Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROPÓSITO
Descrever a mudança organizacional, a transformação digital e a manutenção dessa
transformação em empresas tradicionais.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Empresas tradicionais que precisam enfrentar concorrentes disruptivos devem ingressar na
transformação digital por meio de uma mudança organizacional que, se for preciso, deve
mudar as estruturas da empresa, relações de trabalho, estratégia e proposição de valor.
Entretanto, além desse desafio, as empresas precisam conseguir manter essa transformação.
Para isso, é muito importante realizar a gestão eficiente e a ética dos dados que podem ser
coletados na rede para agregar valor ao negócio.
MÓDULO 1
PROCESSO DE MUDANÇA
“A transformação digital não é sobre tecnologia; é sobre mudança”.
A frase que abre a edição brasileira do livro Qual o seu modelo digital de negócio?, de Peter
Weill e Stephanie L. Woerner (2019) revela muito sobre a importância da mudança na era
digital. Por isso, antes de compreendermos a mudança para a era digital, é importante destacar
alguns pontos relevantes sobre o processo de transformação nas empresas.
A mudança na organização é um assunto extremamente estudado e que nos oferece uma rica
literatura para compreensão desse fenômeno. Como qualquer assunto complexo amplamente
pesquisado, a mudança organizacional possui diversas tentativas de definições que implicam
tanto a intencionalidade, quanto a profundidade da mudança, passando pelo impacto nos
resultados, cultura, estrutura ou ambiente da organização.
Após um grande esforço de compilar diversos estudos sobre o tema, propõe-se que a mudança
organizacional é:
O DESCONGELAMENTO (UNFREEZE)
A MUDANÇA (MOVE)
O RECONGELAMENTO (FREEZE)
Uma empresa tradicional, ao se deparar com uma concorrente disruptiva, pode responder de
seis maneiras distintas divididas em duas estratégias:
DIVERSIFICAÇÃO DO PORTFÓLIO.
Transformação digital: repensando o seu negócio para a era digital. David L. Rogers, 2017,
p.218. Adaptado por Heloise Godinho
Alternativa para proposição de valor.
Ao observar a matriz, podemos perceber que, para mover-se da “Posição atual” (propostas
atuais para os clientes atuais) e desenvolver novas estratégias, é possível adotar três possíveis
rotas:
Nesse sentido, em um mercado estagnado ou em retração, uma empresa pode adotar uma das
três rotas.
COMENTÁRIO
Cabe ressaltar que uma empresa não precisa (e nem deve) esperar que as mudanças atinjam
seu negócio ou a sua empresa. Em um mundo com mudanças rápidas e frequentes, gestores
devem se antecipar para posicionar sua proposta de valor.
Transformação digital: repensando o seu negócio para a era digital. David L. Rogers, 2017,
p.233. Adaptado por Heloise Godinho
Mapa da proposta de valor.
Seguindo o mapa da proposta de valor, uma empresa deve começar a adaptar sua proposta de
valor identificando os principais tipos de clientes de acordo com os diferentes tipos de valor
que recebem da organização. Essa diferenciação pode seguir critérios utilizados na
segmentação de clientes ou não.
EXEMPLO
Uma empresa voltada para o público infantil deve entregar propostas de valor diferentes
para as crianças (diversão, fantasia, imaginação, brincadeiras lúdicas) e para os pais
(credibilidade, segurança).
Uma editora de livros infantis deve se preocupar em ter publicações que atraiam as crianças
considerando a imaginação, vocabulário, fantasia e simultaneamente os pais, com textos bem
escritos, que possam ensinar ou divertir as crianças, adequados para a idade.
Desse modo, uma mesma empresa deve se preocupar em entregar valor para diferentes
públicos.
Os critérios citados nos exemplos anteriores nos ajudam a compreender o segundo passo,
quando a empresa deve definir a proposta de valor atual de seus clientes. Um bom começo
é relacionar os elementos de valor, os benefícios que os diferentes grupos de clientes obtêm do
relacionamento com a empresa.
ATENÇÃO
Title: Shutterstock.com
É preciso estar atento para não confundir os benefícios com uma relação dos produtos e/ou
serviços. Um bom livro infantil pode entregar valor por meio do aprendizado ou da diversão. De
posse dos elementos de valor, é possível montar a proposta de valor total.
O terceiro passo para adaptação da proposta de valor é identificar as ameaças que podem
atingir o consumidor que se relaciona com sua empresa, pois podem enfraquecer a percepção
de valor para ele.
O valor ofertado por uma empresa pode tornar-se menos importante ou ser substituído por
outro.
ATENÇÃO
A quarta etapa prevê que a empresa avalie os atuais elementos de valor. Para isso, é
importante revisitar a segunda etapa, de posse da relação dos elementos de valor, e perguntar
se, de alguma maneira, esse elemento poderia ser uma fonte de maior ou menor valor para o
cliente. A partir desse levantamento, a empresa pode posicionar seus elementos de valor para
identificar se apresentam valor crescente ou não.
A quinta etapa para adaptação da proposta de valor consiste na geração de novos elementos
de valor potencial. Em outros termos, pensar como novas tecnologias, por exemplo, podem
trazer novos elementos de valor. Ou seja, a empresa pode se perguntar como as novas
tecnologias podem ajudar a criar valor para os clientes. Da mesma forma, identificar as
tendências socioculturais ou de negócios dos clientes e também as necessidades insatisfeitas
dos clientes. É nesta etapa que as empresas devem pensar como propor valor considerando
as mudanças que identificou. Novas tecnologias, como a difusão dos dispositivos móveis e
internet, podem apresentar novos elementos de valor para a mesma editora de livros que
procura oferecer o valor por meio da leitura de livros em qualquer local.
Por fim, a empresa deve sintetizar uma nova proposta de valor prospectiva separada em
quatro camadas de elementos:
CENTRAIS
São a força da organização.
DEBILITADOS
Ainda possuem valor, mas perdendo impacto para os clientes.
DESESTRUTURADOS
São aqueles que sofreram maior impacto e perderam o valor para o cliente.
NOVOS
São os que deverão ser criados para entregar valor ao cliente.
Para gerar esses novos elementos, é importante analisar as áreas de novas tecnologias, as
tendências do ambiente e as necessidades insatisfeitas dos clientes. Nessas três áreas de
inovação é que se torna possível a criação de valor.
Imagem: Shutterstock.com
Quase tão importante quanto a transformação digital é manter as práticas digitais incorporadas
à cultura da organização e garantir que as pessoas, processos e a organização não retomarão
velhos costumes de sua zona de conforto.
Para sustentar essa transformação, é importante que os gestores monitorem três aspectos da
mudança, que podem suportar a manutenção da empresa na era digital.
A Samsung, por exemplo, criou estratégias de recompensas para os clientes que se tornassem
defensores da marca.
Quantidade de visitas
Quantidade de clicks
Origem do tráfego
Quantidades de compras
Quantidade de seguidores/fãs
Quantidade de comentários/respostas
Quantidade de compartilhamentos
Engajamento
Quantidade de visualizações
Por meio deles, a empresa será capaz de medir seus resultados, o nível de inserção de sua
estratégia digital e de engajamento com seus consumidores. Após a identificação de falhas, é
importante criar processos de revisão interativos de medição e correção dos processos.
TRANSFORMANDO A ERA DIGITAL
No vídeo a seguir, demonstraremos como as empresas tradicionais podem fazer a mudança
para a era digital.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EMPRESAS TRADICIONAIS QUE PRETENDEM ADOTAR ESTRATÉGIAS
DIGITAIS PODEM IMPLEMENTAR PROJETOS ESTRUTURADOS DE
MUDANÇA ORGANIZACIONAL. NESSE SENTIDO, MARQUE A OPÇÃO
QUE APRESENTA UMA DEFINIÇÃO CORRETA DE MUDANÇA
ORGANIZACIONAL.
D) Mudança organizacional é o nome dado quando ocorre uma fusão ou aquisição entre duas
empresas de portes similares.
E) Mudança organizacional é o processo pelo qual as empresas passam sempre que precisam
se profissionalizar abandonando a gestão amadora.
A) As metas e os objetivos não têm influência sobre a manutenção da estratégia digital, pois
isso depende apenas do comportamento das pessoas.
B) É importante construir habilidades para a era digital, alinhar metas e recompensas com os
objetivos digitais e estabelecer indicadores e monitorá-los.
C) Para desenvolver habilidades digitais, a empresa deve renovar completamente sua força de
trabalho.
GABARITO
1. Empresas tradicionais que pretendem adotar estratégias digitais podem implementar
projetos estruturados de mudança organizacional. Nesse sentido, marque a opção que
apresenta uma definição correta de mudança organizacional.
A mudança organizacional pode ser definida como qualquer mudança, voluntária ou não, que
altera os elementos organizacionais, trazendo impactos positivos ou negativos para a empresa.
2. A manutenção da estratégia digital pode ser obtida por meio de três aspectos. Sobre
isso, marque a opção correta:
A manutenção da estratégia digital pode ser obtida pelo monitoramento de três aspectos: a
construção de habilidades digitais, seja pela contratação ou desenvolvimento interno dos
trabalhadores; um alinhamento entre meta, recompensa e objetivos da estratégia digital e o
estabelecimento de indicadores adequados para medir o sucesso de sua estratégia digital e o
constante monitoramento.
MÓDULO 2
BIG DATA
De maneira literal, “Big Data” poderia ser traduzido como grandes dados ou uma grande
quantidade de dados. Ou seja, faz referência ao volume de dados disponíveis para as
organizações basearem suas decisões.
No modelo tradicional, no período pré-digital, as empresas precisavam atuar fortemente na
geração de dados. Elaboravam pesquisas junto aos consumidores, faziam monitoramento de
mercado, coleta de dados em pontos de venda com o intuito de obter o máximo possível de
informações sobre o comportamento dos consumidores. Além de um escopo limitado, essa
geração de informações era pontual e dispendiosa. Empresas precisavam investir grandes
somas de dinheiro, por vezes contratar outras empresas especializadas em pesquisas,
monitoramento e modelagem de mercado. Como resultado, a empresa obtinha dados
estruturados, organizados e gerenciados, normalmente, por um setor específico da empresa.
É perceptível que, na era digital, os dados são gerados continuamente de maneira gratuita por
usuários e demais atores envolvidos no processo (fornecedores, órgãos governamentais etc.).
A partir daí, podemos pensar a quantidade de dados disponível para que as empresas tomem
suas decisões. Imagine a rede mundial de computadores com centenas de milhões de sites,
bilhões de comentários em redes sociais, milhões de dispositivos conectados trocando
informações.
Imagem: Shutterstock.com
Em virtude disso, alguns autores propõem quatro elementos que, apenas analisados
conjuntamente, podem dar a dimensão do que é o Big Data:
Volume
Velocidade
Variedade
Veracidade
VOCÊ SABIA
O volume de dados gerados na era digital supera largamente o volume gerado antes da
disseminação da Internet. Em uma pesquisa, a IBM estimou que 2,5 quintilhões de dados eram
gerados diariamente.
COMENTÁRIO
Ainda que não haja uma quantidade limite para a definição de Big Data, o termo refere-se
comumente a uma grande quantidade de dados que demandam grande arquitetura para seu
armazenamento e gerenciamento.
Em paralelo, esses dados também são gerados rapidamente. Essas duas variáveis estão
interligadas, pois, quanto mais rápidos os dados são gerados, maior o volume alcançado.
Estima-se que a cada minuto sejam feitos mais de 400 mil tuítes ou ainda que 90% dos dados
disponíveis hoje foram criados apenas nos últimos dois anos.
Os dados agora são gerados de modo ininterrupto por todos os usuários da rede de maneira
voluntária e gratuitamente.
EXEMPLO
Quando utilizam aplicativos como Waze, usuários estão fornecendo, em tempo real, sua
localização, destino, velocidade. Dessa maneira, a velocidade diz respeito também à
velocidade com que esses dados são processados. Para informar a situação do trânsito, o
mesmo aplicativo precisa coletar os dados enviados por milhares de dispositivos, processá-los
e criar uma informação sobre como está o trânsito.
Não apenas a quantidade, mas a variedade de dados oriundos das mais diversas fontes, com
naturezas completamente distintas torna-se relevante na compreensão do que é o Big Data.
Desde comentários em redes sociais, históricos de compras, reclamações, até fotos, vídeos e
áudios, passando por grandes bases de clientes e documentos.
A rede mundial de computadores oferece acesso a uma caótica quantidade de dados
estruturados, semiestruturados ou não estruturados.
A variedade não se refere apenas à natureza diversa desses dados, mas também à forma
como estão dispostos na rede. Isso pode demandar esforços da organização no sentido de
coletar e organizar os dados de maneira estruturada. Contudo, não são apenas o volume, a
velocidade e a variedade que compõem o Big Data.
EXEMPLO
As fake news divulgadas em redes sociais e compartilhadas de maneira descriteriosa por parte
das pessoas são um exemplo de dados imprecisos, incertos e não confiáveis.
Notamos, portanto, que o Big Data não se refere especificamente a uma tecnologia ou a um
simples banco de dados. Em outros termos, o volume e variedade de dados autênticos gerados
a uma velocidade nunca experimentada poderiam ser considerados Big Data, desde que
possam ter sua veracidade verificada e agreguem valor ao negócio.
Big Data não diz respeito a uma grande quantidade de dados disponível na rede, ou sequer
salva em algum servidor. Quando utilizamos essa expressão, procuramos dar conta não
apenas do volume, mas da variedade, velocidade e a veracidade necessária para que esses
dados possam contribuir para a estratégia corporativa.
Portanto, ao nos referirmos ao Big Data, procuramos incluir toda a complexidade que essas
características impõem às organizações que vislumbram atuar na era digital, considerando os
benefícios e os desafios dessa nova maneira de lidar com os dados.
ANALISANDO OS DADOS
Como dito, apesar da grande profusão dos dados, em muitos casos, esses surgem
desestruturados e desorganizados, demandando um trabalho de coleta e análise dos dados
antes de serem utilizados pelas organizações. Existem diversos métodos para análise dos
dados relevantes para a tomada de decisão.
Uma análise bem feita deve começar pela coleta seguida pela preparação dos dados. A forma
como esses dados serão coletados depende, obviamente, da fonte em que esses dados estão
disponíveis. Diversas ferramentas estão à disposição para extração de informações e
mineração dos dados nas redes sociais, sites e documentos prontos na rede.
Tão importante quanto saber quais dados são importantes é ter conhecimento sobre onde os
encontrar, ou seja, sua fonte.
Redes sociais podem fornecer informações relevantes sobre o comportamento das pessoas,
sistemas jurídicos podem oferecer documentação de processos, enquanto órgãos públicos
como IBGE, por exemplo, podem fornecer dados censitários, renda e composição familiar.
ATENÇÃO
As organizações também podem obter seus dados por meios próprios, como um cadastro de
clientes, pesquisas e aquisição de bases de dados, desde que isso seja feito de forma lícita,
respeitando a legislação e os preceitos éticos dessas práticas. A coleta dos dados deve seguir
preceitos éticos e legais de não obter informações de pessoas que não concordam com o
compartilhamento de seus dados.
VOCÊ SABIA
Muitos dados coletados podem estar “sujos”, ou seja, apresentam problemas como registros
corrompidos, valores ausentes ou duplicados, abreviações erradas, grafias e formatações
incorretas.
EXEMPLO
Ao coletar dados fora do país, os analistas devem ter atenção à moeda (dólar, euro, peso),
medida de temperatura (celsius, fahrenheit), distâncias (quilômetros, milhas), dentre outros.
INDICADORES-CHAVE DE DESEMPENHO
Key Performance Indicator, KPI na sigla em inglês. KPI são indicadores-chave de
desempenho para realizar a medição, o desempenho e sucesso de determinado
processo ou atividade.
ANALISANDO OS DADOS
As questões éticas sobre a coleta e análise da veracidade dos dados é abordada no vídeo a
seguir.
UTILIZANDO DADOS COMO FERRAMENTA
ESTRATÉGICA
Na era digital, os dados devem ser trabalhados como ativos das empresas e, para isso, após
sua análise, devem ser convertidos em valor para a empresa e, consequentemente, os
clientes.
Imagem:Shutterstock.com
COMENTÁRIO
A formação de segmentos não é uma novidade nas estratégias de marketing, contudo, antes
da adoção de tecnologias, essa segmentação era feita por alguns critérios demográficos, como
idade, gênero e localização.
A base robusta de dados permite uma clusterização aperfeiçoada com análise detalhada do
comportamento dos clientes e atualizada com mais frequência, quase em tempo real, com
identificação de novas características, comportamentos ou tendências. Além dos dados
demográficos básicos, a coleta de dados na rede permite uma segmentação que considera os
canais de compra, ticket médio gasto em cada tipo de produto (wallet share). Isso permite a
criação de um número maior de clusters, mas com maior precisão. Dessa maneira, a empresa
consegue desenvolver produtos, ofertas, comunicação direcionada especificamente para os
determinados grupos, atuando de maneira mais assertiva em termos de canais de vendas,
canais de comunicação, oferta de produtos e preços.
EXEMPLO
COMENTÁRIO
Com a possibilidade de personalização da sua base de clientes, a empresa pode tratar, por
exemplo, de maneira massificada, clientes que demandam menos atenção, clusterizar aqueles
com algum grau de demandas segmentadas e personalizar aqueles que precisam de atenção
exclusiva.
O uso estratégico dos dados permite que organizações e empresas criem redes de
consumidores fazendo com que possam compartilhar seus indicadores. Desse modo, usuários
podem compartilhar suas experiências, compras, informações e gostos pessoais. Isso pode
gerar valor na medida em que cria barreiras de saída desses clientes.
De volta ao caso de organizações médicas, pacientes cardíacos poderiam, por exemplo, trocar
informações sobre seu estado de saúde, dietas, exercícios que fazem para diminuir os
problemas no coração. Isso permite que a organização e os usuários possam acompanhar
resultados que deram certo, técnicas e tratamentos com maior aceitação.
Assim, é perceptível como o uso de dados traz benefícios para o desenvolvimento de planos
de marketing mais bem desenvolvidos, mais direcionados aos consumidores, suportados por
uma base de clientes mais bem segmentada. Isso permite um melhor reconhecimento das
oportunidades de vendas, de novos investimentos no mercado e reversão de saídas de
clientes.
Em outro estágio, com conhecimento avançado do comportamento do consumidor, o uso de
dados pode automatizar o processo de decisão das empresas, programando respostas a
determinadas questões e demandas dos consumidores, podendo, inclusive, antever essas
demandas.
ATENÇÃO
Para além da compreensão de mercado, o uso dos dados é útil também na prevenção de
fraudes e risco financeiro, permitindo um melhor conhecimento do histórico financeiro de cada
consumidor.
Entretanto, apesar desses benefícios, algumas organizações ainda encontram barreiras para a
implementação e uso do Big Data, sendo a principal delas a dificuldade de encontrar pessoas
com as habilidades necessárias para atuar nessa área, além da falta de suporte e
compreensão por parte das organizações que não reconhecem a importância dessa ferramenta
e como ela pode agregar valor ao negócio, e problemas técnicos, como a falta de softwares ou
banco de dados.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Um conjunto de dados com grande volume, gerado a uma velocidade alta com grande
variedade e que requer uma análise apurada de sua veracidade.
D) Dados disponíveis nas redes sociais das pessoas que são coletados pelas empresas.
E) Trocas com outras empresas e governos sem que o usuário tome conhecimento.
GABARITO
Big Data não se refere especificamente a uma grande base de dados, mas procura dar conta
do grande volume de dados disponível atualmente. Esses dados são gerados com uma
velocidade nunca percebida e possuem uma grande variedade em virtude das diversas fontes,
por isso demandam uma análise de sua veracidade.
A obtenção de dados deve sempre manter preceitos éticos e, por isso, os dados não devem ser
adquiridos de fontes questionáveis e nem obtidos sem o conhecimento e a autorização dos
usuários. Informações públicas nas redes sociais podem ser coletadas por ferramentas
próprias para isso.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Empresas tradicionais podem adotar estratégias digitais. Para isso, podem empregar algumas
estratégias, dentre elas, a de se tornar uma empresa disruptiva. Com esse intuito, é importante
que a empresa adote um processo de mudança estruturado, considerando as peculiaridades
da organização, sua força de trabalho, processos internos e comunicação. Nesse sentido, as
organizações devem enfatizar a mudança em sua proposta de valor.
Em paralelo, é relevante para todas as empresas disruptivas que tornem os dados seus ativos.
Na era digital, os dados são gerados de maneira espontânea, voluntária e estão disponíveis em
grande volume, variedade e velocidade, demandando das empresas maior investimento na
coleta e análise dessas informações, de modo a torná-las ferramentas estratégicas.
FALA MESTRE
Transformações tecnológicas no mundo empresarial
Sinopse: Maria Frastrone, pró-reitora IBMEC, e Fábio Coelho, presidente Google Brasil,
conversam sobre a diferença entre as empresas nativas digitais e empresas tradicionais, e as
adaptações que a pandemia acelerou.
Sinopse: Maria Frastrone, pró-reitora IBMEC, e Fábio Coelho, presidente Google Brasil,
conversam sobre a diferença entre as empresas nativas digitais e empresas tradicionais, e as
adaptações que a pandemia acelerou.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BAHGA, A.; MADISETTI, V. Big Data Analytics: A Hands-On Approach. SL: VPT, 2016.
HOLMES, D. E. Big data: a very short introduction. United Kingdom: Oxford University Press,
2017.
KOTTER, J. Leading Change: Eight Steps to Transformation. The Leader's Change Handbook:
An Essential Guide to Setting Direction and Taking Action. Brighton, Massachusetts: Harvard
Business School Press, 1999.
OTOLA, I.; GRABOWSKA, M. (Ed.). Business Models: Innovation, Digital Transformation, and
Analytics. Boca Raton, Florida: CRC Press, 2020.
ROGERS, D. L. Transformação digital: repensando o seu negócio para a era digital. São
Paulo: Autêntica Business, 2017.
RUSSOM, P. et al. Big data analytics. TDWI best practices report, fourth quarter, v. 19, n. 4, p.
1-34, 2011.
WEILL, P.; WOERNER, S. L. Qual o seu modelo digital de negócio? 6 perguntas para ajudar
a construir a empresa de próxima geração. São Paulo: M. Books, 2020.
WESTERMAN, G.; BONNET, D.; MCAFFE, A. Liderando na Era Digital: como utilizar
tecnologia para transformação de seus negócios. São Paulo: M. Books, 2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo:
Leia:
Como informações falsas circulam na rede nessas pesquisas que investigam as fake
news:
“The science of fake news”, de David M. J. Lazer et al., publicado na revista Science, em
março de 2018.
Assista:
“Sujeito a termos e condições (Terms and Conditions May Apply)”, de 2013. Esse
documentário aborda a obtenção ética dos dados e a invasão de privacidade por parte
das grandes empresas de tecnologia e o uso dos dados pelos governos.
CONTEUDISTA
Marcelo Almeida de Carvalho Silva
CURRÍCULO LATTES