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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS E ENGENHARIAS – CABE


NÚCLEO BÁSICO DE ENGENHARIAS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

1. DISCIPLINA
Laboratório de Química Tecnológica.
2. TÍTULO DA AULA PRÁTICA:
DUREZA DA ÁGUA
3. PERÍODO DO RELATÓRIO:
15 de abril de 2023.
4. DOCENTE:
Prof.ª Dr.ª Anna Carolinna Albino Santos.
5. DISCENTES:
Alexandre Akio, Douglas Kaique de Campos Peron, Gabriel Marasca dos Santos, João Gabriel
Itacaramby, Lauro Virginio de Souza Portela.
6. RESUMO:
Experimentos realizados com o objetivo de determinar a Dureza (D) temporária, ou seja, a
concentração de cátions de cálcio (Ca), de duas amostras de água. A Dureza (D) permanente
referente aos íons de magnésio (Mg) não foi determinada por este experimento. As duas
amostras de água foram coletadas de um poço artesiano (300 mL) e de uma das torneiras (300
mL) do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), campus de Várzea Grande-MT.
Utilizou-se o método de titulação de ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA, do inglês,
Ethylenediamine tetraacetic acid) em laboratório, tamponada cada por uma solução (2,0 mL)
de hidróxido de amônia (NH4OH)/ cloreto de amônio (NH4Cl) em pH= 10,0, e, utilizando-se como
indicador complexométrico Negro de Eriocromo T (C20H12N3O7SNa) para determinação da
presença de concentração de carbonato de cálcio (CaCO3), pois este experimento apenas
determina o valor para a dureza temporária. O experimento replicado por três vezes, sendo 100
mL de água de cada uma das amostras de água supracitadas. Os resultados foram as seguintes
durezas temporárias: para a amostra da água da torneira, D= 128,333 mgCaCO3/L; e, para a
água do poço artesiano, D= 195 mgCaCO3/L. A partir destes resultados, a amostra de água da
torneira pode ser classificada como dura; e a amostra de água do poço, muito dura.
7. OBJETIVO:
Determinar a Dureza (D) temporária de duas amostras de água coletadas do poço artesiano e
de uma das torneiras do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG).
8. INTRODUÇÃO:
Dureza é uma propriedade relacionada à quantidade de íons metálicos de cálcio (Ca-1)
e magnésio (Mg-1) associados aos íons sulfato (So4)2-. Com base nisso, segundo Portaria
2914/2011-Anexo X, do Ministério da Saúde (MS), o limite de dureza da água para
abastecimento é de no máximo 500mg CaCo3/L, no Brasil. (FREITAS et al., 2017)
A dureza pode ser temporária, que diz respeito aos sais de carbonato e bicarbonato e
seus cátions; ou permanente, desta feita pela presença de sais de cloretos, nitratos e outros.
Os primeiros insolúveis em água após o aquecimento; estes últimos, insolúveis. A soma das
duas durezas (temporária + permanente) é chamada de dureza total. (BACCAN apud
MENDONÇA & FLORES, 2017, p. 134)
Para fins de análise, a concentração (mg/L) de carbonato de cálcio (CaCO3) se tornou
a medida para a determinação da dureza da água, expressa em níveis de classificação de
acordos com a tabela abaixo:
Tabela 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS FAIXAS DE DUREZA DA ÁGUA
Qualidade da água Nível de dureza (mg/L de CaCO3)
Água normal < 60
Água moderadamente dura 61 a 120
Água dura 121 a 180
Água muito dura >180
(ALVARADO apud MENDONÇA & FLORES, 2017, p. 134)
Esta tabela foi utilizada para classificar o grau de dureza química das amostras deste
experimento.
9. MATERIAL E MÉTODOS:

Materiais utilizados:
 6 béqueres de 100 mL;
 1 bureta graduada de 25 mL;
 1 proveta de 100 mL;
 1 pipeta de Pasteur de 3 mL;
 6 Erlenmeyers de 250 mL;
 1 espátula;
 1 conjunto suporte universal garras e mufas.
Reagentes:
 100 mL de solução de 0,01 mol/L de EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético);
 10 mL de solução tampão hidróxido de amônio/cloreto de amônio (NH4OH/NH4Cl) de
pH=10;
 100mg de indicador Negro de Eriocromo T;
 300 mL de água coletada da torneira (amostra);
 300 mL de água coletada do poço artesiano (amostra).
Procedimentos:
Dividiu-se as duas amostras de água (300 mL a do poço artesiano e 300 mL a da
torneira) em 6 béqueres com 100 mL cada um, cuja divisão realizou-se com o auxílio da proveta
de 100 mL.
Em seguida, para cada experimento e suas respectivas replicações, calibrou-se a bureta
(devidamente fixada no suporte universal) a fim de se eliminar as bolhas que pudessem
interferir na determinação da volumetria da titulação. Após calibração, acertou-se o volume de
25 mL de EDTA.
Então, para cada béquer de 100 mL procedeu-se, no momento da titulação, a adição de
2,0 mL da solução tampão de hidróxido de amônio/cloreto de amônio de pH=10,0 com a pipeta
de Pasteur e, ato contínuo, com o uso da espátula, a adição na água tamponada, de 1 pitada
de indicador Negro de Eriocromo T.
Agitou-se o Erlenmeyer e em agitação permaneceu enquanto se titulava o EDTA. A
princípio, verificou-se a cor violeta pastel dentro do Erlenmeyer. Após certa quantidade de
EDTA titulada, a solução contida no Erlenmeyer se tornou azul. Neste ponto, cessou-se a
titulação, e, então, anotou-se o volume esgotado da bureta.
Realizou-se este procedimento para os 3 Erlenmeyers de cada uma das duas amostras
em análise.
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As duas amostras de água da torneira e do poço supracitadas, após três procedimentos
de testes de cada uma registraram as seguintes titulações médias de EDTA, respectivamente:
12,833 mL e 19,5 mL.
× ×
Aplicada a equação para determinação da Dureza (𝐷 = × 1000),
chegou-se às seguintes durezas: para a amostra da água da torneira, D= 128,333 mgCaCO3/L;
e, para a água do poço artesiano, D= 195 mgCaCO3/L. A partir destes resultados, segundo a
Tabela 1, a amostra de água da torneira pode ser classificada como dura; e a amostra de água
do poço, muito dura.
Segundo SILVA (2019, p. 42), a Dureza da água interfere no seu gosto, reduz a
formação de espuma e produz incrustação nas tubulações. Isso representa custos à saúde,
prejuízos para o consumo doméstico e comercial/industrial além de representar risco quando
esta água é usada em caldeiras, por exemplo.
As duas amostras apresentaram os graus médio e alto de Dureza, e isso afeta a
qualidade da água tanto para a limpeza quanto para o consumo humano (a água servida nos
bebedouros, por exemplo).
11. CONCLUSÃO:
O objetivo do teste em laboratório foi a determinação da Dureza (D) de duas amostras
de água, do poço e da torneira. O método de titulação de ácido etilenodiamino tetra-acético
(EDTA, do inglês, Ethylenediamine tetraacetic acid) em laboratório, com solução (2,0 mL)
tampão de hidróxido de amônia (NH4OH)/ cloreto de amônio (NH4Cl) em pH= 10,0 e indicador
complexométrico Negro de Eriocromo T (C20H12N3O7SNa) para determinação da presença de
concentração de carbonato de cálcio (CaCO3). As amostras de água submetidas a análise
química apresentaram algum grau de dureza: dura (D=128,333 mgCaCO3/L), para a amostra
de água da torneira, e, muito dura (D=195 mgCaCO3/L), para a amostra da água do poço. A
presença de algum grau de Dureza da água altera sua qualidade, potabilidade e pode causar
prejuízos aos consumidores, pois diminui a produção de espumas por sabões e entope
encanamentos por formar incrustações.
12. REFERÊNCIAS:
FREITAS et al. Entendendo a dureza e qualidade da água através da aprendizagem baseada
em problemas. In XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (XI
ENPEC). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis-SC. 3-6 jul. 2017.

MENDONÇA, Jean Karlo Acosta & FLORES, Jéssica Soares. Desenvolvimento de uma
metodologia simples para determinação da dureza da água. ScientiaTec: Revista de
Educação, Ciência e Tecnologia do IFRS, v. 4, n. 1, p. 133-142, jan.-jun. 2017.
SILVA, A. dos S. Qualidade de água de abastecimento na zona rural de Santa Rita-PB e
propostas de melhoria. João Pessoa: UFPB, 2019. Dissertação (Mestrado em Gerenciamento
Ambiental) Programa de Pós - Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA
da Universidade Federal da Paraíba, 2019.

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