Agrupamento de escolas da Sertã

ERRADICAÇÃO
DA POBREZA

Disciplina: Filosofia

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Índice
Pobreza: as suas causas soluções e outras teorias…………….………………………….3
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Pobreza: as suas causas, soluções e outras teorias...

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Para conseguirmos erradicar a pobreza é importante sabermos o que isso representa e

significa: A pobreza, é caracterizada pela falta de dinheiro para bens básicos à vida humana.
Pelo menos é isso que encontramos quando pesquisamos o termo, mas claro que pobreza é
muito mais que “falta de dinheiro” e os números associados a este esta são absurdos. Mais de
500 milhões vivem em pobreza extrema por diversos motivos, é certo.
Entre estes motivos temos a desigualdade e a marginalização, que dificultam a uma certa
população superar essa pobreza. Os conflitos bélicos, definitivamente são outra causa,
levando a Síria por exemplo, onde cerca de 80% da população vive abaixo da linha de
pobreza. A fome que mata mais de 20 mil pessoas por dia, e os pobres sistemas de cuidados
de saúde especialmente para crianças e mães são outros motivos óbvios, que levam várias
famílias a perder o seu sustento. O difícil acesso a água potável, sanitização e higiene, da
mesma forma levam à pobreza, já que uma as pessoas (maioritariamente mulheres) têm de
passar horas a pé para conseguir água bebível em vez de poderem perder empregar esse
tempo a trabalhar. As mudanças climáticas são um motivo que não é levado em conta muitas
vezes, mas que faz sentido pois o ambiente de trabalho (a agricultura) de muita gente, por
exemplo de 80 % da população Malawi pode ser destruído, devido às alterações do tempo,
não os permitindo gerar alimento. Estima-se ainda que em 2030 cerca de 100 milhões de
pessoas irão viver em pobreza precisamente por causa das alterações climáticas. Por fim, a
falta de educação escolar (especialmente de jovens raparigas em países em desenvolvimento)
e a falta de apoios do governo estão igualmente na origem da permanência das pessoas nestas
situações de carência.
Mas, o que se pode fazer para melhorar as situações que causam pobreza?
É fácil de reunir um conjunto de soluções que alivie as causas acima listadas, mas o mais
difícil está na execução dessas soluções. Por exemplo, a falta de educação, principalmente
nos países em desenvolvimento, seria facilmente resolvida incentivando as pessoas a
completar os seus estudos, ou tornando-os de mais fácil acesso ou enriquecendo os sistemas
de educação de cada país, podendo assim ajudar até 171 milhões de pessoas a escaparem da
pobreza. Outras causas como a guerra e os conflitos poderiam deixar de ser um motivo para a
pobreza, se estes simplesmente terminassem. Se acabasse a desigualdade, ou se fossem
aproveitadas as reservas gigantescas de água subterrâneas em África, o continente com mais
escassez de água do mundo, ou se os governos simplesmente investissem mais na saúde ou
em programas de ajuda humanitária. Se, se e se, um monte de se’s, o que realmente impede
estas soluções de se concretizarem? Claro que a sua impossibilidade e a falta de dinheiro dos

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próprios governos para ajudar a população com necessidades é uma das causas. Mas não
haverá outras razões?
Muitos governos ao redor do mundo, incluindo de países desenvolvidos, gastam montes de
muito dinheiro ao tentarem combater a pobreza no seu país. Desta maneira os pobres são
alimentados e têm garantia de abrigo, mas no fim de contas continuam a ser pobres. Porquê?
A resposta não é apenas atirar-lhes dinheiro e esperar que saiam da sua situação, que não é
apenas financeira, visto que a solução não está no dinheiro (inteiramente), mas sim em parar
de atirar estas pessoas para condições que as impedem de sair destas circunstâncias de
carência. Utilizemos os Estados Unidos como exemplo, e o seu sistema de justiça que já foi
inúmeras vezes provado ser bastante problemático. Imaginando um homem de etnia negra
que tenha cometido uma ofensa enquanto jovem, algo que nem deveria ser considerado uma,
mas mesmo assim esta irá parar no seu cadastro, seguindo-o para a vida. E tanto devido a
questões de preconceito como de e preferências por de empregados sem registros criminais,
as suas chances hipóteses de conseguirem um emprego diminuem bastante. Como se
resolveria este problema? Bem, o problema em si não é tão pequeno como parece, podendo
acontecer com milhares de jovens, exigindo-se assim, uma reforma do sistema judicial.
Mudemos de situação. Está provado que cerca de 40% do rendimento de uma pessoa irá ser
gasto em habitação. Logo, alguém que receba um ordenado mínimo, já irá despender uma
grande parte dele na sua moradia. Sabendo que é preciso mais do que um teto sobre a nossa
cabeça para sobreviver, não irá sobrar muito dinheiro, então é provável que esta pessoa
procure habitação mais barata, acabando assim em áreas mais problemáticas, sem acesso a
melhores empregos, ou melhores escolas. Então, se forem construídas mais habitações os
preços destas poderão baixar consideravelmente.
Ambas as situações apresentadas podem revelar situações muitas vezes ignoradas nos países
desenvolvidos. Mas e os países em desenvolvimento? África é o continente com os países
mais pobres do mundo, apesar de ser o continente com mais recursos, como petróleo,
diamantes, lítio e ouro. Mas a causa da sua pobreza vem de acontecimentos não tão recentes,
mais especificamente durante o seu colonialismo. Entre 1884 e 1885 ocorreu a Conferência
de Berlim, onde diversos países europeus dividiram o continente africano. Essa divisão foi
feita sem se considerar a separação cultural e social, já há séculos estabelecida, havendo
assim desse modo coesão de povos (a separação foi feita assim de propósito, pois os povos
eram enfraquecidos). O comércio de escravos, outra causa de enfraquecimento, já que não
permitia a maior formação de grupos étnicos, prejudicando assim a economia africana (os
países onde foram retirados mais escravos, são agora os mais pobres). Por fim, quando no

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século 20 os países africanos alcançaram a independência, a sua estrutura e organização

estava muito atrasada devido ao colonialismo.
Outra questão que é importante referir é a superpopulação. Há duas vertentes neste assunto. A
primeira, realmente acredita que a superpopulação é uma problema. Thomas Malthus, um
economista, faz parte desta vertente (extremamente), pois acreditava que a população iria
crescer de tal forma que não seria possível alimentar toda a gente, surgiu então, em 1798, a
teoria Malthusiana. Para Malthus, as únicas maneiras de impedir isso de acontecer seria o
maior controlo da natalidade (retardando o casamento) e através dos desastres naturais, como
as epidemias e também guerras como forma de "eliminar" mais indivíduos. Já a segunda
vertente acredita que a sobrepopulação não é um problema, já que é possível alimentar toda a
gente na terra. Surge, aqui também, a Teoria reformista que é o exato oposto da Teoria
Malthusiana. De acordo com os reformistas a sobrepopulação não causa pobreza, mas sim o
inverso, a pobreza causa sobrepopulação.
Realmente Thomas Malthus estava errado, de acordo com a sua teoria a população iria dobrar
a cada 25 anos, o que claramente não aconteceu, apesar de que de facto, desde 1798, houve
um enorme crescimento mundial. Os seus cálculos estavam errados, mas relativamente à
produção de alimento ele também não poderia prever a revolução industrial, que introduziu
novas técnicas rurais, impulsionando a produção agrícola. Mas, ainda assim, a teoria
Malthusiana é bastante pessimista, formulada para esperar o pior. Porém, porque é que toda a
população não tem alimento? Se Thomas Malthus estava assim tão errado que foi
ridicularizado ao longo dos anos, porque é que a fome existe? É realmente irônico irónico
provar que a teoria Malthusiana estava errada ao dizer que conseguimos alimentar toda a
população mundial, quando 20 mil pessoas morrem de fome por dia. Thomas Malthus
realmente tinha uma mente cruel, sendo até a favor do abuso da classe trabalhadora para que
fosse produzida a maior quantidade de alimento possível (uma solução desesperada para uma
pessoa desesperada)… Contudo, a sua teoria pode ser minimamente aplicada aos países em
desenvolvimento cuja elevada natalidade e falta de uso de métodos contraceptivos impede o
desenvolvimento desses países. Claro que os reformistas não estão errados (de longe), é
realmente verdade que a pobreza gera sobrepopulação, e não o contrário, bem, pelo menos
nos países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, claro que quanto mais
população menos fácil será superar a pobreza, mesmo com melhor acesso à saúde e à
educação… .

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Por fim, considerando todos os aspetos abordados neste trabalho, compreende-se que a
pobreza tem diversas origens e causas não tão abordadas, cujas soluções apenas dependem
do governo em causa.

Webgrafia
What are the causes of poverty? Here are 11 of the top reasons

https://www.cato.org/sites/cato.org/files/pubs/pdf/catosletter_spring2019.pdf

https://www.concernusa.org/story/solutions-to-poverty/

https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-22452-3_4

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/thomas-malthus.htm

https://www.forbes.com/sites/rainerzitelmann/2019/08/19/is-the-gap-between-the-r
ich-and-the-poor-the-real-problem/?sh=7415c75b7c3b

https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jun/28/why-africa-so-poor-goog
le#:~:text=The%20lack%20of%20 transparency%2C%20
accountability,factors%20are%20keeping%20Africans%20poor

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-a-africa-nao-e-desenvolvida-eco
nomicamente/

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