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Valcleane Soares dos Reis¹; Israel da Silva Pereira 1; Kleber Lucas Araújo de
Lima1
AÇAILÂNDIA-MA
2022
¹ Estudantes do Curso Técnico em Florestas Integrado- IFMA Campus Açailândia. Professores IFMA Campus Açailândia.
AÇAILÂNDIA-MA
2022
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Deus em primeiro lugar, por nos dar força e saúde para
concluirmos este trabalho, e por sempre nos ajudar nas mais diversas situações.
Somos gratos por nossas famílias, que sempre nos apoiaram. E por fim,
agradecemos grandemente aos nossos orientadores, que tiveram paciência conosco
e não mediram esforços para nos ajudar e ensinar.
RESUMO
As florestas públicas se caracterizam como florestas, sendo estas nativas ou plantadas, que
pertencem à União, aos municípios, aos Estados, ao Distrito Federal ou a entes da
administração pública indireta. Conforme Conforto, Amaral e Silva (2011) apud Dane (1990)
“a revisão bibliográfica é importante para definir a linha limítrofe da pesquisa que se deseja
desenvolver, considerando uma perspectiva científica”. A metodologia empregada para a
realização deste trabalho de conclusão de curso, tratando-se do curso técnico em Floresta
ofertado pelo Instituto Federal do Maranhão – IFMA campus Açailândia partiu de um
exercício de pesquisa que teve como metodologia de análise da revisão bibliográfica, referente
aos critérios de seleção e análise do material bibliográfico pertinente ao tema que envolve a
Lei nº 11.284/2006, esta que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção
sustentável. Assim, dentro da seleção dos organismos que buscamos as informações contidas
artigos e periódicos pesquisados e dividimos este através dos macroprocessos da gestão de
florestas públicas no Brasil sendo o Manejo em Florestas Comunitárias, Monitoramento de
Florestas Públicas e o Fomento Florestal pontuando a leitura da Lei em questão estudada, que
melhor promove a ligação entre as empresas e/ou comunidades para o exercício da gestão de
florestas públicas enquadrada pela lei. Como observado nos artigos norteadores desta leitura
bibliográfica, primeiramente da Lei nº 11.284/2006, o caminho para garantir a preservação da
floresta está também intervir em sua manutenção através de uma gestão sustentável.
1. INTRODUÇÃO
Dentro deste cenário onde ocorre o uso econômico destas florestas, mas que ao mesmo
tempo, deve-se ser utilizada a prática de conservação das florestas públicas, foi criada a lei
11284/2006, que dispõe sobre a gestão destas florestas para a produção sustentável. Lei esta
que garante o uso econômico destas áreas pelos gestores atuantes alinhada à sustentabilidade.
Sendo então analisados os macroprocessos desta Lei que são aplicados no Brasil, sendo eles o
Manejo em Florestas Comunitárias, o Monitoramento de Florestas Públicas e o Fomento
Florestal.
Além disso, a revisão bibliográfica alinhada a este tema se torna imprescindível, pois ela
não irá somente trazer o resultado da utilização da Lei sobre a Gestão de Florestas Públicas,
mas trazer o conhecimento científico e eficaz que resultará em melhores resultados em
trabalhos como este que são baseados em revisão bibliográfica.
O presente trabalho foi desenvolvido com base no seguinte questionamento: Como
avaliar a aplicação da lei 11.284/2006 na gestão de florestas públicas? Com base nessa
pergunta chegamos à seguinte temática: gestão de florestas públicas: Uma Breve revisão
bibliográfica alinhada à prática da lei 11.284/2006. Sendo este tema de grande importância
para o manejo florestal sustentável, que tem por finalidade manejar as florestas corretamente
evitando, assim, a sua degradação. A importância da pesquisa se dá na aplicabilidade da Lei
sobre Gestão de florestas públicas através de revisões bibliográficas, que irão garantir o bom
funcionamento e preservação das mesmas.
Nesse sentido, pretende-se com este trabalho analisar três artigos que contém os
macroprocessos da lei 11.284/2006, assim como a sua aplicabilidade nas florestas públicas.
Pretendemos por meio deste trabalho contribuir para o conhecimento desse tema tão
importante que envolve o âmbito florestal, a sociedade e a legislação.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Ao organizar uma revisão bibliográfica para pautar uma temática, no nosso caso a
gestão das florestas públicas, devemos considerar primeiramente a importância de realizar esta
revisão para garantir que a temática seja explorada e apresentar como um conjunto de
informações aglutinadas para uma melhor consulta. Conforme Conforto, Amaral e Silva
(2011) apud Dane (1990) “a revisão bibliográfica é importante para definir a linha limítrofe da
pesquisa que se deseja desenvolver, considerando uma perspectiva científica”.
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de habilidades de revisão e modificação dos textos elaborados. Pesquisas futuras determinarão
o efeito de expor escritores apenas a exemplos, em tarefas semelhantes às usadas no estudo.”
Tão inesperadamente quanto as leis de proteção ambiental para todas as áreas foram
sendo apresentadas, discutidas e promulgadas, surgi também a Lei de Gestão das Florestas
Públicas, estas entradas agiram no sentido de sensibilizar o governo para criar ou reforçar
instituições específicas para a questão ambiental, que conforme De Araújo (2008):
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a gestão de florestas públicas para produção
sustentável, institui o Serviço Florestal Brasileiro - SFB, na estrutura do Ministério
do Meio Ambiente, e cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal -
FNDF. Art. 2º Constituem princípios da gestão de florestas públicas:
I - A proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da biodiversidade e valores
culturais associados, bem como do patrimônio público;
II - O estabelecimento de atividades que promovam o uso eficiente e racional das
florestas e que contribuam para o cumprimento das metas do desenvolvimento
sustentável local, regional e de todo o País;
III - O respeito ao direito da população, em especial das comunidades locais, de
acesso às florestas públicas e aos benefícios decorrentes de seu uso e conservação;
IV - a promoção do processamento local e o incentivo ao incremento da agregação
de valor aos produtos e serviços da floresta, bem como à diversificação industrial,
ao desenvolvimento tecnológico, à utilização e à capacitação de empreendedores
locais e da mão-de-obra regional;
V - O acesso livre de qualquer indivíduo às informações referentes à gestão de
florestas públicas, nos termos da Lei nº 10.650, de 16 de abril de 2003;
VI - A promoção e difusão da pesquisa florestal, faunística e edáfica, relacionada à
conservação, à recuperação e ao uso sustentável das florestas;
VII - O fomento ao conhecimento e a promoção da conscientização da população
sobre a importância da conservação, da recuperação e do manejo sustentável dos
recursos florestais;
VIII - A garantia de condições estáveis e seguras que estimulem
investimentos de longo prazo no manejo, na conservação e na recuperação das
florestas.
Como expõe Ramadhani (2010) apud De Paula Heimann e Hoeflich (2103) “aponta
para os princípios fundamentais e orientadores da boa governança florestal, incluindo
equidade, justiça, autonomia, responsabilidade, transparência, subsidiariedade e
sustentabilidade”. Dentro disso, feito a sequência de ideias iniciando sobre a utilização da
revisão bibliográfica, o uso de exemplos e um breve caminho histórico para o nascimento da
Lei sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável alicerçam este trabalho.
3. METODOLOGIA
bibliográfico pertinente ao tema que envolve a Lei nº 11.284/2006, esta que dispõe sobre a
gestão de florestas públicas para a produção sustentável.
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Congregada à pesquisa bibliográfica está a pesquisa de campo realizada junto a
exemplos de organismos que hoje fazem a gestão de florestas públicas de maneira sustentável,
sendo empresas, comunidades. Nesta etapa foi feita a busca através da internet utilizando
principalmente o buscador google para alinhar a aplicação dos exemplos. Para a organização
das informações, demonstramos através do quadro 01 as 04 (quatro) publicações científicas
encontradas, que foram utilizadas para exemplificar a conexão da Lei nº 11.284/2006 com a
sua efetivação.
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
É imperativo demonstrar que a criação de uma Lei não está sendo desejada de forma
aleatória, mas porque já existe processos que venham a garantir a sua criação, e no caso da
gestão de floresta públicas o exemplo de PC Pedro Peixoto é pertinente, pois no corpo da Lei
nº 11.284/2006 sobre o manejo em florestas em seu Art. 3º que enumera os fins do disposto na
Lei, ou seja, a sua finalidade e nos seus parágrafos VI ao VIII considera que:
e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços de natureza
florestal;
VII - Concessão florestal: delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de
praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa
unidade de manejo, mediante licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que
atenda às exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
VIII - Unidade de manejo: perímetro definido a partir de critérios técnicos,
socioculturais, econômicos e ambientais, localizado em florestas públicas,
objeto de um Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS, podendo conter áreas
degradadas para fins de recuperação por meio de plantios florestais.
Figura 01- Imagem ARAUJO (2015) Acervo arbóreo madeireiro das áreas sob manejo florestal comunitário do
Projeto de Colonização Pedro Peixoto. Disponível em https://ainfo.cnptia.embrapa.br. Acesso: outubro 2022
Figura 02- Floresta Nacional do Tapajós. Disponível em https://g1.globo.com. Acesso: outubro 2022
realizado no campo”.
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Figura 03- Floresta Nacional do Jamari – Rondônia. Disponível em https://portalamazonia.com. Acesso: outubro 2022
É neste sentido que se constroem as relações da Lei com seu objeto de criação, que
no caso a Lei nº 11.284/2006, onde as concessões para a gestão de florestas públicas vão se
configurando como uma realidade. Na sequência como o encontro da realidade da gestão das
florestas dispomos de outro macroprocesso enumerado pela supracitada lei o Fomento
Florestal.
Fomento Florestal
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seguinte estrutura “o fomento ao conhecimento e a promoção da conscientização da população sobre
a importância da conservação, da recuperação e do manejo sustentável dos recursos
florestais”.
A unidade de manejo florestal (UMF) III da gleba estadual Mamuru Arapiuns tem
Utilizando as reflexões dos autores Pereira, Sobrinho e Flores (2019) pode-se dizer
que há muitas brechas com a implantação da Lei nº 11.284/2006 visto como “há ainda lacunas
para entender a efetividade no uso dos recursos pelo Ideflor-bio, considerando a aplicação dos
mesmos em termos de melhoria da qualidade de vida das comunidades ainda são ações
incipientes". Mas também os autores estabelecem pontos positivos a respeito da concessão
para a gestão de floresta como verificado “há eficiência e eficácia enquanto a execução do
instrumento de concessão da política pública florestal, considerando que houve grande avanço
de ações da preservação das florestas públicas na área de concessão, com baixo custo, o que
era o objetivo inicial da concessão”.
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Figura 04- Imagem aérea da Floresta das Glebas Mamuru Arapiuns. Disponível em https://redepara.com.br.
Acesso: outubro 2022
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das considerações tecidas acima, podemos perceber como a leitura das
publicações científicas que pautam sobre a Lei nº 11.284/2006 e a aplicação da mesma no
cotidiano de quem trabalha diretamente com a exploração da floresta gera uma situação de
eficiência na sua aplicação de rentabilidade. A tarefa de propor soluções para uma situação tão
complexa que é a preservação das florestas e esta solução perpassa pela criação de leis e este
trabalho vem dispor de fatores da aplicabilidade da Lei de forma real, que envolve o Manejo
em Florestas Comunitárias, Monitoramento de Florestas Públicas e o Fomento Florestal.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, H. J. B. de. Acervo arbóreo madeireiro das áreas sob manejo florestal comunitário
do Projeto de Colonização Pedro Peixoto. Rio Branco: Embrapa Acre, 2015. 49 p. (Embrapa
Acre. Documentos, 139).
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Dane, F. Research methods. Brooks/Cole Publishing Company: California, 1990.
DE ARAÚJO, Suely Mara Vaz Guimarães. Lei de Gestão das Florestas Públicas: polêmicas e
perspectivas. 2008.
D'OLIVEIRA, Marcus Vinicio Neves; BRAZ, Evaldo Muñoz. Estudo da dinâmica da floresta
manejada no projeto de manejo florestal comunitário do PC Pedro Peixoto na Amazônia
Ocidental. Acta Amazônica, v. 36, p. 177-182, 2006.
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ESPADA, Ana Luiza Violato et al. Manejo florestal comunitário em parceria na Amazônia
brasileira: o caso da Flona do Tapajós. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento
Regional, v. 14, n. 1, 2018.
Gil, A. Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas: São Paulo, 2007.
MEDEIROS, Rodrigo. Evolução das tipologias e categorias de áreas protegidas no Brasil. Ambiente
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