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Será que devemos de combater a pobreza?

Índice- Breve introdução sobre: O que é a pobreza? Tipos de


pobreza, Quais as causas e as consequências, Pandemia do
Covid-19, Utilitaristas e Deontologistas, Posição utilitarista de
Peter Singer e a Posição deontologista de Garrett Hardin.
Para vocês o que é a pobreza?
A pobreza é a privacidade aos recursos económicos e sociais
necessários para viver, ou seja, como disseram é a falta de
alimentação, a falta de habitação que vai provocar a
inexistência de água potável, a falta de atendimento médico e a
falta de vestuário. Em 2021 existiam 1.3 bilhões de pessoas que
se encontravam na pobreza sendo metade destas menores de
18 anos.
Como podemos ver pelo mapa os sítios onde existe mais
pobreza é na américa latina, nos países árabes, na africa, na
asia e na um bocado na europa.
Segundo o Banco Mundial existem dois tipos diferentes de
pobreza: a pobreza extrema ou absoluta que é a falta de
rendimento para satisfazer as necessidades básicas que a
restante da população possui, ou seja, é quando uma pessoa
só tem 1€ ou menos por dia para sobreviver, o outro tipo é a
pobreza relativa que é a pobreza por comparação a outros que
pertencem á mesma sociedade, isto é, num pais desenvolvido
existem pessoas que não são imensamente ricas mas têm uma
quantidade significativa de rendimento para satisfazerem as
suas necessidades básicas.
Apesar de a pobreza ser mais visível em países em
desenvolvimento, também podemos observá-la em países
desenvolvidos como por exemplo os sem-abrigo e os
subúrbios, por isso vai existir uma grande desigualdade na
distribuição de riqueza na população o que faz com que haja
um grande desequilíbrio em que se pode observar a diferença
entre os ricos e os que estão na pobreza absoluta.
A pobreza pode ser causada pela exclusão e discriminação
social, por doenças, catástrofes naturais, devido ao
colonialismo e até mesmo pela própria pobreza, o que tem
como com consequência a falta de oportunidades de emprego,
a emigração, a morte e a depressão económica.
Devido á não existência de recursos existem muitas doenças
que afetam principalmente as crianças as mais observadas são
a malária, a tuberculose, a sida e o sarampo que podem causar
á morte se não forem tratadas. Logo o difícil acesso á saúde
vai desenvolver um aumento de mortalidade e de fome, por
isso se diminuirmos a pobreza iremos diminuir a fome e
aumentar a esperança media de vida.
Com a pandemia Covid-19 que todos vivenciamos o nível de
pobreza aumentou devido ao aumento dos preços em geral e a
grande perca de empregos, também podemos ver que nos
países mais desenvolvidos o número de vacinação é maior do
que em países mais pobres, pois estes apresentam escassez
de vacinas.
Na nossa opinião se nos for possível, devemos ajudar os mais
desfavorecidos porque é errado deixar uma pessoa em
sofrimento se a podemos ajudar. Devemos de nos colocar no
lugar do outro e perceber que se fosse connosco também
quereríamos ser ajudados e por isso nós defendemos uma
posição parecida á utilitarista de Peter Singer que defende que
é o nosso dever ajudar as pessoas que se encontram nestas
situações se não sacrificarmos nada de importância moral
comparável.
Os utilitaristas defendem que a distinção entre os atos e as
omissões não são moralmente relevantes sendo assim, temos
o dever de nos dedicarmos á melhoria da vida daqueles que
estão em pobreza absoluta já que esta representa uma grande
falha moral, pois somos responsáveis por todos os
acontecimentos que poderíamos ter impedido.
Contrariamente a esta posição utilitarista temos os
deontologistas que encaram a diferença entre os atos e as
omissões como sendo moralmente relevantes, ou seja,
sustentam a ideia de que se não somos a causa da pobreza a
que uma pessoa esta sujeita então não somos culpados pelos
males que dela tem origem, por isso não temos obrigação
moral de combater a pobreza. Além disso também declaram
que ninguém nos obriga a resignar dos rendimentos que
obtemos de forma justa e que temos o direito de usufruir deles.
Dados estes factos acham que existe obrigação moral de os
cidadãos e de os governos dos países industrializados
ajudarem a combater a pobreza?
Se responderem que sim- apesar de para todos nós parecer
evidente que sim existe obrigação moral, há quem pense de
forma diferente, e tenha argumentado opondo-se à ajuda aos
países em desenvolvimento.
Se responderem que sim e que não- tal como vimos existem
diferentes opiniões em relação a este tema, enquanto uns
defendem que existe obrigação moral de ajudar a combater a
pobreza, outros acreditam que não temos qualquer obrigação
moral de assim o fazer.
Assim é inevitável a colocação das seguintes perguntas:
Devem os cidadãos e os países mais ricos ajudar a combater a
pobreza nos países em desenvolvimento? Se sim, até que
ponto têm esses cidadãos e governos a obrigação de
contribuir para essa ajuda?
Uma das mais discutidas respostas a estas questões é o
argumento de Peter Singer que pode ser enunciado através das
seguintes premissas:
1-O sofrimento e a morte por falta de alimento, abrigo e
cuidados médicos são maus.
2- Se está em seu puder impedir que algo de mau aconteça,
sem sacrificar nada de importante ser semelhante, é errado não
o fazer.
3-Ao contribuir para organizações humanitárias, pode prevenir
o sofrimento e a morte por falta de alimento, abrigo e cuidados
médicos, sem sacrificar nada de importância semelhante.
Conclusão: Se não fizer donativos a organizações humanitárias
está a fazer algo de errado.
Resumindo Singer acredita que exista uma obrigação moral de
os cidadãos e de os governos dos países industrializados
ajudarem a combater a pobreza e de fazê-lo até ao ponto em
que ajudar ponha em causa algo com importância idêntica.
Garrett Hardin tem uma ideia contraria, este possui uma teoria
que pode ser vista como objeção ao ponto de Peter Singer e
outra resposta ao problema de saber se temos obrigação de
ajudar a combater a pobreza. Ele recorre a uma metáfora para
explicar a sua teoria, á qual chama “A ética do bote salva-
vidas”, este filosofo divide os países em ricos e pobres em que
as nações ricas são botes salva-vidas cheias de pessoas
relativamente ricas num mar onde cidadãos das nações pobres
são náufragos que pretendem subir ou receber ajuda. Tal como
os recursos dos países são finitos também os salva-vidas têm
limite de capacidade. Se as pessoas dos salva-vidas ajudarem
todos os náufragos ao seu redor vão exceder a capacidade
máxima do bote levando a resultados catastróficos quer
económicos quer ecológicos, prejudicando os ricos e não
ajudando os pobres, por esta razão Hardin acredita que a
melhor opção é não ajudar ninguém pois não há nenhum
critério para escolher aqueles que seriam salvos e assim evita-
se essa escolha e salva-se aqueles que estão no bote. O que
leva as pessoas a seguir a ideia de Hardin é a de que a ajuda
dada aos países em desenvolvimento tornará os seus
governantes irresponsáveis e por isso fará com que eles
deixem de colaborar para o desenvolvimento dos seus países.
Na nossa opinião a ajuda internacional ou particular pode ser
irreal, pois independentemente de quem envia o donativo não
temos forma de saber que essa ajuda irá auxiliar os pobres
porque não sabemos o seu destino exato e se realmente vai ser
usado para os fins pelo qual foi enviado.
Concluindo apesar do que dissemos por último continuamos a
achar que existe a obrigação moral de combater a pobreza.
Pois se podemos ajudar, sem abdicar de algo de importância
semelhante e temos a certeza de que essa ajuda vai ser usada
por alguém que realmente necessita seria errado não o fazer.

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