INFOGRÁFICO

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Ciclo de vida de
uma empresa
Empreender, verbo transitivo direto, significa Antes de detalharmos melhor todos os
decidir realizar uma tarefa difícil e trabalhosa, aprendizados que eles irão compartilhar
colocar em execução, “realizar uma travessia conosco ao longo dos episódios, vale destacar
arriscada”. aqui o quão importante é também conhecer
como funciona o Ciclo de Vida de uma
Assim como o verbo propriamente diz,
empresa e como planejar o máximo possível,
empreender é realmente desafiador e requer
passando por todas as etapas, seja no início de
arriscar, seja começando com poucos recursos,
tudo, ao tirar a ideia do papel, até a inauguração
aprendendo e se desenvolvendo junto com
propriamente dita do negócio.
esse processo e crescendo na medida que o
negócio também evolui.

Afinal, dependendo do momento financeiro Mas, afinal, o que é Ciclo de Vida?

e econômico que um país está vivendo, as
pessoas encontram boas oportunidades ao
empreender, certo? Mas também é preciso Sabemos que, assim como nós, seres vivos, as
estar muito disposto a vivenciar diversos empresas também são “vivas”, pois nascem,
cenários e a lidar com algumas dificuldades crescem e podem morrer se não forem bem
durante esse caminho! administradas ou se não conseguirem se
adaptar ou se recuperar de determinados
É nesse Estudo de Caso que teremos
cenários que possam vivenciar. E assim é o
informações preciosas de dois amigos que
ciclo de vida de uma empresa, composto por
começaram praticamente do zero, arriscaram,
etapas pelas quais uma empresa pode passar.
colocaram a “mão na massa” pra tornar realidade
uma ideia inovadora e que deu muito certo, em
meio a muitos erros, acertos e aprendizados.

Podemos encontrar diversas maneiras e teorias
de vários autores sobre essas etapas, mas uma
das mais abordadas até hoje é a do fundador
de um instituto em Santa Mônica, na Califórnia,
o autor Ichak Adizes, muito conhecido pela
sua metodologia de diagnóstico e terapêutica
para mudanças organizacionais e culturais. Sua
teoria sobre o Ciclo de Vida das Organizações
busca mostrar como direcionar esforços para
fazer as modificações necessárias em cada
fase de uma organização.
Adizes traz em seu método um ciclo com diversas
etapas. Então, antes de as detalharmos, vamos
ilustrar um ciclo relativamente mais simples,
que pode servir de orientação para identificar
em que etapa seu negócio se encontra e como
melhor aproveitar seus esforços em cada uma
delas:
CICLO DE VIDA
DAS EMPRESAS
1
INTRODUÇÃO OU ESTÁGIO
EMBRIONÁRIO
Fase do início das operações:
• Crescimento mais lento;
• Demanda baixa de clientes;
• Necessidade de investimentos;
• Desenvolvimento de produtos.
Direcionar esforços para:
• Organizar as instalações;
• Contratação e treinamento de colaboradores;
• Elaboração de plano estratégico;
• Planejar a divulgação da inauguração.
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2
CRESCIMENTO
Fase de aumento da demanda
e lucros positivos:
• A demanda aumenta graças à entrada de
novos clientes;
• Início de reconhecimento da empresa, marca
ou produto pelo mercado e consumidores.
Direcionar esforços para:
• Investir em melhorias para fidelizar clientes;
• Analisar a necessidade de aumentao quadro
de colaboradores;
• Controlar bem o fluxo de caixa.
3
MATURIDADE
Resultados mais consistentes.
• A empresa passa a “se pagar”
e até mesmo a ter lucros;
• Clientes fidelizados;
• Bom posicionamento da marca
ou produto no mercado.
Direcionar esforços para:
• Entender o que está dando certo e buscar
manter os resultados;
• Melhorar processos e otimizar a qualidade da
marca ou produto;
• Investir em atendimento ao cliente para
manter os fidelizados e ampliar a carteira.
4
DECLÍNIO
Fase em que a concorrência
está melhor posicionada.
• As inovações dos concorrentes acontecem
mais rápido.
Direcionar esforços para:
• Superar as dificuldades;
• Sair da fase atual mais fortalecida;
• Focar em planos de ações efetivos que
tragam um retorno no curto prazo.
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“Crescer significa a capacidade de

lidar com problemas maiores e mais
complexos”. namoro

Ichak Adizes

infância
Segundo Adizes, as organizações são
constituídas para que, durante o seu ciclo
de vida, sejam competitivas no mercado,
realizando gestão de seus negócios com visão
capaz de diagnosticar e solucionar problemas toca-toca
normais e também anormais, com o objetivo de
permanecerem sempre no que ele denomina
como Estágio de Plenitude.
adolescência
Durante todo o seu ciclo de vida, as organizações
enfrentam diversas dificuldades, que estão
diretamente relacionadas a cada estágio em
que vivem, bem como problemas usuais de
transição ao saírem de um estágio e passarem
para outro. Então, devem aprender a lidar com
plenitude
os problemas para evitar “adoecerem” e, assim,
declinarem ou até mesmo prejudicarem seu
pré-
crescimento. burocracia
Através da metodologia que Ichak Adizes estabilidade
sugere, é possível distinguir os diferentes tipos
de problemas das organizações, evidenciando
o ciclo de vida e caracterizando, assim, o estágio
que a empresa se encontra, para que, com
isso, os gestores possam atuar efetivamente, burocracia
determinando ações para resolver problemas,
aristocracia
crescer, amadurecer e, então, atingir o estágio
de plenitude, com os riscos de envelhecimento
mapeados.

Essa metodologia visa manter a empresa no

estágio de plenitude “para sempre”, desde
que esta se “rejuvenesça” de forma contínua, e
morte
está estruturada nas seguintes fases: Namoro,
Infância, Toca-Toca, Adolescência, Plenitude,
Estabilidade, Aristocracia, Pré-Burocracia,
Burocracia e Morte.

Mas como se preparar para cada
fase desse ciclo e também ter a
estratégia adequada para melhor
vivenciá-lo?
1. No Namoro, o que existe é a ideia, a vontade
de fazer acontecer, e aqui o objetivo deve ser
entender a necessidade do mercado e alinhar
sua ideia a ele. Manter-se realista, entendendo
que enfrentar riscos será inevitável é importante
nessa fase.
A estratégia ideal nessa fase está voltada para
sanar as dúvidas existentes quanto à ideia
que irá sair do papel e se tornar um negócio,
questionando sempre “O que se pretende
fazer, exatamente?”, “Como será feito?”, “Quando
devemos fazer?”, “Qual é o nosso principal
objetivo?”.
Somente após assumir riscos substanciais é
que uma empresa nasce!
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2. Na Infância, a empresa já existe, mas
ainda não possui muitos processos, sistemas,
pedidos, orçamentos. Então, para que
sobreviva, é necessário a ingestão de capital
de giro, amor e dedicação, assim como o nome
mesmo remete, bem similar aos cuidados dos
pais com uma criança.
A estratégia aqui deve ser a preocupação com
os resultados, principalmente com as vendas,
visto que, pela falta de processos, sistemas
e até mesmo normas, o negócio está muito
vulnerável e, por estar no início, pode haver
muitos erros em função da falta de experiência
e preocupações, visto que o dinheiro ainda é
curto. É importante a dedicação dos donos e
sócios nesse momento, presentes efetivamente
frente às atividades, sem perder o foco e a
motivação.
3. Na fase Toca-toca, também conhecida como
pré-adolescência, a ideia está em andamento e
tomando forma. O fluxo de caixa está melhor e
as vendas estão aumentando.
A estratégia aqui deve ser o crescimento,
ampliar a carteira de clientes, fidelizar os
que já estão comprando, bem como exercer
a delegação de atividades operacionais e
começar a focar mais na gestão.

4. A fase Adolescência corresponde a um
tipo de renascimento, pois, passadas as fases
anteriores - que são mais “turbulentas” -, o foco
deve ser delegar mais as tarefas e também ter
pessoas preparadas para executar a gestão.
A estratégia aqui deve ser solucionar possíveis
conflitos que apareçam relacionados às metas
e resultados e evitar que a energia fique
desgastada internamente e atrapalhe o foco no
externo, que são os clientes. Formar equipes e
garantir que os objetivos primordiais tenham
sido transmitidos para todos de forma clara,
liberando o empreendedor de determinadas
funções ou tarefas, bem como estar preparado
para a fase de plenitude.
5. Na fase Plenitude, a empresa efetivamente
alcançou o equilíbrio entre autocontrole e
flexibilização, pois possui sistemas estruturais
e funcionais, está orientada para resultados,
possui clientes satisfeitos, consegue se
manter crescendo e mantem ou aumenta sua
lucratividade, podendo até expandir.
A estratégia nessa fase é a mais desafiadora,
ou seja, o foco deve ser permanecer nessa
fase, através do fortalecimento do espírito
empreendedor e da manutenção do sistema
administrativo e da institucionalização da
liderança com sucesso.
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6. Na fase Estabilidade, a organização ainda é
forte, mas pode começar a perder flexibilidade
e o espírito criativo para inovar.
A estratégia nessa fase deve ser aumentar
a conscientização para que as pessoas não
percam seu direcionamento.
7. Na fase Aristocracia, pode ocorrer uma certa
acomodação aliada a uma postura magnânima
em relação aos negócios e, apesar de ter alto
fluxo de caixa, o nível de inovação é baixo.
A estratégia, aqui, deve ser discutir ações
efetivas para que as inovações sejam retomadas,
os clientes se mantenham satisfeitos e os
colaboradores se mantenham motivados e não
se acomodem.
8. Na fase Pré-Burocracia, pode ocorrer um
direcionamento de foco em encontrar culpados
e não em solucionar problemas, o que pode
prejudicar o andamento do negócio.
Portanto, a estratégia aqui é que todas as
pessoas que estejam com negativismo ou com
uma ineficiência que prejudique os resultados,
deve imediatamente ser afastada.
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9. Na fase Burocracia e na fase Morte,

geralmente a empresa é mantida viva pelo
monopólio que detém em relação a algumas
atividades, como, por exemplo, clientes
fidelizados que seguem consumindo seu
produto ou serviço. Já a morte ocorre quando
nenhum dos colaboradores, nem mesmo os
donos da ideia inicial estão comprometidos
com o negócio.

“...a gente foi começando, foi errando

muito e aprendendo muito com o erro,
acho que isso é uma característica que
a gente tem, por termos sempre vivido
muito na escassez, sem praticamente
nenhum recurso, a gente teve que ser
muito autodidata...”

Altino

Já deu para notar que teremos muito

aprendizado neste Estudo de Caso, não é
mesmo? Então, que tal colocar em prática
essa vivência toda que esses dois amigos
compartilharão conosco nessa jornada para
que, ao aprender com os erros que eles
mesmos vão contar como cometeram, você,
enquanto empreendedor, possa se aprimorar e
acertar muito mais nessa sua jornada!
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REFERÊNCIAS
1. https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/AP/Anexos/
Sebrae-Ciclo_de_Vida.pdf - Acesso em Agosto.22

2. Adizes, Ph.D., Ichak. Os ciclos de vida das organizações. Adizes Institute.

1988.

3. https://fatece.edu.br/arquivos/arquivos-revistas/empreendedorismo/
volume2/6.pdf - Acesso em Agosto.22

4. https://pme.estadao.com.br/blogs/blog-do-empreendedor/a-busca-da-
vida-longa-e-prospera-de-uma-empresa/ - Acesso em Agosto.22

5. https://www.mckinsey.com/business-functions/operations/our-insights/
continuous-improvement-make-good-management-every-leaders-daily-
habit/pt-BR - Acesso em Agosto.22