estabelecer uma
composição com a qual você esteja feliz. Em
seguida, desenhe no papel o que você vê
pela janela, posicionando e mapeando os
objetos na cena em relação às proporções do
papel. O desenho no papel deve espelhar
exatamente o que é visto através do suporte
da janela, mas em escala maior (veja o
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
Canetas – projetos
exemplo do esboço a lápis).
Agora que você estabeleceu a composição, seu
pode começar a desenhar sobre as linhas de lápis
com uma caneta hidrográfica que é melhor para
fazer linhas. Com esta caneta pode-se também
insinuar a ideia de textura, como mostra o
desenho nas portas dos armazéns. Pode-se
também fazer áreas tonais com esta caneta. No
desenho, criei tons usando uma série de linhas
diagonais paralelas ao pé dos edifícios para dar
uma impressão transparente de vidro ou fachadas
de lojas. Para dar uma ideia do tempo ventoso,
desenhei as nuvens com uma linha ondulada
rítmica que dá a impressão de movimento no céu.
Mais a linha desenhada que indica que os fios do
telégrafo foram
185
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
desenhado como se também estivesse sendo sacudido
por uma rajada de vento. Essa linha também é rítmica,
mas tem uma tensão diferente das linhas que denotam as
nuvens. As grades são desenhadas por uma longa linha
horizontal para o topo e uma série de pequenas linhas
verticais espaçadas uniformemente.
O quebra-mar é indicado desenhando uma
série de quadrados irregulares e oblongos que
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
186
expressar um padrão de tijolo. Para desenhar
nas janelas, usei uma caneta hidrográfica com
ponta quadrada e cinzelada, e é a proporção
certa para fazer apenas a escala de marca que
preciso colocar no tom de viúva. Onde há
quatro vidraças, fiz quatro marcas com esta
caneta deixando um pequeno espaço entre as
marcas para indicar a janela

frame, e similar com as outras janelas. No primeiro
plano, usei uma caneta muito mais grossa para
fazer marcas mais ousadas e fortes, para que
pareçam se destacar no espaço da imagem.
Algumas dessas marcas são muito regulares e
seguem a forma dos barcos para dar a impressão
das tábuas de madeira de que são feitos os barcos.
Outras marcas são mais livres
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Canetas – projetos
fluindo para dar a impressão do mar
batendo na costa, e outras áreas são feitas
de pontos para dar a impressão da praia
ou da costa. As janelas de um dos barcos
foram desenhadas em tons e deixando
apenas alguns espaços em branco para
dar a ideia de reflexão.
187
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
FLUIDO DE CORREÇÃO DE TEXTO
PARA ILUSTRAÇÕES
1/O fluido de correção vem em uma
pequena garrafa de plástico e o aplicador,
que é como uma pequena escova, está preso
ao topo da garrafa. Para usar o fluido,
mergulhe o pincel no frasco e aplique na
área apropriada. Geralmente se usa esse tipo
de aplicação para cobrir áreas maiores.
2/As canetas de correção são feitas do mesmo
fluido, mas o aplicador tem o formato de uma
caneta esferográfica. Portanto, é mais adequado
para corrigir trabalhos finos e também pode ser
usado para desenhar, fazendo uma linha branca
sobre um fundo escuro.
Fluido Tippex.
Caneta Tippex.
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188
3/O branco chinês é a forma tradicional de
fluido corretivo. O branco chinês é uma tinta
branca à base de água que se aplica sobre a
área afetada com um pincel. Não é tão bom
para cobrir o erro quanto o fluido corretivo.
A seguir estão dois desenhos feitos depois
de Picasso usando fluido de correção e caneta
de correção - não como um fluido de correção,
mas como uma ferramenta de desenho.
Conforme mencionado anteriormente nos
capítulos anteriores, os materiais de correção
podem ser usados como uma parte positiva da
aplicação. Copiei dois desenhos de Picasso. É
uma prática padrão para iniciantes copiar os
grandes mestres e esses desenhos se prestam
muito ao uso de fluidos corretivos. Comece
escolhendo um desenho apropriado para este
projeto. O desenho deve conter contrastes
claros e escuros e o uso de linhas brancas sobre
as áreas escuras. Prepare-se com os materiais.
Isso deve consistir em um pedaço de papel
esticado, porque vamos colocar algumas
lavagens. Você também precisa de um pincel de
cabeça chata para colocar as aguadas, um lápis
para desenhar levemente a composição, uma
caneta de imersão,
Comece pegando o lápis e esboce levemente
em uma cópia do trabalho do artista escolhido.
Quando terminar e estiver satisfeito com a
composição, você pode desenhar sobre isso
com a caneta de imersão e a tinta. Depois disto
branco chinês.
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F

Corretivo

189
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
começar a colocar nas áreas tonais. Coloque os
tons mais escuros primeiro, seguidos pelos tons
mais claros e finos. Para fazer os tons mais claros,
coloque um pouco de água em um prato e
adicione um pouco de tinta, depois teste a força do
tom que você fez pincelando esse fluido em um
pedaço de papel de teste. Se precisar que fique
mais escuro, adicione um pouco mais de tinta. Se
quiser que fique mais claro, acrescente um pouco
mais de água. Continue testando a força de seus
tons antes de aplicá-los ao seu desenho. Quando
você os aplica ao seu trabalho, seu objetivo é
copiar onde os tons estão no desenho original. Se
você deixar algumas áreas tonais muito escuras,
pode clareá-las colocando uma camada de fluido
corretivo sobre elas. Você pode cobrir a área de
forma muito opaca e, em seguida, colocar outra
lavagem por cima novamente para acertar.
Alternativamente, pode-se tentar escovar o fluido
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
190
na área de uma maneira menos opaca para
que o tom abaixo ainda apareça e você tenha
alcançado o nível de tom certo. Se o tom que
você colocou não for escuro o suficiente,
você pode esperar secar e colocar um tom
mais escuro por cima. Agora você deve ter
um desenho tonal que tenha pouca ou
nenhuma evidência de linha, pois terá sido
obliterado pelo overdrawing tonal. Agora
você está na posição de anotar as linhas com
a caneta de imersão e tinta e com a caneta
corretiva. Sobre as áreas brancas e claras,
desenhe a linha com a caneta e nanquim,
copiando as linhas escuras que aparecerão
em contraste com as áreas mais claras. Nas
áreas mais escuras, comece a desenhar sua
imagem delineada com a caneta corretiva.
Isso produzirá uma linha branca que
aparecerá em contraste com as áreas mais
escuras. Veja as cópias dos Picassos que fiz.
 Canetas – projetos

USANDO UMA CANETA DIP E TINTA INDIANA

LIVREMENTE (EXPRESSIVAMENTE) E CONTROLADA
(FORMALMENTE)

A caneta de imersão e a tinta juntas são

materiais muito versáteis que podem ser
usados de forma expressiva para produzir
desenhos de linhas e tons. Esse tipo de desenho
às vezes é chamado de desenho gestual,
porque é um tipo de desenho rápido e
animado. É feito com velocidade e tende a
capturar movimento e ritmo em um desenho,
bem como na forma. Também pode ser usado 3.
como um material formal muito controlado
usando linha e tom para produzir desenhos
muito precisos que renderizam a forma - esses
dois estilos podem ser combinados em um
desenho. Nos exemplos você pode ver a
diferença entre os dois tipos de desenho.
Desenhei alguns detalhes do corpo. Nos
desenhos das mãos, o primeiro exemplo mostra
a abordagem gestual do desenho. Tem a
aparência de ter sido desenhado muito
rapidamente tentando capturar a estrutura da
mão. O segundo desenho da mão tem uma
resposta mais controlada à observação. A
observação é um desdobramento analítico da
mão, usando uma série de formas para
expressar uma compreensão da mão. O terceiro
desenho é uma mistura dos dois estilos – formal
para fornecer uma estrutura básica ao desenho,
sobreposto por algum desenho gestual para
ajudar na sensação de movimento e ritmo.

1/é um desenho gestual

2/é um desenho muito formal que expressa a

ideia de forma. A hachura, que é uma série
de linhas que correm paralelas entre si e 1.
2.
podem ser sobrepostas para aumentar a
densidade do tom, foi usada nesta ilustração
para expressar a ilusão da forma da cabeça.
O tom foi colocado onde você normalmente
encontraria o tom situado na cabeça.
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191
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

Na terceira ilustração há uma mistura de 1/é a abordagem formal2/é a abordagem

estilos. O mesmo vale para os desenhos do gestual, e3/é a mistura dos dois estilos.
pé e das pernas.

1. 2.

3.

3.

2.

1.
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192

DESENHOS DE CANETA, TINTA E LAVAGEM
Um desenho a caneta, tinta e aguada pode ser
apropriado para qualquer assunto - natureza morta,
figuras, interiores - mas acredito que seja mais
adequado para o trabalho paisagístico, devido ao
efeito atmosférico que se pode criar com as aguadas e
as marcas de textura que se podem fazer com a
caneta. Para este desenho de paisagem, você precisa
esticar um pedaço de papel aquarela para absorver as
aguadas que serão colocadas no papel. Você também
vai precisar de nanquim, água, um prato para
misturar as aguadas, uma caneta de imersão, um lápis
e um pincel de ponta chata para aplicar as aguadas.
Como
C3BF5B70-8CC4-4870-976C-617F626F3B6F
Caneta, tinta e desenho de lavagem
com todos esses desenhos escolha sua
composição usando um suporte de janela para
te ajudar nessa tomada de decisão. Quando
estiver pronto, desenhe o contorno da imagem
levemente usando o lápis, desenhando os
contornos do terreno, o contorno dos prédios e
das árvores e quaisquer outros objetos na cena.
Em seguida, comece a desenhar e implicar as
texturas, como os tijolos dos prédios, as folhas
das árvores, a grama e as plantas, as paredes
de pedra e assim por diante.
193
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

1. 2.

1/sugere a ideia de flores - a

marca consiste em uma série de
círculos dobrados com um ponto
no meio.
2/três fileiras de quadrados
escalonados dão a impressão do trabalho
de pedra em uma casa de campo. 3.
4.
3/Grupos de linhas onduladas que
são colocadas próximas umas das outras
de modo que se sobrepõem dão a
impressão de um tipo de árvore.
4/o contorno de um poste foi
desenhado e depois preenchido com 5.
uma série de linhas retas paralelas.
Isso dá a impressão de madeira
6.

7.
5/as janelas, neste caso, têm
10. muitos pontos que dão a impressão
de uma cortina atrás do vidro.
Quando estiver satisfeito com o
resultado, você poderá começar a
trabalhar com a tinta e a caneta.
9. 6/nesta ilustração há o tronco
de uma árvore e os galhos - uma
série de marcas para baixo nos
dá a idéia de que tipo de árvore
12. é.
7/a variedade de linhas fala-
nos desta flor. Na base da flor,
uma linha fluida indica o tipo de
folha. O caule é uma linha reta
que indica a direção do
11. crescimento da planta. Enquanto
o círculo com as pontas salientes
8. fala sobre como a planta fica
quando está prestes a semear. As
outras marcas em arco dentro do
centro circular
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194

indicar como floresce.
8/aqui estão uma série de marcas que nos
informam sobre a estrutura da chaminé.
9/uma fileira de oblongos com marcas
diagonais de densidade variável dá a impressão
de reflexos em janelas de vidro.
10/uma marca W arredondada que é colocada
aleatoriamente aparece como um tipo de folha.
11/uma série de formas para sugerir uma
parede de pedra e um poste são então
preenchidas com marcas que sugerem a
textura da parede. A hachura tonal foi
adicionada para dar a ilusão de forma.
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Caneta, tinta e desenho de lavagem
12/uma série de linhas direcionais feitas
rapidamente com uma pequena marca no topo
nos dá a compreensão visual de um tipo de
grama.
Seu objetivo agora com a caneta é
carregá-la com tinta. Mergulhe-o na tinta
e, em primeiro lugar, faça algumas marcas
de prática em outro pedaço de papel até
obter o fluxo certo de tinta da caneta para
criar uma linha contínua e fluida. Agora
você pode começar a traçar a linha por
cima do desenho a lápis, replicando as
marcas que fez com o lápis. Por cima de
195
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
isso, agora você precisa aplicar as lavagens usando
uma escova de cabeça chata. As lavagens vão te
dar o contraste tonal no desenho. Sugiro que você
comece com o tom mais claro primeiro, porque se
você não deixar o tom escuro o suficiente na
primeira tentativa, sempre poderá adicionar a ele
para torná-lo mais escuro. Se você trabalhar ao
contrário, é mais difícil corrigir e você terá que usar
fluido corretivo para encobrir seus erros. Escolhi
uma paisagem para o meu exemplo porque acho
que a paisagem é muito adequada para esta forma
de trabalhar com aguadas e caneta e tinta.
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As lavagens para a foto devem ser misturadas com
água em um prato. Quanto mais água for
adicionada à tinta, mais fina será a lavagem e,
portanto, mais clara será a tonalidade. Então,
quando você tiver misturado sua primeira
lavagem, experimente primeiro em um pedaço de
papel, para ver se você tem o tom adequado para
aquela seção do desenho que você vai colocar o
tom também. No primeiro exemplo, você pode ver
que são seis lavagens tonais que vão desde um
tom transparente bem claro, escurecendo
gradativamente até que no último tom temos um
tom preto opaco. No próximo exemplo,

há uma transição tonal semelhante, mas
em vez de esses tons serem separados, há
uma transição contínua gradual. Lembre-
se que este desenho é baseado na
observação da paisagem e que a luz na
paisagem pode mudar rapidamente, então
esteja preparado para a mudança de luz.
Quando você se comprometer com uma
área do desenho, permaneça com ela ou a
mudará para sempre. Uma boa sugestão é
limitar a quantidade de tons que você vai
trabalhar no desenho. Diga uma gama de
cinco tons que vão do preto ao branco de
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Caneta, tinta e desenho de lavagem
o papel, deixando você com três tons no meio
de vários tons de cinza do claro ao escuro.
Pode-se pré-misturar esses tons para trabalhar
capturando rapidamente a natureza mutável da
luz. Quando estiver pronto para começar, tudo
o que você precisa fazer é colocar os tons em
cima da caneta e desenhar na área apropriada.
Quando saio para trabalhar no paisagismo,
costumo levar vários papéis pré-esticados para
trabalhar para aproveitar ao máximo a excursão
do dia.
197
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL

DESENHO DE LIXÍVIA DE LAVAR E assunto tonal contrastante. Mergulhei então o pincel no alvejante e comecei a desenhar nas áreas

MARCAR mais fortes de luz, e como num passe de mágica a luz e a luminosidade apareceram. Quando você faz

esse desenho pela primeira vez, o efeito é surpreendente, é como fazer um desenho ao contrário.

Essa é uma forma de trabalhar muito marcante, Meu próximo passo foi colocar os tons que eram da gama média. Para fazer isso, dilua o alvejante

pois traz um efeito tão luminoso ao desenho. com água para tirar sua força. Pratique antes de colocar o próximo tom em um pedaço de papel de

Desenhos usando este meio dependem prática preparado para que você tenha a força certa de mixagem para dar o tom certo. As duas

fortemente dos efeitos da luz. paisagens são feitas pelo poder da sugestão - um processo que mencionei antes com as imagens que

Para este exercício, você precisará de uma você vê nas formações de nuvens. O mesmo processo é aplicado desde o início, ou seja, aplicar a

seleção de pincéis que considere apropriados camada de tinta em primeiro lugar. Porém, antes de deixar secar, tinta molhada em molhada com

para as marcas que precisa fazer. Você também diferentes forças de alvejante. Como sugestão, faça isso na área no topo do papel para sugerir o céu.

precisará esticar um pouco de papel porque no Na parte inferior do desenho, deixei a tinta secar para trabalhar nela de uma maneira diferente,

primeiro exemplo vamos cobrir a superfície do dando uma marca contrastante no desenho. Outras técnicas que usei para fazer marcas neste

papel com tinta. A tinta indiana não serve para desenho foram respingar o alvejante no papel com uma escova de dentes, desenhar linhas com uma

este trabalho, pois quando seca torna-se à caneta de imersão com o alvejante e colocar áreas diluídas de alvejante para variar o aspecto tonal do

prova d'água e, portanto, permanente. Eu uso desenho. Como expliquei anteriormente, este desenho foi feito por auto-sugestão e não por

um produto chamado Quink, que é solúvel em observação. No entanto, nada impede que você faça um desenho neste meio a partir da observação.

água e não seca permanentemente. Quando o Na parte inferior do desenho, deixei a tinta secar para trabalhar nela de uma maneira diferente,

alvejante é aplicado, ele afeta a tinta dando uma marca contrastante no desenho. Outras técnicas que usei para fazer marcas neste

descolorindo a cor e deixando uma mancha desenho foram respingar o alvejante no papel com uma escova de dentes, desenhar linhas com uma

brilhante que dá o efeito dinâmico da luz contra caneta de imersão com o alvejante e colocar áreas diluídas de alvejante para variar o aspecto tonal do

o escuro da tinta. Essa abordagem de trabalho desenho. Como expliquei anteriormente, este desenho foi feito por auto-sugestão e não por

é o oposto do que faríamos normalmente - na observação. No entanto, nada impede que você faça um desenho neste meio a partir da observação.

verdade, estamos adicionando a luz em vez de Na parte inferior do desenho, deixei a tinta secar para trabalhar nela de uma maneira diferente,

adicionar os tons mais escuros. dando uma marca contrastante no desenho. Outras técnicas que usei para fazer marcas neste

desenho foram respingar o alvejante no papel com uma escova de dentes, desenhar linhas com uma

Para começar, cubra o papel com tinta. Para as caneta de imersão com o alvejante e colocar áreas diluídas de alvejante para variar o aspecto tonal do

primeiras tentativas, deixe secar. Em seguida, desenho. Como expliquei anteriormente, este desenho foi feito por auto-sugestão e não por

pegue o alvejante e mergulhe um de seus pincéis observação. No entanto, nada impede que você faça um desenho neste meio a partir da observação.

nele. Faça algumas marcas de teste, as marcas de desenhando linhas com caneta de imersão com alvejante e colocando áreas diluídas de alvejante para

teste no meu exemplo parecem caligrafia chinesa. variar o aspecto tonal do desenho. Como expliquei anteriormente, este desenho foi feito por auto-

Você pode praticar o quanto quiser antes de fazer sugestão e não por observação. No entanto, nada impede que você faça um desenho neste meio a

um desenho. Conheça o potencial do processo. No partir da observação. desenhando linhas com caneta de imersão com alvejante e colocando áreas

entanto, esteja ciente dos aspectos de saúde e diluídas de alvejante para variar o aspecto tonal do desenho. Como expliquei anteriormente, este

segurança do uso de materiais como alvejante e desenho foi feito por auto-sugestão e não por observação. No entanto, nada impede que você faça

siga as instruções que foram colocadas no produto um desenho neste meio a partir da observação.

para se proteger.
No primeiro desenho do retrato, coloquei a
modelo de modo que houvesse uma luz forte
vindo de um lado. Isso me deu uma forte
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Alvejante

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 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
A CANETA ESFEROGRÁFICA
Nesta página você notará uma série de rabiscos
com a caneta esferográfica. Começando no
canto superior esquerdo, descreverei a linha
superior de marcas e explicarei o tipo de
marcas. No entanto, tenha em mente que
muitos desenhos feitos com esse tipo de caneta
são do subconsciente e são realmente rabiscos
feitos enquanto deveríamos focar nossa
atenção em outro lugar. Costumamos fazer
esses desenhos em reuniões chatas ou no bloco
do telefone quando estamos tendo uma longa
conversa com alguém.
A primeira marca é uma linha rabiscada
circular que desce. O segundo rabisco é um
desenho gestual de uma cabeça. Ao lado dela há
uma série de pequenas linhas verticais, com uma
série de linhas horizontais cruzando-as. Então, ao
lado disso, há uma linha ininterrupta que se move
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200
lateralmente no papel, ficando mais claro à medida
que atinge a outra extremidade. Depois, há uma
pequena estrela estranha com pés seguidos por
duas formas desenhadas com linha e, em seguida,
uma linha ondulada desenhada de um lado para
sugerir tom. Isso é o que acontece na primeira
linha desta folha. Não há regras rígidas e rápidas
que se apliquem a fazer rabiscos - você apenas os
faz e gosta de fazê-los. Desde que o homem
deixou sua marca na parede da caverna ou na
terra, instintivamente anotamos coisas, sejam
representativas ou não. Este é apenas o
equivalente moderno dessa necessidade de deixar
uma marca, e muito pode ser ganho com isso que
não tem preciosidade e às vezes não tem
significado. Veja isso como uma experiência
natural que vem do ato instintivo de desenhar.

A CANETA DE PONTA DE FIBRA
Nesta página há mais ordem nas marcas. No
canto superior esquerdo, há uma série de
marcas diferentes feitas com a caneta de
fibra. A primeira marca é um rabisco aberto
de uma linha que tem um senso de ritmo e
movimento. É uma linha fluida, mas tem um
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Canetas
certa velocidade para ele. No final da linha há um
tipo de linha muito semelhante, mas parece ser
uma linha mais rápida. Portanto, duas linhas de
natureza semelhante têm uma ideia ou sentido de
tempo diferente. No meio dos dois rabiscos há
uma série de linhas verticais paralelas - dá para
sentir que elas também foram feitas
201
 Parte Três – CANETAS, TINTA, PINCÉIS e PAPEL
sugerindo rapidamente uma ação para a
marca. No início da próxima linha, existem
três elipses circulares que foram feitas em
velocidade. Desenhar rapidamente nos
permite ficar mais relaxados e livres sobre
nossa abordagem ao desenho. Esta é uma
boa maneira de desenhar uma elipse, pela
simples razão de que todos os alunos
desejam aspirar à perfeição imediatamente
com uma linha fina e bonita. No entanto, se
houver alguma imprecisão na linha, é óbvio
para o espectador que ela está errada. Se, no
entanto, você tentar expressar a elipse
usando várias linhas, o olho terá mais opções
para escolher e geralmente haverá uma
dessas opções que é a certa. Isso nos permite
sentir mais felizes com a nossa tentativa. A
próxima série de marcas mostra uma série
de marcas diagonais em linhas, que implicam
um senso de direção e padrão.
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202
Uma série de linhas onduladas verticais
interligadas nos dá uma sensação de arame
entrelaçado como cota de malha. Para representar
uma flor, desenhe um ponto para o centro e, em
seguida, faça uma linha circular contínua ao redor
dela - e abaixo da cabeça da flor, temos uma série
de linhas estreitamente entrelaçadas que indicam
a textura de um certo tipo de folha. Em seguida,
uma série de linhas verticais onde o espaçamento
se aproxima do lado direito dá a impressão de uma
mudança tonal gradual. Próximo a isso está uma
linha contínua que forma uma série de oblongos
para criar o que parece ser uma teia espacial
geométrica. No final desta linha, há muitas linhas
desenhadas rapidamente que se espalham a partir
de uma haste central, dando a impressão de algum
tipo de forma natural. No início da próxima linha,
temos cinco fileiras de linhas verticais ligeiramente
sobrepostas – se você olhar essas linhas de lado,
tem a impressão de um material tecido, como uma
cesta. Então ao lado disso nós

têm um conjunto de linhas onduladas que seguem
a direção uma da outra para dar a impressão de
madeira. Acima da madeira há uma série de linhas
em ziguezague que dão uma impressão irregular
e, ao lado, outra série de linhas onduladas
entrelaçadas que sugerem a sensação de um tipo
de tecido entrelaçado. Descendo para a próxima
linha, ele começa com uma série de marcas
semelhantes a pontos nas linhas. Na seção de
carvão usando giz de cera, lembro-me de usar esse
tipo de marca para sugerir a textura de um chapéu
de palha. Abaixo dos pontos está o alfabeto.
Sempre achei que a imagem de uma letra é
visualmente muito interessante e, ao lado disso,
usei marcas semelhantes a letras para criar uma
textura de tipo interessante que parece se mover
ou pulsar na superfície da imagem. Ao lado está
um desenho contínuo de uma flor que é feito
rapidamente a partir da observação. A linha
começa na parte inferior do caule. Ele rapidamente
sobe ao redor e através da forma
Esferográfica com ponta de fibra impressão artística.
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Canetas
das folhas. Em seguida, pega novamente o
caule até atingir a cabeça da flor onde a linha
flui em torno da forma das pétalas,
finalizando a cabeça da flor com um rabisco
intenso. A linha então finalmente escapa para
o espaço. Abaixo disso, há uma série de
linhas desenhadas de maneira muito direta,
quase com um movimento do pulso. Estas
são linhas curtas que viajam em direções
diferentes. Essas marcas implicam a ideia ou
ilusão de grama. Finalmente, a última marca
na página é uma linha vertical em zigue-
zague com pontos colocados nos espaços de
cada lado da linha. Isso nos dá uma noção
clara de um padrão. E, às vezes, ao desenhar
texturas, o padrão pode ser parte integrante
do desenho. Observe atentamente o
desenho no livro das luvas de jardim.
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