Você está na página 1de 20

ORTOGRAFIA.........................................................................................................................................................

FUNÇÕ ES DO “QUE”............................................................................................................................................................ 1

USO DA VÍRGULA:............................................................................................................................................................... 3

TRAVESSÃ O........................................................................................................................................................................... 5

USO DO PORQUE.................................................................................................................................................................. 5

FORMAÇÃ O DE PALAVRAS.............................................................................................................................................. 6

USO DO “HÍFEN”.................................................................................................................................................................. 7

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.............................................................................................................. 7

VOZES VERBAIS....................................................................................................................................................................... 8

SINTAXE...................................................................................................................................................................................... 8

SUJEITO................................................................................................................................................................................... 8

COLOCAÇÃ O PRONOMINAL............................................................................................................................................ 9

RELAÇÕ ES DE COORDENAÇÃ O ENTRE ORAÇÕ ES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃ O.............................10

ADJUNTO NOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL............................................................................................ 12

REGÊ NCIA VERBAL, NOMINAL E CRASE................................................................................................................ 12

FUNÇÃ O DO “SE”............................................................................................................................................................... 14

REFERENCIAÇÃ O DE TERMOS.................................................................................................................................... 15

MORFOLOGIA........................................................................................................................................................................ 15

VERBO................................................................................................................................................................................... 15

ADJETIVO E ADVÉ RBIO.................................................................................................................................................. 16

ORTOGRAFIA

FUNÇÕES DO “QUE”

I. Substantivo

Para que o “que” seja empregado como Substantivo, ele necessita de um artigo indefinido (um) ou
de uma preposição “de”, além de receber a acentuaçã o. Assim, terá sentido de “qualquer coisa” ou
“alguma coisa”.
Ex.: Os protestos no Brasil tiveram um quê de violência.

II. Pronome Adjetivo

Para que o “que” seja empregado como Pronome Adjetivo, ele poderá ser empregado como
indefinido, interrogativo ou exclamativo.

Ex.: Que aula maravilhosa! / Que horas sã o, por favor?

III. Pronome Relativo

Pronome relativo é aquele que retoma um termo anterior a ele. Ocorrerá quando a palavra “que”
puder ser substituída por “o qual, a qual, os quais ou as quais”.

Ex.: Peguei o livro que (o qual) estava na biblioteca.

IV. Preposição

Sempre que o “que” for equivalente ao “de”, ele terá a funçã o de preposiçã o, em locuçõ es adverbiais
como auxiliar de “ter” ou “haver”.

Ex.: Ela teve que levar todos os livros. / Todo o material terá que ser reutilizado.

V. Advérbio de modo ou intensidade

Nesse caso, o “que” pode ser substituído por “como”.

Ex.: Que prato mal feito era aquele / Como aquele prato era mal feito!

VI. Partícula Expletiva

A partícula expletiva nã o possui funçã o na oraçã o, apenas serve para enfatizar algo. Se retirado, nã o
altera o sentido da frase, mas pode alterar a intenção de expressão do autor.

VII. Conjunção Coordenativa

Pode ser conjunçã o aditiva, adversativa ou explicativa.

Ex.: Pode andar o quanto quiser que nã o vai a lugar nenhum (adversativa) / Eles nã o podem ir até lá
que é muito perigoso (explicativa).

VIII. Conjunção Subordinativa

Pode aparecer como conjunçã o subordinativa causal, quando tem o sentido de “porque”, e conjunçã o
subordinativa temporal, quando tem o sentido de “desde que”.

Ex.: É melhor prestar atençã o que este trecho é muito perigoso.

IX. Conjunção Integrante


O uso do “que” como conjunçã o integrante ocorre quando ele estabelece a ligaçã o de uma oraçã o com
outra e introduz uma oraçã o subordinada substantiva, que pode atuar como sujeito, objeto direto,
objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto.
Pode ser substituído por “isto” ou “isso”.

_____________________________________________________________________________________________________________________

USO DA VÍRGULA:

1) Quando usar a Vírgula

 Para separar elementos: a vírgula serve para separar, dentro da mesma oraçã o, elementos
que têm a mesma funçã o sintá tica e que, regra geral, NÃO sejam ligados pelas conjunções E,
NEM, OU.

Ex.: objetivos, conteú do, método e recursos didá ticos compõ em um plano.

 Depois do vocativo: a vírgula é usada para separar a invocaçã o de alguém. Ex.: Ana, atenda a
campainha!

 Entre o aposto. Ex.: Joã o, professor do ensino médio, está de licença.

o O Aposto é o termo que exemplifica ou especifica melhor outro de valor substantivo, ou


pronominal, já mencionado anteriormente na oraçã o. Esse termo pode ter a função
explicativa, distributiva, enumerativa, comparativa, recapitulativa e
especificativa.

 Depois dos advérbios “sim” e “não” : a vírgula é usada apó s esses advérbios quando eles
iniciam uma oraçã o que atue como resposta.

Ex.: Sim, estamos satisfeitos com os resultados. Depois de sim ou não iniciais em respostas,
sempre colocar vírgula.

 Nas orações subordinadas adverbiais. Ex.: Embora estivesse mau tempo, foram à praia.
Quando uma oraçã o com funçã o de advérbio estiver antes da oraçã o principal, use vírgula. Se
aparecer depois, a vírgula é dispensada.

 Nas orações subordinadas adjetivas explicativas: a vírgula deve ser utilizada em


informaçõ es acessó rias, que ampliam ou esclarecem uma informaçã o, mas que podem ser
retiradas da frase.

Ex.: Gregó rio de Matos, que é a principal expressã o do barroco no Brasil, era conhecido como
“boca de inferno”.
 Na omissão de verbos: a vírgula é usada para assinalar a omissã o de palavras, sendo
maioritariamente utilizada na omissã o do verbo.

Ex.: Vamos de carro; eles, de ô nibus.

2) Quando NÃO usar a Vírgula

 Para separar o sujeito do predicado.

Ex.: O professor, finalizará o plano de aula durante esta semana (errado).


O professor finalizará o plano de aula durante esta semana (certo).

 Para separar o verbo do complemento.

Ex.: professores, pais e alunos se reuniram, no auditó rio da escola (errado).


Professores, pais e alunos se reuniram no auditó rio da escola (certo).

o Sujeito e Predicado sã o os termos essenciais da oraçã o. Enquanto que o sujeito é


aquele

o ou aquilo de que (m) se fala, o predicado é a informaçã o dada sobre o sujeito.

 Tipos Explicação Exemplos Antes


Forma direta Quando o sujeito vem Os formandos e os
do “e”,
antes do predicado. professores organizaram
a festa empenhados. “nem e
Ordem inversa Quando o sujeito vem Organizaram a festa os
“ou”:
depois do predicado. formandos e os
professores
empenhados.
Meio do predicado Quando o sujeito aparece Empenhados, os
no meio do predicado. formandos e os
professores organizaram
a festa.
geralmente a vírgula nã o é empregada antes da conjunçã o “e”, bem como das conjunçõ es “nem”
e “ou”, exceto nas seguintes situações: quando há repetiçã o da conjunçã o com objetivo
enfá tico (polissíndeto, que confere efeito de ênfase), quando os sujeitos das oraçõ es sã o
diferentes e quando a conjunçã o “e” transmite um valor de diferença e nã o de adiçã o.

Ex.: Fiz, e fiz, e mais fiz por todos eles.

Mariana cursou Medicina, e Marília jornalismo.

A utilizaçã o de vírgulas é facultativa ao separar oraçõ es com sujeitos diferentes.

O segmento é um adjunto adverbial modal.

Ademais, NÃO se separa SUJEITO, VERBO E COMPLEMENTO.


_____________________________________________________________________________________________________________________

TRAVESSÃO

A maioria das bancas consideram a vírgula depois do segundo travessã o facultativa. Contudo, a banca
IDECAN geralmente considera-a obrigatório.
_____________________________________________________________________________________________________________________

1) Explicitação: é o ato ou efeito de tornar explícito, ou seja, deixar claro ou evidente algo que
estava implícito ou não estava claro.

Ex.: Ele explicitou sua opiniã o sobre o assunto durante a reuniã o.

2) Explicação: é o ato de tornar claro ou inteligível algo que não era compreendido ou que
gerava dúvidas. É um esclarecimento sobre algo.

Ex.: A especificaçã o do produto está descrita no manual.

3) Especificação: é a açã o ou efeito de especificar, ou seja, de detalhar ou particularizar algo.

Ex.: A especificaçã o do produto está descrita no manual.

4) Exemplificação: é uma estratégia argumentativa em que se utiliza um exemplo específico


para ilustrar ou justificar uma ideia ou argumento. O exemplo deve ser relevante e de
preferência de conhecimento geral para que possa ser facilmente compreendido pelo leitor.

_____________________________________________________________________________________________________________________

USO DO PORQUE

Por que: utilizado em perguntas. Ex.: Por que nã o voltamos para a casa?

Porque: utilizado em respostas. Ex.: Porque agora nã o temos tempo.

Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases. Ex.: Você nã o gosta dessa matéria, por quê?

Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Ex.: Gostaria de saber o porquê
dele nã o falar mais comigo.

FORMAÇÃO DE PALAVRAS

1) Composição

Processo pelo qual sã o formadas palavras por meio da junção de duas ou mais palavras OU
radicais. Há dois tipos de composiçã o:
 Justaposição: não há trocas ou perdas dos elementos formadores das palavras, que
permanecem unidas, sem sofrerem alterações, na sonoridade, acentuaçã o ou mesmo na
forma escrita.

Ex.: aguardente; pernalta.

 Aglutinação: duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, com perda
de fonemas e de acentuação.

Ex.: fidalgo – filho + de + algo.

2) Derivação

Processo pelo qual uma palavra deriva de outra, normalmente pelo radical. Pode ser:

 Prefixal: ocorre pelo acréscimo de um prefixo.

Ex.: inter + americano = interamericano.

 Sufixal: ocorre acrescentando-se um sufixo.

Ex.: leal = lealdade.

 Parassintética: ocorre pelo acréscimo de um prefixo e de um sufixo.

Ex.: a + noit + ecer = anoitecer

 Imprópria: não há mudança na forma da palavra, mas ocorre mudança semâ ntica, ou seja,
da palavra primitiva cria-se a palavra derivada, que, apesar de ter a mesma forma, tem um
novo sentido.

Ex: saber (verbo) = saber (substantivo).

 Regressiva: ocorre pela reduçã o de uma palavra primitiva.

Ex.: cantar = canto.

USO DO “HÍFEN”

 Deve-se usar o hífen no nome de espécies e animais:

Ex.: couve-flor, tartaruga-marinha, mico-leã o-dourado etc.

 Deve-se usar o hífen em palavras compostas por justaposição cujos elementos constituem
uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o
primeiro elemento estar reduzido:

Ex.: primeiro-sargento, arco-íris, tenente-coronel.


 Não deve-se usar o hífen em palavras compostas formadas por preposição:

Ex.: mã o de obra, lua de mel, dia a dia, passo a passo.

FUNÇÕES DE LINGUAGEM

 Função Fática: tem o objetivo de interromper, prolongar ou estabelecer a comunicaçã o,


corresponde a rumor ou ruído.

 Função Metalinguística: pode ser identificada quando uma mensagem utiliza o pró prio código
para falar dele mesmo

 Função Emotiva: o destaque é para o emissor. Ela consiste nas visõ es pessoais de quem elabora a
mensagem, que se pode identificar através do estado de â nimo, sentimentos e emoçõ es. Ela é
caracterizada por pontuaçõ es como as reticências, pontos de exclamaçõ es, ponto de interrogaçã o e
interjeiçõ es.

 Função Conativa ou Apelativa: é um recurso amplamente utilizado em textos que têm como
intençã o convencer o destinatá rio da mensagem, persuadir etc.

 Função Referencial: predomina em textos dissertativos, técnicos, instrucionais e jornalísticos,


tipos que têm a informatividade como característica principal.

_____________________________________________________________________________________________________________________

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS

1) Tempos Verbais

 Pretérito ou passado:

o Pretérito perfeito: indica um fato passado que se concluiu totalmente. Ex.: ele
estudou toda a matéria de contabilidade hoje de manhã .

o Pretérito imperfeito: indica um fato passado que ainda não foi concluído totalmente
ou que ocorria com frequência no passado. Ex.: ele dançava muito durante a festa.

o Pretérito mais-que-perfeito: indica um fato passado anterior a outro fato também


passado e terminado. Ex.: quando eu cheguei na escola, a aula já tinha acabado.

 Presente;

 Futuro:
o Futuro do presente: indica um fato que acontecerá apó s o momento da fala, mas que
terminará antes de outro fato futuro. Ex.: quando seu pai chegar, eu contarei tudo
para ele.

o Futuro do pretérito: indica um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato
passado. Ex.: se eu tivesse os livros, estudaria nas férias.

2) Modos Verbais:

 Indicativo: exprime fatos, certezas.

 Subjuntivo: exprime desejos, possibilidades, dúvidas.

 Imperativo: exprime ordens, pedidos.

_____________________________________________________________________________________________________________________

VOZES VERBAIS

A Voz Passiva pode ser formada por dois processos:

 Voz Passiva Analítica: constró i-se com o verbo SER + PARTICÍPIO do verbo principal.

 Voz Passiva Sintética: também chamada de voz pronominal, indica uma ideia mais impessoal
e sua estrutura é: verbo transitivo direto + pronome apassivador SE.

* O Particípio é uma das formas nominais do verbo, assim como o infinitivo e o gerú ndio. É utilizado
para indicar o resultado do fato verbal, isto é, uma açã o já realizada.

Ele pode ser usado como adjetivo, e é caracterizado pela terminação –ADO E –IDO.

_____________________________________________________________________________________________________________________

SINTAXE

É o ramo da gramá tica que estuda a disposição das palavras na frase e a relação entre elas. Ela
trata de como as palavras se combinam para formar frases e oraçõ es e como essas frases e oraçõ es se
relacionam entre si para formar um texto coerente.

_____________________________________________________________________________________________________________________

SUJEITO

O Sujeito pode ser classificado em diversos tipos:

 Sujeito Simples: possui apenas 1 nú cleo, ou seja, apenas um elemento que exerce a função
de sujeito.
Ex.: “O gato dorme” – “o gato” é o ú nico sujeito.

 Sujeito Composto: possui mais de um nú cleo, ou seja, mais de um elemento que exerce a
função de sujeito.

Ex.: “O gato e o cachorro dormem” – contém dois sujeitos.

 Sujeito Desinencial, Oculto ou Elíptico: NÃO está explícito na frase, mas pode ser
identificado pela desinência verbal.

Ex.: “Comi uma maçã ” – o sujeito está oculto, mas pode ser identificado como “eu”.

 Sujeito Indeterminado: NÃO poder ser identificado na frase. Isso ocorre quando o verbo
está na terceira pessoal do plural sem um sujeito explícito ou quando o verbo está na terceira
pessoal do singular acompanhado do pronome “se”.

Ex.: “Precisa-se de funcioná rios”.

Ex.: “Falaram que haverá uma festa na praia amanhã ”.

 Oração sem Sujeito: a frase NÃO possui sujeito. Acontece quando o verbo é impessoal, ou
seja, quando ele nã o se refere a nenhum sujeito em particular. Alguns exemplos de verbos
impessoais sã o os verbos que indicam fenô menos da natureza e os verbos fazer e haver quando
usados para indicar tempo.

Ex.: “Choveu muito ontem”.

SUJEITO PARTITIVO

1) A maioria de, maior parte de, um porção de, metade de

A concordâ ncia, nesses casos, é facultativa.

Ex.: Metade dos habitantes já vive sob risco climá tico.

Ex.: Metade dos habitantes já vivem sob o risco climá tico.

2) Cerca de, mais de, menos de, porcentagem ou numeral

Nesses casos, o verbo deve concordar com o numeral.

Ex.: Mais de um senador votou contra a PEC 32.

Ex.: 50% dos habitantes do planeta já vivem sob o risco climá tico.

Ex.: 50% dos habitantes do planeta já vive sob o risco climá tico.
_____________________________________________________________________________________________________________________

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

1) Próclise - VERBO NO PASSADO, PRESENTE OU FUTURO

É a colocaçã o pronominal antes do verbo. A pró clise é usada:

 Quando o verbo estiver precedido de palavras que que atraem o pronome para antes do
verbo.
o Palavras de sentido negativo. Ex.: não se esqueça de mim.

o Advérbios. Ex.: agora se negam a depor.

o Conjunções subordinativas. Ex.: soube que me negariam.

o Pronomes relativos. Ex.: identificaram duas pessoas que se encontravam


desparecidas.

o Pronomes indefinidos. Ex.: poucos te deram a oportunidade.

 Oraçõ es iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: quem te fez a encomenda?

 Oraçõ es iniciadas por palavras exclamativas. Ex.: quanto se ofendem por nada!

 Oraçõ es que exprime desejo (orações optativas). Ex.: que Deus o ajude.

Atração remota: quando se intercala, apó s palavra atrativa, outra palavra, ou


expressã o ou mesmo oraçã o, a primeira palavra continua exercendo sua normal
força de atraçã o. No entanto, se entre a palavra atrativa e o verbo mediar outra
oraçã o, que os afaste e distancie, dá -se entã o a ênclise.

Ex.: “Fazer uso dos recursos que a conectividade com o conhecimento nos traz”.

2) Mesóclise – VERBO NO FUTURO

É a colocaçã o pronominal no meio do verbo. A mesó clise é usada:

 Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses
verbos nã o estejam precedidos de palavras que exijam a pró clise.
Ex.: realizar-se-á , na pró xima semana, um grande evento em prol da paz do mundo.

3) Ênclise – VERBO NO PRESENTE OU PASSADO

É a colocaçã o pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e mesóclise não
forem possíveis.
Existe uma ordem de prioridade na colocaçã o pronominal: 1º próclise, 2º mesóclise e em ú ltimo
caso, ênclise

_____________________________________________________________________________________________________________________

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

1) Orações coordenadas

Sã o independentes e NÃO dependem de outras orações para fazer sentido. Podem ser
classificadas em:

 Assindéticas: sã o oraçõ es que NÃO sã o conectadas por nenhum conectivo, sendo separadas
por vírgulas.

Ex.: Gosto de comer, dormir, assistir séries.

 Sindéticas: sã o ligadas por meio de uma CONJUNÇÃO, que pode ser: ECCA

o Explicativa – porque, pois;

o Conclusiva – portanto, enfim;

o Aditiva – e, mais, também;

o Adversativa – mas, porém;

o Alternativa – ou.

Ex.: “Meu filho quer trabalhar e estudar, porque quer ser independente”.

2) Orações Subordinadas

Sã o aquelas que dependem de outras orações para fazer sentido. Podem ser classificadas em:

 Orações Subordinadas Substantivas: sã o aquelas que exercem a funçã o de substantivo


dentro de uma frase.

Elas podem exercer as funçõ es sintá ticas de sujeito, predicado, complemento nominal, objeto
direto, objeto indireto e aposto.

Ex.: “É fundamental que você chegue antes à reuniã o”.

 Orações Subordinadas Adjetivas: exercem a funçã o de adjetivo. Podem ser:


a. Explicativa;
b. Restritiva.
Para ser uma oraçã o adjetiva restritiva ou explicativa, deve-se substituir o pronome
QUE por o qual/a qual, assim, caso dê certo, será uma oração adjetiva.

 Orações Subordinadas Adverbiais: exercem a funçã o de advérbio dentro de uma frase.


Podem ser:
a. Causal;
b. Comparativa;
c. Concessiva;
d. Condicional;
e. Conformativa;
f. Consecutiva;
g. Final;
h. Temporal;
i. Proporcional;

Conclusão:

Oração Subordinada Substantiva Justaposta sã o aquelas NÃO introduzidas por conjunções


integrantes “que” e “se”; Assim, em geral, são iniciadas por pronomes indefinidos e advérbios
interrogativos, tais quais: quem, quando, como etc.

_____________________________________________________________________________________________________________________

ADJUNTO NOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL

1) Adjunto Nominal

 Pode ou nã o ser preposicionado.

 Faz referência a substantivo abstrato ou concreto.

 Agente: FAZ a açã o.

2) Complemento Nominal

 Sempre preposicionado.

 Faz referência a substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio.

 Paciente: SOFRE a açã o.

_____________________________________________________________________________________________________________________
REGÊNCIA VERBAL, NOMINAL E CRASE

A Crase é a fusã o da preposiçã o “a” com o artigo feminino “a” ou com o pronome demonstrativo “a”.

1) Deve-se usar a crase nas seguintes situações:

 Antes de palavras femininas que exigem a preposição “a”.


Ex.: Ele se referiu à professora com respeito /Ela entregou o livro à bibliotecá ria.

 Na indicação de horas.
Ex: Cheguei à s 10h da manhã /O filme começa à s 15h.

 Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas.


Ex.: Ele ficou à espera de uma resposta /Ele viajou à s pressas.

 Antes da expressão “à moda de”, mesmo quando ela esteja subentendida:


 Ex.: Ela cortou o cabelo à Cleó patra /Ele gosta de frango à milanesa.

2) O uso da crase é proibido quando antes de:

 Palavras masculinas.
Ex.: Ele veio a pé/Nã o vendemos a prazo.

 Verbos no infinitivo.
Ex.: Começou a sorrir quando dei a notícia!

 Diante de nomes de cidades que não admitem o artigo definido feminino – se houver
especificação, deve ser usada a crase.
Ex.: Vou a Sã o Paulo amanhã /Irei à Sã o Paulo dos meus sonhos.

 Pronomes demonstrativos - isso, esse, este, esta, essa.


Ex.: Devolvi o livro a esta biblioteca.

 Pronomes pessoais do caso reto – eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Ex.: Ela se referiu a ele com respeito.

 Pronomes pessoais do caso oblíquo – me, mim, comigo, te, ti contigo, se, si, o, lhe.
Ex.: Ela se referiu a mim com carinho.

 Pronomes de tratamento – você, senhor, vossa excelência.


Ex.: Dirijo-me a Vossa Senhoria.

 Pronomes indefinidos – ninguém, alguém, qualquer um.


Ex.: Cada um sabe a dor que tem.

 Pronome relativo – quem, quem, qual, onde, o qual, cujo.


Ex.: A mulher a quem entreguei o dinheiro sumiu.

 Números cardinais que não indiquem horas.


Ex.: estou a dois passos de minha casa.

QUANDO VIER ACERCA DE, A CERCA DE, OU HÁ CERCA DE, NUNCA IRÁ CRASE E VAI SE FUDER!

Explicando: quando uma palavra ou expressão tiver sentido indeterminado, impreciso, não se
emprega o acento indicativo de crase.

3) A crase será facultativa quando aplicada:

 Depois da preposição “até” antecedendo substantivos femininos.

Ex: A loja ficará aberta até à s 20h/A loja ficará aberta até as 20h

 Antes de nomes próprios femininos.


Ex.: Ele se referiu à Maria/ Ele se referiu a Maria.

 Antes de pronomes possessivos femininos.


Ex.: Ela entregou o livro à sua professora/Ela entregou o livro a sua professora.

_____________________________________________________________________________________________________________________

FUNÇÃO DO “SE”

1) Pronome Apassivador ou Partícula Apassivadora

Indicativo de voz passiva sintética e estabelece relaçã o com verbos transitivos diretos ou
verbos transitivos diretos e indiretos. Assim, a açã o do verbo, aliado à partícula apassivadora, será
integrada à ação que recebe e não a que pratica.

Ex.: na frase “Vendem-se casas”, o verbo é “vendem”, o pronome apassivador é “se” e o sujeito
paciente é “casas”. Isso significa que as casas estã o sendo vendidas, ou seja, elas estã o recebendo a
açã o de serem vendidas.

2) Índice de Indeterminador do Sujeito


Ele é utilizado com verbos flexionados na terceira pessoa do singular e é utilizado quando não se
quer ou não se pode identificar o sujeito da frase.

Ex.: na frase “Precisa-se de atendentes”, o “se” é um índice de indeterminaçã o do sujeito e indica que
alguém precisa de atendentes, mas nã o se sabe quem é esse alguém.

Ex.: “Pouco se sabe sobre os desafios (...).

3) Pronome Reflexivo
Quando o “se” é usado para indicar que a ação do verbo recai sobre o próprio sujeito.

Ex.: Ela se olhou no espelho.

4) Partícula Integrante do Verbo

Quando o “se” faz parte de verbos pronominais e não pode ser retirado sem alterar o sentido do
verbo.

Ex.: Ela se arrependeu do que fez (o verbo “arrepender-se” é pronominal e precisa do “se” para ter
sentido completo.

5) Conjunção Subordinativa Condicional

Ocorre quando a conjunçã o se é utiliza para introduzir uma oraçã o subordinada adverbial
condicional. Essa oração expressa uma condição necessária para que a ação da oração principal
ocorra.

Ex.: Se você estudar, passará no exame.

Ex.: Nã o iremos ao parque se chover.

6) Verbo Pronominal

É um verbo conjugado com um pronome pessoal á tono da série reflexiva em todas as suas formas. O
pronome concorda em gênero, pessoa e nú mero com o sujeito e nã o tem funçã o sintá tica.

Ex.: abster-se, condoer-se, apiedar-se etc.

7) Pronomes Pessoais Átonos da Série Reflexiva

Sã o pronomes que nã o sã o acentuados e sã o usados para indicar que a açã o do verbo é reflexiva, ou
seja, a açã o recai sobre o pró prio sujeito. Sã o eles: me, te, se, nos, vos e se.

Ex.: “Eu me olho no espelho”; “Tu te vestes”; “Ele se barbeia”.

_____________________________________________________________________________________________________________________

FIGURAS DE SINTAXE OU DE CONSTRUÇÃO

1) Anáfora
a. Estilística/Retórica

A aná fora quando se fala em estilística ou retó rica representa a repetição de uma palavra ou grupo
de palavras no início de duas ou mais frases sucessivas, para enfatizar o termo repetido.

Ex.: este amor que tudo nos toma, este amor que tudo nos dá , este amor que Deus nos inspira etc.
b. Gramática/Linguística

De forma diferente, aqui a aná fora é um processo pelo qual um termo gramatical (artigos, advérbios,
pronomes e numerais) retoma a referência de um sintagma anteriormente na mesma frase.

Ex: fui ao Museu de Artes, lá , encontrei vá rios de meus amigos.

2) Catáfora

Antecipa o referente, ou seja, o referente textual surge após o elemento coesivo. Geralmente, é
empregada por meio de pronomes demonstrativos e indefinidos.

Ex.: Eu gosto muito disso: pã o doce.

3) Exofórica

Relaciona termos de fora do texto para dentro, para localizar algo no tempo ou espaço. Também
é chamada de dêitica ou díctica.

Ex.: Ali será amarelo.

4) Elipse

É a omissão de termos da frase que sã o facilmente identificá veis pelo leitor.

Ex.: EU canto porque o instante existe e a minha vida está completa.

a. Zeugma
É um tipo de elipse em que há omissã o de um ou mais termos na oraçã o, sendo um recurso muito
utilizado para evitar a repetição de verbo ou substantivo.

Ex.: Fabiana comeu maçã , eu (comi) pera.

5) Hipérbato ou Inversão: caracterizado pela inversã o da ordem direta dos termos da oraçã o,
segundo a construçã o sintá tica usual da língua (sujeito + predicado + complemento).

Ex.: Triste estava Manuela.

6) Silepse

Ocorre quando há discordância entre termos da oração em gênero, número ou pessoa.

7) Assíndeto

Síndeto corresponde a uma conjunçã o coordenativa utilizada para unir termos nas oraçõ es
coordenadas. Nesse sentido, assíndeto consiste na ausência de conjunçõ es.

Ex.: Daiana comprou uvas para comer, (e) limõ es para fazer suco.
8) Polissíndeto

É caracterizado pela repetiçã o da conjunçã o coordenativa (conectivo).

Ex.: Dolores brigava, e gritava, e falava.

9) Anacoluto

Altera a sequência ló gica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso.

Ex.: Esses políticos de hoje, nã o se pode confiar. (Numa sequência ló gica, ter-se-ia: “Esses políticos de
hoje nã o sã o confiá veis”.

_____________________________________________________________________________________________________________________

MORFOLOGIA

É o estudo da estrutura e formação das palavras. Ela trata das classes de palavras e suas flexõ es.

VERBO

 Um Verbo Auxiliar é um verbo que é usado junto com um verbo principal para formar tempos
compostos, voz passiva ou para indicar modalidade. Os verbos auxiliares mais comuns em português
sã o “ser”, “estar”, “ter” e “haver’, mas outros verbos como “poder”, “dever” e “querer” também podem
ser usados como verbos auxiliares para indicar modalidade.

Para identificar um verbo auxiliar em uma locuçã o verbal, você pode procurar pelo verbo que vem
antes do verbo principal e que não carrega o significado principal da ação expressa pela
locução verbal.

1) Verbo Transitivo Direto

O complemento é direto – também chamado de objeto direto. Pergunta-se ao verbo “o quê” ou


“quem”. Deu para responder? VTD.

Ex.: eu amo você. QUEM OU QUÊ ? = você.

2) Verbo Transitivo Indireto

O complemento é indireto – também chamado de objeto indireto. Coloca as preposições na


frente de “o quê” ou “quem”.

Ex.: eu gosto de você. DE QUEM OU DO QUÊ ? = de você.

3) Verbo Transitivo Direto e Indireto

Neste verbo, deve-se perguntar ao verbo a parte transitiva direta + a parte transitiva
indireta.
Ex.: fiz o bolo para você. FEZ O QUÊ PARA QUEM? = o bolo e para você.

4) Verbo Intransitivo

O verbo nã o precisa de complemento, a ideia já está completa. Apesar de nã o precisar de


complemento, é comum o complemento ser colocado (em regra, será o adjunto adverbial).

Ex.: o simulado caiu. Aqui, nã o é necessá rio um complemento, mas, se tiver, nã o há problema =
o simulado caiu no chã o.

Geralmente é possível descobrir se o verbo é intransitivo ao perguntar: ONDE, QUANDO


E COMO.

_____________________________________________________________________________________________________________________

ADJETIVO E ADVÉRBIO

Adjetivos sã o palavras que caracterizam ou qualificam um substantivo, e concordam em gênero e


número com o substantivo a que se refere.

Advérbios sã o palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, e sã o invariáveis.

_____________________________________________________________________________________________________________________

FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS

1) Metáfora

Representa uma comparaçã o de palavras com significados diferentes e cujo objetivo de comparação
(como, tal, qual) fica subentendido na frase.

Ex.: A vida é uma nuvem que voa (A vida é como uma nuvem que voa).

2) Metonímia

É a transposiçã o de significados considerado parte pelo todo, autor pela obra.

Ex.: Costumava ler Shakespeare.

3) Catacrese

Representa o emprego impró prio de uma palavra por nã o existir outra mais específica.

Ex.: Embarcou há pouco no aviã o.

4) Sinestesia
Acontece pela associaçã o de sensaçõ es por ó rgã os de sentidos diferentes.

Ex.: Com aqueles olhos frios, disse que nã o gostava mais da namorada.

5) Perífrase ou Antonomásia

É a substituiçã o de uma ou mais palavras por outra que a identifique.

Ex.: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distâ ncia de 8 quilô metros.

FIGURAS DE PENSAMENTO

1) Hipérbole

É um exagero intencional para enfatizar uma ideia.

Ex.: Estou morrendo de sede!.

2) Eufemismo

É a suavizaçã o de uma expressã o desagradá vel ou chocante.

Ex.: Ele partiu dessa para melhor.

3) Litote

É a negaçã o do contrá rio para afirmar algo.

4) Ironia

É a expressã o do contrá rio do que se quer dizer com intençã o crítica ou humorística.

Ex.: Que belo dia! (está chovendo e nevando).

5) Personificação

É a atribuiçã o de características humanas a seres inanimados ou irracionais.

Ex.: O vento sussurrava entre as á rvores.

6) Antítese

Aproximaçã o de palavras ou expressõ es com sentidos opostos.

Ex.: O amor e o ó dio caminham lado a lado.

7) Paradoxo

Uniã o de ideias contraditó rias em uma mesma frase.

Ex.: O silêncio ensurdecedor daquela noite.


8) Gradação

Sequência crescente ou decrescente de ideias ou palavras.

Ex.: Caminhou, correu, voou.

9) Apóstrofe

Interpelaçã o enfá tica a alguém ou algo personificado.

Você também pode gostar