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JM CÁLCULOS – CONTABILIDADE, ASSESSORIA E PERÍCIA LTDA

RUA BENJAMIN CONSTANT, 142 / 146 – SALAS 32 E 33


CEP: 80.060-020 – CENTRO – CURITIBA/PR
Fone (41) 3029-5811 E-mail: jmperito@gmail.com
JOÃO MATIAS LOCH – PERITO CONTÁBIL-FINANCEIRO
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Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

MBA: GESTÃO DE TALENTOS

Módulo: LEGISLAÇÃO SOCIAL E CÁLCULOS


TRABALHISTAS

Professor: MSc. João Matias Loch

É proibida a reprodução parcial ou


total deste material, bem como os
exercícios, sem a autorização, por
escrito, do autor deste material,
Professor MSc. João Matias Loch,
Perito Contábil-Financeiro.

Curitiba
2017
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SUMÁRIO

1. CONTEÚDO DO CURSO ................................................................................ 5


1.1 EMENTA ..................................................................................................... 5
1.2 OBJETIVOS DO MÓDULO ....................................................................... 5
1.2.1 Objetivo geral ..................................................................................................5
1.2.2 Objetivos específicos ......................................................................................5
1.3 PRÉ-REQUISITOS ..................................................................................... 6
1.4 DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS COM O MÓDULO ............... 6
1.5 RESPONSABILIDADE NA ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ........ 6
2. CONTEÚDO DA ÁREA TRABALHISTA ..................................................... 7
2.1 A JUSTIÇA DO TRABALHO E PASSIVO TRABALHISTA .................. 7
2.1.1 As principais verbas pedidas na Justiça do Trabalho......................................8
2.1.2 Problemas decorrentes de horas extras e acordos de compensação ................9
2.1.3 Pagamento de reflexos de forma complessiva ................................................9
2.1.4 Execuções de Sentença .................................................................................10
2.1.5 Problemas decorrentes de cargos e funções ............................................11
2.1.6 Problemas decorrentes de rescisão contratual irregular ..........................11
2.1.7 Salários pagos “por fora” ........................................................................12
2.1.8 Férias vencidas e usufruídas mais o 1/3 constitucional ..........................12
2.1.9 Das qualificações do profissional de RH ................................................13
2.1.10 Contratação de serviços de terceiros .......................................................13
2.1.11 Das medidas preventivas para evitar processos trabalhistas ...................14
2.2 EMPREGADOR, GRUPO ECONÔMICO E EMPREGADO ................. 14
2.2.1 Empregador - art. 2º da CLT .........................................................................14
2.2.2 Grupo econômico - art. 2º, § 2º da CLT .......................................................14
2.2.3 Empregado – art. 3º da CLT .........................................................................15
2.3 ACORDO PARA LIQUIDAÇÃO DE DEMANDAS JUDICIAIS ......... 15
2.4 ANÁLISE DO PROCESSO E A OBTENÇÃO DE DADOS ................... 16
2.5 COMPONENTES DA REMUNERAÇÃO ............................................... 16
2.5.1 Salário ...........................................................................................................16
2.5.2 Remuneração .................................................................................................17
2.5.3 Salário complessivo ......................................................................................17
2.6 HORA "IN ITINERE" ................................................................................ 17
2.7 PRESCRIÇÃO: BIENAL, QUINQUENAL E TRINTENÁRIA; ............. 18
2.8 INTEGRAÇÃO DOS ADICIONAIS E REFLEXOS ............................... 19
2.8.1 Adicional de Insalubridade ...........................................................................19
2.8.2 Adicional de periculosidade ..........................................................................20
2.8.3 Diferenças de reajuste de salários .................................................................22
2.8.4 Equiparação salarial ......................................................................................22
2.8.5 Adicional de transferência ............................................................................22

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2.8.6 RSR ou DSR .................................................................................................22


2.8.7 Reflexos sobre as parcelas deferidas .............................................................24
2.9 EVOLUÇÃO SALARIAL E INTEGRAÇÃO DE PARCELAS .............. 24
2.10 TABELAS PARA OS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO ....................... 24
2.11 CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO (CCT’s).................... 25
2.12 ARTIGOS DA CLT QUE IMPLICAM EM AÇÕES JUDICIAIS ......... 25
2.13 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS OJ’s E SÚMULAS .................. 29
2.14 RECONHECIMENTO DE VÍNCULO E SEUS REFLEXOS ............... 30
2.15 O 13º SALÁRIO E SEUS REFLEXOS .................................................. 30
2.16 FÉRIAS + 1/3 E REFLEXOS ................................................................. 31
2.17 AVISO PRÉVIO E SEUS REFLEXOS .................................................. 32
2.18 VERBAS RESCISÓRIAS ....................................................................... 33
2.18.1 Pedido de demissão antes de completar um ano .........................................33
2.18.2 Pedido de demissão com mais de um ano ...................................................34
2.18.3 Por dispensa sem justa causa antes de completar um ano: .........................34
2.18.4 Por dispensa sem justa causa com mais de um ano ....................................34
2.18.5 Por dispensa com justa causa antes de completar um ano ..........................35
2.18.6 Por dispensa com justa causa com mais de um ano ....................................35
2.18.7 Valores a serem descontados na Rescisão ..................................................35
2.19 JORNADA DE TRABALHO PARA HORAS EXTRAS ...................... 35
2.20 APURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO.................................... 36
2.21 ABATIMENTO DE PARCELAS PAGAS ............................................. 37
2.21.1 Formas erradas de pagamento dos reflexos ................................................37
2.21.2 Formas corretas de pagamento dos reflexos ...............................................38
2.22 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.............................................. 40
2.23 PAGAMENTO DE HONORÁRIOS E SUCUMBÊNCIA ..................... 41
2.24 ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA ....................... 41
2.25 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS ..................................................... 41
2.26 DESCONTOS FISCAIS (IRRF) ............................................................. 48
2.27 RESUMO GERAL DA CONDENAÇÃO .............................................. 48
2.28 ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL ............................................. 48
2.29 EMBARGOS AOS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO ........................... 49
2.30 PERÍCIAS NA FASE DE INSTRUÇÃO ................................................ 49
3. DESENVOLVIMENTO DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS .............................. 51
3.1 CASO 01 – FOLHA DE PAGAMENTO DE ABRIL/2017 ..................... 51
3.2 CASO 02 – FOLHA DE PAGAMENTO DE ABRIL/2017 ..................... 53
3.3 CASO 03 – FOLHA DE PAGAMENTO DE MAIO/2017 – MISTO ...... 55
3.4 CASO 04 – DIFERENÇAS DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 57
3.5 CASO 05 – TRCT DE DEZEMBRO/2016 ............................................... 59
3.6 CASO 06 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL ............................. 60

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3.7 CASO 07 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL ............................. 62


3.8 CASO 08 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL ............................. 64
3.9 CASO 09 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL ............................. 67
3.10 CASO 10 – EQUIP. SALARIAL E HORAS EXTRAS – CASO REAL 69
3.11 CASO 11 – SALÁRIO “POR FORA”, EQUIP. SALARIAL E H.E...... 71
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 73
CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR (RESUMIDO) .............................. 74

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1. CONTEÚDO DO CURSO

O módulo de Legislação e Cálculos Trabalhistas será desenvolvido


com base na teoria vigente sobre legislação social e trabalhista, bem como os casos
práticos, com base em dados reais.

1.1 EMENTA

Conceitos de Empregador, grupo econômico e empregado. A


organização da documentação pessoal. Acordo para liquidação de demandas judiciais.
Análise do processo e a obtenção dos dados para elaboração dos cálculos.
Componentes da remuneração. Prescrição: bienal, quinquenal e trintenária. Integração
dos adicionais e reflexos. Evolução salarial e integração de parcelas. Reconhecimento
de vínculo e seus reflexos. O 13º salário e seus reflexos. As férias + 1/3 e seus
reflexos. Aviso prévio trabalhado e indenizado e seus reflexos. Verbas rescisórias.
Jornada de trabalho, apuração das horas extras e demais tipos de horas extras (artigos
da CLT: 66, 67, 71 e adicional noturno). Abatimento de parcelas pagas. Indenização
por danos materiais e morais. Pagamento de honorários e sucumbência. Convenções
coletivas de trabalho (CCT’s). Análise e interpretação das Orientações
Jurisprudenciais (OJ’s) do TRT da 9ª Região (Paraná) e as Súmulas do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Descontos
previdenciários (INSS) do empregado e do empregador. Descontos fiscais (IRRF).
Criação e atualização das tabelas para os cálculos da correção monetária e dos juros de
mora. Resumo geral da condenação. Elaboração do laudo pericial. Manifestação sobre
os Embargos à Execução (Reclamada) e Impugnação à Sentença de Liquidação
(Reclamante). Perícias para responder os quesitos na fase de instrução (médica,
contábil, engenharia e segurança do trabalho).

1.2 OBJETIVOS DO MÓDULO

1.2.1 Objetivo geral

Trabalhar as técnicas de cálculos (judiciais e extrajudiciais), através de


casos práticos para melhor compreensão da metodologia de cálculos com a utilização
do MS-Excel.

1.2.2 Objetivos específicos

a) compreender a legislação social e trabalhista;


b) compreender a sequência lógica dos processos de cálculos;
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c) construir e atualizar as tabelas de indicadores econômicos;


d) analisar o conteúdo das sentenças judiciais;
e) pesquisar a legislação vigente, bem como as Orientações Jurisprudenciais
(OJ’s) e Súmulas do TST e STJ;
f) elaborar os cálculos de liquidação; e
g) elaborar o laudo pericial.

1.3 PRÉ-REQUISITOS

Para a participação no curso, é necessário que os participantes tenham


conhecimentos básicos do sistema operacional MS-Windows, MS-Word, MS-Excel e
conhecimentos básicos de matemática.
Será feita uma revisão das principais funções do MS-Excel) e demais
operações matemáticas (fórmulas, adição, subtração, multiplicação, divisão, juros pró-
rata dia, entre outras). Estes conhecimentos são necessários para a realização dos
cálculos periciais.

1.4 DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS COM O MÓDULO

Através destes tópicos e da elaboração de todos os exercícios


propostos, os participantes do curso estarão aptos a:
a) elaborar cálculos para celebração de acordos e/ou liquidação de sentenças;
b) contestar cálculos elaborados pelas partes;
c) elaborar os cálculos de acordo com a Sentença e seus respectivos Acórdãos; e
d) orientar os departamento de recursos humanos quanto à possibilidade de
passivos trabalhistas.

O Instrutor compromete-se a esclarecer eventuais dúvidas ou


orientações, durante o período de realização do curso e por um período de 60 dias
após a conclusão ou até os dois primeiros cálculos de cada uma das áreas, no
escritório contábil e pericial do professor João Matias Loch, sem custo adicional
para os participantes do curso.

1.5 RESPONSABILIDADE NA ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS

A elaboração dos materiais e conteúdo do curso é de inteira


responsabilidade do professor João Matias Loch, não havendo nenhum envolvimento
ou participação da Universidade Federal do Paraná.

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2. CONTEÚDO DA ÁREA TRABALHISTA

A elaboração de cálculos na liquidação de sentenças, especialmente a


trabalhista, sempre foi tarefa delegada a especialistas e poucos são os Advogados e
Juízes que se aventuram nesta área.
Portanto, a Perícia é uma atividade científica que requer estudo,
pesquisa, conhecimentos de matemática, informática (especialmente o MS-Excel) e
raciocínio lógico. Sendo, assim, considerada uma ciência. Portanto, a perícia é ciência.
Para Rubem Alves, citado por Castilho (2003), para fazer ciência “só
precisamos de duas coisas: olho e cabeça”, pois os cálculos de liquidação de qualquer
uma das áreas (família, cível, trabalhista e das demais áreas em que são requeridos os
cálculos), você precisa ter domínio das quatro operações matemáticas: adição,
subtração, multiplicação e divisão. Essas operações nós aprendemos desde o antigo
curso primário, hoje Ensino Fundamental.
A apuração de contas de liquidação, além da utilização das quatro
operações básicas da matemática, requer bons conhecimentos de raciocínio lógico e da
legislação pertinente a cada área.
Muitos são os profissionais que desejam elaborar cálculos, porém, é
preciso possuir curso superior e estar registrado no Conselho de Classe, tais como:
Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para os Contadores; Conselho Regional de
Administração (CRA) e Conselho Regional de Economia (CORECON). De todos
esses profissionais, no Brasil, o único curso que tem disciplinas de Perícia e normas
que regulamentam a atividade de é o de Contabilidade.
O mercado de trabalho para Peritos, também chamados de Calculistas,
é muito grande, dado a quantidade de processos anuais que são protocolados na
Justiça. Para cada processo em que não há acordo nas audiências, requer três cálculos:
o do Perito nomeado pelo Juiz; o cálculo do Perito do Reclamante e o cálculo do Perito
da(s) Reclamada(s).

2.1 A JUSTIÇA DO TRABALHO E PASSIVO TRABALHISTA

O impacto financeiro do passivo trabalhista no custo da empresa, em


eventual dissolução de sociedade, penhora de bens da empresa e dos sócios, tem se
mostrado uma preocupação constante nos processos de avaliação para fusão, aquisição
e incorporação.
As ações trabalhistas têm consumido recursos financeiros importantes
das empresas, independentemente do porte (Simples, ME, EPP, Média e Grande
Porte), bem como o regime tributário.
Durante esses quatro anos de elaboração de cálculos periciais,
nomeado pelos Juízes das Varas do trabalho de Curitiba, São José dos Pinhais,
Paranaguá e Ponta Grossa, observa-se que, na maioria dos casos, as empresas são

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condenadas ao pagamento de verbas por falta de documentação “robusta”, isto é,


documentação legal, tais como: cartão ponto; recibo de pagamento de salários; recibo
de férias; falta de controle de horas extras e adicional noturno; entre outras.
Quando a Reclamada não apresenta as provas documentais, valem as
provas testemunhais. Nesse caso, as partes podem indicar até três testemunhas cada.
Pelos depoimentos das testemunhas da Reclamada, na maioria das vezes, se
contradizem com as respostas apresentadas. Quando isso acontece, geralmente é prova
favorável ao Reclamante.
De acordo com minha experiência profissional durante estes 8 (oito)
anos atuando como Perito Judicial, é possível concluir que mais de 80% das ações
trabalhistas poderiam ser evitadas se as empresas tivessem bons controles no seu
Departamento de Pessoal, citando como exemplos:

a) contrato de trabalho;
b) cartão ponto com informações corretas em seu cabeçalho e registro da jornada
de trabalho;
c) avisos e recibos de férias;
d) aplicação correta das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT’s);
e) pasta individual com toda a documentação, guardada por 30 (trinta) anos;
f) outras.

2.1.1 As principais verbas pedidas na Justiça do Trabalho

De acordo com as sentenças proferidas pelos Juízes das Varas do


Trabalho em que atuo como Perito Judicial, as principais verbas pedidas pelos
Reclamantes, são:

a) horas extras excedentes da 8ª diária e da 44ª semanal, diurnas e noturnas;


b) artigos 66 e 67 (entre jornadas) e 71 (intrajornada) da CLT;
c) adicional noturno (artigo 73 da CLT);
d) adicional de insalubridade/periculosidade (artigos 189 a 197 da CLT);
e) dano material e dano moral;
f) diferenças salariais e equiparação salarial;
g) reconhecimento de vínculo de emprego e de parcelas pagas “por fora”;
h) reconhecimento das parcelas pagas “por fora”;
i) honorários advocatícios;
j) participação nos lucros;
k) multas convencionais;
l) diferenças da redução de comissões;
m) clientes prospectados pelo vendedor e que passaram para a conta da empresa;
n) restituição de combustível, parcelas de seguro, prestação de veículos,
depreciação do veículo;

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o) Repouso Semanal Remunerado (RSR) sobre comissões;


p) guias para liberação do seguro-desemprego e para saque do FGTS;
q) perícia contábil na fase de conhecimento para apurar diferenças de comissões;
r) vínculo de emprego por trabalharem de forma autônoma, mas que cumprem
ordens da empresa.

2.1.2 Problemas decorrentes de horas extras e acordos de compensação

Para os trabalhadores contratados no regime mensalista para


trabalharem 220:00 horas mensais, equivalentes a 8:00 diárias de 2ª a 6ª feira e mais
4:00 horas aos sábados, muitas empresas optam por trabalhar 08:48 diárias de 2ª a 6ª
feira para compensar as 4:00 horas de trabalho aos sábados.
Na Justiça do Trabalho, os acordos trabalhistas para a compensação
dos sábados só são válidos quando houver previsão nas CCT’s e celebração de acordos
individuais entre o Sindicato dos Empregados, a Empresa e o Funcionário. Do
contrário, são considerados acordos ilegais.
Os principais problemas decorrentes dos acordos ilegais para a
compensação da jornada de trabalho dos sábados, são:
a) pagamento do adicional de horas extras das primeiras 4:00 horas extras
semanais para compensação do sábado;
b) pagamento, como horas extras, das excedentes da 8ª diária e da 44ª semanal;
c) reflexos em: 13º salário; férias + 1/3; RSR; Aviso Prévio Indenizado (API) e
FGTS.

2.1.3 Pagamento de reflexos de forma complessiva

Muitas empresas pagam horas extras excedentes da 8ª diária e/ou da


44ª semanal, de forma escalonada, em atendimento às Convenções Coletivas de
Trabalho (CCT’s) e/ou Acordos Coletivos de Trabalho (ACT’s), com o mínimo 50%
de acréscimo sobre o valor da hora normal. Também pagam o adicional noturno para
as horas trabalhadas no período das 22:00 às 05:00, bem como o elastecimento após as
05:00, independentemente do regime de trabalho (mensalista, horista, diarista, etc.).
As horas extras e o adicional noturno, entre outras (comissões de
venda, prêmios por produtividade, etc.), são conhecidas como verbas variáveis em
razão de que elas variam mensalmente de acordo com a jornada de trabalho realizada
pelo funcionário. Sobre as parcelas variáveis pagas incide os reflexos em 13º salário,
férias + 1/3, Aviso Prévio Indenizado (API) e FGTS.
Essas verbas variáveis devem ser pagas e descritas individualmente nos
recibos de pagamento (contracheques), sob títulos distintos, pois caso não sejam
demonstradas individualmente, caracteriza-se como pagamento complessivo (tudo
junto), impedindo a correta identificação do pagamento.

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As empresas geralmente pagam erroneamente tais reflexos de forma


complessiva, sob o título “média de variáveis”.
A título de exemplo, a empresa quando paga horas extras c/50%,
c/75%, c/100% e Adicional Noturno de 20%, deveria pagar os reflexos de tais verbas
no 13º salário em dezembro de cada ano, da seguinte forma:
a) Média de H.E. c/50% no 13º salário;
b) Média de H.E. c/75% no 13º salário;
c) Média de H.E. c/100% no 13º salário
d) RSR sobre as Horas Extras no 13º salário
e) Média do Adicional Noturno de 20% no 13º salário.
f) RSR sobre Adicional Noturno de 20% no 13º salário

Da mesma forma, quando do pagamento dos reflexos nas férias


referente ao período aquisitivo, deveria fazer da seguinte forma:
a) Média de H.E. c/50% nas férias + 1/3 constitucional;
b) Média de H.E. c/75% nas férias + 1/3 constitucional;
c) Média de H.E. c/100% nas férias + 1/3 constitucional
d) RSR sobre as Horas Extras no 13º salário + 1/3 constitucional.
e) Média do Adicional Noturno nas férias.
f) RSR sobre Adicional Noturno + 1/3 constitucional

Da mesma forma, quando do pagamento dos reflexos no Aviso Prévio


Indenizado (API) referente aos últimos 12 (doze meses) trabalhados, ou pela média
dos meses trabalhados quando o contrato de trabalho tenha sido rescindido com menos
de um ano de trabalho, deveria fazer da seguinte forma:
a) Média de H.E. c/50% no Aviso Prévio;
b) Média de H.E. c/75% no Aviso Prévio;
c) Média de H.E. c/100% no Aviso Prévio
d) RSR sobre as Horas Extras no Aviso Prévio.
e) Média do Adicional Noturno no Aviso Prévio.
f) RSR sobre Adicional Noturno no Aviso Prévio

2.1.4 Execuções de Sentença

Após a apresentação dos cálculos de liquidação pelo Perito Calculista,


o Juiz homologa os cálculos e intima a Reclamada (empresa) para efetuar o depósito
judicial no valor total da condenação.
Quando a empresa não efetua o depósito ou não apresenta as garantias
reais, o Juiz determina à Secretaria da Vara para:

a) efetuar a penhora eletrônica via Banco Central do Brasil;

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b) aplicação da multa prevista no Artigo 475-J do CPC, que determina multa de


10% sobre o valor total da condenação.

No caso da Reclamada não atender a decisão judicial para efetuar o


depósito judicial, o Juiz determina, ainda, a inclusão da Reclamada no Banco Nacional
de Devedores Trabalhistas (BNDT), criado no ano de 2011 para as pessoas físicas e
jurídicas.
Quando a empresa está incluída no BNDT, ela fica, por exemplo,
impedida de participar de concorrências públicas.

2.1.5 Problemas decorrentes de cargos e funções

Quando os funcionários desempenham funções idênticas, com igual


produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cujo tempo de serviço
não seja superior a dois anos, porém com salários diferentes, geralmente os
empregados conseguem, através de ação judicial, as seguintes verbas: diferenças da
equiparação salarial e seus reflexos em: 13º salário, férias + 1/3, Aviso Prévio
Indenizado, FGTS e horas extras.
Também é comum o funcionário ser promovido a encarregado (cargo
de confiança), porém, ele não recebe o valor da gratificação pela ocupação do cargo de
chefia. Muitas vezes as empresas até pagam este valor, mas não destacam o pagamento
no recibo. Geralmente este valor deve ser no mínimo de 40% (quarenta por cento)
sobre o salário base mensal. O ocupante do cargo de confiança não tem direito ao
recebimento dos adicionais em decorrência de horas extras trabalhadas, pois sua
remuneração é compreendida pelo salário base, acrescido do adicional de função.
Como o funcionário ocupante do cargo de confiança não registra o
cartão ponto, o Juiz geralmente fixa a jornada de trabalho com base nos depoimentos
das testemunhas do empregado e da empresa. O que pode gerar o pagamento de muitas
horas extras e seus reflexos, podendo ser em horas extras, adicional noturno, RSR,
férias + 1/3, 13º salário, FGTS, aviso prévio, entre outros.

2.1.6 Problemas decorrentes de rescisão contratual irregular

Muitas empresas fazem acordos verbais com seus funcionários nas


rescisões contratuais. Nas ações trabalhistas, movidas pelos advogados dos
empregados, observa-se que muitos Advogados têm pedido para que o Juiz encaminhe
ofício para o Ministério Público do Trabalho, Previdência Social e Receita Federal
com denúncia da prática adotada pela Reclamada (empresa). Os principais motivos
para tais acordos na rescisão contratual, são:
a) acordo de demissão para receber o FGTS e a devolução da multa de 40% do
FGTS;
b) recebimento do seguro desemprego;

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c) para trabalhar na empresa recebendo “por fora”, sem registro na Carteira de


Trabalho e Previdência Social (CTPS) enquanto estiver recebendo as parcelas
do seguro desemprego;
d) trabalhar em outra empresa, porém, sem registro na CTPS enquanto estiver
recebendo as parcelas do seguro desemprego.
e) abrir a sua própria empresa, para sacar o FGTS.

Muitos Advogados dos Reclamantes (funcionários) têm pedido na


inicial para que o Juiz encaminhe ofício para o Ministério Público do Trabalho,
Previdência Social e Receita Federal com denúncia da prática adotada pela Reclamada
(empresa).

2.1.7 Salários pagos “por fora”

Outra prática adotada por algumas empresas é o pagamento de parte


do salário “por fora”, isto é, sem processamento na folha de pagamento. Em ações
trabalhistas, os Reclamantes têm conseguido, com êxito, comprovar o recebimento
destas parcelas. Quando ocorre o reconhecimento destas parcelas, há a incidência dos
reflexos das mesmas. Também pode ocorrer as seguintes implicações para a empresa:
a) pagamento, pela empresa, do INSS do funcionário e da cota parte da empresa,
acrescido de juros e de correção monetária pela taxa SELIC, mais a multa de
20%;
b) FGTS trintenário/quinquenário;
c) integração ao salário e de todos os seus reflexos, referente aos valores pagos
mensalmente “por fora”;
d) pagamento das verbas trabalhistas referente aos últimos 5 (cinco) anos a partir
da data de ajuizamento da ação, com correção e juros de mora de 1% a.m., pró-
rata dia.
e) Comunicação do Juiz, via ofício, para o Ministério Público do Trabalho (MPT),
Receita Federal, Previdência Social, Fundo de Garantia, entre outras, para que
tomem as medidas que acharem cabíveis.

2.1.8 Férias vencidas e usufruídas mais o 1/3 constitucional

Todo o trabalhador tem direito a 30 (trinta) dias de férias a cada ano


de trabalho. A Constituição Federal de 1988 garantiu mais 1/3 (um terço) sobre o valor
das férias. Observa-se que as empresas, às vezes, compram as férias dos funcionários e
os mesmos continuam trabalhando e registrando o ponto durante o período de fruição
de férias.
Quando comprovado que o funcionário trabalhou durante o período de
fruição de férias é devido o pagamento dobrado das férias.

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Outra constatação nas ações trabalhistas refere-se ao vencimento do


segundo período de gozo das férias (duas férias vencidas). Quando isso ocorre, as
férias vencidas são devidas de forma dobrada.

2.1.9 Das qualificações do profissional de RH

As empresas precisam preocupar-se mais com os seus funcionários


que trabalham no RH, devendo capacitá-los constantemente para:

a) entender a legislação social e trabalhista;


b) conhecer e aplicar os dispositivos constantes das Convenções Coletivas de
Trabalho (CCT’s);
c) conhecer e aplicar as Orientações Jurisprudenciais (OJ’s) do Tribunal Regional
do Trabalho (TRT), as quais esclarecem os pontos não previstos na legislação;
d) conhecer e aplicar as Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST);
e) conhecer os processos de RH e não apenas o software.

2.1.10 Contratação de serviços de terceiros

A terceirização é permitida para as atividades meio e nunca para a


atividade fim da empresa contratante. Quando um funcionário move uma ação contra a
empresa que o contratou ele também aciona as empresas em que ele trabalhou.
As empresas contratantes são responsáveis solidariamente (caso a
empresa não pague a ação) e subsidiariamente (pagamento das parcelas referente ao
período em que o Reclamante trabalhou na empresa tomadora do serviço).
Recomenda-se à empresa tomadora dos serviços, os seguintes
cuidados:

a) elaborar o contrato de prestação de serviços entre as partes;


b) pagamento líquido da folha mais o FGTS no dia 10 do mês seguinte ao da
prestação dos serviços;
c) pagamento do INSS (funcionário e patronal) mais a margem de administração,
no dia 25 do mês seguinte ao da prestação dos serviços;
d) os pagamentos devem ser realizados mediante cópia da comprovação dos
pagamentos com autenticação dos documentos pagos;
e) cópia de toda a documentação individual dos terceiros.

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2.1.11 Das medidas preventivas para evitar processos trabalhistas

Para evitar e/ou reduzir os processos trabalhistas, as empresas, de


forma em geral, precisam preocupar-se com a documentação e com a postura dos
gestores e responsáveis (encarregados), nos seguintes itens:

a) organização do RH, com pessoas qualificadas;


b) ter um bom plano de cargos e salários, com regras claras para admissões e
promoções;
c) cartão ponto preenchido corretamente, podendo ser: manual, mecânico ou
eletrônico;
d) recibos de pagamento de salários e/ou fichas financeiras;
e) aviso e recibos de férias;
f) fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
g) atualização da Carteira de Trabalho (CTPS);
h) da postura profissional dos gestores para evitar dano moral.

2.2 EMPREGADOR, GRUPO ECONÔMICO E EMPREGADO

2.2.1 Empregador - art. 2º da CLT

Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que


assumindo os riscos da atividade econômica admite, assalaria e dirige a prestação de
serviços. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de
emprego:



os profissionais liberais;


as instituições de beneficência;


as associações recreativas;


empregador doméstico;
outras instituições sem fins lucrativos.

2.2.2 Grupo econômico - art. 2º, § 2º da CLT

Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis
a empresa principal e a cada uma das subordinadas.

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2.2.3 Empregado – art. 3º da CLT

Considera-se empregado toda pessoa física que presta serviços de


natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Em
muitos casos, as empresas efetuam pagamentos mediante Recibo de Pagamento a
Autônomo (RPA), caracterizando-se o vínculo de emprego.

2.3 ACORDO PARA LIQUIDAÇÃO DE DEMANDAS JUDICIAIS

Observa-se nos pedidos iniciais (exordial), pedidos de parcelas em


demasia, tais como: equiparação salarial, indenização por dano moral, reconhecimento
do vínculo de emprego, adicionais de insalubridade e de periculosidade, entre outras.
Caso a Reclamada (empresa) não compareça a audiência é
caracterizado o julgamento a revelia, isto é, desinteresse por parte da Reclamada.
Nesse caso, presume-se que a empresa concorda com todas as reivindicações do
Reclamante (funcionário).
Uma sugestão para a Reclamada: quando for notificada por
reclamatória trabalhista, faça os cálculos de acordo com as verbas que estão sendo
reclamadas na Justiça do Trabalho. Na sequência, verifique o que já foi pago, com
base na documentação escrita (recibos de pagamento de salários, aviso e pagamento de
férias, cartão de ponto, extrato do FGTS que comprove os recolhimentos, entre
outros).
Verifique o quanto falta pagar para fins de proposta de acordo para
liquidação da demanda na primeira audiência. São muitas as vantagens proporcionadas
pelo acordo, tais como:

a) parcelamento do acordo e dispensa de pagamento de custas;


b) rapidez na liquidação da ação;
c) evita riscos de condenação com valores muito superiores aos pedidos na inicial
por falta de documentação;
d) reduz os valores dos descontos previdenciários (empregado e empregador) e
fiscais, bem como os riscos do prosseguimento da ação e penhora de bens para
garantir o Juízo; entre outras.

De acordo com as verbas deferidas nas sentenças (1ª instância) e


acórdãos (2ª instância e TST), mais de 80% das condenações ocorre por falta de
documentação e em muitos casos, o preposto da empresa não é preparado para
responder as perguntas formuladas em audiência. Quando isso ocorre, é prova
favorável ao Reclamante.

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2.4 ANÁLISE DO PROCESSO E A OBTENÇÃO DE DADOS

Para a elaboração de cálculos periciais na área trabalhista, é necessário


seguir os seguintes passos:

a) manter as tabelas atualizadas, especialmente: Fator de Atualização de Débitos


Trabalhistas (FADT), salário mínimo nacional, INSS, IRPF, seguro
desemprego, vale transporte, repouso semanal remunerado (RSR);
b) elaborar a síntese dos dados para cálculos, com base no modelo Apêndice 5,
contendo: b1) na petição inicial (número do processo, Reclamantes,
Reclamadas, data do protocolo, data de admissão e data de demissão); b2)
documentos juntados nos autos (TRCT, cartões de ponto, recibos de pagamento
de salários, CCT’s, recibos de férias e outros afastamentos, entre outros); b3) na
Sentença de 1º grau (data da prescrição, pedidos julgados, entre outras; b4)
Acórdãos de 2º grau e TST (reformas de pedidos julgados);
c) elaborar a evolução salarial com base nos recibos de pagamentos de salários
e/ou ficha financeira, inclusive os valores pagos a título de horas extras,
desconto do INSS e a base de cálculo do INSS, conforme modelo apresentado
no Apêndice 9;
d) caso estejam faltando documentos juntados nos autos, os quais impedem a
elaboração dos cálculos, o Perito (Calculista) solicita, perante o Juiz, para que
as partes apresentem os documentos solicitados, conforme Apêndice 6 –
modelo de solicitação de documentos.

2.5 COMPONENTES DA REMUNERAÇÃO

Sobre os componentes da remuneração, existem vários conceitos, cujo


conhecimento e interpretação tornam-se necessários para os cálculos de liquidação de
sentenças trabalhistas, bem como para a boa gestão dos Recursos Humanos nas
empresas.

2.5.1 Salário

Salário é a contraprestação devida ao empregado pela prestação de


serviços, em decorrência do contrato de trabalho. Geralmente é pago sob os títulos:
a) Salário base mensal
b) Salário hora

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2.5.2 Remuneração

Remuneração é a soma do salário contratualmente estipulado (mensal,


por hora, por tarefa, etc.) com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de
trabalho como horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade,
insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, diárias para viagem, etc.

2.5.3 Salário complessivo

Salário complessivo é aquele que engloba uma importância fixa ou


proporcional ao ganho básico, com a finalidade de remunerar vários direitos, tais
como: adicional de insalubridade; adicional de periculosidade; adicional noturno;
horas extras; comissões; prêmios; etc.
O entendimento da Justiça do Trabalho, no entanto, é no sentido de
que é nula a cláusula contratual que dispõe sobre o salário complessivo. Desta forma,
as horas extras e outras parcelas, por ocasião da elaboração da folha de pagamento,
devem ser discriminadas nas rubricas próprias.
Enunciado nº 91, do TST
"Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentual para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do
trabalhador."

2.6 HORA "IN ITINERE"

O tempo gasto pelo empregado em transporte fornecido pelo


empregador, de ida e retorno, até o local da prestação dos serviços, de difícil acesso e
não servido por transporte público regular, deve ser computado na jornada de trabalho.
Logo, se o tempo de percurso mais as horas efetivamente trabalhadas
excederem a jornada normal de trabalho, o excesso deverá ser remunerado como
serviço extraordinário, relativo às horas "in itinere".
Caso haja transporte público regular em parte do trajeto percorrido em
transporte do empregador, o pagamento das horas "in itinere" se limita apenas ao
percurso não servido por transporte público.
Art. 58, § 2º da CLT:

"§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e


para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será
computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de
local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o
empregador fornecer a condução."

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Neste sentido, os enunciados da Súmula nº 90, do TST assim dispõe:


I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo
empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por
transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada
de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/78, DJ 10.11.1978)
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do
empregado e os do transporte público regular é circunstância que também
gera o direito às horas “in itinere”. (ex-OJ nº 50 - Inserida em 01.02.1995)
III- A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de
horas "in itinere”. (ex-Súmula nº 324 - RA 16/1993, DJ 21.12.1993)
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em
condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao
trecho não alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 RA
17/1993, DJ 21.12.1993)
V - Considerando que as horas “in itinere” são computáveis na jornada de
trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como
extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº
236- Inserida em 20.06.2001)

Ainda, destaque-se o teor do Enunciado nº 320, do TST


O fato de o empregador cobrar, parcialmente, ou não, importância
pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso, ou não servido
por transporte regular, não afasta o direito à percepção do
pagamento das horas "in itinere".

2.7 PRESCRIÇÃO: BIENAL, QUINQUENAL E TRINTENÁRIA;

A prescrição é a delimitação temporal sobre os direitos que o


trabalhador possui para reivindicar parcelas referentes ao contrato de trabalho,
geralmente conhecido como prazo prescricional. Classificam-se em três tipos:
a) Prescrição bienal (dois anos): o trabalhador, após a rescisão do contrato de
trabalho, tem o prazo de dois anos corridos para ajuizar ação trabalhista para
reivindicar parcelas devidas durante o vínculo de emprego. Caso o trabalhador
venha ajuizar ação trabalhista após dois anos de rescisão contratual, ele perde
os direitos das parcelas salariais.

b) Prescrição quinquenal (cinco anos): o prazo prescricional para pleitear o


pagamento de verbas trabalhistas, a partir da data de ajuizamento da ação, tais
como: horas extras e seus reflexos, adicional de periculosidade e/ou
insalubridade; indenização por danos materiais e/ou materiais; verbas
rescisórias; ente outras verbas, é de cinco anos (quinquenal) para o trabalhador
urbano. Para o trabalhador rural, este período é de até dois anos (bienal) após a
extinção do contrato de trabalho.

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c) Prescrição trintenária (30 anos): é válida para os recolhimentos do FGTS


sobre parcelas do reconhecimento do vínculo de emprego, em razão de que tal
contribuição é de caráter especial, tendo sua prescrição prevista na Lei
8.036/90. Para os recolhimentos do INSS (parte do empregado e parte patronal)
existem duas doutrinas que tratam do tema prescrição: a primeira é de apenas 5
(cinco) anos, conforme previsto nos art. 173 e 174 da CLT; e a segunda,
defendida por alguns juristas, refere-se ao disposto no art. 45 da Lei 8.212/91
que é de 10 (dez) anos.

Em relação ao FGTS, a prescrição pode ser quinquenal ou trintenária,


dependendo da data de ajuizamento da ação, nos termos da nova edição da Súmula
362 do TST, a qual assim determina:

FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em


razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é
quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de
contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término
do contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta
anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014.

Fundamentos Legais:

- Constituição Federal, artigo 5º, artigo 7º, incisos IX, XIII, XV, XVI, XXIII, XXIX,
parágrafo único;
- CLT, artigos 58 a 62, 66, 67, 142, 192, 411 e 413;
- Lei 605/1949;
- Súmula 363 do TST;
- Instrução Normativa nº 01/88, do MTb, e os citados no texto.

2.8 INTEGRAÇÃO DOS ADICIONAIS E REFLEXOS

2.8.1 Adicional de Insalubridade

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao


trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo, ou previsão
mais benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho, equivalente a:
a) 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau máximo;

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b) 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio;


c) 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será


apenas considerado o de grau elevado para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a
percepção cumulativa.
As diferenças de adicional de insalubridade integram a remuneração e
geram reflexos.

2.8.2 Adicional de periculosidade

De acordo com Teixeira e Pantaleão (2009), o adicional de


periculosidade é um valor devido ao empregado exposto a atividades periculosas. Em
muitos casos as empresas pagam o percentual inferior ao devido. As diferenças de
adicional de periculosidade integram a remuneração e geram reflexos.
São periculosas as atividades ou operações, onde a natureza ou os seus
métodos de trabalhos configure um contato com substâncias inflamáveis ou explosivos
em condição de risco acentuado. Exemplo: frentista de posto de combustível, operador
em distribuidora de gás, etc.
Caracterização e classificação: a periculosidade é caracterizada por
perícia a cargo de Engenheiro do Trabalho ou Médico do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho (MTE). Base legal: art. 195 da CLT.
Atividades intermitentes e eventuais: a jurisprudência trabalhista
tem determinado que, mesmo que o contato do trabalhador com atividades periculosas
não seja contínua há incidência do adicional de periculosidade. Não se aplica a
periculosidade ao trabalhador que é exposto apenas eventualmente, ou seja, não tem
contato regular com a situação de risco.

Súmula Nº 364 do TST


Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SDI-1) -
Res. 129/2005 - DJ 20.04.05.
I – Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de
risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim
considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido. (ex-OJs nº 05 - Inserida em 14.03.1994 e nº 280 -
DJ 11.08.2003)
II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao
legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada,
desde que pactuada em acordos ou convenções coletivas. (ex-OJ nº 258 -
Inserida em 27.09.2002)

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Valor a ser pago: o valor do adicional de periculosidade será o


salário do empregado acrescido de 30%, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Entretanto, o TST
editou a Súmula 191, em que os eletricitários terão o adicional calculado sobre o total
dos salários. Eis a Súmula:

O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não


sobre este acrescido de outros adicionais. “Em relação aos eletricitários, o
cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a
totalidade das parcelas de natureza salarial." (Nova redação - Res.
121/2003, DJ 21.11.2003)

Exemplo: Salário do empregado em indústria sujeito a periculosidade:


R$ 1.000,00 mensais. Adicional de periculosidade: 30% x R$ 1.000,00 = R$ 300,00.
Trabalhador nas instalações elétricas: a Lei 7.369/1985 determinou
o pagamento do adicional aos trabalhadores no setor de energia elétrica, desde que
haja periculosidade na função (regulamentação dada pelo Decreto 93.412/1986). Os
eletricistas, com exposição intermitente a periculosidade, terão direito ao adicional
integral (Enunciado TST 361).
Radiação ionizante e substâncias radioativas: a Portaria
3.393/1987, editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, prevê o direito ao
adicional de periculosidade por exposição à radiação ionizante e substâncias
radioativas.
Fatores cumulativos: quando ocorrer a existência de mais de um
fator de periculosidade, será considerado apenas o fator de grau mais elevado para
efeito de acréscimo salarial, sendo vedado o pagamento cumulativo.
Concomitância de periculosidade e insalubridade: se a função
desenvolvida pelo empregado for, simultaneamente, insalubre e perigosa, este poderá
optar por um dos adicionais que lhe for mais favorável. Entretanto, não terá o direito
de receber ambos os adicionais.
Extinção do direito: o direito ao adicional de periculosidade não se
trata de um direito adquirido, ou seja, o direito ao adicional cessará quando ocorrer à
eliminação do risco à saúde ou integridade física do trabalhador.
Poderá ocorrer a supressão do adicional quando houver a eliminação,
ou a diminuição dos agentes nocivos. Mas o fornecimento de aparelho de proteção ou
o fato do empregado não realizar o seu trabalho no todo em um ambiente hostil, não
exime do pagamento do adicional de periculosidade.
A eliminação ou neutralização da periculosidade caracterizada por
perícia oficial de órgão competente, comprovando a inexistência de risco à saúde e à
segurança do empregado, determinará a cessação do pagamento adicional. Base legal:
art. 194 da CLT.

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2.8.3 Diferenças de reajuste de salários

Os salários são reajustados de acordo com a data base da categoria,


negociados com o Sindicato dos Empregados e o Sindicato Patronal. Quando o acordo
é assinado após a data base, as diferenças salariais integram a remuneração do
trabalhador e geram reflexos.

2.8.4 Equiparação salarial

A equiparação salarial ocorre quando dois ou mais funcionários


desempenham as mesmas funções, com o mesmo grau de zelo e de qualidade, porém,
recebem salários diferentes. Quando ocorre a comprovação das atividades e havendo
condenação para o pagamento das diferenças da equiparação salarial, os cálculos são
elaborados mês a mês a partir do mês deferido em sentença.
As parcelas decorrentes da equiparação salarial integram a
remuneração e geram reflexos (horas extras, adicional noturno, 13º salário, aviso
prévio, FGTS e outras parcelas de natureza salarial recebidas com habitualidade).

2.8.5 Adicional de transferência

Quando o funcionário é transferido de cidade, por iniciativa da


empresa, ele tem direito ao adicional de transferência. Quando ocorrer a condenação
ao pagamento, além do pagamento das diferenças, as parcelas integram a remuneração
do funcionário e geram reflexos.

2.8.6 RSR ou DSR

Todo empregado urbano, rural ou doméstico tem direito ao Repouso


Semanal Remunerado (RSR) ou Descanso Semanal Remunerado (DSR), de 24 horas
consecutivas, preferentemente aos domingos nos limites das exigências técnicas das
empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.
Além do descanso, faz jus também o empregado à respectiva
remuneração, conforme determina a Lei nº 605/49, regulamentada pelo Decreto nº
27.048/49.
Para os empregados do sistema financeiro nacional (bancários), as
Convenções Coletivas de Trabalho (CCT’s), estabelecem como dias de RSR, os
sábados, os domingos e os feriados. As demais CCT’s, estabelecem como dias de RSR
os domingos e feriados.
Para calcular o valor do RSR, divide-se o valor da base de cálculo
pelo número de dias úteis e multiplica-se pelo número de dias de repouso.

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Para os professores do Ensino Superior no Estado do Paraná, as


CCT’s do Sindicato dos Professores do Ensino Superior estabelecem que seja devido
1/6 do valor da remuneração a título de RSR.
No Quadro abaixo são apresentados alguns exemplos de cálculo do
RSR para diversas categorias profissionais, com base na Tabela de RSR fornecida pela
Assessoria Econômica do Tribunal Regional do Trabalho, da 9ª Região (Paraná).

Exemplos de cálculos do RSR para as categorias de trabalhadores


Professor do Demais categorias de
Dados básicos Bancários
Ensino Superior trabalhadores

Valor da Qtde Fração Qtde


Mês/ano Qtde de Valor do Valor do Qtde de Valor do
base de de dias prevista de dias
rederência dias úteis RSR RSR dias úteis RSR
cálculo de RSR na CCT de RSR

jan/2017 1.000,00 22 9 409,09 1/6 166,67 26 5 192,31


fev/2017 1.000,00 19 9 473,68 1/6 166,67 23 5 217,39
mar/2017 1.200,00 23 8 417,39 1/6 200,00 27 4 177,78
abr/2017 1.200,00 18 12 800,00 1/6 200,00 23 7 365,22
mai/2017 1.500,00 22 9 613,64 1/6 250,00 26 5 288,46
jun/2017 1.500,00 21 9 642,86 1/6 250,00 25 5 300,00
jul/2017 1.800,00 21 10 857,14 1/6 300,00 26 5 346,15
ago/2017 1.800,00 23 8 626,09 1/6 300,00 27 4 266,67
set/2017 2.200,00 19 11 1.273,68 1/6 366,67 24 6 550,00

A Assessoria Econômica do TRT da 9ª Região (Paraná), publica no


site www.trt9.jus.br a tabela anual de RSR’s.
Para a categoria dos trabalhadores em estabelecimentos bancários,
considera como dias de Repouso o sábado, o domingo e os feriados. Para os
professores do Ensino Superior das Faculdades e Universidades privadas no Estado do
Paraná, segundo a CCT, o valor do RSR corresponde a 1/6 (um sexto) do valor da base
de cálculo. Para as demais categorias de trabalhadores são considerados como dias de
RSR apenas os domingos e feriados.
Para os trabalhadores que recebem salário mensal (mensalistas), o
valor do RSR já está incluso no salário mensal. Para os trabalhadores que recebem
salário hora (horistas), geralmente contratados para trabalhar na produção, têm direito
a receber o RSR sobre o valor total das horas trabalhadas. Os vendedores que recebem
parcelas de comissões, também tem direito a receber o valor do RSR sobre as
comissões.
O valor do RSR é calculado da seguinte forma: divide-se o valor da
base de cálculo pela quantidade de dias úteis e multiplica-se pela quantidade de dias de
RSR.

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Além desses casos, todo e qualquer valor pago com base em


quantidade de horas (horas extras, adicional noturno, etc.) deverá ser pago, também, o
RSR sobre as horas trabalhadas, independentemente de serem contratados em regime
mensalista e/ou horista.

2.8.7 Reflexos sobre as parcelas deferidas

Sobre as parcelas deferidas, geralmente incidem os seguintes reflexos:


horas extras, adicional noturno, 13º salário, férias + 1/3, aviso prévio e FGTS de 8%
mais a multa de 40% para os casos de demissão sem justa causa. Em alguns casos, as
sentenças condenam o pagamento de 50% da multa do FGTS, sendo 40% a ser paga ao
funcionário e 10% a ser depositada para o Fundo Gestor do FGTS.

2.9 EVOLUÇÃO SALARIAL E INTEGRAÇÃO DE PARCELAS

Para a elaboração da evolução salarial, devem ser observadas todas as


parcelas de natureza salarial, pagas com habitualidade. Em muitos casos, as sentenças
proferidas pelos Juízes já estabelecem quais verbas compõem a base de cálculos para
fins de pagamento de horas extras horas e demais parcelas. As parcelas de natureza
salarial integram a base de cálculo do INSS e do Imposto de Renda.

2.10 TABELAS PARA OS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO

Para a elaboração dos cálculos periciais é necessário que o Perito


tenha sempre atualizadas as seguintes tabelas: INSS, IRRF, RSR, salário-família, vale
transporte, salário mínimo, Fator de Atualização de Débitos Trabalhistas (FADT),
seguro desemprego, entre outras.
Todas estas tabelas estão atualizadas e disponibilizadas neste arquivo.
Sugere-se que você as mantenham atualizadas sempre que houver alterações.
Exemplos:

a) INSS: no mês em que houver alteração do salário mínimo


www.previdenciasocial.com.br;
b) IRRF: geralmente em janeiro de cada ano www.receita.fazenda.gov.br;
c) DSR/RSR: no início de cada ano www.trt9.jus.br em Boletim Econômico;
d) Salário-família: no mês em que houver alteração do salário mínimo
www.previdenciasocial.com.br;
e) Vale transporte: quando ocorrer alteração conforme estabelece a URBS;

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f) Salário-mínimo: no mês em que for determinado pelo governo federal. Nos


últimos anos, está sendo alterado a cada 11 meses.
www.previdenciasocial.com.br;
g) FADT: no início de cada mês e válida para todo o território nacional.
www.trt9.jus.br em Boletim Econômico;
h) Seguro-desemprego: é atualizada anualmente com base na variação do salário
mínimo www.mtb.gov.br.

2.11 CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO (CCT’s)

As CCT’s estabelecem as condições de trabalho e relações


econômicas entre empregados e empregadores. Com base nas CCT’s encontram-se os
seguintes dados necessários na elaboração da folha de pagamentos mensal e nas
condenações judiciais:
a) vigência da CCT;
b) índice ou percentual de reajuste salarial;
c) salário normativo ou piso da categoria;
d) adicionais sobre horas extras, adicional noturno e domingos e feriados;
e) multas por descumprimento da CCT por parte da empresa;
f) entre outras.

2.12 ARTIGOS DA CLT QUE IMPLICAM EM AÇÕES JUDICIAIS

Para os cálculos da folha de pagamento e liquidação de sentenças


(cálculos periciais), devem-se observar os seguintes artigos da CLT (Decreto Lei
5452/43):

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em


qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja
fixado expressamente outro limite.
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária às variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (Parágrafo incluído pela
Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e
para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de
trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por
transporte público, o empregador fornecer a condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº
10.243, de 19.6.2001)
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de
pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte
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fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte
público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza
da remuneração. (Incluído pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006)

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas


suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre
empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
§ 1º Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar,
obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo
menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de
acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.8.2001)
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha
havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo
anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas,
calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (Incluído pela Lei nº
9.601, de 21.1.1998)
§ 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão
prestar horas extras. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.8.2001)

Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período


mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de


24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública
ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em
parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos,
com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento,
mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6


(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o
qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4
(quatro) horas.
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§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do


trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser
reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o
Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento
atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e
quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a
horas suplementares.
§ 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o
valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 8.923, de
27.7.1994)

Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia,


escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho
consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração
normal de trabalho.

Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o


trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora
diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52
(cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
9.666, 28.8.1946)
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia
seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 3º O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de
empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual,
será feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza
semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas
atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região,
não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. (Redação
dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e
seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste
Capítulo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)

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Art. 384. - Em caso de prorrogação do horário normal, será


obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período
extraordinário do trabalho.
Para o início das horas extras, ao final do expediente de trabalho, é
necessário que o trabalhador tenha pelo menos 15 minutos de descanso.

Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,


prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário,
sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de
8.11.1952)
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que
for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei
nº 1.723, de 8.11.1952)
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o
empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as
promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. (Redação
dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas
alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria
profissional. (Incluído pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de
deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não
servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de
31.8.1972)

Art. 467. - Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo


controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar
ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa
dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento". (Redação dada
pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001).
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos
Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e as suas autarquias e fundações públicas.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24.8.2001).

Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo


estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado
motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma
empresa. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do
contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só
será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a
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autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº


5.584, de 26.6.1970)
§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que
seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de
cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação,
apenas, relativamente às mesmas parcelas. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de
26.6.1970)
§ 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos
neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde
houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz.
(Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da
homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado,
conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o
pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de
26.6.1970)
§ 5º Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo
anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
(Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão
ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: (Incluído pela Lei nº
7.855, de 24.10.1989)
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão,
quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento.
§ 7º O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem
ônus para o trabalhador e empregador. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o
infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a
favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo
índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa
à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

2.13 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS OJ’s E SÚMULAS

As Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Súmulas do


Superior Tribunal de Justiça (STJ) e das Orientações Jurisprudenciais (OJ’s) do TRT
da 9ª Região dispõem sobre questões jurídicas que norteiam as decisões judiciais e os
cálculos de liquidação de sentenças.
As Súmulas e OJ’s geralmente estão em arquivos no formato MS-
WORD, permitindo que você possa selecioná-las e copiá-las em seus cálculos ou nas
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respostas aos Embargos à Execução (opostos pela empresa) e na Impugnação à


Sentença de Liquidação (opostos pelo Reclamante).
Para facilitar suas pesquisas as referidas Súmulas e OJ’s estão
disponibilizadas neste curso.

2.14 RECONHECIMENTO DE VÍNCULO E SEUS REFLEXOS

A redação do art. 3º da CLT dispõe: “Considera-se empregado toda


pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário”.
Assim, os requisitos para o reconhecimento do vínculo de emprego são
o serviço prestado por pessoa física, a continuidade, subordinação, onerosidade e
pessoalidade. A ausência de qualquer um destes pressupostos descaracteriza a relação
de emprego.
Quando ocorre o reconhecimento de vínculo de emprego, além das
verbas deferidas de acordo com a prescrição, é devido também o recolhimento das
parcelas devidas ao INSS e FGTS durante todo o período de reconhecimento do
vínculo. Em vários casos, os Advogados pedem na inicial para que a responsabilidade
pelos recolhimentos do INSS do empregado seja suportada pelo empregador, pois foi
ele que deu motivo para a falta do registro.
Muitas vezes a empresa faz o acordo na primeira audiência e
reconhece o vínculo de emprego imaginando que apenas fará o registro na CTPS do
empregado. Todo o processo homologado (acordo ou por cálculos) passam pelo
Procurador da Fazenda Nacional (INSS) e este irá solicitar os recolhimentos do
período do reconhecimento do vínculo, inclusive com juros, multa e correção
monetária.

2.15 O 13º SALÁRIO E SEUS REFLEXOS

O pagamento do 13º salário é devido a todo o trabalhador urbano ou


rural, avulso e doméstico. Será pago proporcionalmente ao tempo de serviço do
empregado na empresa, considerando-se a fração de 15 dias de trabalho como mês
integral. A importância paga ao empregado a título de primeira parcela será deduzida
do valor do 13º salário devido até o dia 20 de dezembro.
Quando na composição do salário do empregado envolver parte
variável, deverá ser calculada a sua média. Quanto aos empregados vendedores, a
empresa deverá verificar na CCT ou junto ao sindicato da categoria, se os valores das
comissões deverão ser atualizados e por qual índice.

Prazos para pagamento: a primeira parcela do 13o salário deve ser


paga até o último dia de novembro de cada ano, ou por ocasião das férias do
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empregado (quando este o solicitar, por escrito, até 31 de janeiro de cada ano). A
segunda parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 20 de dezembro.

Faltas – Interferências no 13º salário: para fins de pagamento do 13º


salário, as faltas legais e as justificadas ao serviço não serão deduzidas. As faltas
injustificadas só interferirão se em cada mês do ano correspondente do pagamento do
13º salário ocorrer do empregado somar mais de 15 faltas ao trabalho.

Verbas que incidem o 13º salário: horas extras diurnas e noturnas;


adicional noturno; adicional de periculosidade; adicional de insalubridade; RSR;
comissões; prêmios – desde que habituais; anuênios, biênios, triênios e quinquênios;
prêmios de assiduidade; quebra-caixa; gorjetas; ajuda de custos habituais; abonos
habituais; salário in natura (fornecimento habitual de qualquer vantagem concedida ao
empregado, tais como: aluguel de casa, carros, escola de filhos, etc.).

2.16 FÉRIAS + 1/3 E REFLEXOS

Aspectos gerais: férias é o período de descanso anual, que deve ser


concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um
período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo". As férias devem ser
concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este
chamado de "concessivo".
O objetivo do direito do empregado as férias é de lhe conceder um
justo e reparador descanso. Em virtude disto, a lei não permite a conversão de todo o
período em pecúnia, ou seja, "vender as férias", apenas autoriza que 1/3 (um terço) do
direito a que o empregado fizer jus seja convertido em pecúnia.
A Constituição Federal/1988, criou o abono de férias, correspondendo
a 30% sobre o valor das férias e seus respectivos reflexos.
Direito às férias: todo empregado terá direito anualmente ao gozo de
um período de férias, sem prejuízo da remuneração, computando-se este período
inclusive como tempo de serviço, na seguinte proporção:

Férias Até 5 6 a 14 15 a 23 24 a 32
Proporcionais faltas faltas faltas faltas
1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia
2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias
3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias
4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias
5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias
6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias
7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias

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8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias


9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias
10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias
11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias

Férias do empregado doméstico: a Lei 11.324/2006 alterou a Lei


5.859/1972, a qual dispõe sobre a profissão do empregado doméstico.
A redação do art. 3º da Lei 5.859/1972 dispõe que: “O empregado doméstico terá
direito a férias anuais remuneradas de 20 (vinte) dias úteis após cada período de 12
(doze) meses de trabalho, prestado à mesma pessoa ou família”.
A nova Lei de 2006 alterou o art. 3º estabelecendo que o empregado
doméstico tenha direito a férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias com, pelo
menos, 1/3 (um terço) a mais que o salário normal, após cada período de 12 (doze)
meses de trabalho, prestado à mesma pessoa ou família.
Portanto, até 19.07.2006, o período de férias do doméstico era de 20
dias úteis. A partir de 20.07.2006, com a nova redação dada pela Lei 11.324/2006, o
período será de 30 (trinta) dias corridos.
Critério de faltas a considerar na proporção de férias: as faltas não
justificadas se computam individualmente, não se somando o desconto do RSR, nem
se somam horas de atraso quebradas ou meio-período. Isto para não haver a dupla
penalidade ao empregado, ou seja, uma vez, por ocasião do desconto do repouso RSR
durante o ano e outra vez para computar o desconto na proporcionalidade de férias.
Por inexistência de previsão legal, as horas quebradas ou meio-período também não
podem ser considerados dias inteiros ou “somados” a outros períodos de ocorrências
semelhantes.
Destaque-se, ainda, a disposição do artigo 30 da CLT:
É proibido o desconto de faltas do empregado ao serviço do período
de férias, sendo vedado, desta forma, a permuta de faltas por dia de férias. Quando o
empregado tiver mais de 32 faltas não justificadas no período aquisitivo, este perderá
o direito às férias.

2.17 AVISO PRÉVIO E SEUS REFLEXOS

Aviso prévio trabalhado: ocorre quando o funcionário é dispensado


do trabalho, porém, ele permanece trabalhando até completar o período do aviso
prévio. O aviso prévio trabalhado, que é considerado de natureza salarial, sofre
incidência do INSS, Imposto de Renda na Fonte e recolhimento para o FGTS.
Aviso prévio indenizado: ocorre quando o funcionário deixa de
trabalhar no momento em que é comunicada a sua dispensa. Sobre o aviso prévio

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indenizado não havia a incidência do INSS e IR-Fonte, sendo obrigatório somente o


recolhimento para o FGTS.
A Secretaria da Receita Previdenciária através da instrução normativa
(IN) 20/07, revogou os incisos V e letra "f" do inciso VI do artigo 72 da IN 3/2005, os
quais mencionavam que não integrava a base de cálculo para contribuição do INSS o
aviso prévio indenizado e o 13º salário indenizado.
A Lei número 12.506, de 11/10/2011, que trata do aviso prévio, assim
dispõe:

Art. 1º. O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da


Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
no 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta)
dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma
empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3
(três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de
60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

2.18 VERBAS RESCISÓRIAS

No pagamento das verbas rescisórias, o empregado tem direito a


diversas verbas, tais como: aviso prévio indenizado e/ou trabalhado; férias integrais e
proporcionais; saldo de salários e horas extras; 13º salário; multa do FGTS; seguro-
desemprego, entre outras.

2.18.1 Pedido de demissão antes de completar um ano

• Saldo de salário;
• Férias proporcionais acrescidas de 1/3 (Enunciado TST nº 261, com nova

• 13º salário proporcional;


redação de 23.11.2003);

• Salário família;
• Não tem direito ao seguro desemprego;
• Não há indenização referente ao FGTS (50%);
• O FGTS proveniente da rescisão será depositado na guia (GRRF) com os

• A empresa poderá descontar os dias relativos ao aviso prévio do funcionário,


demais funcionários;

conforme art. 487, §2º da CLT, todavia poderá ser dispensado o desconto, caso
o empregador concorde.

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2.18.2 Pedido de demissão com mais de um ano



Saldo de salário;


Férias vencidas acrescidas de 1/3;


Férias proporcionais acrescidas de 1/3;


13º salário proporcional;


Salário família;


Não tem direito ao seguro desemprego;


Não há indenização referente ao FGTS (50%);
O FGTS proveniente da rescisão será depositado na guia (GRRF) com os

• A empresa poderá descontar os dias relativos ao aviso prévio do funcionário,


demais funcionários;

conforme art. 487, §2º da CLT, todavia poderá ser dispensado o desconto, caso
o empregador concorde.

2.18.3 Por dispensa sem justa causa antes de completar um ano:



Saldo de salário;


Aviso Prévio;


Férias proporcionais acrescidas de 1/3;


13º salário proporcional;


Salário família;


Liberação do seguro desemprego;
Indenização referente ao FGTS (50%), que será depositado na conta vinculada
do empregado, através da GRRF, até o primeiro dia útil imediato ao término do
contrato; ou até o décimo dia corrido a contar do dia imediatamente posterior ao
desligamento.

2.18.4 Por dispensa sem justa causa com mais de um ano



Saldo de salário;


Aviso Prévio;


Férias vencidas acrescidas de 1/3;


Férias proporcionais acrescidas de 1/3;


13º salário proporcional;


Salário família;


Liberação do seguro desemprego;
Indenização referente ao FGTS (50%), que será depositado na conta vinculada
do empregado, através da GRRF, até o primeiro dia útil imediato ao término do

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contrato; ou até o décimo dia corrido a contar do dia imediatamente posterior ao


desligamento.

2.18.5 Por dispensa com justa causa antes de completar um ano

• Saldo de salários;
• FGTS do mês da rescisão (depósito em conta vinculada, através de GRRF).

2.18.6 Por dispensa com justa causa com mais de um ano

• Saldo de salários;
• Férias vencidas acrescidas de 1/3;
• FGTS do mês da rescisão (depósito em conta vinculada, através de GRRF).

2.18.7 Valores a serem descontados na Rescisão



INSS sobre 13º salário (calculado em separado das demais verbas);


INSS sobre as demais verbas que sofrem incidência;


IRRF salários;


Adiantamento salarial;
Vale-transporte não utilizado (aqueles não utilizados deverão ser entregues pelo

• Vale-refeição não utilizado (aqueles não utilizados deverão ser entregues pelo
funcionário ou descontado o valor equivalente);

• Descontos de farmácia, supermercado e outros valores, desde constantes no


funcionário ou descontado o valor equivalente);

• O vale-transporte e o vale-refeição utilizados pelo funcionário serão


contrato de trabalho e autorizados pelo funcionário;

descontados normalmente, como nos meses anteriores ao da rescisão.

2.19 JORNADA DE TRABALHO PARA HORAS EXTRAS

As horas extras representam um dos motivos que levam os


funcionários demitidos a reivindicarem seus direitos na Justiça do Trabalho. Com base
em aproximadamente 750 cálculos judiciais na área trabalhista, elaborados por Lara
Mansur, em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), na Universidade Positivo, no
curso de Ciências Contábeis, constatou que mais de 80% das condenações referem-se
a diferenças de horas extras e seus reflexos.
Cabe às empresas, independentemente da quantidade de funcionários,
manterem registros de jornada, sejam com anotações manuais (livros, fichas, etc.),
mecânicas (relógio ponto com cartão) ou ponto eletrônico. Em vários casos, através
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dos depoimentos dos reclamantes e de suas respectivas testemunhas, observa-se que as


empresas não permitem a anotação correta da jornada de trabalho para não pagar ou
pagar de forma incorreta os direitos dos trabalhadores.
Quando a documentação escrita da empresa é falha, a justiça vale-se
das provas testemunhais. Nesses casos, geralmente as empresas não conseguem provar
o contrário.
Muitos empresários têm criticado a Justiça do Trabalho, alegando que
ela é sempre a favor do empregado. Isso não é verdade, pois as empresas não
conseguem provar, através da documentação idônea, que efetuaram corretamente os
pagamentos.
Para melhor entendimento dos diversos tipos de horas extras, sugere-
se a leitura dos artigos 58, 66, 67, 71 e 72 da CLT. As horas extras oriundas de tais
artigos, na maioria dos casos, levam os Juízes a condenar as empresas ao pagamento
do principal e dos reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3 e FGTS.
As demais horas extras diurnas e noturnas, geralmente estão definidas
nas CCT’s. Quando as CCT’s não definem os percentuais de acréscimo, elas devem
ser pagas com o acréscimo do mínimo legal, conforme artigo 59 da CLT, que é de
50% (cinquenta por cento).
Consideram-se horas extras, para os trabalhadores mensalistas com
220 horas mensais, as excedentes da 8ª diária e da 44ª semanal, de forma não
cumulativa. As horas extras começam a ser contadas a partir do término do expediente
do funcionário e nunca no início.
As horas extras noturnas, laboradas no período das 22:00 às 05:00 ou
em prorrogação destas, devem ser pagas com o acréscimo do adicional noturno sobre a
hora extra diurna normal, sendo o mínimo legal de 20% (vinte por cento).
Muitas empresas fazer acordo com os funcionários para trabalharem
08:42 (oito horas e quarenta e dois minutos) diários para compensar as 4:00 de
trabalho aos sábados. Tem-se observado, em várias sentenças judiciais, que, quando a
manifestação da Reclamada alega que o Reclamante já recebeu essas 4:00 horas e que
não é devido como hora extras, os Juízes têm determinado que as primeiras 4:00 horas
extras trabalhadas na semana é devido apenas o adicional de horas extras e sobre as
que excederem das 4:00 horas semanais é devido a hora cheira mais o adicional de
horas extras.
Portanto, uma bora defesa da empresa pode reduzir o valor do passivo
trabalhista nas condenações de pagamento de horas extras e de seus reflexos.

2.20 APURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO

Para a apuração da jornada de trabalho para fins de obtenção das horas


extras a serem pagas, é necessário à utilização de software específico para este fim.
Além disso, é necessário de que o software permita extrair todas as informações a
partir da digitação dos horários de frequência, incluindo: horas extras normais,
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excedentes diárias e semanais; artigos da CLT; domingos e feriados trabalhados com e


sem folga compensatória; adicional noturno e outros critérios adotados pelas empresas.
Para a elaboração dos exercícios de cálculos periciais neste curso, a
jornada de trabalho e a apuração das horas extras e demais verbas decorrentes da
jornada de trabalho serão fornecidas pelo professor.

2.21 ABATIMENTO DE PARCELAS PAGAS

Nas sentenças de condenação de horas extras, os Juízes determinam o


abatimento de parcelas pagas sob os mesmos títulos. Em vários casos, as empresas
pagam horas extras com diferentes percentuais, conforme determinam as CCT’s,
porém, ao efetuarem os pagamentos dos reflexos das horas extras em férias + 1/3, 13º
salário e aviso prévio, o fazem de forma complessiva (global). Nesses casos não há
como efetuar o abatimento, pois não há possibilidade de identificar o valor médio pago
para cada tipo de adicional de horas extras praticado pela empresa em tais reflexos.

2.21.1 Formas erradas de pagamento dos reflexos

Cita-se como exemplo, uma empresa que paga adicional noturno,


horas extras com 50%, horas extras com 80%, horas extras com 100%, horas extras
com 150% e RSR sobre horas extras. Como essas verbas são pagas mensalmente, de
forma discriminada, nos recibos de pagamento de salários, ao efetuar o pagamento dos
reflexos, fazem erroneamente da seguinte forma, considerando-se um salário mensal
de R$ 1.200,00 sendo que o Reclamante foi admitido em 01/04/2010:

a) Reflexos no 13º salário/2013 (período aquisitivo de 01/01/2013 a 31/12/2013)


Descrição da verba Ganho Desconto
13º salário 1.200,00
Média de variáveis 900,00
Desconto adiantamento 1ª parcela 600,00
Desconto de INSS 198,00
Total geral 2.100,00 798,00

Considerando-se que o período aquisitivo do 13º salário é de 1º de


janeiro a 31 de dezembro de cada ano, não é possível identificar sobre quais tipos de
variáveis foi calculado a respectiva média. Portando, não há como efetuar o
abatimento, pois a Reclamada nunca pagou verbas sob o título “Média de variáveis”.

b) Reflexos nas férias + 1/3 do período 2012/2013 (período aquisitivo de


01/04/2012 a 31/03/2013)

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Descrição da verba Ganho Desconto


Adiantamento de férias 1.200,00
Média de variáveis 600,00
Abono constitucional de 1/3 600,00
Desconto de INSS 264,00
Total geral 2.400,00 264,00

Considerando-se que o período aquisitivo das férias é a partir da data


de admissão ou quando o Funcionário completar um ano de trabalho até um dia antes
de completar um ano de trabalho, não é possível identificar sobre quais tipos de
variáveis foi calculado a respectiva média de variáveis. Portando, não há como efetuar
o abatimento, pois a Reclamada nunca pagou verbas sob o título “Média de variáveis”.

c) Reflexos no Aviso Prévio Indenizado (API) em 30/06/2014 (data da demissão)


Descrição da verba Ganho Desconto
Salário base 1.800,00
Média de variáveis 800,00
Total geral 2.600,00 0,00

Considerando-se que o período aquisitivo do Aviso Prévio se refere aos


últimos 12 (doze) meses completos de trabalho, quando o trabalhador tiver mais de um
ano de serviço ou a quantidade de meses cheios trabalhados, quando ele sair da
empresa com e menos de um ano de serviço, não é possível identificar sobre quais
tipos de variáveis foi calculado a respectiva média de variáveis. Portando, não há
como efetuar o abatimento, pois a Reclamada nunca pagou verbas sob o título “Média
de variáveis”.
No exemplo do Quadro acima, o Funcionário foi demitido em
30/06/2014 e está sendo pago o valor de R$ 1.800,00 diferentemente do salário mensal
de R$ 1.200,00. Como ele foi admitido em 01/04/2010 é devido 45 dias de aviso
prévio (30 dias mais 3 dias a cada ano de trabalho). Portanto houve o pagamento dos
15 dias adicionais correspondendo a R$ 600,00 totalizando R$ 1.800,00 (R$ 1.200,00
+ R$ 600,00), pagos de forma complessiva. Além disso, é possível afirmar que a
empresa concedeu um reajuste de R$ 600,00 no último mês de trabalho e que não
houve o pagamento da indenização adicional do Aviso Prévio.

2.21.2 Formas corretas de pagamento dos reflexos

As empresas precisam efetuar corretamente o pagamento dos reflexos


das verbas variáveis em: 13º salário; férias + 1/3 e Aviso Prévio Indenizado para evitar
o pagamento novamente na s ações judiciais.

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Para o pagamento correto dos reflexos das verbas variáveis, e


considerando-se o mesmo exemplo de pagamentos efetuados erroneamente, descritos
nos Quadros anteriores, a empresa deverá fazer da seguinte forma:
a) Reflexos no 13º salário (período aquisitivo de 01/01/2013 a 31/12/2013)
Descrição da verba Ganho Desconto
13º salário 1.200,00
Média de Adicional Noturno 100,00
Média de Horas Extras c/50% 400,00
Média de horas extras com 80% 150,00
Média de horas extras com 100% 80,00
Média de horas extras com 150% 70,00
RSR sobre as médias 100,00
Desconto adiantamento 1ª parcela 600,00
Desconto de INSS 198,00
Total geral 2.100,00 798,00

Conforme discriminado no Quadro acima, é possível identificar os


valores das médias pagas sob os mesmos títulos. Quanto ao valor do “RSR sobre as
médias”, é possível o abatimento proporcional aos valores pagos, sem qualquer
problema, pois trata-se de uma regra de três simples.

b) Reflexos nas férias + 1/3 do período 2012/2013 (período aquisitivo de


01/04/2012 a 31/03/2013)
Descrição da verba Ganho Desconto
Adiantamento de férias 1.200,00
Abono constitucional de 1/3 400,00
Média de Adicional Noturno 80,00
Média de Horas Extras c/50% 170,00
Média de horas extras com 80% 90,00
Média de horas extras com 100% 85,00
Média de horas extras com 150% 70,00
RSR sobre as médias 105,00
Média abono constitucional 1/3 200,00
Desconto de INSS 264,00
Total geral 2.400,00 264,00

Conforme discriminado no Quadro acima, é possível identificar os


valores das médias pagas sob os mesmos títulos. Quanto ao valor do “RSR sobre as
médias”, é possível o abatimento proporcional aos valores pagos, sem qualquer
problema, pois trata-se de uma regra de três simples.
Observa-se ainda, que os valores dos reflexos nas férias são diferentes
dos reflexos no 13º salário em razão de que os períodos aquisitivos são diferentes.

c) Reflexos no Aviso Prévio Indenizado (API) em 30/06/2014 (data da demissão)


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Descrição da verba Ganho Desconto


Aviso Prévio Indenizado (30 dias) 1.200,00
Indenização Adicional do API (15 dias) 600,00
Média de Adicional Noturno 150,00
Média de Horas Extras c/50% 300,00
Média de horas extras com 80% 90,00
Média de horas extras com 100% 85,00
Média de horas extras com 150% 70,00
RSR sobre as médias 105,00
Média Indenização adicional API 400,00
Reflexos no 13º (1/12 avos) 166,67
Reflexos nas férias + 1/3 (1/12 avos) 222,23
Total geral 3.388,90 0,00

Considerando-se que o período aquisitivo do Aviso Prévio se refere aos


últimos 12 (doze) meses completos de trabalho, é divido, também, a Indenização
Adicional do AIPI de três dias para cada ano de trabalho, totalizando mais 15 dias.
Sobreo valor das médias das variáveis, também incide a indenização adicional do API.
No exemplo acima, o valor total das médias das variáveis é de R$ 800,00. Portanto é
divido mais R$ 400,00 de indenização adicional.
Sobre o Aviso Prévio Indenizado e sobre as médias das variáveis,
também incide os reflexos em 13º salário e férias + 1/3 sobre as verbas salariais,
referentes a projeção do aviso prévio nos 30 dias em que a pessoa ganha, mas não
trabalha. A legislação que trata da Indenização Adicional do Aviso Prévio, não faz
nenhuma referência a inclusão da indenização no cálculo da projeção de 1/12 avos dos
reflexos no 13º salário e no aviso prévio.
No exemplo do Quadro acima, foi considerado apenas o valor do Aviso
Prévio Indenizado (30 dias), no importe de R$ 1.200,00 mais o valor de R$ 800,00
referente as médias, totalizando R$ 2000,00. Dividindo-se esse valor por 12 meses
(1/12 avos) obtém-se o valor de R$ 166,67 referente ao 13º salário. Os reflexos das
férias foram calculados com base em 1/12 avos, no importe de R$ 166,67 mais 1/3
(um terço) desse valor, no importe de R$ 55,56 totalizando R$ 222,23

2.22 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

A indenização por dano moral ocorre quando o reclamante comprova


que as atitudes de seus colegas e superiores o afetaram moralmente. Ocorrendo a
condenação por dano moral, a correção monetária deve incidir a partir do mês da
condenação (sentença ou acórdão) e os juros de mora a partir da data de ajuizamento
da ação.

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2.23 PAGAMENTO DE HONORÁRIOS E SUCUMBÊNCIA

Os honorários periciais referentes à perícia médica, periculosidade,


insalubridade e calculista (perito-contador), são suportadas pelo sucumbente.
Quanto aos honorários advocatícios, a empresa é condenada a pagá-
los quando o Reclamante estiver assistido pelo Sindicato da Categoria e provar sua
condição de pobreza.

2.24 ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA

Sobre as parcelas deferidas, de natureza salarial, serão corrigidas pela


tabela FADT com os índices do mês seguinte ao da prestação dos serviços e as
parcelas referentes ao 13º salário, férias + 1/3 e aviso prévio serão corrigidas com os
índices da tabela FADT do mês em que foram pagas.
Os juros de mora de 1% ao mês, pró-rata dia, incidem desde a data do
ajuizamento da ação até a data dos cálculos. Para encontrar a quantidade de dias
decorridos entre duas datas, utiliza-se a função DATADIF() do MS-Excel. A sua
sintaxe é =DATADIF(data do ajuizamento;data dos cálculos;”d”)
Para encontrar o percentual de juros de mora pró-rata dia sobre as
parcelas vencidas (até a data de ajuizamento da ação), com 3 casas decimais, você
deve formatar a célula no formato de porcentagem e aplicar a seguinte fórmula:
=ARRED(quantidade de dias decorridos/3000;5).
Para as parcelas vincendas (exigíveis após a data do ajuizamento), são
devidos juros simples de 1% ao mês.

2.25 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS

Para o cálculo do INSS da parte devida pelo empregado, deverá ser


recomposta a base de cálculo, incluindo-se a base de cálculo anterior e acrescidas as
parcelas de natureza salarial deferidas na sentença, antes da correção monetária. O
cálculo deve ser feito mês a mês, conforme determina a Súmula 368 do TST. Após
encontrar o novo valor do INSS devido pelo empregado deverá ser abatido o valor já
pago, mês a mês.
No momento em que estiver fazendo a evolução salarial, com base nos
recibos de pagamento de salários e/ou ficha financeira, sugere-se que já digite os
valores do INSS descontado e o valor da sua base de cálculo.
Após encontrar o valor das diferenças devidas, elas devem ser
corrigidas pelos índices da tabela FADT do mês seguinte, pois o INSS é pago no mês
seguinte ao da prestação dos serviços.

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O cálculo do INSS do empregador deve ser feito sobre o valor das


parcelas de natureza salarial, 13º salário e das férias + 1/3 (gozadas). É devido o
percentual da cota patronal (20%), e o percentual ao SAT (de 1 a 3%), de acordo com
a atividade econômica da empresa.
Na maioria das Varas da Justiça do Trabalho está sendo solicitado o
cálculo do INSS patronal pelo critério mensal.
Para a correta elaboração dos cálculos é necessário consultar a nova
redação da Súmula 368 do TST, que assim dispõem sobre as contribuições
previdenciárias:
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. COMPETÊNCIA.
RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO. FATO
GERADOR (aglutinada a parte final da Orientação Jurisprudencial nº 363 da SBDI-I à
redação do item II e incluídos os itens IV, V e VI em sessão do Tribunal Pleno realizada
em 26.06.2017) - Res. 219/2017, republicada em razão de erro material – DEJT
divulgado em 12, 13 e 14.07.2017

I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições


fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da
SBDI-1 - inserida em 27.11.1998).

II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias


e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de condenação judicial. A culpa do
empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratórias, contudo, não exime a
responsabilidade do empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido e da
contribuição previdenciária que recaia sobre sua quota-parte. (ex-OJ nº 363 da SBDI-1, parte
final)

III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no caso de ações


trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de conformidade com o art. 276, § 4º, do
Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se as alíquotas
previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição (ex-OJs nºs 32 e
228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001).

IV - Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes de créditos


trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo, para os serviços prestados até 4.3.2009,
inclusive, o efetivo pagamento das verbas, configurando-se a mora a partir do dia dois do
mês seguinte ao da liquidação (art. 276, “caput”, do Decreto nº 3.048/1999). Eficácia não
retroativa da alteração legislativa promovida pela Medida Provisória nº 449/2008,
posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação ao art. 43 da Lei nº
8.212/91.

V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador das contribuições
previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo a
data da efetiva prestação dos serviços. Sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas
a partir da prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez apurados os créditos
previdenciários, aplica-se multa a partir do exaurimento do prazo de citação para pagamento,

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se descumprida a obrigação, observado o limite legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei nº
9.430/96).

VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido acumuladamente


deve ser calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela
progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do
recebimento ou crédito, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a
redação conferida pela Lei nº 13.149/2015, observado o procedimento previsto nas
Instruções Normativas da Receita Federal do Brasil.

Também deverá ser observada a nova redação da OJ EX SE 24 do TRT


da 9ª Região (Paraná), modificada em junho/2017, que assim dispõe:

OJ EX SE - 24: CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. EXECUÇÃO.


(RA/SE/001/2009, DEJT divulgado em 12.05.2009)

I - revogado (REVOGADO pela RA/SE/001/2017, DEJT 30/06/2017)


II - Acordo. Base de Cálculo. Exigibilidade. Juros de mora e multa previdenciária.
(NOVA REDAÇÃO RA/SE/001/2017, DEJT divulgado em 30/06/2017)
a) Tratando-se de acordo celebrado antes de haver sentença transitada em julgado,
as contribuições previdenciárias incidirão sobre as parcelas que integram o salário
de contribuição (Lei 8.212/1991, art. 28) ou, caso não discriminadas, sobre o valor
do acordo (Lei nº 8.212/91, art. 43, § 1º);
b) Se à data do acordo houver sentença de mérito com trânsito em julgado,
prevalecerá o valor do acordo (Lei 8.212/91, art. 43, § 5º) e a discriminação das
parcelas que integram o salário de contribuição observará a proporcionalidade em
relação às deferidas na decisão condenatória, mediante indicação de percentual
com base nos cálculos homologados ou, na ausência destes, com base na decisão
judicial, independente de sua liquidação, sob pena de incidência sobre o valor do
acordo (Lei 8.212/91, art. 43, § 1º e OJ nº 376 da SDI-I do C. TST);
c) As contribuições deverão ser recolhidas em tantas parcelas quantas as previstas
no acordo, nas mesmas datas em que sejam exigíveis e proporcionalmente a cada
uma delas (Lei nº 8.212/91, art. 43, § 3º), e serão acrescidas dos encargos
previdenciários (taxa SELIC e multa moratória) a partir da mora, assim
configurada: para parcelas vencidas até 21/01/2007, a partir do dia 02 do mês
seguinte; para parcelas vencidas entre 22/01/2007 e 16/11/2008, a partir do dia 10
do mês seguinte; para parcelas vencidas entre 17/11/2008 e 11/12/2008, a partir do
dia 20 do mês subsequente; para parcelas vencidas entre 12/12/2008 e 27/05/2009,
a partir do dia 10 do mês subsequente; e para parcelas vencidas a partir de
28/05/2009, a partir do vencimento do prazo em que devam ser pagos os créditos
encontrados no acordo homologado; (*)
d) Em caso de inadimplemento do acordo que implique o vencimento antecipado
de suas parcelas e das respectivas contribuições, estas serão acrescidas dos
encargos previdenciários a partir de então.

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(*)VENCIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

III – Acordo sem vínculo de emprego. Celebrado acordo sem reconhecimento de


vínculo de emprego, a contribuição previdenciária incidirá sobre o valor total
acordado, em decorrência da prestação de serviços, na forma prevista no artigo
276, § 9º do Decreto 3.048/1999, introduzido pelo Decreto 4.032/2001. A quota-
parte do trabalhador autônomo será descontada de seu crédito se o tomador for
pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, exceto quando se tratar de pacto
para pagamento de importância líquida, hipótese em que o tomador de serviços é
também responsável pelo recolhimento da contribuição previdenciária devida pelo
trabalhador.
IV – Base de cálculo. Aviso prévio indenizado. O aviso prévio indenizado não
integra a base de cálculo das contribuições previdenciárias. (NOVA REDAÇÃO
pela RA/SE/001/2014, DEJT divulgado em 20.05.2014)
IV – Base de cálculo. Aviso prévio indenizado. O aviso prévio, ainda que
indenizado, integra a base de cálculo das contribuições previdenciárias.

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V – Base de cálculo. Contribuição patronal. Entidade beneficente de assistência


social. A concessão do benefício que isenta entidade beneficente de assistência
social do recolhimento da cota patronal das contribuições previdenciárias depende
da comprovação dos requisitos do artigo 55 da Lei 8.212/1991, observado, ainda, o
período de validade da isenção. (ex-OJ EX SE 153)
VI – Base de cálculo. Conversão do direito de reintegração em indenização.
Incidem contribuições previdenciárias sobre parcelas decorrentes de período de
afastamento do trabalhador, deferidas a título de indenização, por conversão do
direito de reintegração.
VII – Base de cálculo. FGTS. Não incidem contribuições previdenciárias sobre
valores relativos a FGTS.
VIII – Base de cálculo. Gratificação do terço das férias. A gratificação do terço das
férias se inclui na base de cálculo das contribuições previdenciárias (Lei
8.212/1991, artigo 28), exceto nas hipóteses de férias indenizadas e abono
pecuniário de férias.
IX - Base de cálculo. Juros de mora. (NOVA REDAÇÃO RA/SE/001/2017, DEJT
divulgado em 30/06/2017)
a) Para prestações de serviço ocorridas até 04/03/2009 as contribuições
previdenciárias devem ser calculadas apenas sobre o capital corrigido
monetariamente, excluídos os juros e as multas fixados em acordo ou sentença, em
virtude da natureza punitiva, e não salarial destes. Os juros de mora incidem, após
a dedução dos valores devidos à Previdência Social, sobre o importe líquido do
credor (atualizado apenas), para após incidir o Imposto de Renda;
b) Para a prestação de serviços a partir de 05.03.2009 as contribuições
previdenciárias incidem sobre o valor devido ao tempo da prestação de serviço,
observada a natureza salarial das parcelas, aplicando-se, a partir da exigibilidade de
seu pagamento, a taxa SELIC.
X – Coisa julgada. Omissão no título executivo. Silente o título executivo quanto
aos descontos previdenciários é possível autorizá-los, inclusive de ofício em 1º
grau, na fase de execução, pois neste aspecto não se formou a coisa julgada. Se de
forma expressa houve reconhecimento, no processo de conhecimento, de
incompetência da Justiça do Trabalho quanto à matéria, ou foram consideradas
indevidas as deduções, estas não se operam em obediência à coisa julgada. (ex-OJ
EX SE 08; ex-OJ EX SE 32)
XI – Compensação. Ações diversas. A compensação de parcelas previdenciárias
apuradas a maior em uma ação trabalhista, com parcelas devidas em outra ação, do
mesmo titular, ainda que sob idêntico título, somente é possível se houver prova de
que os valores foram recolhidos a maior e de que a compensação não foi postulada
em outros autos (Lei 8.212/1991, artigos 11 e 89, §§ 2º e 3º).
XII – Compensação. Ressarcimento de valores. Incabível a compensação entre
contribuições previdenciárias recolhidas sobre parcela ajustada em acordo e as
contribuições devidas sobre as parcelas pagas durante o vínculo, em face de
preclusão lógica e da distinção entre as parcelas.

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XIII – Competência Material. Contribuição patronal. Agroindústria. A competência


da Justiça do Trabalho quanto às contribuições sociais se restringe às incidentes
sobre rendimentos, pagos ou devidos, ao empregado ou prestador de serviços,
ainda que contribuinte individual autônomo, autor da ação, não se estendendo às
incidentes sobre a receita bruta da empresa, observada a legislação da época em
que foram prestados os serviços ensejadores das contribuições.
XIV – Competência recursal. Recurso da União em fase de execução. Seção
Especializada. Insurgência da União, relativamente à decisão homologatória de
acordo proferida na fase de execução, enseja o recurso agravo de petição, de
competência da Seção Especializada (RI/TRT, artigo 20, II, "a", e CLT artigo 832,
§ 4º). (ex-OJ EX SE 151)
XV – Critérios de cálculo. Reconhecimento de vínculo. Dedução do crédito do
empregado. Silente o título executivo quanto aos critérios, advindo condenação
decorrente de reconhecimento de vínculo empregatício, o cálculo da dedução
previdenciária do crédito do empregado, no limite de sua cota, farse-á sobre as
parcelas deferidas, de acordo com as tabelas então vigentes, mês a mês,
observando-se a incidência sobre as verbas próprias. (ex-OJ EX SE 14)
XVI - Exigibilidade. Juros de mora e multa previdenciária. Vencimento. (NOVA
REDAÇÃO RA/SE/001/2017, DEJT divulgado em 30/06/2017)
a) Para prestações de serviço ocorridas até 04/03/2009 as contribuições
previdenciárias incidentes sobre verbas asseguradas em sentenças são exigíveis a
partir da citação;
b) Para a prestação de serviços a partir de 05.03.2009: b.1) considera-se ocorrido o
fato gerador das contribuições sociais na data da prestação de serviços (Lei
8.212/91, art. 43, §2º); b.2) ao crédito previdenciário serão acrescidos juros
equivalentes à taxa SELIC, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao
vencimento do prazo (Lei 9.430/96, art. 5º, § 3º); b.3) não incidirá outro índice de
juros ou correção monetária além da taxa SELIC; b.4) a multa moratória prevista
no art. 35 da Lei nº 8.212/91 incidirá a partir da configuração da mora até o efetivo
pagamento ou o depósito em dinheiro (Lei 6.830/80, art. 9º, § 4º); b.5) para fins de
incidência da multa, considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento
em 48 horas a contar da citação, na fase de execução (CLT, art. 880); b.6) a multa
será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao vencimento do prazo
previsto para a quitação da dívida (CLT, art. 880) até o dia em que ocorrer o seu
pagamento, à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso,
observado o percentual máximo de vinte por cento (Lei 9.430/96, art. 61).
c) Ainda para a prestação de serviços a partir de 05.03.2009: c.1) as contribuições
previdenciárias devidas pelo empregador e pelo empregado serão apuradas, mês a
mês, sobre o crédito trabalhista não corrigido (valor histórico). Uma vez apuradas,
ocorrerá a incidência da taxa SELIC acumulada mensalmente, a contar do primeiro
dia subsequente ao vencimento (Lei 9.430/96, art. 5º, §3º); c.2) o empregado,
quanto à sua cota, responderá apenas pelo valor das contribuições corrigidas
monetariamente pelos mesmos critérios do seu credito trabalhista; c.3) pela
diferença entre o valor da contribuição previdenciária mensal do empregado,
atualizada pelos mesmos critérios do crédito trabalhista, e o valor da mesma
contribuição previdenciária acrescida da taxa SELIC responderá apenas o

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empregador; c.4) pela multa moratória por dia de atraso responderá apenas o
empregador.
XVII – Exigibilidade. Sistema SIMPLES. É indevida a execução da contribuição
previdenciária cota do empregador cadastrado no programa SIMPLES, à época do
contrato de trabalho, que já efetuou o pagamento mensal unificado (LC 123/2006,
artigo 13, VI). (ex-OJ EX SE 134)
XVIII – Encargos moratórios sobre contribuições. Parâmetros. O cálculo dos
índices incidentes sobre contribuições previdenciárias tem como base dados
obtidos junto ao serviço específico da Previdência Social refletidos nas tabelas
editadas mensalmente pela Assessoria Econômica do TRT/9ª Região.
XIX - Devedor principal e subsidiário. Juros de mora e multa previdenciária.
Exigibilidade. O responsável subsidiário responde pelo pagamento das
contribuições previdenciárias e respectivos encargos (taxa SELIC e multa de
mora), conforme critérios estabelecidos no item XVI desta OJ EX SE 24 e suas
alíneas, considerada a data da citação do devedor principal. (NOVA REDAÇÃO
RA/SE/001/2017, DEJT divulgado em 30/06/2017)
XXI – Responsabilidade. Acréscimo da base de cálculo. Na hipótese de
reconhecimento judicial de diferenças salariais que representem acréscimo da base
de cálculo, incumbe à cada parte arcar com sua cota previdenciária.
XXII – Responsabilidade do devedor subsidiário. Alcance. Na declaração de
responsabilidade subsidiária por haveres trabalhistas, ainda que não expresso no
título, incluem-se os encargos previdenciários devidos, por pertencerem, de igual
forma, à esfera obrigacional do empregador inadimplente. (ex-OJ EX SE 121)
XXIII – Responsabilidade pelo recolhimento. Cota patronal. União. Devedora
subsidiária. A União, condenada como devedora subsidiária, é responsável pelo
recolhimento das contribuições previdenciárias.
XXIV – Acordo extrajudicial. É competente a Justiça do Trabalho para executar
contribuições previdenciárias decorrentes de acordo extrajudicial realizado perante
a Comissão de Conciliação Prévia, nos termos da Lei 8.212/91, artigo 43, § 6º (Lei
11.941/2009). (INSERIDO pela RA/SE/004/2009, DEJT divulgado em
21.10.2009)
XXV – Acordo antes do trânsito em julgado. Discriminação de parcelas. Na
hipótese de acordo homologado antes do trânsito em julgado da sentença, ou
acórdão, não se exige que os valores correspondentes às verbas discriminadas
guardem coerência com o pedido formulado na petição inicial ou com os elementos
dos autos. (ex-OJ EX SE 132; INSERIDO pela RA/SE/004/2009, DEJT divulgado
em 21.10.2009)
XXVI – Contribuições do empregador devidas a terceiros. Incompetência da
Justiça do Trabalho. A Justiça do Trabalho é incompetente para executar as
contribuições do empregador destinadas a terceiros integrantes do Sistema “S”, nos
termos dos artigos 114, VIII, 195, I, “a”, II e 240 da Constituição Federal. (ex-OJ
EX SE 166; INSERIDO pela RA/SE/001/2011, DEJT divulgado em 07.06.2011)
XXVII – Contribuições devidas ao SAT. Competência da Justiça do Trabalho. A
Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações relativas à

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cobrança de contribuições sociais destinadas ao Seguro de Acidente do Trabalho


(SAT), nos termos do artigo 114, VIII e 195, I, “a” e II da Constituição Federal.
(INSERIDO pela RA/SE/001/2011, DEJT divulgado em 07.06.2011)
XXVIII – Incompetência da Justiça do Trabalho para execução. Contribuições
previdenciárias sobre parcelas pagas no curso do contrato de trabalho reconhecido
em Juízo. A Justiça do Trabalho não detém competência para processar a execução
das contribuições previdenciárias incidentes sobre as parcelas pagas no curso do
contrato de trabalho reconhecido em Juízo. (NOVA REDAÇÃO pela
RA/SE/001/2014, DEJT divulgado em 20.05.2014)
XXIX – Incompetência da Justiça do Trabalho para execução. Contribuições
previdenciárias sobre verbas pagas por fora. A Justiça do Trabalho não detém
competência para processar a execução das contribuições previdenciárias
incidentes sobre verbas pagas e não incluídas nos recibos salariais.

2.26 DESCONTOS FISCAIS (IRRF)

Os descontos a título de Imposto de Renda, geralmente são


determinados na sentença para que seja feito de acordo com a Súmula 368 do TST,
OJ’s do TRT da 9ª Região ou ainda de acordo com a tributação pelos Rendimentos
Recebidos Acumuladamente (RRA).
No cálculo do Imposto de Renda sobre as férias, deve-se observar a
Súmula 125/STJ, que assim dispõe:

Súmula nº 125 do STJ de 06/12/1994 - DJ 15.12.1994 - Pagamento de


férias não gozadas por necessidade do serviço - Imposto de Renda: o
pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito
à incidência do Imposto de Renda.

2.27 RESUMO GERAL DA CONDENAÇÃO

O Resumo Geral da Condenação demonstra de forma sintética, os


valores totais devidos ao Reclamante, ao INSS (funcionário e empresa), ao Imposto de
Renda, valores dos honorários periciais (médica, periculosidade, insalubridade) e
honorários advocatícios, quando for o caso.

2.28 ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL

Após a conclusão de todos os cálculos, o Perito elabora o laudo


contendo as informações básicas, conforme modelo em anexo. Ao final do laudo ele

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sugere ao Juiz o valor dos honorários contábeis, considerando-se o grau de zelo


profissional, a quantidade de planilhas de cálculos, entre outras.
A organização deve seguir a seguinte ordem:

a) laudo pericial;
b) resumo geral da condenação;
c) síntese da condenação baseada na sentença e nos acórdãos;
d) evolução salarial;
e) resumo das horas extras;
f) planilhas de cálculos;
g) documentos juntados pelo Perito (extrato do FGTS, outros); e
h) apuração da jornada de trabalho.

2.29 EMBARGOS AOS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO

Após a entrega do laudo pericial na Justiça do Trabalho, o Juiz


homologa ou não os cálculos periciais e fixa o valor dos honorários do Perito. As
partes são intimadas para tomarem conhecimento dos cálculos.
Caso a Reclamada não concorde com os cálculos, ela opõe Embargos
à Execução sobre os itens que não concordar, fundamentando-os e apresentado seus
cálculos. Para embargar os cálculos periciais a empresa é obrigada efetuar o depósito
do valor total da condenação ou oferecer bens à penhora.
O Reclamante caso não concorde com os cálculos, irá opor
Impugnação à Sentença de Liquidação fundamentando os itens que julgar incorretos,
apresentado seus cálculos.
De acordo com os itens embargados e/ou impugnados, o Juiz remete-
os ao Perito-Contador para que este se manifeste sobre os itens, sem refazer os
cálculos.
Após esta tramitação, o Juiz julga-os e emite a Sentença Resolutiva de
Embargos à Execução e de Impugnação à Sentença de Liquidação. Em caso de acolher
os itens embargados e/ou impugnados, os autos são remetidos ao Perito-Contador para
que ele faça a readequação dos cálculos de acordo com a Sentença Resolutiva.

2.30 PERÍCIAS NA FASE DE INSTRUÇÃO

Outra atividade para a nomeação de perito-contador ocorre quando


uma das partes, em audiência ou em sua defesa, requer a nomeação de um Perito para
responder quesitos formulados pelas partes, as quais indicam seus Assistentes
Técnicos.

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O Juiz nomeia o Perito e este informa a data e o local do início dos


trabalhos. Após as respostas aos quesitos, o Perito elabora o laudo e sugere o valor dos
honorários contábeis.
Geralmente estas perícias referem-se a pedidos de:

a) Adicional de Insalubridade e/ou Periculosidade: é nomeado um engenheiro


com conhecimento em Engenharia e Segurança do Trabalho, com registro no
CREA, o qual deve estar cadastrado na Justiça do Trabalho;
b) Perda de movimentos e/ou doenças do trabalho: é nomeado um médico, com
registro no CRM e deve estar cadastrado na Justiça do Trabalho;
c) Comissões não pagas e/ou salários pagos com atraso: é nomeado um perito-
calculista, o qual deve ter registro no Conselho Regional, podendo ser:
Contador; Economista ou Administrador, o qual deve estar cadastrado na
Justiça do Trabalho.

O Juiz, ao conceder a realização da perícia, nesta fase, nomeia o perito


e concede às partes o prazo de 10 (dez) dias para apresentarem seus quesitos e os
respectivos Assistentes Técnicos. Determina, ainda, que a parte que requisitou a
perícia faça o depósito inicial de um salário mínimo para custear o trabalho do Perito.
O Perito indica às partes a data, o local e a hora do início dos trabalhos
periciais. Ao final do seu trabalho, geralmente é concedido 30 dias pelo Juiz, o Perito
apresenta o laudo pericial e sugere o valor de seus honorários. Solicita, ainda, a
liberação do valor já depositado para fins de custeamento da perícia.
O valor total dos honorários é fixado pelo Juiz no momento em que é
publicada a sentença, devendo a parte sucumbente (que perdeu), pagar o valor dos
honorários periciais, conforme fixado na sentença.
Além desses custos, a empresa ainda irá suportar o valor dos
honorários do perito calculista, nomeado para elaboração dos cálculos de liquidação.

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3. DESENVOLVIMENTO DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS

3.1 CASO 01 – FOLHA DE PAGAMENTO DE ABRIL/2017

GANHOS
a) Salário fixo para 220 horas mensais: R$ 6.000,00;
b) Gratificação de função gerencial: R$ 3.200,00.

DESCONTOS
c) Adiantamento de salário: R$ 3.000,00;
d) Vale compra: R$ 400,00;
e) Convênio farmácia: R$ 200,00;
f) Parcela 6/12 da compra de uma geladeira: R$ 300,00;
g) Pensão alimentícia: 20% sobre o total de ganhos;
h) Plano de saúde: R$ 300,00;
i) INSS do mês: de acordo com a tabela vigente, limitados ao teto do INSS;
j) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): de acordo com a tabela vigente.

Descrição das verbas Referência Ganhos Descontos


Salário base do mês
Gratificação de função
Adiantamento de salários
Vale compras
Convênio Farmácia
Plano de saúde
Parcela da geladeira
Pensão Alimentícia
INSS sobre salário
Imposto de Renda Retido na Fonte
Total dos Ganhos e dos Descontos
Valor líquido devido
Valor do FGTS a ser depositado

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Dados auxiliares para elaboração dos cálculos


Base de cálculo da pensão alimentícia
Base de cálculo do INSS (total de ganhos menos as faltas)
Base de cálculo do IRRF (total dos ganhos - faltas - p. alim. - INSS - dependentes)
Base de cálculo do FGTS (Total de ganhos menos faltas)

Tabela do INSS para desconto da previdência


1ª faixa 2ª faixa 3ª faixa
mês/ano
Até % Até % Até %
abr/2017 1.659,38 8,00% 2.765,66 9,00% 5.531,31 11,00%

Tabela para cálculo do Imposto de Renda


Valor por
Faixas De Até % IR Abatimento
dependente

1 0,00 1.903,98 0,00% 0,00 189,59


2 1.903,99 2.826,65 7,50% 142,80 189,59
3 2.826,65 3.751,05 15,00% 354,80 189,59
4 3.751,06 4.664,68 22,50% 636,13 189,59
5 Acima de 4.664,68 27,50% 869,36 189,59

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3.2 CASO 02 – FOLHA DE PAGAMENTO DE ABRIL/2017

GANHOS
a) Salário fixo para 220 horas mensais: R$ 1.800,00 (já incluso o RSR);
b) Adicional de insalubridade, o qual faz parte da remuneração: 40%;
c) Horas extras diurnas com 50%, sem RSR: 20 horas;
d) Reflexos das horas extras diurnas no RSR: 23/07, a calcular;
e) Horas extras em domingos e feriados, com 100%: 20 horas;
f) Reflexos das horas extras em domingos e feriados no RSR: 23/07, a calcular;
g) Adicional noturno de 20%: 90 horas;
h) Reflexos das horas do Adicional Noturno no RSR: 23/07, a calcular;
i) Quantidade de dependentes para o Imposto de Renda: 2 dependentes.

DESCONTOS
a) Faltas não justificadas, já incluso o RSR: 6 horas;
b) Pensão de alimentos no importe de 30% sobre todos os ganhos;
c) Adiantamento de salário: R$ 500,00;
d) Vale compra: R$ 300,00;
e) Convênio farmácia: R$ 100,00;
f) Descontos do INSS e do IRRF: de acordo com as tabelas vigentes.

Descrição das verbas Referência Ganhos Descontos


Salário base do mês
Adicional de Insalubridade
Horas Extras diurnas c/50%
RSR sobre Horas Extras diurnas c/50%
H. Extras em Domingos e Feriados c/100%
RSR sobre H. E. Domingos e Feriados
Adicional Noturno de 20%
RSR sobre Adicional Noturno de 20%
Faltas não justificadas
Pensão de alimentos
Adiantamento de salários
Vale compras
Convênio Farmácia
INSS sobre salário
Imposto de Renda Retido na Fonte
Total dos Ganhos e dos Descontos
Valor líquido DEVIDO
Valor do FGTS a ser depositado

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Dados auxiliares para elaboração dos cálculos


Valor da hora normal
Valor da hora extra diurna c/50%
Valor da hora extra com 100%
Valor da hora do adicionmal noturno de 20%
Base de cálculo da pensão alimentícia
Base de cálculo do INSS (total de ganhos menos as faltas)
Base de cálculo do IRRF (total dos ganhos - faltas - p. alim. - INSS - dependentes)
Base de cálculo do FGTS (Total de ganhos menos faltas)

Tabela do INSS para desconto da previdência


1ª faixa 2ª faixa 3ª faixa
mês/ano
Até % Até % Até %
abr/2017 1.659,38 8,00% 2.765,66 9,00% 5.531,31 11,00%

Tabela para cálculo do Imposto de Renda


Valor por
Faixas De Até % IR Abatimento
dependente

1 0,00 1.903,98 0,00% 0,00 189,59


2 1.903,99 2.826,65 7,50% 142,80 189,59
3 2.826,65 3.751,05 15,00% 354,80 189,59
4 3.751,06 4.664,68 22,50% 636,13 189,59
5 Acima de 4.664,68 27,50% 869,36 189,59

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3.3 CASO 03 – FOLHA DE PAGAMENTO DE MAIO/2017 – MISTO


GANHOS
a) Salário fixo para 220 horas mensais: R$ 900,00, (já incluso o RSR);
b) Comissões de venda: 2% sobre as vendas do mês no importe de R$ 200.000,00;
c) RSR sobre comissões de venda: 26/05, a calcular;
d) Horas extras diurnas com 50%, sem RSR sobre salário fixo: 40 horas;
e) Reflexos das horas extras diurnas no RSR: 26/05, a calcular;
f) Adicional de 50%, sobre comissões, considerando-se que o empregado
trabalhou 260 horas (o divisor será a quantidade de horas trabalhadas);
g) Reflexos do Adicional de 50% sobre Horas Extras em comissões no RSR:
26/05, a calcular.

DESCONTOS
h) Adiantamento de salário: R$ 400,00;
i) Vale compra: R$ 200,00;
j) Parcela 2/5 da compra de um computador: R$ 300,00;
k) Convênio farmácia: R$ 150,00;
l) Descontos do INSS e do IRRF: conforme tabelas vigentes, sem dependentes.

Descrição das verbas Referência Ganhos Descontos


Salário base do mês
Comissão de vendas
RSR sobre Comissões
H.E. diurnas c/50% (parte fixa)
RSR sobre H.E. diurnas (parte fixa)
Adicional de 50% sobre H.E. (comissões)
RSR sobre Adic. de 50% sobre H.E. (comissões)
Adiantamento de salários
Vale compras
Convênio Farmácia
Parcela do computador
INSS sobre salário
Imposto de Renda Retido na Fonte
Total dos Ganhos e dos Descontos
Valor líquido devido
Valor do FGTS a ser depositado

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Dados auxiliares para elaboração dos cálculos


Valor da hora normal (parte fixa)
Valor da hora normal (comissões)
Valor da hora extra diurna c/50% (parte fixa)
Valor do adicional de 50% sobre H.E. variáveis
Base de cálculo das comissões de venda
Base de cálculo da pensão alimentícia
Base de cálculo do INSS (total de ganhos menos as faltas)
Base de cálculo do IRRF (total dos ganhos - faltas - p. alim. - INSS - dependentes)
Base de cálculo do FGTS (Total de ganhos menos faltas)

Tabela do INSS para desconto da previdência


1ª faixa 2ª faixa 3ª faixa
mês/ano
Até % Até % Até %
mai/2017 1.659,38 8,00% 2.765,66 9,00% 5.531,31 11,00%

Tabela para cálculo do Imposto de Renda


Valor por
Faixas De Até % IR Abatimento
dependente

1 0,00 1.903,98 0,00% 0,00 189,59


2 1.903,99 2.826,65 7,50% 142,80 189,59
3 2.826,65 3.751,05 15,00% 354,80 189,59
4 3.751,06 4.664,68 22,50% 636,13 189,59
5 Acima de 4.664,68 27,50% 869,36 189,59

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3.4 CASO 04 – DIFERENÇAS DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE


Pagamentos mensais, no período de 01/04/2015 a 31/12/2016, do Adicional de
Periculosidade, no importe de 40% sobre o salário base do autor com reflexos em 13º
Salário, férias + 1/3 indenizadas (12/12 e 09/12 avos), Aviso Prévio Indenizado (API)
de 33 dias e FGTS de 11,2% (8% + 40%), com base nos seguintes valores mensais:
a) de abril/2015 a outubro/2015: R$ 1.500,00 mensais;
b) de novembro/2015 a outubro/2016: R$ 1.800,00 mensais;
c) de novembro/2016 a dezembro/2016: R$ 2.000,00 mensais.

A1) Diferenças do Adicional de Periculosidade


Mês/ano de Salário 40% FGTS de
referência mensal devido 11,2%
abr/2015
mai/2015
jun/2015
jul/2015
ago/2015
set/2015
out/2015
nov/2015
dez/2015
jan/2016
fev/2016
mar/2016
abr/2016
mai/2016
jun/2016
jul/2016
ago/2016
set/2016
out/2016
nov/2016
dez/2016
Subtotal devido

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A2) Reflexos do Adicional de Periculosidade no 13º salário


Mês/ano de Valor das Proporção Diferenças FGTS de
referência diferenças devida a pagar 11,2%
dez/2015
dez/2016
Subtotal devido

A3) Reflexos das diferenças salariais nas Férias + 1/3


Mês/ano de Valor das Proporção Valor da Abono Diferenças
referência diferenças devida proporção de 1/3 a pagar
dez/2016
dez/2016
Subtotal devido

A4) Reflexos das diferenças salariais no Aviso Prévio Indenizado (API)


Mês/ano de Valor das Proporção Diferenças FGTS de
referência diferenças devida a pagar 11,2%

Reflexos no 13º salário


dez/2016
Reflexos nas férias
Abono de 1/3 de férias
Subtotal devido

RESUMO GERAL DA CONDENAÇÃO


Verbas deferidas Valor FGTS
A1) Diferenças do Adicional de Periculosidade
A2) Reflexos do Adicional de Periculosidade no 13º salário
A3) Reflexos das diferenças salariais nas Férias + 1/3
A4) Reflexos das diferenças salariais no Aviso Prévio Indenizado
Total geral da condenação

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3.5 CASO 05 – TRCT DE DEZEMBRO/2016


O funcionário Jadilson Jamelão foi admitido em 10/02/2015 para trabalhar 220 horas
mensais e foi demitido em 21/12/2016, sem justa causa. Seu último salário é de R$
3.600,00, e ele nunca recebeu horas extras. Foram pagas as seguintes verbas no TRCT,
sabendo-se que ele não possui dependentes para o salário-família e para o Imposto de
Renda:

Descrição das verbas Referência Ganhos Descontos


Aviso Prévio Indenizado (API) de 33 dias
13º salário sobre Aviso Prévio Indenizado
Férias sobre Aviso Prévio Indenizado
Abono de 1/3 sobre férias aviso prévio
Saldo de salários de dezembro/2016
13º salário integral/2016
Férias integrais do período 2015/2016
Abono 1/3 das férias 2015/2016
Férias proporcionais 2016/2017
Abono 1/3 sobre as férias proporcionais
Adiantamento de salários de dezembro/2016 1.200,00
Faltas não justificadas dezembro/2016 100,00
INSS sobre salários
INSS sobre 13º salário
Imposto de Renda sobre salários
Imposto de Renda sobre 13º salário
Total geral
Valor líquido a pagar
Valor do FGTS + multa de 50% sobre verbas salariais
Base de cálculo da multa de 50% sobre depósitos do FGTS 8.000,00
Base de cálculo para o INSS sobre salários
Base de cálculo para o INSS sobre 13º salário
Base de cálculo para IRRF sobre salários
Base de cálculo para IRRF sobre 13º salário

Com base nos cálculos elaborados, responda as seguintes perguntas:


Qual o valor total das diferenças (total dos ganhos e reflexos)? R$ ___________
Qual o valor total do INSS descontado do funcionário? R$ ___________
Qual o valor líquido devido ao funcionário? R$ ___________
Qual o valor da base de cálculo do INSS patronal? RS ___________
Qual o valor total do INSS patronal (27,8% sobre o total dos ganhos)? R$ _________
Qual o valor total a ser desembolsado pela empresa? R$ _____________

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3.6 CASO 06 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL


O funcionário RECLAMANTE CASO-06 entrou com ação na 23ª Vara do Trabalho
de Curitiba contra duas empresas, pedindo diversos direitos trabalhistas que ele julga
ter direito.
O(A) Juiz(a) julgou procedentes os pedidos do Reclamante, conforme demonstração
fiel das decisões, tendo sido omitidos quaisquer dados que possam identificar as
partes, conforme a síntese abaixo:

Autos nº: 00006-2014-088-09-00-1 (RTOrd)


Reclamante: RECLAMANTE CASO-06
Reclamadas: 1) RECLAMADA 1 CASO-06
2) RECLAMADA 2 CASO-06

Data do Ajuizamento: 21/05/2014


Data de Admissão: 05/09/2012
Data de Demissão: 24/02/2014
Data da Prescrição: Não há
Data dos Cálculos: 30/11/2017

Sentença da 23ª Vara de Curitiba, em 17/08/2015


1) Responsabilidade: reconhece-se o vínculo AC. 7ª Turma TRT em 03/03/2016: reforma-
empregatício da autora com a RECLAMADA se para afastar o reconhecimento de vínculo
2 CASO-06, com data de admissão em empregatício da autora com a segunda
05/09/2012 e dispensa em 24/02/2014; reclamada e excluir a responsabilidade da
- responderá a primeira reclamada de forma mesma pelas verbas reconhecidas nos
solidaria pelos créditos deferidos. presentes autos.
2) Verbas rescisórias: não há controvérsia quanto à resilição do contrato de trabalho em
24/02/2014, por iniciativa da empregadora;
- defere-se o pagamento de aviso prévio indenizado de 33 dias e sua integração ao tempo de
serviço para todos os efeitos, férias proporcionais +1/3, 13° salário proporcional e multa do
FGTS (40%);
- defere-se o pagamento do saldo de salário relativo aos dias trabalhados em fevereiro/2014
(24 dias).
3) Diferenças salariais: rejeita-se.
4) Abono: defere-se o pagamento do abono assegurado pela cláusula 5.2 do Acordo Coletivo
de Trabalho, no valor de R$ 3.500,00 em fevereiro/2014.
5) Desvio de função: rejeita-se.
6) Vale mercado: ausente comprovação quanto ao pagamento do vale mercado relativo ao mês
de fevereiro/2014 (R$ 250,00), defere-se pagamento da utilidade em comento, proporcional
aos dias trabalhados pela autora.
7) Férias: defere-se o pagamento da remuneração das férias +1/3 relativas ao período
aquisitivo 2012/2013, na forma simples, porque não transcorrido o respectivo período
concessivo à época da dispensa.
8) Plano de saúde: rejeita-se.

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Sentença da 23ª Vara de Curitiba, em 17/08/2015


9) Danos morais: rejeita-se.
10) Multa convencional: procede a multa de um dia de trabalho por dia de atraso da quitação
das verbas rescisórias, na forma da cláusula 24 do ACT;
- defere-se o pagamento da multa convencional assegurada em caso de atraso no pagamento
das verbas rescisórias. Incidência da Súmula 384, II.
11) Multa do art. 477 da CLT: defere-se o pagamento da multa em comento.
12) Multa do art. 467 da CLT: defere-se o pagamento da multa em comento.
13) FGTS: defere-se à razão de 11,2% sobre as verbas remuneratórias acolhidas.
14) Honorários advocatícios: indevidos.
15) Abatimento: abatam-se os valores comprovadamente pagos sob os mesmos títulos
deferidos.
16) Correção monetária e juros: na forma da lei.
17) Contribuições previdenciárias: mês a mês.
CNAE: 29.49-2-99 – Fabricação de outras peças e acessórios para veículos automotores não
especificadas anteriormente – até 31/12/2009 RAT 2%, a partir de 01/01/2010 RAT 3%
18) Contribuições fiscais: de acordo com o art. 12-A da lei 7.713/88, sem incidência sobre os
juros de mora.

QUADRO 1 – FÉRIAS
Período aquisitivo Período de gozo Qtde dias gozados
De 05/09/2012 até 04/09/2013 Indenizadas -- dias
De 05/09/2013 até 24/02/2014 Indenizadas -- dias

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3.7 CASO 07 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL


O funcionário RECLAMANTE CASO-07 entrou com ação na 6ª Vara do Trabalho de
Curitiba contra cinco empresas, pedindo diversos direitos trabalhistas que ele julga ter
direito.
O(A) Juiz(a) julgou procedentes os pedidos do Reclamante, conforme demonstração
fiel das decisões, tendo sido omitidos quaisquer dados que possam identificar as
partes, conforme a síntese abaixo:

Autos nº: 00007-2014-006-09-00-1 (RTOrd)


Reclamante: RECLAMANTE CASO-07
Reclamadas: 1) RECLAMADA 1 CASO-07
2) RECLAMADA 2 CASO-07
3) RECLAMADA 3 CASO-07
4) RECLAMADA 4 CASO-07
5) RECLAMADA 5 CASO-07

Data do Ajuizamento: 17/09/2014


Data de Admissão: 28/02/2012
Data de Demissão: 04/09/2014
Data da Prescrição: Não há
Data dos Cálculos: 30/11/2017

Sentença da 6ª Vara de Curitiba, em 08/10/2015


1) Ausência em audiência: incorre a primeira reclamada em revelia.
2) Responsabilidade: rejeitam-se todos os pedidos em relação as quatro ultimas reclamadas no
período anterior e posterior a 02/12/2013.
3) Salários e saldo de salário: defere-se o pagamento do salário de agosto/2014 e saldo de
salário de 4 dias de setembro/2014, acrescidos da multa do art. 467 da CLT;
- para cálculo, observe-se o salário mensal de R$ 1.130,80, mais R$ 300,00 que eram pagos
"por fora".
4) Baixa em CTPS – projeção do aviso prévio: incontroverso que não houve anotação da
rescisão contratual na CTPS do autor no prazo de 48 horas nos moldes previstos na cláusula
17ª, "c", da CCT. Assim, defere-se o pagamento de "juros de mora" de 5% a partir do fim do
prazo indicado até 23/09/2015, limitados ao valor da rescisão, considerando os limites
impostos pela própria cláusula, na forma do art. 412 do CC.
5) Diferença salarial: observa-se que apenas a partir de junho/2014 passou a existir diferenças
salariais. O salário devido era de R$ 1.467,40 (220 x R$ 6,67), mas o autor recebia R$
1.430,80. Assim, havia uma diferença mensal de R$ 36,66;
- o autor era mensalista, pelo que rejeita-se novos reflexos em DSR;
- defere-se o pagamento das diferenças salariais mensais de R$ 36,66 a partir de 01/06/2014
até 04/09/2014;
- determina-se à Secretaria que, após o trânsito em julgado, anote o salário mensal de R$
1.467,40 a partir de 01/06/2014 na CTPS do reclamante.

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Sentença da 6ª Vara de Curitiba, em 08/10/2015


6) Jornada de trabalho: das 06h45 às 12h e das n13h às 18h, de segunda a sexta-feira;
- aos sábados das 06h45 às 12h e das 13h às 16h;
- não havia labor em domingos e feriados.
7) Horas extras: excedentes de 8 diárias, contadas tão-somente até o limite de 44 horas
trabalhadas na mesma semana (sem computar no limite semanal as horas extras encontradas).
A partir deste limite, todas as horas trabalhadas na mesma semana são extraordinárias;
- adicional de 50% e divisor 220;
- a base de cálculo é o salário básico de R$ 1.430,80 até maio/2014 e de R$ 1.467,40 a partir
de 01/06/2014;
- acomodação;
- reflexos em DSR (domingos e feriados), em aviso prévio, férias + 1/3 e 13º salário, nos
termos da OJ 394 do TST.
8) Verbas rescisórias: defere-se o pagamento do aviso prévio de 30 dias; férias +1/3 de
2013/2014, de forma simples; férias +1/3 proporcionais à razão de 7/12 avos, adquiridas de
28/02/2014 a 04/10/2014, já computada a projeção do aviso prévio; 13º salário de 2014, à
razão de 9/12 avos, já observada a projeção do aviso prévio;
- defere-se a multa do artigo 467 e 477 da CLT;
- o aviso prévio, as férias com 1/3, o 13º salário e a multa do artigo 477 da CLT devem
considerar o salário de R$ 1.467,40, já que computa o salário "por fora" e o piso da categoria.
9) Multa convencional: rejeita-se.
10) Vale transporte: rejeita-se.
11) Vale mercado – vale alimentação: defere-se o pagamento do vale mercado (vale compra),
dos meses de agosto e setembro de 2014, verba indenizatória calculada nos estritos termos da
cláusula convencional vigente ao tempo da rescisão, acrescida da multa de 80% (cláusula 11ª –
vale mensal de R$ 326,00).
12) Indenização por danos morais: rejeita-se.
13) Salário “por fora”: rejeita-se.
14) FGTS: defere-se o pagamento de FGTS à razão de 8% sobre o salário pago "por fora" da
admissão até junho de 2014, sobre o salário total pago de julho de 2014 (inclusive por fora),
sobre as verbas salariais deferidas e sujeitas a esta incidência, bem como ao pagamento da
multa de 40% sobre todos os depósitos do FGTS devidos ao autor (realizados e deferidos).
15) Honorários advocatícios: indevidos.
16) Correção monetária e juros: na forma da lei.
17) Contribuições previdenciárias: mês a mês.
CNAE: 41.20-4-00 – Construção de edifícios – até 31/12/2009 RAT 3%, a partir de
01/01/2010 RAT 3%
18) Contribuições fiscais: art. 12-A da lei 7.713/88, sem incidência sobre os juros de mora.

QUADRO 1 – FÉRIAS
Período aquisitivo Período de gozo Qtde dias gozados
De 28/02/2012 até 27/02/2013 Abril/2013 (arbitrada por este 30 dias
Perito
De 28/02/2013 até 27/02/2014 Indenizadas -- dias
De 28/02/2014 até 04/09/2014 Indenizadas -- dias

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3.8 CASO 08 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL


O funcionário RECLAMANTE CASO-08 entrou com ação na 23ª Vara do Trabalho
de Curitiba contra três empresas, pedindo diversos direitos trabalhistas que ele julga
ter direito.
O(A) Juiz(a) julgou procedentes os pedidos do Reclamante, conforme demonstração
fiel das decisões, tendo sido omitidos quaisquer dados que possam identificar as
partes, conforme a síntese abaixo:

Autos nº: 00008-2014-088-09-00-4 (RTOrd)


Reclamante: RECLAMANTE CASO-08
Reclamadas: 1) RECLAMADA 1 CASO-08
2) RECLAMADA 2 CASO-08
3) RECLAMADA 3 CASO-08

Data do Ajuizamento: 17/10/2014


Data de Admissão: 01/11/2009
Data de Demissão: 31/01/2014
Data da Prescrição: Não há
Data dos Cálculos: 30/11/2017

Sentença da 23ª Vara de Curitiba, em 31/07/2015


1) Normas coletivas aplicáveis: CCT’s AC. 1ª Turma TRT em 22/03/2016: defiro o
firmadas entre o Sindicato dos pagamento do adicional por tempo de serviço, a
Trabalhadores Condutores de Veículos partir de novembro/2011, na forma da cláusula 15ª
Motonetas, Motocicletas e Similares de da CCT 2011/2012; pagamento do auxílio
Curitiba e Região Metropolitana e o alimentação, na forma da cláusula 17ª da CCT
Sindicato das Empresas de Transportes 2011/2012 e pagamento da multa convencional, na
de Cargas no Estado do Paraná. forma da cláusula 15ª da CCT 2011/2012.
2) Responsabilidade – grupo econômico: reconhece-se a responsabilidade solidária da segunda
e terceira rés ao adimplemento de verbas eventualmente deferidas nesta sentença.
3) Responsabilidade – efeitos da condenação: são a segunda e terceira rés responsáveis
subsidiárias por todos os créditos deferidos ao autor.
4) Remuneração a latere: pagamento de R$ 800,00 AC. 1ª Turma TRT em 22/03/2016:
mensais durante todo período contratual, que limito a condenação ao pagamento de
integra a remuneração para todos os fins; salário por fora, a partir do ano de 2010,
- defere-se o pagamento dos reflexos da integração fixando o importe em R$ 750,00;
salarial da parcela quitada a latere em RSR, horas - a periodicidade do serviço era
extras pagas, férias + 1/3, 13º salário e FGTS. quinzenal.
5) Adicional por tempo de serviço: pagamento do adicional de tempo de serviço, mês a mês,
de novembro/2011 até a rescisão, nos valores das CCT’s 2010/2011, 2012/2013 e 2013/2014;
- devidos os reflexos desta em férias acrescidas de 1/3, 13° salário e FGTS 8%.
- adicional por tempo de serviço, no valor correspondente a 0,5% sobre o salário base, após
dois anos da contratação, sendo que satisfeito o período de carência trabalhador deverá receber
1% pelos dois anos de carência

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6) Jornada de trabalho: fixa-se a jornada de trabalho como AC. 1ª Turma TRT em
sendo das 04h às 16h30, de segunda à sábado, com 30min de 22/03/2016: reforma-se para
intervalo e das 04h às 10h, aos domingos, com 1h de intervalo; fixar o intervalo, de segunda
- não restou provado trabalho em feriados. a sábado, em 15 min.
7) Horas extras: excedentes a 8ª diária e 44ª semanal, critério mais benéfico na semana, (com
exceção das horas laboradas em domingos sem folga compensatória na mesma semana);
- defere-se uma hora extra por dia em que houve violação ao intervalo intrajornada;
- defere-se o pagamento em dobro das horas laboradas em domingos sem folga compensatória
na mesma semana, com reflexos em 13º salário, férias +1/3, aviso prévio e FGTS;
- divisor 220;
- adicionais convencionais, se mais benéficos, e, na ausência, adicional legal de 50%;
- observem-se os dias efetivamente trabalhados;
- a base de cálculo das horas extras é composta pelas seguintes verbas: remuneração mensal,
acrescidas das diferenças salariais deferidas, observada a evolução salarial;
- no tocante ao valor do salário “por fora” reconhecido nesta decisão deve-se aplicar o disposto
na Súmula 340 do TST;
- o adicional noturno pago ou devido comporá a base de cálculo das horas extras noturnas,
bem como deve ser observada a redução da hora noturna (art.73, parágrafo 2º da CLT);
- reflexos em RSR, 13º salários, férias +1/3 e FGTS (OJ 394 do TST);
- abatam-se, mês a mês, os valores pagos a tais títulos bem como idênticos reflexos quitados,
devidamente comprovados nos autos.
8) Adicional noturno: defere-se o pagamento do adicional noturno no percentual de 20% sobre
a hora normal, com reflexos em RSR, 13º salários, férias +1/3 e FGTS;
- abatam-se, mês a mês, os valores pagos a tais títulos bem como idênticos reflexos quitados,
devidamente comprovados nos autos;
- não haverá reflexos nas horas extras.
9) Verbas rescisórias: defere-se o pagamento das férias +1/3 relativas ao período aquisitivo
2011/2012, em dobro;
- a base de cálculo para a liquidação da verba será a remuneração constante no campo 23 do
TRCT, somadas às diferenças salariais reconhecidas na presente decisão;
- é devido o abatimento entre o valor apurado e o valor de R$ 641,96 (R$ 2.600,00 menos R$
1.958,04 – valor líquido rescisório incontroversamente pago pela ré).
10) Descontos indevidos: rejeita-se.
11) Vale alimentação: defere-se o pagamento de indenização pelo não-fornecimento do
benefício do "auxílio alimentação" por dia de trabalho (conforme jornada reconhecida), nos
valores estabelecidos nas CCT’s. Não haverá reflexos.
12) Multas convencionais: defere-se o pagamento de uma multa convencional prevista nas
CCT’s de 2010/2011, 2012/2013 e 2013/2014.
13) FGTS: defere-se o pagamento de FGTS, no percentual de 8%, incidente sobre parcelas de
natureza remuneratória objeto da condenação;
- o valor deverá ser depositado na conta vinculada da autora e comprovado nos autos.
14) Multa do art. 477 da CLT: defere-se o pagamento da multa em comento.
15) Multa do art. 467 da CLT: rejeita-se.
16) Honorários advocatícios: indevidos.

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17) Contribuições previdenciárias: mês a mês.
CNAE: 53.20-2-02 – Serviços de entrega rápida – até 31/12/2009 RAT 3%, a partir de
01/01/2010 RAT 3%
18) Contribuições fiscais: de acordo com o art. 12-A da lei 7.713/88, sem incidência sobre os
juros de mora.
19) Correção monetária e juros: na forma da lei.
20) Abatimento: já determinados.

QUADRO 1 – FÉRIAS
Período aquisitivo Período de gozo Qtde dias gozados
De 01/11/2009 até 31/10/2010 De 01/09/2011 até 30/09/2011 30 dias
De 01/11/2010 até 31/10/2011 De 03/09/2012 até 26/09/2012 24 dias
De 01/11/2011 até 31/10/2012 De 01/08/2013 até 24/08/2013 24 dias
De 01/11/2012 até 31/10/2013 Indenizadas -- dias
De 01/11/2013 até 31/01/2014 Indenizadas -- dias

QUADRO 2 – CCTs – ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO


Vigência Cl. Definição
De 01/05/2010 até 30/04/2011 08 0,5% a.a., incidente sobre o salário base do trabalhador
De 01/05/2011 até 30/04/2012 15 0,5% a.a., incidente sobre o salário base do trabalhador
De 01/05/2012 até 30/04/2013 15 0,5% a.a., incidente sobre o salário base do trabalhador
De 01/05/2013 até 30/04/2014 15 0,5% a.a., incidente sobre o salário base do trabalhador

QUADRO 3 – CCTs – HORAS EXTRAS


Vigência Cl. Definição
De 01/05/2010 até 30/04/2011 18 Adicional de 50%.
De 01/05/2011 até 30/04/2012 14 Adicional de 50%.
De 01/05/2012 até 30/04/2013 14 Adicional de 50%.
De 01/05/2013 até 30/04/2014 14 Adicional de 50%.

QUADRO 4 – CCTs – VALE ALIMENTAÇÃO


Vigência Cl. Definição
De 01/05/2010 até 30/04/2011 36 R$ 5,80 cada.
De 01/05/2011 até 30/04/2012 17 R$ 6,50 cada.
De 01/05/2012 até 30/04/2013 17 R$ 7,80 cada.
De 01/05/2013 até 30/04/2014 17 R$ 8,50 cada.

QUADRO 5 – CCTs – MULTA CONVENCIONAL


Vigência Cl. Definição
De 01/05/2010 até 30/04/2011 57 Multa equivalente a um salário mínimo.
De 01/05/2011 até 30/04/2012 55 Multa equivalente a um salário mínimo.
De 01/05/2012 até 30/04/2013 54 Multa equivalente a um salário mínimo.
De 01/05/2013 até 30/04/2014 54 Multa equivalente a um salário mínimo.

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3.9 CASO 09 – AÇÃO TRABALHISTA – CASO REAL


O funcionário SINDICATO CASO-09 entrou com ação na 1ª Vara do Trabalho de
Foz do Iguaçu contra a empresa RECLAMADA CASO-09, pedindo diversos direitos
trabalhistas que ele julga ter direito.
O(A) Juiz(a) julgou procedentes os pedidos do Reclamante, conforme demonstração
fiel das decisões, tendo sido omitidos quaisquer dados que possam identificar as
partes, conforme a síntese abaixo:

Autos nº: 0000009-71.2015.5.09.0095


Reclamante: SINDICADO – SUBSTITUÍDO CASO-09
Reclamada: RECLAMADA CASO-09

Data do Ajuizamento: 14/02/2011


Data de Admissão: 25/05/2009
Data de Demissão: 01/12/2009
Data da Prescrição: 14/02/2006
Data dos Cálculos: 30/11/2017

Sentença da RT 00454-2011-658 da 2ª Vara de Foz do Iguaçu, em 19/08/2011


1) Prescrição bienal: declara-se a prescrição bienal extintiva relativamente aos créditos
decorrentes dos contratos de trabalho mantidos com a reclamada, cuja data de extinção é
anterior a 14/02/2009.
2) Prescrição quinquenal: prescritas as verbas exigíveis anteriormente a 14/02/2006.
3) Jornada de trabalho: de acordo com os cartões ponto.
4) Nulidade do banco de horas – horas extras – intervalos: ante a nulidade da sistemática de
compensação adotada na empresa, reputa-se devidas horas extras (e reflexos correspondentes)
aos substituídos que tenham laborado em jornada superior à prevista em lei, contrato
individual, convenção ou acordo coletivo de trabalho;
- observe-se a evolução salarial e os dias efetivamente trabalhados pelos substituídos;
- a jornada normal de cada substituído para efeito de fixação do marco a partir de qual o labor
será considerado em sobrejornada, assim como o divisor a ser adotado (artigo 64 da CLT);
- adicional convencional, e, na sua falta, o legal de 50%;
- base de cálculo: remuneração do trabalhador, observando-se a evolução salarial de cada
substituído (Súmula 264 do TST);
- constatada habitualidade na prestação de horas extras, a sua média física deverá integrar a
base salarial dos substituídos, sendo devidos os reflexos no cálculo dos RSR’s (domingos e
feriados) e, com estes, em férias +1/3, 13º salários e FGTS +40% e aviso prévio indenizado, se
for o caso de empregado dispensado sem justa causa ou com dissolução contratual equivalente;
- autoriza-se o abatimento, mês a mês, de valores comprovadamente pagos sob as mesmas
rubricas, inclusive a título de reflexos;
- rejeita-se o pedido relativo ao intervalo intrajornada.

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Sentença da RT 00454-2011-658 da 2ª Vara de Foz do Iguaçu, em 19/08/2011


5) Multas convencionais: defere-se o pagamento de uma multa convencional para cada
substituído, que deverá ser apurado com base no disposto na cláusula 37ª da CCT 2005/2006, e
na cláusula 36ª das CCT’s 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2011, observando-se o
piso salarial de cada substituído.
6) Honorários AC. 5ª Turma TRT em 12/04/2012: reforma-se para condenar o
advocatícios: reclamado ao pagamento de honorários no importe de 15% do valor da
indevidos. condenação.
7) Contribuições previdenciárias: mês a mês.
CNAE: 47.11-3-02 – Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de
produtos alimentícios – supermercados – até 31/12/2009 RAT 2%, a partir de 01/01/2010 RAT
3%
8) Contribuições fiscais: adote-se o chamado "regime de caixa", conforme determina a
legislação pertinente (Súmula 368, II, do TST).
9) Correção monetária e juros: na forma da lei.
10) NOMEAÇÃO DO PERITO: limita-se a apuração dos valores devidos ao substituído até a
data da propositura da ação coletiva (14/02/2011).

QUADRO 1 – FÉRIAS
Período aquisitivo Período de gozo Qtde dias gozados
De 25/05/2009 até 01/12/2009 Indenizadas -- dias

QUADRO 2 – CCTs – HORAS EXTRAS


Vigência Cl. Definição
De 01/06/2008 até 31/05/2009 27 Adicional de 50% para a primeira hora e de 100%
a partir da segunda hora.
De 01/06/2009 até 31/05/2011 27 Adicional de 50% para a primeira hora e de 100%
a partir da segunda hora.

QUADRO 3 – CCTs – MULTA CONVENCIONAL


Vigência Cl. Definição
De 01/06/2008 até 31/05/2009 36 Multa de 10% do piso salarial da categoria – R$
501,00.
De 01/06/2009 até 31/05/2011 36 Multa de 30% do piso salarial da categoria – R$
560,00.

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3.10 CASO 10 – EQUIP. SALARIAL E HORAS EXTRAS – CASO REAL

Síntese........: 99909-2007-006-09-00-0 (RTOrd)


Reclamante: RECLAMANTE CASO-10
Reclamada.: RECLAMADA CASO-10

Data do Ajuizamento: 29/10/2007


Data de Admissão: 05/12/2004
Data de Demissão: 25/08/2007
Data da prescrição: Não há
Data dos Cálculos: 30/11/2017

Sentença da 6ª Vara de Curitiba, em 30/11/2009


1) Vale alimentação – diferenças: rejeita-se.
2) Diferenças salariais - equiparação: constatando que em dezembro/2004, quando o autor foi
admitido com salário-base de R$ 600,00 mensais, o paradigma admitido na mesma data para
cumprimento de idêntica função e mesma carga horária, já passou a auferir salário-base de R$
900,00 mensais.
Defere-se, condenando a Reclamada ao pagamento de diferenças salariais decorrente dessa
condição, mês a mês, em todo o período contratual havido entre o autor e a Paradigma, conforme a
evolução salarial, com reflexos em 13º salários, férias + 1/3, aviso prévio indenizado e FGTS.
3) Jornada de trabalho: de 2ª a sábado, sem a inclusão dos feriados, das 13hs às 21hs, com 15min
de intervalo.
4) Horas extras: condena-se a Reclamada ao pagamento das horas extras,
4.1) as excedentes da 6ª diária e da 36ª semanal, de forma não-cumulativa
4.2) divisor 180 e adicional de acordo com as CCT’s e na falta destas, o mínimo legal de 50%
4.3) base de cálculo: todas as parcelas de cunho salarial, inclusive as diferenças deferidas a título
de equiparação salarial devem compor a remuneração.
4.4) excluir da apuração os dias em que o reclamante esteve afastado do serviço, como em férias,
faltas ou licenças ou qualquer outro motivo.
4.5) por habituais, as horas extras repercutem em RSR e, juntamente com estes, em 13º salário,
férias + 1/3, aviso prévio indenizado e FGTS.
4.6) Abatam-se os valores comprovadamente pagos sob os mesmos títulos, mês a mês.
5) Intervalos de digitador: rejeita-se.
6) Indenização por danos morais: Rejeita-se.
7) Aplicação do art. 467 da CLT: rejeita-se.
8) FGTS 8% e multa de 40%: defere-se sobre as verbas deferidas, no importe de 11,2%, exceto
férias indenizadas.
9) Correção monetária: devem observar as épocas próprias de exigibilidade das parcelas
integrantes do crédito. Os juros moratórios são devidos a partir da data do ajuizamento da
demanda.
10) Honorários advocatícios: indevidos
11) Contribuições sociais: apuração mês a mês, sendo que a parte devida pelo Reclamante deverá
ser descontada de seus créditos.

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12) Descontos fiscais: calculados sobre o valor total da condenação, acrescido de correção
monetária pelo critério do RRA, sem a inclusão dos juros de mora
13) Abatimentos: já determinados quando cabíveis.

QUADRO 1 – FÉRIAS
Período aquisitivo Período de gozo
De 05/12/2004 até 04/12/2005 De 09/01/2006 a 07/02/2006
De 05/12/2005 até 04/12/2006 Indenizada TRCT (12/12)
De 05/12/2006 até 25/08/2007 Indenizada TRCT (9/12)

QUADRO 2 – CCTs – HORAS EXTRAS


Vigência Cl. Definição
De 01/11/2004 a 31/10/2005 10 60% acréscimo sobre o valor da hora normal
100% em dias de repouso (domingos e feriados)
não compensados na mesma semana
De 01/11/2005 a 31/10/2006 12 Idem

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3.11 CASO 11 – SALÁRIO “POR FORA”, EQUIP. SALARIAL E H.E.

Síntese........: 99910-2004-006-09-00-0 (RTOrd)


Reclamante: RECLAMANTE CASO 11
Reclamada.: RECLAMADA CASO 11

Data do Ajuizamento: 10/03/2009


Data de Admissão: 01/11/2004
Data de Demissão: 17/12/2008
Data da prescrição: 10/03/2005
Data dos Cálculos: 30/11/2017
Sentença da 6ª Vara de Curitiba, em 06/08/2010
1) Prescrição: declaram prescritas as parcelas anteriormente a 10/03/2005, de acordo com a exigibilidade das
mesmas, exceto quanto ao FGTS, o qual é trintenário.
1) Remuneração “a latere”: reconhecer que o autor auferia mensalmente, a título de prêmios, os valores à
margem dos recibos, em montante que ora arbitra-se em:
1.1) de novembro/2004 até junho/2005 recebia R$ 700,00 mensais
1.2) de julho/2005 a junho/2006 recebia R$ 1.200,00 mensais
1.3) de julho/2006 a junho/2007 recebia R$ 1.700,00 mensais
1.4 ) de julho/2007 a junho/2008 recebia R$ 2.200,00 mensais
1.5) de julho/2008 até a rescisão contratual recebia R$ 2.500,00 mensais
Condena-se a Reclamada ao pagamento dos reflexos da integração salarial da parcela quitada “a latere” a
título de prêmio em férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio indenizado e FGTS. Não haverá incidência no
RSR.
2) Equiparação salarial: defere-se a equiparação salarial com o paradigma, o qual recebia remuneração no
importe de 80% a mais do que o Reclamante. Incide reflexos em férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio
indenizado e FGTS. Não haverá incidência no RSR.
3) Jornada de trabalho: fixando-se a jornada laboral média do obreiro nos seguintes termos:
3.1) 2ª, 4ª e 6ª feira, das 08h00 às 23h30 e 3ª e 5ª feria, das 15h30 às 23h30, sem intervalo;
3.2) em dois sábados por mês (o primeiro e o terceiro), das 09h00 às 18h00
3.3) em todos os feriados e nos primeiros três domingos de cada mês, das 09h00 às 18h00;
3.4) ocorrência de uma folga semanal, sendo que uma vez por mês ocorria aos domingos e as demais entre 2ª
feria a sábado);
3.5) o intervalo intrajornada era sempre de 15 minutos de 2ª, 4ª, 6ª feria e sábado e de 01h00 nos domingos e
feriados laborados.
4) Horas extras: condena-se a Reclamada ao pagamento:
4.1) das horas extras, assim consideradas as excedentes da 8ª diária e da 44ª semanal, de forma não-
cumulativa;
4.2) das horas extras do art. 71 da CLT referente ao tempo faltante para completar 1h00, bem como as horas
extras do art. 66 da CLT
4.3) o labor nos feriados deve ser pago em dobro e nos domingos não compensados na mesma semana
também devem ser pagos em dobro, sem RSR
4.4) adicional de acordo com as CCT’s e na falta destas o mínimo legal de 50% para as horas extras diurnas e
as horas extras noturnas serão acrescidas do adicional noturno de 25%;
4.5) observar a evolução salarial e todas as parcelas de cunho salarial devem compor a remuneração para
cálculo das H.E., inclusive quanto à parte dos salários quitadas “por fora”, equiparação salarial e divisor 220.
As horas extras refletem em RSR (domingos e feriados) e ambos incidem nos reflexos em férias + 1/3, 13º
salário, aviso prévio e FGTS.

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Sentença da 6ª Vara de Curitiba, em 06/08/2010


4) Adicional noturno: defere-se o adicional noturno de 25% sobre a hora normal, para as horas laboradas das
22:00 às 05:00, com reflexos em DSR (domingos e feriados) e, com estes, em 13º salário, férias + 1/3, aviso
prévio e FGTS.
5) Indenização por dano moral: condena-se a Reclamada ao pagamento de R$ 20.000,00 a título de
indenização por dano moral, com correção monetária e juros de mora a partir da data desta sentença.
7) Cesta alimentação: condena-se a Reclamada ao pagamento de valores devidos, a título de indenização
sobre a “Cesta Alimentação”, mês a mês, conforme cláusulas das CCT’s
8) FGTS: sobre as verbas deferidas, exceto férias indenizadas + 1/3, defere-se 8% + 40%.
Deverá a Reclamada comprovar no prazo de cinco dias do trânsito em julgado desta decisão, os
comprovantes do depósito do FGTS do período laborado sob pena de execução direta do montante
equivalente, acrescido da multa de 40% (a Reclamada não juntou a comprovação dos depósitos do FGTS)
9) Correção monetária sobre os valores apurados, observadas as épocas próprias de exigibilidade das parcelas
integrantes do crédito. Deverão ser utilizados aqueles índices da Tabela da Assessoria Econômica do E. TRT
da 9ª Região.
Quanto aos juros moratórios a partir da data do ajuizamento da demanda.
10) Honorários advocatícios: defere-se em 15% sobre o valor da condenação (total das verbas deferidas +
juros de mora).
11) Contribuições sociais: incide mês a mês, observando as bases de cálculos e valores já descontados,
recompondo-se a nova base de cálculo. RAT 1%
12) Descontos fiscais: de acordo com a tributação dos Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA),
sem a inclusão dos juros de mora.

QUADRO 1 – FÉRIAS
Período aquisitivo Período de gozo
De 01/11/2004 até 31/10/2005 De 10/04/2006 até 09/05/2006
De 01/11/2005 até 31/10/2006 De 02/07/2007 até 31/07/2007
De 01/11/2006 até 31/10/2007 De 03/12/2007 até 01/01/2008
De 01/11/2007 até 31/10/2008 Indenizada no TRCT (12/12)
De 01/11/2008 até 17/12/2008 Indenizada no TRCT (02/12)
QUADRO 2 – CCT’s – HORAS EXTRAS
Período de vigência Cláusula Adicionais
De 01/06/2004 a 31/05/2005 6 60% para as 20 primeiras H.E. mensais.
80% para as excedentes de 20 H.E. mensais.
100% para domingos e feriados
De 01/06/2005 a 31/05/2006 7 Idem
De 01/06/2006 a 31/05/2007 6 Idem
De 01/06/2007 a 31/05/2008 8 Idem
De 01/06/2008 a 31/05/2009 8 Idem
QUADRO 3 – CCT’s – CESTA ALIMENTAÇÃO
Período de vigência Cesta Alimentação
De 01/06/2004 a 31/05/2005 60% do salário mínimo nacional
De 01/06/2005 a 31/05/2006 60% do salário mínimo nacional
De 01/06/2006 a 31/05/2007 70% do salário mínimo nacional
De 01/06/2007 a 31/05/2008 70% do salário mínimo nacional
De 01/06/2008 a 31/05/2009 70% do salário mínimo nacional

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REFERÊNCIAS

CASTILHO, Paulo Cesar Baria de. Prática de cálculos trabalhistas na liquidação de


sentença. 3. ed. Ver., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003

COSTA, Casimiro Armando; FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues.


Consolidação das Leis do Trabalho. 39. ed. São Paulo: LTr, 2013.

COSTA, Rosânia de Lima. Rotinas trabalhistas: Departamento Pessoal de A a Z. 4.


ed. São Paulo: Cenofisco Editora, 2012.

Instrução Normativa (IN) 15/2001 da Secretaria da Receita Federal (SRF) - disponível


no site www.receita.fazenda.gov.br

MARCATO, Antônio Carlos (coord.). Código de Processo Civil interpretado. São


Paulo: Atlas, 2004.

Orientações Jurisprudenciais (OJ’s) do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região –


Paraná - disponível no site www.trt9.jus.br

RIBEIRO, Tamyris Schneider; LOCH, João Matias. A contribuição dos controles


internos de recursos humanos na redução de reclamatórias trabalhistas – disponível
em http://www.convibra.org/upload/paper/2013/34/2013_34_8072.pdf

SANTOS, José Aparecido dos. Curso de cálculos de liquidação trabalhista. 1. Ed., 3ª


tir. Curitiba: Juruá, 2005.

Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST) - disponível no site www.trt9.jus.br

Súmulas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) - disponível no site www.trt9.jus.br

TEIXEIRA, Paulo Henrique; PANTALEÃO, Sérgio Ferreira. Manual de cálculos


trabalhistas. Curitiba: Portal Tributário Editora ® e Maph Editora, 2009.

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CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR (RESUMIDO)

JOÃO MATIAS LOCH (brasileiro, casado, 56 anos)


Rua Benjamim Constant, 142/146 – 3º Andar – Sala 32 e 33, Centro (Comercial)
CEP: 80.060-020 Curitiba/PR
Fone: (041) 3029-5811 (Comercial)
E-mail: jmperito@gmail.com

1 – OBJETIVOS
a) Atuar como Perito-Contador em Cálculos Judiciais
b) Desenvolver e realizar atividades em Educação Continuada
c) Elaborar e ministrar programas de capacitação profissional

2 – FORMAÇÃO

• Graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Católica de Administração e


Economia (FAE), em dezembro de 1982, com registro de Contador no Conselho
Regional de Contabilidade (CRC/PR), sob nº 19.267/O-0.

• Pós-graduado em Análise de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica do


Paraná (PUC/PR), em dezembro/1986.

• Pós-graduado em Controladoria da Gestão Bancária pela Universidade Federal do


Paraná (UFPR), concluído em fevereiro/1998, com ênfase em Controladoria,
Auditoria em Informática, Gestão de Recursos Humanos, Contabilidade,
Administração e Marketing. Apresentação de monografia, com o título:
Administração Gerencial: um enfoque nas competências para o gerenciamento
dos recursos humanos na área de informática.

• Mestre em Tecnologia pelo Centro Federal de Tecnologia do Paraná (CEFET/PR),


com o tema de pesquisa: Desafios para a gestão de faculdades privadas frente à
expansão do ensino superior: um estudo em Curitiba e Região Metropolitana.
A defesa da dissertação ocorreu em 24/08/2004 com menção de louvor conferido
pela banca examinadora.

3. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

3.1 – EM CÁLCULOS JUDICIAIS

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• Perito-Contador da Justiça Federal do Trabalho (nº 88), tendo sido nomeado


Calculista do Juiz em mais de 7600 (sete mil e seiscentos) processos trabalhistas a
partir de março/2005, nas seguintes varas do Trabalho:
Araucária: 1ª e 2ª
Cascavel: 1ª e 2ª
Curitiba: 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 9ª, 16ª, 17ª, 18ª 19ª, 20ª, 21ª e 23ª;
Foz do Iguaçu: 1ª e 2ª
Jaguariaíva: Vara única
Londrina: 4ª
Paranaguá: 1ª, 2ª e 3ª
São José dos Pinhais: 1ª, 2ª e 5ª

• Perito-Contador da 7ª Vara Cível da Comarca de Curitiba

• Perito-Contador responsável pelos cálculos dos processos atendidos no Núcleo de


Prática Jurídica (NPJ) da Universidade Positivo, tendo atuado em mais de 3800 (três
mil e oitocentos) cálculos desde o fevereiro/2006 a dezembro/2015.

3.2 – NO ENSINO SUPERIOR

• Consultor “ad hoc” do Ministério da Educação MEC/INEP, atuando como


Avaliador Institucional e Coordenador de Comissões Mistas de Avaliação nos
processos de Credenciamento de Faculdades, Autorização e Reconhecimento de
Cursos Superiores, a partir de setembro/2005.

• Coordenador da Comissão Própria de Avaliação (CPA), de acordo com a lei que


instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), em
faculdade privada na cidade de Curitiba, de fevereiro/2006 a junho/2010, sendo
responsável pelo planejamento e execução do roteiro de auto avaliação, bem como
pela elaboração dos relatórios e da comunicação dos resultados.

• Cargos ocupados na Gestão Universitária: Coordenador do curso de Sistemas de


Informação (Informática) no período de 1994 a 1999. Diretor Adjunto em Faculdade
Privada, no período de 1998 a 2002, responsável pelos controles internos e projetos
pedagógicos dos cursos de graduação e pós-graduação (especialização).

• Experiência na área de planejamento orçamentário em faculdades, envolvendo as


fases de elaboração, implantação e acompanhamento, bem como elaboração de
Planejamento Estratégico e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

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• Pesquisador nas áreas Contábil e Educacional, com mais de 15 (quinze) publicações


científicas no Brasil e no Exterior, bem como participação em vários Congressos e
Seminários com publicações de artigos e apresentação de trabalhos.

• 26 (vinte e seis) anos de vivência como professor de Ensino Superior, nas disciplinas
de: Perícia Contábil; Gestão Contábil e Custos; Sistemas de Informações
Contábeis; Contabilidade Geral e Societária; Estágio Supervisionado em Sistemas
de Informação e Ciências Contábeis; Teoria Geral de Sistemas (TGS) e Informática
Aplicada à Contabilidade e Administração.

• Professor de cursos de extensão universitária e de aperfeiçoamento em MS-EXCEL


básico, intermediário e avançado, bem como em outras áreas da informática
(Windows, Word, PowerPoint, Análise de Sistemas, Contabilidade e Folha de
Pagamento).

3.3 – NA ÁREA DE INFORMÁTICA

• 20 (vinte) anos de vivência em processamento de dados, com atuação nas áreas de


gerência, análise, desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas nas
seguintes áreas: Industrial, Contábil, Recursos Humanos, Compras, Estoques,
Clientes, Fluxo de Caixa, Contas a Pagar, Contas a Receber, Orçamento Público e
Privado (previsão e acompanhamento), Controle de Ativos Patrimoniais,
Financiamentos, Limite de Crédito, Livros Fiscais e Controle Acadêmico.

• Cargos ocupados na área de informática: Analista de Sistemas, Líder de Equipe,


Coordenador de Projetos e Gerente de Centro de Processamento de Dados (CPD).

• Domínio de microinformática (MS-WORD, MS-EXCEL, Windows, MS-


PowerPoint e Internet) e softwares aplicativos (desenvolvimento, implantação e
treinamento de usuários).

4. PRINCIPAIS PESQUISAS E PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS

• Desafios para gestão de faculdades privadas frente à expansão do ensino superior:


um estudo em Curitiba e Região Metropolitana. Dissertação de mestrado. Curitiba,
CEFET/PR, 2004.

• A empresa e o compromisso social com a educação: uma experiência nas relações


universidade-empresa. Revista de Negócios e Tecnologia da Fundação de Estudos
Sociais do Paraná (FESP): Curitiba, 2006.

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• A expansão do ensino superior na região metropolitana de Curitiba. III Congresso


Paranaense de Educação. Curitiba: SINEP/PR, período de 1 a 4 de junho/2003.
(Apresentação Interativa).

• A expansão do ensino superior: um comparativo do crescimento no Brasil, no


Paraná e na Região Metropolitana de Curitiba. World Congress on Engineering and
Technology Education – WCETE’2004. Santos/SP – 13 a 17/03/2004. (Palestrante).

• O Contador e a expansão dos cursos de Ciências Contábeis na Região


Metropolitana de Curitiba. Curitiba: FESP. Período de 25 a 27 de setembro/2003.
(Palestrante).

• A metodologia Joint Application Design – JAD, como interface para a conversão de


conhecimento tácito em explícito: um exemplo de aplicação em desenvolvimento de
software. KM Brasil 2003 – Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento,
promovido pela Sociedade Brasileira de Conhecimento – SBGC. São Paulo – 28 de
outubro a 01 de novembro/2003. (Palestrante).

• O Desenvolvimento de Software Aplicando a Técnica Joint Application Design. 3ª


Conferência Ibero-americana em Sistemas, Cibernética e Informática (CISCI 2004),
período de 21 a 25 de julho de 2004, em Orlando – Florida, EUA

5. HABILIDADES E ATITUDES (PERFIL)

• Habilidades: liderança, delegação, comunicação e expressão, negociação,


relacionamento pessoal e interpessoal, trabalho em equipe, raciocínio lógico,
iniciativa e capacidade para ensinar.

• Atitudes: educação, ética, respeito, responsabilidade, automotivação,


autodesenvolvimento, inovação, agente de mudanças e visão empreendedora.

Por oportuno, declaro que todas as informações contidas neste Curriculum


Vitae são verdadeiras e passíveis de confirmação, quando se fizer necessário.

Curitiba, 10 de novembro de 2017.

João Matias Loch


Perito Contábil-Financeiro

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