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CURSO: Licenciatura Historia

POLO DE APOIO PRESENCIAL: Feira de Santana, Bahia

SEMESTRE: 01° (Primeiro)


COMPONENTE CURRICULAR / TEMA: Sociologia

NOME COMPLETO DO(A) ALUNO(A):Guilherme Henrique Gomes Teixeira

TIA: 10923012641

NOME DO PROFESSOR(A):

O filósofo grego Aristóteles, afirma que “o homem é um ser social”. Nesse


sentido, o ser humano é naturalmente sociável e possui habilidades próprias de
comunicação e interação, sendo imprescindível para a criação de laços com dados
grupos durante a vida. O primeiro contato que o homem tem com os indivíduos de
uma determinada sociedade ou grupos, são os de parentesco familiar. A partir da
concepção e do nascimento, a tendência psicológica, é moldar seu comportamento,
linguagem, estilo de vida e acordos sociais com ideários familiares, já que esse é o
primeiro estágio do processo de socialização do indivíduo.
Em vista disso, o filme Divergente (2014), do diretor norte americano Neil
Burger, retrata a forma como as relações sociais familiares moldam o indivíduo de
acordo com os preceitos e comportamentos do grupo. Em uma sociedade pós-
apocalíptica construída por trás dos muros, a sociedade é organizada no modelo da
sociedade de castas, onde cada grupo é responsável por uma função organizacional.
São elas: franqueza, audácia, erudição, amizade e abnegação.
As condutas familiares são perpassadas de pais para filhos de acordo com as
características de suas facções. Portanto, a tendência do indivíduo é reproduzir os
comportamentos e as preferências sociais, políticas, religiosas e modos de vida que
lhe foram transmitidos culturalmente. Análogo a isso, são os comportamentos iniciais
da protagonista do filme, a Beatriz Prior. Educada na facção “abnegação”, seu
comportamento é de abnegar a si, em prol do outro, assim como seus pais e outros
da mesma facção. Caracterizando uma interiorização social. Como pode ser visto em
determinados momentos em que ela repulsa a própria imagem, repele produtos de
origem animal, utiliza a luz natural, dentre outros comportamentos comuns que
remetem a abnegação dentro do grupo.
Posteriormente, já na idade adulta, jovens de cada família dentro de suas
facções precisam escolher quais serão suas novas relações e funções dentro da
cidade, de acordo com o propósito da “casta”. Nesse momento, o ensinamento
familiar é posto à prova, onde o indivíduo pode se manter em seu grupo ou se
transferir para grupos opostos. Na sociedade, após determinado momento, o
indivíduo sofre um “choque” de realidade e interesses, e por não se enxergar mais
nos moldes de conduta do seu grupo, existe a propensão da troca de ambientes
sociais. Nesse momento, o indivíduo começa a trocar suas relações. Novas
amizades, espaços, comportamentos e interesses são substituídos ou mantidos em
conjunto com os antigos.
Após a escolha do seu novo círculo social, a “audácia”, Beatriz é bombardeada
por novas informações a respeito do modo de agir e da sua nova função. O espírito
aventureiro, corajoso, desbravador e protetor, são inseridos e explorados em sua
nova conduta, objetivando uma nova função dentro da cidade. Dessa forma, podemos
ver como a sociedade pode interferir no comportamento individual do homem a partir
do meio em que se insere. Há um determinismo, onde “o homem é fruto do meio”, já
que não há mais controle do livre-arbítrio do seu comportamento em sociedade,
sempre sendo moldado a manipulação do círculo social que frequenta.
Assim observa-se em “Divergente” os estágios de socialização, da infância a
idade adulta. O caráter de exteriorização, objetivação e interiorização das relações se
mostra presente desde a criação da personagem, com propósitos altruístas
transmitidos pela família a fim de cumprir uma função, até as suas novas relações
dentro de um novo grupo adquiridos no novo meio social. Assim, por mais que haja
uma educação comportamental de base, ao decorrer do tempo novos modelos e
formas de condutas serão adquiridos pelo grupo que faz parte.

Referência bibliográfica:

BURGER, Neill. Divergente. Chicago: Summit Entertainment LLC, 2014. v.


Berger, P.; Luckmann, T. _A construção social da realidade_. Tratado de sociologia do
conhecimento.24. ED. Petrópolis:Vozes, 1965

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