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Ensaio Filosófico: "Será que temos a obrigação moral de ajudar quem vive na pobreza

absoluta?", realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano)

Abstract: This essay approaches problems related to poverty in our world. Povery is a state or
condition in which one lacks the financial resources and essentials for a certain standard of living.
Poverty can have diverse social, economic, and political causes and effects.
Here, it will be defended that we have the moral obligation to help those who live in absolute
poverty, teaching or helping to look for a basic solution.

Nem todos os países têm o mesmo nível de desenvolvimento económico e social. Por isso, é
frequente considerar-se que o mundo está dividido em dois grupos de países: os países
desenvolvidos e os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Entre estes países existem
acentuadas desigualdades na distribuição da população e da riqueza, nos cuidados de saúde na
educação, no acesso à alimentação, a qualidade da habitação com água potável e eletricidaede etc.
Este desequilíbrio entre países faz com que uns sejam consideravelmente ricos enquanto que outros
permaneçam num estado de pobreza absoluta. Isto consiste na falta de rendimentos para satisfazer
as necessidades básicas a que a restante população tem acesso.

Por exemplo Angola é um país com vastos recursos naturais, com grandes reservas de minerais e de
petróleo, no entanto, os padrões de vida angolanos continuam baixos e cerca de 70% da população
vive em extrema pobreza, enquanto as taxas de expectativa de vida e mortalidade infantil no país
continuam entre as piores do mundo. além da presença proeminente da desigualdade económica,
visto que a maioria da riqueza do país está concentrada numa parte desproporcionalmente pequena
da população. Angola também é considerada um dos países menos desenvolvidos do planeta
conforme a Organização das Nações Unidas (ONU).

Alguns filósofos, como Peter Singer, defendem que não apenas temos a obrigação moral de ajudar
aqueles que vivem na pobreza absoluta, mas que essa obrigação é tão forte que deveríamos
sacrificar parte de nossos recursos e estilo de vida para ajudá-los. Singer argumenta que, se podemos
evitar algo extremamente ruim (como a fome ou a morte prematura) sem sacrificar nada de valor
moral comparável, então temos a obrigação moral de o fazer e se podermos salvar vidas, devemos
fazê-lo, mesmo que isso signifique gastar dinheiro em doações para caridade.

Além disso, podemos argumentar que a ajuda aos pobres não é apenas uma questão de justiça, mas
também de utilidade. Quando as pessoas vivem na pobreza absoluta, elas não têm acesso a recursos
básicos como assistência médica e educação, o que pode levar a problemas de saúde, falta de
oportunidades e, em última análise, uma vida menos saudável e mais curta . Ajudar essas pessoas a
superar a pobreza, por outro lado, pode resultar em uma sociedade mais saudável, educada e
próspera para todos. Como utilitarista que é, Singer defende que ao não fazermos nada ou quase
nada para amenizar a pobreza absoluta, cometemos uma grave falha moral, visto que temos o dever
de nos dedicarmos inteiramente à melhoria de vida daqueles que vivem em grande miséria.

No entanto, há também argumentos contrários a essa posição. Algumas pessoas argumentam que a
ajuda aos pobres não é uma obrigação moral, mas sim uma questão de caridade. Eles acreditam que
essa ajuda deve ser uma escolha pessoal, em vez de uma obrigação imposta pelo Estado ou pela
sociedade. Outros argumentam que a ajuda aos pobres pode ser contraproducente, porque pode

Maria Medeiros nº17 Turma:10ªB 1


criar dependência e desestimular a auto-suficiência. Eles afirmam que, em vez de fornecer ajuda
direta, devemos trabalhar para criar sistemas econômicos que incentivem o crescimento e o
desenvolvimento em áreas pobres, permitindo que as pessoas alcancem a auto-suficiência de forma
mais sustentável.

No entanto, esses argumentos não são convincentes por si só, embora a ajuda direta possa criar
dependência em alguns casos, isso não significa que não tenhamos uma obrigação de ajudar as
pessoas em situações de extrema necessidade. Além disso, trabalhar para criar sistemas econômicos
mais justos e sustentáveis ​é certamente importante, mas isso não nos deve impedir de termos em
conta os que estão em desvatagem .

A responsabilidade de cada um em ajudar depende não só da situação socio-económica mas


tambem da sensibilidade de cada um para comeste problema. O governo de cada país tem a maior
obrigação de analisar cada caso e verificar todas as necessidades básicas das pessoas que estão com
maior dificuldade sejam elas de nivel baixo ou extremo.

Tambem podemos ajudar essas pessoas a resolver os seus problemas e as suas dificuldades
económicas ensinando-as a empenharem-se na aprendizagem e na organização para mais tarde
serem essas mesmas pessoas a passarem o testemunho a outros com os mesmos problemas de
pobreza. Ou seja se um construtor ajudar e ensinar a construir uma casa com as condições básicas,
se houver uma oportunidade de emprego para alguem que esteja necessitado ou com bastantes
dificuldades essa mesma pessoa vai ter a obrigação moral de fazer o mesmo por outros.

Respondendo á pergunta inicial, podemos concluir que todos temos a obrigação moral de ajudar
quem mais precisa não prejudicando a sua própria estabilidade na vida ao não dar mais do que se
pode. Ao nos acrificarmos mais pelos outros iríamos prejudicar mais o nosso bem-estar do que
favorecer aqueles que realmente precisam.

Webgrafia:
● https://en.wikipedia.org/wiki/Poverty
● https://pt.wikipedia.org/wiki/Angola
● https://www.significados.com.br/paises-desenvolvidos-e-subdesenvolvidos/

Maria Medeiros nº17 Turma:10ªB 2

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