Você está na página 1de 5

QUAL A METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO QUE VAI ADOTAR?

Resolução do PPGDDA n. 01 de 07 de abril de 2021: Art. 2o. A pesquisa deverá ser de natureza
obrigatoriamente interventiva e ter como tema/foco/objeto de investigação um problema
na Área Direito relacionado ao desenvolvimento sustentável, negócios público-privados e
políticas públicas na Amazônia.

§ 1° Respeitada a Portaria Normativa No. 17 e a Portaria No. 60 da CAPES, o Produto Final


poderá ter diferentes formatos e ser constituído de uma parte teórica e uma prática.

Após todos os textos que trataram da intervenção, eu consigo um posicionamento que me


permite afirmar que a metodologia adotada será a pesquisa bibliográfica presente nas
dissertações porque, pessoalmente, pretendo aprofundar-me nos contornos do tema que
comecei a pesquisar.

Dentro desse universo, começo a traçar um diálogo envolvendo a teoria da agência, o


neoinstitucionalismo e a teoria dos sistemas de Niklas Luhmann que está por me fascinar.

A necessidade do aprofundamento nesses temas invariavelmente me levará para a dissertação


interventiva porque a pretensão de apresentar um projeto de lei envolvendo a regulação lato
sensu não invalida o arcabouço teórico decorrente da pesquisa.

PESQUISA COLABORATIVA:
contexto real em que ela é atualizada e os seus componentes

ela impregna e influencia a direção dada às situações de prática

A idéia sobre o docente-prático, em seu contexto de ação e no processo de construção


de conhecimentos ligados ao exercício profissional, é parte constitutiva dos postulados
sobre os quais repousa o conceito de pesquisa colaborativa.

remetendo-se ao projeto teórico ligado ao objeto de pesquisa privilegiado,

em termos das balizas, orientações e ajustes dados ao projeto durante o caminho, na


interação com os docentes

também, aos psicopedagogos e professores participantes, na medida em que contribui


para esclarecer os fatores de sucesso escolar, observados a partir das atividades
educativas extraclasse, desenvolvidas com os alunos

Nosso único propósito é procurar os contornos do campo da docência, no qual o


professor é capaz de exercer o que definimos como “competência de ator em situação”
passível de ser beneficiada no quadro de uma pesquisa colaborativa.
situando-o como um docente reflexivo que aborda sua prática em uma perspectiva de
aperfeiçoamento contínuo

Segundo o ponto de vista adotado, a abordagem colaborativa se define, ao mesmo


tempo, a partir dessa dupla perspectiva: pesquisa e formação.

É do interior desse processo de reflexão e de compreensão, construída acerca de uma


determinada situação prática escolhida pelos docentes, que o pesquisador, na interação
com eles, investiga o objeto de pesquisa (daí a idéia de co-construção).

Com efeito, o processo colaborativo não é uma simples troca de serviços, trata-se de
combinar, numa mesma atividade, o ensino e a pesquisa por meio de uma co-construção
que serve, ao mesmo tempo, para fins de aperfeiçoamento dos professores e de
investigação do pesquisador. É um processo mais complexo, porque os postulados sobre
os quais se assenta o projeto colaborativo trarão conseqüências sobre toda a dimensão
da pesquisa, em suas diferentes etapas.

Em suma, seria mais justo dizer que o processo de investigação, em suas diferentes
etapas, vai consistir na habilidade para correlacionar constantemente o ponto de vista
dos docentes colaboradores (relacionado a um aspecto de sua atuação profissional) com
o quadro teórico em que se orienta o pesquisador, independentemente de ele ter, ou
não, assumido sozinho toda a dimensão da pesquisa.1

Conforme os procedimentos que acabamos de descrever, o pesquisador, ao contrário,


seria um “agente mediador”, movendo-se nos dois mundos para tentar reaproximá-los
ou mesmo criar uma ponte entre as duas culturas de trabalho que eles representam

De início, nos parece que ela contribui para circunscrever, em sua tripla dimensão, os
componentes de uma abordagem sobre a qual os contornos permanecem ainda
relativamente ambíguos.

A primeira dimensão a ser considerada está ligada ao conceito de co-construção, que se


apóia na idéia de docente como “um ator social competente”, isto é, um prático que
exerce um relativo “controle”, dito “reflexivo”, sobre o seu agir

Certamente, as metodologias de pesquisa de campo em sociologia que mais


reconhecem essa parte do ator na construção da realidade são aquelas oriundas da
tradição da fenomenologia social, do interacionismo simbólico e da etnometodologia

De fato, como quer essa corrente de pesquisa, o que é privilegiado é a construção de


“sentido” entre os atores em um dado contexto de atividade social (no caso, os
professores e suas práticas).
Em suma, a amplitude e a intensidade da relação entre o pesquisador e os práticos,
assim como a finalidade de mediação entre as culturas de pesquisa e de prática
sustentam e conferem a especificidade da abordagem colaborativa, que se realiza no
constante diálogo entre os pontos de vista para a co-construção de sentido.

Pode-se dizer, ainda, que nossa concepção de abordagem colaborativa de pesquisa


supõe algum parentesco com a pesquisa-ação, na medida em que, por meio de um
processo sistemático de exploração na ação, ela mobiliza os docentes em torno de um
projeto rigoroso de questionamentos sobre suas práticas

PESQUISA-INTERVENÇÃO E A PRODUÇÃO DE NOVAS ANÁLISES


Segundo Barros (1994a), Lewin também desestabilizava o mito da objetividade na
produção do conhecimento, ressaltando que a implicação do pesquisador está presente
no processo da investigação e que, por estar incluído no campo, sua ação (entrevistas,
questionários, dinâmicas, análises de dados e devolução das informações obtidas)
modifica o objeto estudado.

Lewin procura, nos mecanismos de estimulação e competição introduzidos pela


pesquisa-ação desenvolvida na Harwood Manufacturing Corporation em 1939,
aumentar a produtividade das operárias

A pesquisa ganha uma dimensão utilitária e o pesquisador, o papel de agente facilitador


do amadurecimento das relações humanas.

Entendida como uma ação que visa a mudanças na realidade concreta com uma
participação social efetiva, a pesquisa-ação crítica está centrada no agir, através de uma
metodologia exploratória, tendo seus objetivos definidos no campo de atuação pelo
pesquisador e pelos participantes

Os dados são sempre provisórios e se aplicam a grupos de pequena e média dimensão.

os pesquisadores não está diretamente ligada à diferença entre as metodologias da


pesquisa participativa (PP) e da pesquisa-ação (PA), mas entre as pesquisas
participativas e não participativas.

PA é uma forma de PP, mas nem todas as PP são PA:

A PP se preocupou sobretudo com o papel do investigador dentro da situação


investigada e chegou a problematizar a relação pesquisador/pesquisado no sentido de
estabelecer a confiança e outras condições favoráveis a uma melhor captação de
informação. No entanto, os partidários da PP não concentraram suas preocupações em
torno da relação entre investigação e ação dentro da situação considerada. É justamente
esse tipo de relação que é especificamente destacado em várias concepções da PA. A
PA não é apenas PP, é um tipo de pesquisa centrada na questão do agir”
o fundamental nas pesquisas participativas é que o conhecimento produzido esteja
permanentemente disponível para todos e possa servir de instrumento para ampliar a
qualidade de vida da população.

A pesquisa-intervenção consiste em uma tendência das pesquisas participativas que


busca investigar a vida de coletividades na sua diversidade qualitativa2 , assumindo uma
intervenção de caráter socioanalítico.

A pesquisa afirma, assim, seu caráter desarticulador das práticas e dos discursos
instituídos, inclusive os produzidos como científicos, substituindo-se a fórmula
“conhecer para transformar” por “transformar para conhecer” (Coimbra, 1995).

Nesse sentido, o conhecimento é tanto generalizante quanto singular, uma vez que
prioriza regularidades, ignorando as diferenças, mas é também fruto de
engendramento, de estabelecimento de relações entre os objetos.

A postura crítica desenvolvida a partir das referências macrossociais, que buscam


relacionar a razão, a funcionalidade e os resultados de uma determinada forma de
organização ao contexto sócio-político e econômico, pode significar um primeiro passo
facilitador para as análises das atividades realizadas no cotidiano.

Um primeiro desafio encontra-se na própria concepção de realidade que adotamos em


nossa vida cotidiana, considerada como o conjunto de tudo aquilo a que se pode ter
acesso, que se dá à observação como matéria concreta. Nessa perspectiva, para pensar
as modificações da realidade, o apoio está nas possibilidades que se encontram
reguladas e limitadas por leis naturais, por princípios não contraditórios, ou seja, o
possível que permeia a realidade concreta e que é nascedouro de suas mudanças já
estaria inscrito na ordem do existente, enquanto potencialidade ainda ocultada.

Procedemos, desse modo, à crítica ao estatuto da Verdade, interpelando o poder das


teorias, das organizações e das formas constituídas no que tange ao conhecimento e às
relações sócio-institucionais, frente à realidade complexa e diferenciada

PESQUISA-AÇÃO: UMA INTRODUÇÃO METODOLÓGICA


pessoas sempre investigaram a própria prática com a finalidade de melhorá-la

É difícil de definir a pesquisa-ação por duas razões interligadas: primeiro, é um processo tão
natural que se apresenta, sob muitos aspectos, diferentes; e segundo, ela se desenvolveu de
maneira diferente para diferentes aplicações.

s. Seus orientadores de pesquisa, ainda que considerando que ela é pesquisa (e não, por
exemplo, desenvolvimento profissional), não consideram o que vêem ser chamado de pesquisa-
ação metodologicamente, rigorosa o bastante para produzir uma tese de pesquisa de grau
superior.
pesquisa-ação, tal como “identificação de estratégias de ação planejada que são implementadas
e, a seguir, sistematicamente submetidas a observação, reflexão e mudança”

“pesquisa-ação é uma forma de investigação-ação que utiliza técnicas de pesquisa consagradas


para informar a ação que se decide tomar para melhorar a prática”,

Isso posto, embora a pesquisa-ação tenda a ser pragmática, ela se distingue claramente da
prática e, embora seja pesquisa, também se distingue claramente da pesquisa científica
tradicional, principalmente porque a pesquisaação ao mesmo tempo altera o que está sendo
pesquisado e é limitada pelo contexto e pela ética da prática.

A pesquisa científica, o mais das vezes, é discutida no sentido formal de teorização indutiva e
dedutiva. Esses processos são por certo utilizados na pesquisa-ação, não porém para produzir
conclusões e previsões positivistas, que são muito diferentes de bons julgamentos profissionais.

Você também pode gostar