Você está na página 1de 6

PEIS.OBR.

91
INSPEÇÕES PARA VALIDAÇÃO DE CONCRETO
VERSÃO: 01
DURANTE RECEBIMENTO
DATA: Abril/2013

1 OBJETIVO

Padronizar e estabelecer as diretrizes das inspeções para validação de concreto durante recebimento, nas obras,
assegurando que as mesmas sejam executadas dentro das normas técnicas e padrões de qualidade previamente
estabelecidos pela empresa. Abrangendo uma proposição para solicitação e acompanhamento de concreto
produzido em usinas fornecedoras à empresa ou na própria obra.

2 ABRANGÊNCIA

Todas as obras da Empresa.

3 RESPONSABILIDADES

A aplicação do procedimento é responsabilidade das empresas prestadoras do serviço de controle tecnológico e


das obras, nos seguintes limites:
Empresa de Controle Tecnológico
 Moldagem dos corpos de prova de concreto, ruptura, análise estatística e acompanhamento da curva de
resistência;
 Realização do SLUMP TEST.
A aplicação do procedimento é responsabilidade das obras nos seguintes limites:
 Inspeção das etapas de moldagem de corpo de prova e slump test, monitoramento da limpeza e
terminalidade dos serviços executados.
Nota: a moldagem dos corpos de prova e a realização do slump test poderão ser de responsabilidade da obra,
desde que a mesma possua funcionário devidamente habilitado para exercício dessas tarefas.

4 DOCUMENTOS RELACIONADOS

. NBR 12655 – Concreto de Cimento Portland – Preparo, Controle e Recebimento;


. Projeto de estrutura;
. Nota Fiscal / Nota de Remessa;
. NR 18 - Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção;
. NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto.

 Pcmat;
 Manual de Segurança;
 Caderno de Procedimento.

ESTE PROCEDIMENTO NÃO É VÁLIDO IMPRESSO. SUA VERSÃO ATUALIZADA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM WWW.COSIL.SADP.COM.BR
Página 1 de 6
PEIS.OBR.91
INSPEÇÕES PARA VALIDAÇÃO DE CONCRETO
VERSÃO: 01
DURANTE RECEBIMENTO
DATA: Abril/2013

5 CONCEITOS
Concreto: Material formado pela mistura de cimento, água, agregado graúdo (brita), agregado miúdo (areia) e
aditivo.

6 NORMAS GERAIS

A inspeção para validação, durante o recebimento, do concreto aplicado em estrutura de concreto deverá seguir as
orientações descritas neste procedimento, independente de quem seja a responsabilidade pela execução dos
serviços, se de empresa terceirizada ou da equipe da obra.

No caso de contratação de empresa terceirizada, a mesma deverá ter conhecimento deste procedimento e dos
métodos de inspeção dos serviços que serão utilizados para aprovação dos serviços executados.

Para serviços a serem realizados com mão-de-obra própria ou com de empresa terceirizada, a FVM deverá ser
aberta e preenchida pela equipe da obra.

As inspeções das etapas descritas neste procedimento deverão ser registradas no seguinte formulário:

 FVM.OBR.02 – Concreto Usinado.

7 PROCEDIMENTOS

7.1 REQUISITOS GERAIS

Para o início dos serviços é necessário que estejam disponíveis no local do trabalho todos os equipamentos de
proteção, materiais, equipamentos e ferramentas pertinentes às atividades, conforme descrito a seguir; também
deverá estar disponível a respectiva Ficha de Verificação de Material (FVM), devidamente aberta.

7.1.1 MATERIAIS PARA SLUMP TEST


Carrinho de mão Concha metálica
Pá de bico Trena metálica de 5 m
Colher de pedreiro Molde metálico, com formato tronco-cônico
Placa de base metálica plana Haste metálica com 60 cm de comprimento, 16 mm
de diâmetro
Régua metálica milimetrada

7.1.2 MATERIAIS PARA MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA


Carrinho de mão Concha metálica
Pá de bico Trena metálica de 5 m
Colher de pedreiro Formas cilíndricas 10x20 cm
Haste metálica com 60 cm de comprimento, 16 mm
de diâmetro

ESTE PROCEDIMENTO NÃO É VÁLIDO IMPRESSO. SUA VERSÃO ATUALIZADA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM WWW.COSIL.SADP.COM.BR
Página 2 de 6
PEIS.OBR.91
INSPEÇÕES PARA VALIDAÇÃO DE CONCRETO
VERSÃO: 01
DURANTE RECEBIMENTO
DATA: Abril/2013

7.1.3 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA OCUPACIONAL


Bota de couro Capacete
Óculos Luvas
Protetor auricular (tipo plug) Uniforme (calça e camisa)

7.2 TESTE DE ABATIMENTO DO CONE- SLUMP TEST

7.2.1 CONDIÇÕES PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS


 O responsável pela realização do teste deve estar na obra;
 Os materiais necessários para realização do teste devem estar disponíveis;
 Os profissionais deverão estar munidos de equipamentos de proteção individual;
 Os EPC´S deverão estar devidamente instalados e atender ao PCMAT.

7.2.2 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS


A amostragem do concreto misturado deve ser representativa, procurando se evitar, durante a coleta,
excesso de argamassa ou agregado graúdo em relação à massa misturada. O tempo transcorrido entre a coleta da
amostra e o final da moldagem dos corpos de prova não deve exceder a 10 minutos, sendo vedada paralisação no
processo de moldagem. Antes da moldagem, o molde e a placa metálica deverão ser limpos e umedecidos,
apoiando posteriormente a placa sobre uma superfície rígida, plana e horizontal. Utilizar a luva látex ou nitrílica
com óculos de proteção de forma que não haja contato do cimento diretamente com a pele e os olhos
A moldagem será executada com o molde fixado na placa metálica com o auxílio dos pés do laboratorista
pressionando as abas do molde sobre a placa, devendo ser preenchido em três camadas de volumes
aproximadamente iguais, com auxílio do complemento tronco cônico, sendo que na última camada o concreto
deve preenchê-lo totalmente. Se durante o adensamento da última camada for constatada falta de material para
enchimento, essa camada deve ir sendo completada de modo que o concreto exceda sempre a borda do molde.
Cada camada deve ser adensada com 25 golpes da haste de socamento uniformemente distribuídos. Na
camada inferior é necessário inclinar levemente a haste de socamento e efetuar cerca da metade dos golpes
próximo à parede interna do molde. A camada junto à base deve ser adensada de forma que a haste de socamento
penetre em toda a sua espessura. No adensamento das camadas restantes, a haste deve penetrar até ser atingida a
camada inferior subjacente. Para o caso de concreto com característica que dificultem aquela penetração, deve ser
feito um registro a respeito no certificado de ensaio.
Após o adensamento, retirado o complemento tronco cônico, o excesso de concreto deve ser removido
com auxílio da haste de socamento, que deve respaldar a superfície de concreto, deslizando sobre as bordas do
molde. Imediatamente após, deverá ser feito limpeza da placa metálica em torno do molde. A desmoldagem
deverá ser efetuada elevando-se o molde pelas alças cuidadosamente na direção vertical com velocidade constante
e uniforme. Todas as operações de ensaio devem ser executadas sem interrupção.

ESTE PROCEDIMENTO NÃO É VÁLIDO IMPRESSO. SUA VERSÃO ATUALIZADA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM WWW.COSIL.SADP.COM.BR
Página 3 de 6
PEIS.OBR.91
INSPEÇÕES PARA VALIDAÇÃO DE CONCRETO
VERSÃO: 01
DURANTE RECEBIMENTO
DATA: Abril/2013

O abatimento do tronco do cone de concreto será a distância entre o plano correspondente a base
superior do molde e o centro da base superior da amostra obtida, medida com trena metálica. Ocorrendo
desmoronamento, o ensaio deve ser repetido com nova amostragem.
Após a medição do abatimento, o concreto deverá ser recolocado na amostra do carro de mão e
homogeneizado para moldagem dos corpos de prova. A fôrma e acessórios do molde deverão ser lavados retirando
todo excesso de argamassa.
Tolerância para o abatimento, que deve obedecer a tabela abaixo:

Abatimento (mm) Tolerância (mm)


10 < A < 90 ± 10
100 < A < 150 ± 20
Acima de 160 ± 30
Tabela 1 - Tolerâncias admitidas para o ensaio de abatimento.

Caso o abatimento do tronco de cone (“slump test”) esteja acima ou abaixo do nível tolerável, mesmo
depois de acrescentar toda a folga d’água máxima, o concreto deverá ser totalmente rejeitado.
A folga de água pré-determinada pela concreteira deve ser adicionada aos materiais pelo menos 15
minutos antes do início da descarga, a fim de que possa homogeneizar toda a mistura. A quantidade de água
adicionada deve ser unicamente a necessária para se atingir o slump especificado pela nota, não devendo por
hipótese nenhuma ultrapassar a folga máxima especificada.
É terminantemente proibida a adição de cimento ou agregados no caminhão betoneira, com o objetivo de
se corrigir o abatimento especificado.

7.3 MOLDAGENS DE CORPO DE PROVA

7.3.1 CONDIÇÕES PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS

As fôrmas devem ser colocadas sobre uma base nivelada, livre de choques e vibrações, perfeitamente
vedados para evitar a fuga de pasta e argamassa.
Antes de serem preenchidas com concreto, as fôrmas devem ser revestidas internamente com uma fina
camada de óleo diesel ou mistura de óleo queimado com óleo hidráulico. As formas devem ser depositadas de
cabeça para baixo, com o objetivo de escoar o óleo em excesso;
É recomendado que o local para moldagem das amostras seja o mais próximo possível de onde serão
armazenadas nas primeiras 24 horas, a fim de evitar danos no concreto nas suas idades iniciais.
Os moldes devem ser colocados sobre uma base nivelada, livre de choques e vibrações.

7.3.2 EXECUÇÃO DO SERVIÇO


ESTE PROCEDIMENTO NÃO É VÁLIDO IMPRESSO. SUA VERSÃO ATUALIZADA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM WWW.COSIL.SADP.COM.BR
Página 4 de 6
PEIS.OBR.91
INSPEÇÕES PARA VALIDAÇÃO DE CONCRETO
VERSÃO: 01
DURANTE RECEBIMENTO
DATA: Abril/2013

 A amostragem do concreto misturado deve ser representativa, procurando se evitar, durante a coleta,
excesso de argamassa ou agregado graúdo em relação à massa misturada;
 O concreto deve ser colocado na forma cilíndrica de 10x20 cm, com o emprego de concha, em camadas de
altura aproximadamente iguais;
 No adensamento de cada camada devem ser aplicados 15 golpes de socamento, uniformemente
distribuídos em toda a seção transversal do molde através de barra de aço, com 600 mm de comprimento
e 16 mm de diâmetro, com superfície lisa, seção transversal circular e extremidade de socamento semi-
esférica. A altura das camadas não deve ultrapassa 100 mm;
 No adensamento de cada camada, a haste de socamento não deve penetrar na camada já adensada;
 Antes do adensamento de cada camada, o concreto deve ser uniformemente distribuído dentro da fôrma;
 Se a haste de socamento criar vazios na massa do concreto, deve-se bater levemente na face externa do
molde até o fechamento deste;
 A última camada deve sobrepassar ligeiramente o topo do molde, para facilitar o respaldo;
 O tempo transcorrido entre a coleta da amostra e o final da moldagem dos corpos de prova não deve
exceder a 10 minutos, sendo vedada paralisação no processo de moldagem;
 Após o adensamento do concreto a superfície do topo dos corpos-de-prova deve ser alisada com colher de
pedreiro;
 Após a moldagem, os corpos-de-prova devem ser identificados e imediatamente cobertos com material
não reativo e não absorvente, com a finalidade de evitar a perda de água do concreto e protegê-lo da ação
das intempéries.

7.3.3 AMOSTRAGEM E MANUSEIO DOS CORPOS DE PROVA

A quantidade de corpos de prova moldados para o controle interno deve variar conforme as características
de cada caso. Sendo o mínimo de dois pares de corpos de prova para rompimento nas idades dos 7 e 28 dias a
partir da moldagem.
A identificação dos corpos de prova deve conter, no mínimo, informações a respeito do local ou peça em
que o concreto foi lançado, data de moldagem, número de ordem do caminhão betoneira. Atentar para o fato de
que se deve utilizar lápis de cera para identificar os exemplares que se submeterão à cura submersa, caso contrário
as informações estarão perdidas.
Caso os corpos de prova não sejam entregues ao laboratório de tecnologia no prazo de 2 a 3 dias, os
mesmos devem ser cuidadosamente desformados 24 horas após moldados antes de se submeterem à cura, onde
deverão permanecer totalmente submersos em água limpa, em pé, dentro de tanques exclusivos para tal
finalidade.
ESTE PROCEDIMENTO NÃO É VÁLIDO IMPRESSO. SUA VERSÃO ATUALIZADA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM WWW.COSIL.SADP.COM.BR
Página 5 de 6
PEIS.OBR.91
INSPEÇÕES PARA VALIDAÇÃO DE CONCRETO
VERSÃO: 01
DURANTE RECEBIMENTO
DATA: Abril/2013

Após o acabamento deverá ser fixada sobre a superfície de todos os corpos de prova moldados, a etiqueta
de identificação, por meio de leve pressão sobre a superfície úmida do corpo de prova, evitando-se danos ao
mesmo.

8 REGISTROS
Tempo de
Registro Código Local de Arquivo Indexação Proteção Disposição
retenção
Serviço/data
Pasta AZ na Obra ou Até o final
FVM de Concreto Usinado FVM.OBR.02 Restrito Descarte
(Gestor da Obra) Serviço/torre da obra
/ data

9- CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Edição Data Modificações


00 Março/2012 Versão inicial
01 Abril/2013 Alteração da forma de indexação dos registros

ESTE PROCEDIMENTO NÃO É VÁLIDO IMPRESSO. SUA VERSÃO ATUALIZADA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM WWW.COSIL.SADP.COM.BR
Página 6 de 6

Você também pode gostar