Você está na página 1de 18

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências

Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio


do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico
num clima mais quente.
A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do
clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica.
O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito
no mundo.
“Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem
projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo.
No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes
conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela
região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora
d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer
com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente
aquático aumenta.
Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para
respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de
carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global.
Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer
mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...].
A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao
aquecimento estão no
DNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de
anos, quando o clima era mais quente.
Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os
peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam
nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os
cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas.
Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos.
RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-simulara-aquecimento-amazonico-e-
suasconsequencias.
shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.
No trecho “(ou seja, só existem naquela região)” (5° parágrafo), os
parênteses foram usados para

A) apresentar uma opinião do autor.


B) contestar uma informação.
C) exemplificar uma situação.
D) explicar o significado de um termo.
E) introduzir outra temática.
Item certo

D
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pesadelo profissional

– Tem brevê? Sem brevê, o voo é clandestino.


– Se tem, nunca me falou. Olha, meu marido reapareceu.
Nossa! Está voando de costas.
Parece avião da esquadrilha da fumaça... Depressa, ele não
consegue baixar o trem de pouso...
Depressa, por favor. Mande uma guarnição com urgência. Não
esqueçam de trazer a escada Magirus... E umas almofadas para
amaciar a queda. Ah, a rede! Por favor, tragam a rede... Oh,
cuidado, Argemiro! Argemiro, cuidado, abra as asas, Argemiro...
Argemiro! Argemirooo!
Argemiro, o bombeiro, acordou com a sirene do quartel
tocando. Deu um salto, saiu correndo em direção à viatura
vermelha. Sinal de fogo em algum lugar da cidade. Suspirou
aliviado. Ainda bem que era incêndio. Detestava esse tipo de
pesadelo, mulher telefonando para dizer que o marido estava
voando. Principalmente, porque o marido tinha sempre o mesmo
nome que ele, Argemiro, o bombeiro. O psicólogo da corporação
disse que era normal ter sono agitado daquele jeito, pesadelo
profissional...
No dia seguinte, no jornal, a notícia estranha: um homem havia
caído das nuvens ao lado da fábrica [...].
Argemiro esfregou os olhos para ver se não estava sonhando.
DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
No trecho “Argemiro! Argemirooo!” (final do 4° parágrafo), o uso
dos pontos de exclamação sugere

A) curiosidade.
B) decepção.
C) desespero.
D) medo.
E) raiva.
Item certo

C
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quanta pressa!

Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de vc viajar


que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias
antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O
Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?
Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?
:-*
Mônica
PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo: Salesiana, 2006. Fragmento.

No trecho “Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!”, a
pontuação empregada sugere
A) aceitação.
B) compreensão.
C) dúvida.
D) entusiasmo.
E) indignação.
Item certo

E
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quero um brinquedo

[...] No Natal eu sinto uma dor mansa, saudade da infância que não
volta mais. Saudade do meu pai, armando o quebra-cabeça com a
gente... Saudade das tardes na praça das três paineiras, carretilha na
mão, pés no chão, papagaio no céu. Saudade dos piões zunindo no ar
e girando na terra...
A saudade me levou a abrir a porta do armário dos brinquedos
velhos. Lá estão todos eles, do jeito como os deixei: silenciosos,
eternos, fora do tempo. São como eram. Brinquedos não envelhecem.
Acordam do seu sono e me olham espantados, ao notar as marcas do
tempo no meu rosto. E zombam de mim, com uma acusação: “Bem
feito! Esqueceu da gente, parou de brincar, envelheceu de repente!”
Mas logo se apressaram a me consolar, vendo a minha tristeza: “Mas
pra velhice tem um remédio que só nós guardamos. É só tomar: o
tempo começa a rodar para trás e vapt-vupt, o velho fica menino de
novo. E esse remédio se chama brincar. Venha brincar conosco!”
ALVES, Rubem. A maçã e outros sabores. 4ª ed. São Paulo: Papirus, 2005.

No meio do 1° parágrafo desse texto, as reticências utilizadas sugerem

A) dúvida.
B) incerteza.
C) insatisfação.
D) lembrança.
E) tristeza.
Item certo

E
(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O eco e a vida: um conto de paz

Certo dia os inimigos se encontraram em uma esquina da vida.


Eram dois e viviam batendo de frente. Raiva, impasse e intriga.
O primeiro dobrou uma rua. O outro, curvou na que estava, deu uns
poucos passos e pensou:
– Não é possível que isso vá ficar assim... Não, não vou deixar
barato. Deu meia volta e começou a seguir o outro, até que este saiu
fora da cidade, que ficava entre árvores e montes, ladeada por serras.
Queria pegá-lo só para que não houvesse testemunhas.
E o outro gritou enraivecido:
– Ei, rapaz!
E o eco ecoou:
– Paz... Paz... Paz...
O primeiro olhou para traz com um sorriso nos lábios e outro no
coração. Avistou, ao longe, aquele que lhe interveio e, querendo
confirmar o que seus ouvidos ouviram, perguntou em tom ameno,
coisa que há muito tempo não existia entre os dois.
– Tá falando comigo?
E o eco ecoou:
– Amigo... migo... migo...
E o outro, perdido naquilo que seria o seu elemento surpresa,
respondeu brandamente e com certa comoção:
– Não, é que eu te vi agora há pouco e queria te perguntar...
E começaram a dialogar, como há muito tempo não faziam.
MOREIRA, Maria Aparecida Antunes. Disponível em: <http://www.mundojovem.com.br/datas-comemorativas/amizade/artigo-
amizade-o-eco-e-a-vida-um-conto-de-paz.php>. Acesso em: 13 mar. 2011.
No trecho “– Paz... Paz... Paz...” (7° parágrafo), as reticências foram
usadas para

A) demonstrar monotonia.
B) destacar o uso de uma expressão.
C) indicar o prolongamento do som do eco.
D) marcar a continuidade de uma ação.
E) sugerir surpresa.
Item certo

Você também pode gostar