Dyonélio Machado foi um escritor, jornalista, médico e militante comunista brasileiro nascido em 1895. Seu romance Os Ratos, publicado em 1937, é considerado um dos maiores tesouros da literatura brasileira devido à sua narrativa envolvente e final surpreendente. A história critica como o dinheiro tornou-se central nas relações sociais, comandando a ética e dignidade das pessoas.
Dyonélio Machado foi um escritor, jornalista, médico e militante comunista brasileiro nascido em 1895. Seu romance Os Ratos, publicado em 1937, é considerado um dos maiores tesouros da literatura brasileira devido à sua narrativa envolvente e final surpreendente. A história critica como o dinheiro tornou-se central nas relações sociais, comandando a ética e dignidade das pessoas.
Dyonélio Machado foi um escritor, jornalista, médico e militante comunista brasileiro nascido em 1895. Seu romance Os Ratos, publicado em 1937, é considerado um dos maiores tesouros da literatura brasileira devido à sua narrativa envolvente e final surpreendente. A história critica como o dinheiro tornou-se central nas relações sociais, comandando a ética e dignidade das pessoas.
agosto de 1895 – Porto Alegre, 1985) foi escritor (romancista, contista, ensaísta e poeta), jornalista, médico e militante comunista brasileiro. Foi um dos principais expoentes da segunda geração do modernismo no Brasil. Era filho de Sylvio Rodrigues Machado e de Elvira Tubino Machado. Ainda criança, seu pai foi assassinado, acontecimento que lhe marcaria para sempre a existência. Com apenas oito anos, vendia bilhetes de loteria para ajudar no sustento da família pobre – a mãe e o irmão Severino. A pobreza familiar não o impediu, contudo, de continuar estudando. Dyonélio dava aulas para os meninos das classes mais atrasadas e, em troca, ele e o seu irmão podiam estudar sem pagar a matrícula da escola. Aos doze anos trabalhava como servente no seminário O Quaraí, onde começou a se entrosar com intelectualidade local. Veio daí, provavelmente, o gosto pelo jornalismo, o que lhe acompanharia pelo resto da vida. Lá mesmo, em Quaraí, fundou por volta de 1911, o jornal O Martelo, nome sugestivo que demonstrava seu interesse pelo comunismo.
Vencedor do premio Machado de Assis
da época, Os Ratos (1937) é um dos tesouros valiosíssimos da literatura brasileira, ainda mais por causa de seu final surpreendente. Sua narrativa é apresentada numa linguagem simples, direta, rápida, com tal domínio da expectativa do leitor que lembra o trabalho de Camilo Castro Branco, em Amor da Perdição. Cada capítulo tem sua própria célula de suspense, que será resolvida no máximo no seguinte, em que obrigatoriamente surgirá outra. O caráter aberto do final do conto, que potencializa sua literariedade, só perde para a simbologia cruel do título do livro. A ideia de os ratos aproveitarem-se da escuridão para atacarem o dinheiro é uma representação cabal de tudo o que ocorrera no dia de Nazazieno. A relação mais óbvia é estabelecida com os poderosos (agiotas, joalheiros, estelionatários), que se aproveitavam das dificuldades financeiras alheias. Mas é possível também comparar aos oprimidos, que eram submetidos a condições humilhantes de sobrevivência, igualando-se a roedores. Enfim, aqui uma cruel crítica à maneira como o dinheiro acabou se tornando a mola propulsora as relações sociais comandando a respeitabilidade, a ética, a dignidade e até injusta e facilmente, quando não arbitrária e despoticamente, degradando-as, denotando- as. Em suma, todos esses aspectos fazem Os Ratos uma das obras mais nobres de nossa literatura.