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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

CQ 028
FÍSICO QUÍMICA GERAL

Aula 07
Equilíbrio Químico – 1ª Parte

Profa Regina Maria Queiroz de Mello


Equilíbrio Químico
N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g) DrG = -32,90 kJ.mol-1
Fe
DrG < 0 significa que a reação tende a ocorrer (espontânea) mas não diz nada sobre a
velocidade dessa reação.
No equilíbrio, a reação parece parar, pois as
concentrações não variam mais.
Mas cuidado, apesar de parecer estático, o
equilíbrio é dinâmico.

No equilíbrio a velocidade da reação direta é igual à


velocidade da reação inversa por isso, o uso do
símbolo:

FONTE: ATKINS, P., JONES, L., Princípios de Química:


questionando a vida moderna e o meio ambiente, 5ª Ed,
Trad. Ricardo Bicca de Alencastro, Bookman, Porto
Alegre, 2012. UFPR - DQui - Profa. Regina M. Q. Mello
Como provar que o equilíbrio químico é dinâmico?

Vaso reacional A = misturam-se os reagentes e espera-se atingir o equilíbrio


N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)

Vaso reacional B = idem (onde D = deutério)


N2(g) + 3D2(g) → 2ND3(g)

Vaso reacional C = mistura-se o conteúdo dos vasos A e B.


A análise das amostras por espectrometria de massa mostrou a existência de:
NH3, NH2D, NHD2 e ND3 e de H2, HD e D2.

Essa mistura de isótopos indica que a reação não parou.

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A termodinâmica e o equilíbrio químico

aA(g) + bB(g) cC(g) + dD(g)

Quociente reacional Q
pcCpDd
Q= a b
p A pB

D r G = D r Go + RT ln Q

Dr G  0 formação de produtos

Dr G = 0 equilíbrio

Dr G  0 formação de reagentes

FONTE: ATKINS, P.; DE PAULA, J. Physical


Chemistry, 9th ed. Oxford University Press,
2010.
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Ex.: A energia de Gibbs padrão para a reação em fase gasosa:
2SO2 + O2 2SO3 é -141,74 kJ.mol-1 a 25°C. Calcule a energia de Gibbs da reação quando
a pressão parcial de cada gás é 100 bar e diga a direção espontânea da reação.
2
pSO 100 2 −2
Q= 2
3
= = 1,00 x10
pSO 2
pO 2 100 2 x100

D r G = D r Go + RT ln Q
D r G = −141,74 x10 3 J.mol −1 + 8,314J.K −1.mol −1x 298K ln1,00 x10 −2
D r G = −153,15 kJ.mol −1

direção espontânea = formação de produtos

Obs.: Q (quociente reacional) não tem unidade!!!

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Ex.: A energia de Gibbs padrão para a reação em fase gasosa:
H2 + I2 HI é -21,1kJ.mol-1 a 500 K.
Calcule a energia de Gibbs da reação quando as pressões parciais são, respectivamente:
1,5 bar, 0,88 bar e 0,065 bar. Além disso, diga a direção espontânea da reação.

PHI2 0,065 2
Q= = = 3,2x10 −3
PH2  PI2 1,5  0,88
D r G = D r Go + RT ln Q
D r G = −21,1x10 3 J.mol −1 +8,314J.mol −1.K −1500K ln 3,2x10 −3
D r G = −44979 J.mol −1 = −45kJ.mol −1
D r G  0  direção dos produtos

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Dr G = Dr Go + R  T  lnQ

No equilíbrio: DrG = 0 Q=K


0 = D r Go + RT ln K
D r Go = −RT ln K

Ex.: A energia de Gibbs padrão para a reação em fase gasosa: ½ H2 + ½ I2 → HI é +1,70kJ.mol-1


a 25°C. Calcule a respectiva constante de equilíbrio.

Dr Go = −R  T  lnK
1,70x103 J.mol−1
lnK = − −1 −1
= −0,686
8,314J.K .mol x298,15K
K = e−0,686  K = 0,50
adimensional sempre!!!!

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Para predizer a tendência de uma determinada mistura de
reagentes e produtos de formar mais produtos ou
reagentes, basta comparar Q e K:

Se Q < K  concentrações ou pressões parciais dos


produtos estão muito baixas em relação às dos reagentes
para o equilíbrio. Assim, a reação tende a se processar na
direção dos produtos (sentido direto).

Se Q = K  reação em equilíbrio.

Se Q > K  concentrações ou pressões parciais dos


produtos estão muito altas em relação às dos reagentes
para o equilíbrio. Assim, a reação tende a se processar na
direção dos reagentes (sentido inverso).

FONTE: ATKINS, P., JONES, L., Princípios de Química: questionando a vida


moderna e o meio ambiente, 5ª Ed, Trad. Ricardo Bicca de Alencastro, Bookman,
Porto Alegre, 2012.

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Como discutir o equilíbrio de fases gasosas em termos de concentrações em mol.L-1 e não
em termos de pressões parciais????

Usamos a constante de equilíbrio Kc que é definida por:

[C]c [D]d
Kc = se nenhum gás está envolvido na
[ A ]a [B]b
reação:
Kp = Kc

e a relação:
Dn
Dn  1 mol.L 
−1
Se Dn = 0:
K p = K c (RT)  
 1 bar  K = Kc
R = 8,314x10-2 Lbarmol-1K-1

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Derivação da equação:
K p = (pi / po )D n
i

ni
pV = nRT  pi = RT  pi = CRT
i
V
Dn
 CRT  Ci Dn (RT)Dn
Kp =   i o  =
i  p  po
Dn
 Ci 
Kc =   o    Ci Dn = K c  Co
i C 

K c  Co (RT)Dn
Kp = como Co =1 mol.L-1 e po = 1 bar:
po
Dn
Dn  1 mol.L 
−1 CUIDADO COM AS UNIDADES
K p = K c (RT)   DA CONSTANTE R!!!!!
 1 bar 
R = 8,314x10-2 Lbarmol-1K-1

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Ex.: A constante de equilíbrio para a síntese da amônia: N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g); é 41 a 127°C.
Qual o valor de Kc nesta temperatura?
Dn
Dn  1mol.L 
−1
K p = K c (RT)   Dn = 2 − (1 + 3) = −2
 1bar 
Dn
−2  1mol.L 
−1
−2 −1 −1
41 = k c (8,314x10 L.bar.mol K x400K)  
 1bar 
41 = 9,0419x10 −4  k c  K c = 4,5x10 4

Ex.: A constante de equilíbrio para a reação em fase gasosa: 2SO2 + O2 →2SO3 é 3,1x104 a 400 °C.
Qual o valor de Kc nesta temperatura?
Dn
Dn  1 mol.L 
−1
K = K c (RT)  
 1 bar 
−1
−1  1 mol.L 
−1
−1 −1
3,1x10 = K c (0,08314 L.bar.mol .K  673K) 
4

 1 bar 
K c = 1,7x106
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Equilíbrio heterogêneo
É o equilíbrio em sistemas que apresentam mais de uma fase. Ex.:

PCO  PH2 [CO][H2 ]


Kp = Kc = K p = PCO2 K c = [CO2 ]
pH2O [H2O]

Ex.: Suponha que uma mistura em equilíbrio em fase gasosa de HCl, Cl2 e H2 possua H2 a
1,0 x10-11 mol.L-1 e Cl2 a 2,0 x 10-10 mol.L-1 . Qual a concentração de HCl no equilíbrio a
500K sabendo-se que Kc = 4,0 x 1018 para a reação H2 + Cl2 2HCl?

[HCl]2
Kc =
[H2 ]  x [Cl2 ]
[HCl]2
4,0x10 18
=
1,0x10 −11 x 2,0x10-10
[HCl] = 0,089 mol.L−1

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Usando as tabelas de equilíbrio:

Para a reação: A + 2B C

A B C
Início [A] inicial [B] inicial [C] inicial
variação -x -2x +x
Equilíbrio [A] inicial - x [B] inicial -2x [C] inicial + x

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Ex.: Para a síntese da amônia, foi usada uma mistura de 0,500 mol/L de N2 e 0,800 mol/L de
H2. O equilíbrio foi atingido e verificou-se que a concentração de amônia era de 0,150 mol/L.
Calcule o respectivo Kc.

N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)

N2 H2 NH3
Início 0,500 0,800 0
variação -x -3x +2x
Equilíbrio 0,500 - x 0,800 – 3x 2x = 0,150

Se 2x = 0,150, então x = 0,075. Logo:

N2 H2 NH3
Início 0,500 0,800 0
variação -0,075 -0,225 +0,150
Equilíbrio 0,425 0,575 0,150

0,150 2
Kc = 3
= 0,278
0,425 x(0,575 )

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Ex.: Uma amostra de N2O4 com uma pressão inicial de 3,0 bar é preparada a uma certa temperatura
e deixada para dissociar-se em moléculas de NO2. Uma vez que o equilíbrio N2O4(g) 2NO2(g)
tenha se estabelecido, verifica-se que a pressão parcial de N2O4 caiu para 1,0 bar. Calcule K.

N2O4(g) 2NO2(g)
início 3,0 bar -
variação -x +2x
equilíbrio 3,0 – x 2x

3,0 – x = 1,0
x = 2,0

PNO2 = 2x = 4,0 bar


2
PNO2 4,0 2
K= = = 16
PN2O 4 1,0

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Ex.: As concentrações iniciais de nitrogênio e hidrogênio são 0,010 e 0,020 mol/L,
respectivamente. A mistura é aquecida até a temperatura na qual Kc = 0,11 para a reação de
síntese da amônia. Qual a composição da mistura no equilíbrio?

N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)


início 0,010 0,0020 -
variação -x -3x +2x
equilíbrio 0,010 – x 0,020-3x 2x

2 4x 2
Kc =
[NH3 ] 0,11 =
[N2 ][H2 ]3 0,010  0,020 3
2 4 x 2 = 8,8 x10 −9
(2x )
0,11 = x = 4,70 x10 −5
(0,010 − x )(0,020 − 3 x )3
aproximaçã o : x→0 [N2 ] = 0,010mol.L−1
[H2 ] = 0,020mol.L−1
[NH3 ] = 2x = 9,4 x10 −5 mol.L−1
Resposta do equilíbrio às mudanças nas condições

- Variação na concentração
- Variação na pressão
- Variação na temperatura

Princípio de Le Chatelier:
Quando um sistema em equilíbrio sofre uma perturbação nas suas
condições, responde de modo a minimizar o efeito desta perturbação.

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(a) Adição e remoção de reagentes

FONTE: ATKINS, P., JONES, L., Princípios de


Química: questionando a vida moderna e o
meio ambiente, 5ª Ed, Trad. Ricardo Bicca de
Alencastro, Bookman, Porto Alegre, 2012.
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Resposta do equilíbrio às mudanças nas concentrações:

A+B C+D

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Ex.:
vermelho amarelado incolor

Adição de SCN-  equilíbrio se desloca para a


esquerda   [FeSCN2+]  solução fica mais
vermelha.
Retirada de Fe3+  equilíbrio se desloca para a
direita   [FeSCN2+]  solução fica mais clara

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Kiidcw39Y0U
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(b) Comprimindo uma mistura reacional

reação direta: n  p
I2(g) 2I(g)
1 mol 2 mol
reação inversa: n   p

 pressão ( volume ) 
deslocamento na direção dos reagentes (esquerda)  pressão ( volume) 
 >V , >n deslocamento na direção dos produtos (direita)
 <V, <n

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Outro ex: N2O4(g) ↔ 2NO2(g)
2
pNO
K= 2

p N2 O 4

Aumentos de pressão a partir do equilíbrio:

1. Introdução de gás inerte: aumenta p, mas não altera as pressões


parciais → não altera equilíbrio.

2. Diminuição do volume do recipiente (compressão):


equilíbrio é deslocado para a esquerda

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(c) A temperatura e o equilíbrio

 T  deslocamento na direção da reação endotérmica

 T  deslocamento na direção da reação exotérmica

Ex.: 2 SO2 + O2 = 2 SO3 DH = -197,78 kJ.mol-1

 T  deslocamento para a esquerda

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(c) A temperatura e o equilíbrio

Aumento da temperatura Diminuição da temperatura

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Ex.: Considere a reação em equilíbrio:
4NH3(g) + 5O2(g) = 4NO(g) + 6H2O (g)
Explique o efeito (aumento, diminuição, nenhum) ocorrido conforme cada mudança é feita
sobre o sistema, de acordo com a tabela:

Mudança Quantidade Efeito


adição de NO [H2O] diminui
adição de NO [O2] aumenta
remoção de H2O [NO] aumenta
remoção de O2 [NH3] aumenta
adição de NH3 Kc não altera
remoção de NO [NH3] diminui
adição de NH3 [O2] diminui
Para os casos onde DH não varia com a
temperatura, podemos usar a expressão:

D rHo  1 1 
ln K 2 = ln K 1 −  − 
R  T2 T1 

Ex.: A K = 6,8 x 105 para a síntese da amônia a 298K. Estime seu valor a 400 K.
Dado: DHo = -92,22 kJ.mol-1

− 92,22 x10 3
J.mol -1
 1 1 
ln K 2 = ln 6,8 x10 5 − −1  − 
8,3145 J.K .mol  400K 298K 
−1

K 2 = 51

T numa reação exotémica  eq. deslocado para a esquerda  K

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Os catalisadores
Um catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química sem estar
sendo consumido por ela, mas que NÃO afeta a composição no equilíbrio.

linha contínua = sem catalisador


linha pontilhada = com catalisador

FONTE: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1095&evento=2

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Análise da reação de síntese da amônia visando aumentar seu
rendimento (deslocamento para a direita)

N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g) DH<0

1 – Remover a amônia à medida em que ela é formada;


2 – Aumentar a pressão;
3 – Diminuir a temperatura. Só que a diminuição da temperatura, diminui a velocidade da
reação. Nesses casos, é necessário usar um catalisador para acelerar a velocidade da
reação

O processo de Haber-Bosch para obter amônia recebeu este nome devido aos seus
criadores: Fritz Haber (1868 – 1934) e William Carl Bosch (1874 – 1940). Há o uso de alta
temperatura e alta pressão para obtenção de amônia líquida. Tal processo ainda está em
uso no mundo.

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Equilíbrios de solubilidade
Equilíbrio entre um composto sólido e seus íons dissolvidos numa solução saturada.

Kps = Produto de solubilidade

Ex.: Bi2S3(s)  2Bi3+(aq)+3S2-(aq) K ps = aBi2 3 + aS32 −

Kps é adimensional

Aproximação: atividade = concentração K ps = [Bi3 + ]2 [S 2− ]3

Ex.: A solubilidade do cromato de prata é 6,5 x 10-5 mol.L-1. Determine o Kps desse sal.

Ag2CrO4(s)  2Ag+(aq) + CrO42-(aq) K ps = (2x )2 ( x ) = 4 x 3


2x x
K ps = 4(6,5 x10 −5 )3 = 1,1x10 −12

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Ex.: A solubilidade do iodato de chumbo é 4,0 x 10-5 mol.L-1. Determine seu Kps.

Pb(IO3)2(s)  Pb2+(aq) + 2IO3-(aq)


x 2x
K ps = (2x )2 ( x ) = 4 x 3
K ps = 4( 4,0 x10 −5 )3 = 2,6 x10 −13

Ex.: Estime a solubilidade do sulfato de prata. Dado: Kps = 1,4x10-5

Ag2SO4(s)  2Ag+(aq) + SO42-(aq)


2x x
K ps = (2x )2 ( x )
1,4 x10 −5 = 4 x 3
x = 0,015 mol.L−1
Ex.: Estime a solubilidade do iodato de cromo III. Dado: Kps = 5,0x10-6

Cr(IO3)3(s)  Cr3+(aq) + 3IO3 -(aq) K ps = ( x )(3 x )3


x 3x 5,0 x10 −6 = 27 x 4
x 4 = 1,85 x10 −7  x = 0,021 mol.L−1

Efeito do íon comum

Diminuição da solubilidade causada pela presença de um íon comum. Assim,


se for adicionado NaCl a uma solução saturada de AgCl, a solubilidade do
Ag+ diminui.

NaCl → Na + + Cl−

AgCl ⎯⎯ Ag+ + Cl−

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Ex.: Calcule a solubilidade do cloreto de prata em:
(a) água pura
(b) NaCl 0,10 mol.L-1.
Dado: Kps = 1,6x10-10

(a) AgCl(s)  Ag+(aq) + Cl-(aq) K ps = ( x )( x )


x x 1,6 x10 −10 = x 2
x = 1,3 x10 −5 mol.L−1

(b) AgCl(s)  Ag+(aq) + Cl-(aq)


x x K ps = ( x )(0,10 + x ) = x  0,10
NaCl(s) → Na+(aq) + Cl-(aq) 1,6 x10 −10 = 0,10 x
0,1 molL-1 0,1 molL-1
x = 1,6 x10 −9 mol.L−1

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Ex.: Calcule a solubilidade do carbonato de cálcio em: (a) água pura (b) CaCl2 0,20 mol.L-1.
Dado: Kps = 8,7x10-9

(a) CaCO3(s)  Ca2+(aq) + CO32-(aq)


x x
K ps = ( x )( x )
8,7 x10 −9 = x 2
x = 9,3 x10 −5 mol.L−1

(b) K ps = ( x )(0,20 + x ) = x  0,20


8,7 x10 −9 = 0,20 x
x = 4,4 x10 −8 mol.L−1

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Prevendo a precipitação

Qps > Kps Qps = Kps


Qps < Kps
precipitação do sal equilíbrio
dissolução do sal

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Ex.: Haverá formação de precipitado ao misturarmos volumes iguais de solução 0,2 mol.L-1
de Pb(NO3)2 e 0,2 mol.L-1 de KI? Dado: Kps(PbI2) = 1,4x10-8

Pb(NO3 )2 → Pb2+ (aq) + 2NO3 − (aq)


0,2 mol/L
+ −
Pb2+(aq) + 2I-(aq) → PbI2(s)
KI(aq) → K (aq) + I (aq)
0,2 mol/L

C1V1=C2V2 Qps = [Pb 2+ ][I− ]2


0,2mol.L-1 x = C2 2x
C2 = 0,1 mol.L-1 Qps = (0,1)(0,1)2
Qps = 1x10 −3
Qps  K ps

 haverá precipitação FONTE: ATKINS, P., JONES, L., Princípios


de Química: questionando a vida moderna
e o meio ambiente, 5ª Ed, Trad. Ricardo
Bicca de Alencastro, Bookman, Porto
Alegre, 2012.

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Ex.: Haverá formação de precipitado ao misturarmos 200,0 mL de AgNO3 1,0 x 10-4 e 900,0 mL
de KCl 1,0 x 10-6 mol.L-1? Dado: Kps(AgCl) = 1,6x10-10

Ag+(aq) + Cl-(aq) → AgCl(s)

Para o Ag+: Para o Cl-:


C1V1=C2V2 C1V1=C2V2
1,0x10-4mol.L-1 200,0 mL = C2 1100,0mL 1,0x10-6mol.L-1 900,0 mL = C2 1100,0mL
C2 = 1,81x10-5 mol.L-1 C2 = 8,18x10-7 mol.L-1

Qps = [ Ag+ ][Cl− ]


Qps = (1,81x10 −5 )(8,18 x10 −7 )
Qps = 1,48 x10 −11
Qps  K ps Não haverá precipitação

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