No ensino centrado no aluno, o foco da instrução é transferido do professor para o

estudante.
A transferência do foco da instrução no ensino centrado no aluno possibilita que os
estudantes participem de actividades que englobam análise, síntese e avaliação, bem
como a explorar valores e atitudes (Sivan et al., 2000).
Percebo nesse citação que, comparativamente, no ensino centrado no professor, essas
actividades são inviabilizadas. Dois aspectos fundamentais podem ser utilizados para
explicar essas diferenças: o papel do professor em relação ao do aluno e a autonomia do
aluno no processo de aprendizagem.
Quanto ao papel do professor em relação ao do aluno, no ensino centrado no aluno, o
professor tem a função de proporcionar actividades que permitam aos estudantes
participar activamente da construção do conhecimento na resolução de problemas. O
professor também é responsável por monitorar os alunos durante a realização das
actividades e fornecer feedbacks, assim ele deixa o papel de narrador. Os alunos têm a
tarefa de estabelecer ou materializar objectivos para a realização das actividades e, além
disso, seleccionar os recursos necessários para atender às suas próprias necessidades
educacionais. Isso é muito diferente das aulas expositivas, onde o professor é responsável
pela organização e transmissão de informações. Por sua vez, os alunos têm o papel
reflectir sobre o conhecimento transmitido e tentar estabelecer sentido.
Moreira (2011) enfatiza que “o ensino centrado no aluno não é ensino que minimize o
papel do professor. Tirá-lo do papel de narrador não significa, de modo algum, reduzir sua
importância. Ao contrário, como mediador e organizador de situações de aprendizagem
centradas no aluno, ele ou ela é mais importante do que como narrador” (p. p.11).
Percebo que neste ensino centrado nos alunos, os alunos eles não dependem do professor
o tempo todo, pois há valorização da colaboração. Os alunos resolvem os problemas entre
si e o professor oferece orientações (e não oferece respostas prontas) para o
desenvolvimento das actividades.