Você está na página 1de 3

Laura Galhardi Pinheiro Nº 22

Professor: Alesão - Física

EFEITO CAMPTON

“Efeito Compton é a diminuição de energia (aumento de comprimento de onda) de um fóton


de raios X ou de raio gama, quando ele interage com a matéria. ”

Arthur Holly Compton em 1922, realizou alguns estudos sobre a interação radiação-
matéria, e percebeu que quando um feixe de raios X reflete sobre um alvo de carbono, sofria
um espalhamento. No começo, Compton não percebeu nada de errado, pois suas medidas
indicavam que o feixe espalhado tinha frequência diferente do feixe incidente logo após
atravessar o alvo.

De acordo com a teoria ondulatória, o conceito era dado como certo, pois a frequência
de uma onda não é alterada por nenhum fenômeno que ocorre com ela, sendo característica
da fonte que a produz. Mas o que se observou, através da experimentação, foi que a
frequência dos raios X espalhados era sempre menor do que a frequência dos raios X
incidentes, dependendo do ângulo de desvio. A figura abaixo nos mostra o esquema do efeito
Compton.

Para explicar o que aconteceu, Compton inspirou-se na abordagem de Einstein, ou


seja, ele interpretou os raios X como sendo feixes de partículas e a interação como sendo um
conflito de partículas. A energia do fóton incidente, de acordo com Einstein e Planck, seria h.f;
e o fóton espalhado teria elétron, em respeito à lei da conservação da energia.

A abordagem funcionou como esperado, mas Compton foi ainda mais longe. Ele
investigou também a interação do ponto de vista da lei da conservação do momento linear.
Experimentalmente, viu que essa lei valia para diversos ângulos de espalhamento, desde que o
momento linear do fóton fosse definido como
Onde:
c – é a velocidade da luz no vácuo
h – é a constante de Planck
λ – é o comprimento de onda da radiação

Após o inventor da Câmara de Nuvens (Charles Wilson) obteve


experimentalmente as trajetórias dos fótons e dos elétrons espalhados, em
colaboração com Compton. Duas características são notáveis na conclusão acima: uma
é a própria redefinição do momento linear, que não pode ser escrito como m.v,
porque o fóton não tem massa; e a outra característica que pode ser observada é o
estabelecimento de uma ligação entre uma grandeza típica de corpúsculos, isto é, a
matéria, e uma grandeza caracteristicamente ondulatória.
Compton ainda desenvolveu um método que provava que o fóton e o elétron
eram espalhados simultaneamente, o que impedia explicações envolvendo absorção e
posterior emissão de radiação.

TEORIA DA COLISÃO FOTON-ELÉTRON


O próprio Compton desenvolveu a teoria do espalhamento de raios X pela matéria,
baseando-se nas seguintes hipóteses:

•O espalhamento pode ser interpretado como uma colisão entre um fóton de raio X e um
elétron do material alvo;

•Como a energia de um fóton de raio X é muito maior que as energias cinéticas e potenciais de
um elétron na matéria, podemos desprezar estas energias e considerar o elétron como livre e
inicialmente em repouso;

•A energia e o momento linear são conservados na colisão;

•Como a energia inicial do fóton não é muito menor que a energia de massa do elétron,
precisamos utilizar a cinemática Einsteiniana.

Você também pode gostar