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Moçambique

país no sudeste da África

Moçambique, oficialmente designado


como República de Moçambique, é um
país localizado no sudeste do continente
Africano, banhado pelo oceano Índico a
leste e que faz fronteira com a Tanzânia
ao norte; Maláui e Zâmbia a noroeste;
Zimbábue a oeste e Essuatíni e África do
Sul a sudoeste. A capital e maior cidade
do país é Maputo, anteriormente
chamada de Lourenço Marques, durante
o domínio português.
Entre o primeiro e o século V, povos
bantus migraram de regiões do norte e
oeste para essa região. Portos
comerciais suaílis e, mais tarde, árabes,
existiram no litoral moçambicano até a
chegada dos europeus. A área foi
reconhecida por Vasco da Gama em
1498 e em 1505 foi anexada pelo
Império Português. Depois de mais de
quatro séculos de domínio português,
Moçambique tornou-se independente em
25 de Junho de 1975, transformando-se
na República Popular de Moçambique
pouco tempo depois. Após apenas dois
anos de independência, o país
mergulhou em uma guerra civil intensa e
prolongada que durou de 1977 a 1992.
República de Moçambique

Moçambique

Bandeira Emblema

Hino nacional: Pátria Amada


1:01

Gentílico: moçambicano(a)

Capital Maputo
Cidade mais Maputo
populosa

Língua oficial Português[1][2]

Governo República unitária


semipresidencialista sob um
sistema de partido
dominante
• Presidente Filipe Nyusi
• Primeiro- Adriano Maleiane
ministro

Independência de Portugal 
• Data 25 de junho de 1975 

Área  
  • Total 801 590 km² (35.º)
 Fronteira Tanzânia, Zâmbia, Maláui,
Essuatíni, Zimbábue e África do
Sul.
População  
 • Censo 2017 27 909 798[3] hab. 
 • Densidade 34,8 hab./km² 

PIB (base Estimativa de 2017


PPC)
 • Total US$ 36,734 mil milhões *[4] 
 • Per capita US$ 1 243[4] 

PIB (nominal) Estimativa de 2017


 • Total US$ 12,681 mil milhões *[4] 
 • Per capita US$ 429[4] 

IDH (2021) 0,446 (185.º) – baixo[5]

Gini (2014) 54[6] 

Moeda Metical ( MZN )

Fuso horário (UTC+2)

Cód. ISO MOZ

Cód. Internet .mz


Cód. telef. +258

Website www.portaldogoverno.gov.mz
governamental (http://www.portaldogoverno.
gov.mz/)

Em 1994, o país realizou as suas


primeiras eleições multipartidárias e
manteve-se como uma república
presidencial relativamente estável desde
então.

Moçambique é dotado de ricos e


extensos recursos naturais. A economia
do país é baseada principalmente na
agricultura, mas o sector industrial,
principalmente na fabricação de
alimentos, bebidas, produtos químicos,
alumínio e petróleo, está crescendo. O
sector de turismo do país também está
em crescimento. A África do Sul é o
principal parceiro comercial de
Moçambique e a principal fonte de
investimento directo estrangeiro.
Portugal, Brasil, Espanha e Bélgica
também estão entre os mais
importantes parceiros económicos do
país. Desde 2001, a taxa média de
crescimento económico anual do
produto interno bruto (PIB)
moçambicano tem sido uma das mais
altas do mundo. No entanto, as taxas de
PIB per capita, índice de desenvolvimento
humano (IDH), desigualdade de renda e
expectativa de vida de Moçambique
ainda estão entre as piores do planeta,[5]
enquanto a Organização das Nações
Unidas (ONU) considera Moçambique
um dos países menos desenvolvidos do
mundo.[7]

A única língua oficial de Moçambique é o


português, que é falado principalmente
como segunda língua por cerca de
metade da população. Entre as línguas
nativas mais comuns estão o macua, o
tsonga, ndau, chuabo e o sena. A
população de cerca de 30 milhões de
pessoas é composta
predominantemente por povos bantus. A
religião com o maior número de adeptos
em Moçambique é o cristianismo (a
denominação católica é a que reúne
maior número de adeptos), mas há uma
presença significativa de seguidores do
islamismo. O país é membro da União
Africana, da Commonwealth Britânica, da
Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), da União Latina, da
Organização da Conferência Islâmica, da
Comunidade para o Desenvolvimento da
África Austral e da Organização
Internacional da Francofonia.

Etimologia
O nome Moçambique, primeiramente
utilizado para a ilha de Moçambique,
primeira capital da colónia, teria derivado
do nome de um comerciante árabe que
ali viveu, Musa Al Bik, Mossa Al Bique ou
Ben Mussa Mbiki.[8]

História

Primeiros povos

Gungunhana, o último imperador de Gaza

Os primeiros povos que habitaram o


território do atual Moçambique eram
bosquímanos caçadores e
recolectores.[9] Entre o primeiro e o
século V, ondas migratórias de povos de
línguas bantas vieram de regiões do
oeste e do norte de África através do
vale do rio Zambeze e depois,
gradualmente, seguiram para o planalto
e áreas costeiras do país. Esses povos
estabeleceram comunidades ou
sociedades agrícolas baseadas na
criação de gado.[10]

Eles trouxeram com eles a tecnologia


para extração e produção de utensílios
de ferro, um metal que eles usaram para
fazer armas para conquistar povos
vizinhos. As cidades moçambicanas
durante a Idade Média (século V ao XVI)
não eram muito robustas e pouco restou
delas, como o porto de Sofala.[10]

O comércio costeiro de Moçambique


primeiramente foi dominado por árabes
e persas, que tinham estabelecido
assentamentos até o sul da Ilha de
Moçambique. Assentamentos
comerciais suaílis, árabes e persas
existiram ao longo da costa do país
durante vários séculos. Vários portos
comerciais suaílis pontilhavam a costa
do país antes da chegada dos árabes,
que comercializavam com Madagáscar e
com o Extremo Oriente.[10]
Domínio português

Estátua de Vasco da Gama na praça em frente ao antigo Palácio dos Capitães-Generais, na Ilha de Moçambique, uma
pequena ilha de coral na entrada da Baía de Mossuril, na costa de Nampula

Traficantes de escravos árabes e seus cativos ao longo do rio Rovuma

Oficina de Tipografia da Escola de Artes e Ofícios, 1930


Desde cerca de 1500, os postos e
fortalezas comerciais portuguesas
acabaram com a hegemonia comercial e
militar árabe na região, tornando-se
portas regulares da nova rota marítima
europeia para o oriente. A viagem de
Vasco da Gama em torno do Cabo da
Boa Esperança em 1498 marcou a
entrada portuguesa no comércio, política
e cultura da região. Os portugueses
conquistaram o controle da Ilha de
Moçambique e da cidade portuária de
Sofala no início do século XVI e, por volta
da década de 1530, pequenos grupos de
comerciantes e garimpeiros portugueses
que procuravam ouro penetraram nas
regiões do interior do país, onde
montaram as guarnições e feitorias de
Sena e Tete, no rio Zambeze, e tentaram
obter o controle exclusivo sobre o
comércio de ouro.[11] Os portugueses
tentaram legitimar e consolidar a sua
posição comercial através da criação
dos Prazos da Coroa (um tipo de
sesmaria), que eram ligados à
administração de Portugal. Apesar dos
prazos terem sido originalmente
desenvolvidos para serem controlados
por portugueses, por conta da
miscigenação com os habitantes locais
eles acabaram por se tornar centros
luso-africanos defendidos por grandes
exércitos de escravos africanos
conhecidos como cundas.
Historicamente, houve escravatura em
Moçambique. Seres humanos eram
comprados e vendidos por chefes tribais
locais e por comerciantes árabes,
portugueses e franceses. Muitos dos
escravos moçambicanos eram
fornecidos por chefes tribais que
invadiam tribos guerreiras vizinhas e
vendiam seus cativos para os
prazeiros.[12]

Embora a influência portuguesa tenha se


expandido de forma gradual, o seu poder
era limitado e exercido por colonos
individuais a quem era concedida uma
extensa autonomia. Os portugueses
foram capazes de arrancar grande parte
do comércio litorâneo dos árabes entre
os anos de 1500 e 1700, mas, com a
tomada do Forte Jesus de Mombaça (no
atual Quénia) pelos árabes em 1698, o
pêndulo começou a oscilar na outra
direção.[13][14] Como resultado, o
investimento português diminuiu
enquanto Lisboa dedicou-se ao comércio
mais lucrativo com a Índia e o Extremo
Oriente e ao processo de colonização do
Brasil. Durante essas guerras, tribos
árabes do atual Omã recuperaram
alguma parte do comércio da África
Oriental a norte de Moçambique. Muitos
prazos haviam diminuído em meados do
século XIX, mas vários deles
sobreviveram. Durante o século XIX
outras potências europeias,
particularmente os britânicos
(Companhia Britânica da África do Sul) e
os franceses (Madagáscar), tornaram-se
cada vez mais envolvidas no comércio e
na política da região em torno dos
territórios da África Oriental
Portuguesa.[14]

No início do século XX, os portugueses


mudaram a administração de grande
parte de Moçambique para grandes
empresas privadas — como a
Companhia de Moçambique, a
Companhia da Zambézia e a Companhia
do Niassa — controladas e financiadas
principalmente por britânicos, que
estabeleceram linhas ferroviárias para os
países vizinhos. Embora a escravidão
tenha sido abolida legalmente em
Moçambique, no final do século XIX as
companhias promulgaram uma política
de trabalho barato — muitas vezes
forçado — para africanos em minas e
plantações em colónias britânicas
próximas e na África do Sul. A
Companhia da Zambézia, a empresa
mais rentável, assumiu uma série de
participações em prazeiros menores e
estabeleceu postos militares para
proteger as suas propriedades. As
companhias construíram estradas e
portos para levar os seus produtos ao
mercado, incluindo uma ferrovia que liga
até hoje o Zimbábue ao porto
moçambicano de Beira.[15][16]

Devido ao desempenho insatisfatório e a


uma mudança, sob o regime
corporativista do Estado Novo de
António de Oliveira Salazar, no sentido de
um maior controle de Portugal sobre a
economia do Império Português, as
concessões para as companhias não
foram renovadas quando terminaram.
Foi o que aconteceu em 1942 com a
Companhia de Moçambique, que,
contudo, continuou a operar nos
sectores agrícola e comercial como uma
corporação, e o que já tinha acontecido
em 1929 com o término da concessão
da Companhia do Niassa. Em 1951, as
colónias ultramarinas portuguesas em
África foram rebatizadas para províncias
ultramarinas de Portugal.[15][16]

Movimento de independência

Soldados portugueses durante a Guerra Colonial Portuguesa

Com ideologias comunistas e


anticoloniais espalhando-se por toda a
África, muitos movimentos políticos
clandestinos foram estabelecidos em
favor da independência de Moçambique.
Estes movimentos afirmavam que as
políticas e planos de desenvolvimento
elaborados pelas autoridades do governo
eram voltadas apenas para o benefício
da população portuguesa que vivia em
Moçambique, sendo que pouca atenção
era dada à integração das tribos
moçambicanas e ao desenvolvimento
das comunidades nativas.[17] De acordo
com as declarações oficiais da guerrilha,
isso afetava a maioria da população
indígena, que sofria tanto com a
discriminação patrocinada pelo Estado
quanto pela enorme pressão social.
Muitos sentiam que tinham recebido
muito pouca oportunidade ou recursos
para melhorar as suas competências e
melhorar a sua situação económica e
social a um grau comparável à dos
europeus moçambicanos.
Estatisticamente, os brancos
portugueses de Moçambique eram de
facto muito mais ricos e qualificados do
que a maioria negra nativa. Como
resposta ao movimento guerrilheiro, o
governo português iniciou mudanças
graduais, com novas políticas sócio-
económicas e igualitárias para todos os
cidadãos a partir da década de 1960 e,
principalmente, da década de 1970.[18]
A Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) sob comando de Eduardo
Mondlane deu início a uma campanha de
guerrilha, contra o governo português,
em setembro de 1964. Juntamente com
os outros dois conflitos já iniciados em
outras colónias portuguesas de África
Ocidental Portuguesa (Angola) e da
Guiné Portuguesa, este entrave político
tornou-se parte da chamada Guerra
Colonial Portuguesa (1961-1974). Sob a
ótica militar, o exército português
manteve o controle dos centros
populacionais, enquanto as forças de
guerrilha procuraram espalhar a sua
influência em áreas rurais,
especialmente aquelas localizadas ao
norte e oeste do país.[18][19]

Após dez anos de guerra e com o retorno


de Portugal à democracia através de um
golpe militar de esquerda em Lisboa, que
substituiu o regime do Estado Novo em
Portugal por uma junta militar (a
Revolução dos Cravos, de abril de 1974),
e na sequência dos Acordos de Lusaka, a
FRELIMO assumiu o controle do território
moçambicano. Moçambique tornou-se
independente de Portugal em 25 de
junho de 1975. Após a independência, a
maioria dos 250 mil portugueses que
viviam em Moçambique deixaram o país,
alguns expulsos pelo governo, outros
fugindo com medo.[20]

Guerra civil

Homem vítima de uma mina terrestre[21]

A situação geopolítica em 1975, nações amigas da FRELIMO são mostradas em laranja


Imagem da Estação do Caminho de Ferro da cidade de Maputo em 1988

Uma das primeiras ações do novo


governo, sob a presidência de Samora
Machel, foi estabelecer um Estado
unipartidário baseado em princípios
marxistas. Cuba e União Soviética foram
as primeiras nações a estender os laços
diplomáticos ao novo país, ajudando-o
também com forças militares, como
forma de manter a independência e
reprimir a oposição.[18][22] Logo após a
independência, o país foi assolado por
uma guerra civil longa e violenta entre
forças oposicionistas da anticomunista
Resistência Nacional Moçambicana
(RENAMO) e o regime marxista da Frente
de Libertação de Moçambique
(FRELIMO). Este conflito, combinado
com as disputas diplomáticas e
envolvimento do governo com
movimentos guerrilheiros em países
vizinhos,[23] como a Rodésia (em que o
governo moçambicano apoiou o grupo
guerrilheiro organizado pelo Exército
Africano para a Libertação Nacional do
Zimbábue (ZANLA)[23] e a África do Sul
do regime de apartheid (na qual o
governo moçambicano proveu ajuda ao
grupo capitaneado por Nelson
Mandela[24]) além do excesso de
planeamento central e implementação
de políticas socialistas ineficazes[25] que
resultaram nas severas dificuldades
econômicas que caracterizaram as
primeiras décadas de independência de
Moçambique, resultado das práticas
adotadas pelo então regime vigente no
país.[18]

Este período também foi marcado pelo


êxodo de cidadãos portugueses,[26] do
colapso da infraestrutura nacional, da
falta de investimentos em ativos
produtivos e da nacionalização, pelo
governo, de indústrias de propriedade
privada, além de várias crises de fome
generalizadas. Durante a maior parte da
guerra civil, o governo central
comandado pela FRELIMO foi incapaz de
exercer controle efetivo fora das áreas
urbanas do país, muitas das quais eram
controladas a partir da capital, Maputo.
Estima-se que a Resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO) tenha exercido
controle em áreas que incluíam até 50%
das partes rurais de várias províncias, e
os serviços de assistência médica de
qualquer tipo foram interrompidos por
anos. O problema se agravou quando o
governo cortou gastos em assistência
médica.[27] A guerra civil foi marcada por
diversas violações dos direitos humanos
cometidas por ambos os lados do
conflito, cenário que se tornou ainda pior
quando a Resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO) começou a
usar táticas terroristas e a atacar civis
indiscriminadamente.[28][29] O governo
central executou dezenas de milhares de
pessoas ao tentar estender seu controle
por todo o país e mandou muitas
pessoas para campos de reeducação,
onde milhares foram mortos.[28]

Durante a guerra, a Resistência Nacional


Moçambicana (RENAMO) propôs um
acordo de paz baseado na secessão dos
territórios do norte e oeste do país, que
passariam a ser a república
independente da Rombésia. A Frente de
Libertação de Moçambique (FRELIMO)
recusou-se a negociar e reivindicou a
soberania sobre todo o território do país.
Estima-se que um milhão de
moçambicanos tenham morrido durante
a guerra civil no país, com cerca de
outros 1,7 milhão buscando refúgio em
países vizinhos e vários outros milhões
tendo que se deslocar internamente por
conta do conflito.[30] O regime da Frente
de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) também deu abrigo e apoiou
movimentos rebeldes africanos, como o
Congresso Nacional Africano (da África
do Sul) e a União Nacional Africana do
Zimbábue. Enquanto isso, os governos
da Rodésia e da África do Sul (na época
sob o regime do apartheid) apoiavam as
forças da Resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO).[30]

Em 19 de outubro de 1986, Samora


Machel voltava de uma reunião
internacional na Zâmbia em um Tupolev
Tu-134, quando o avião presidencial caiu
nos Montes Libombos, perto da
localidade sul-africana de Mbuzini. Dez
pessoas sobreviveram, mas o presidente
Machel e trinta e três outros tripulantes
morreram, incluindo ministros e
funcionários do governo moçambicano.
A delegação soviética das Nações
Unidas divulgou um relatório alegando
que a sua visita tinha sido prejudicada
pelos sul-africanos. Os representantes
da União Soviética avançaram com a
teoria de que o avião tinha sido desviado
intencionalmente por um sinal VOR,
usando uma tecnologia fornecida por
agentes de inteligência militar do
governo sul-africano.[31]

Período multipartidário

Um helicóptero dos Estados Unidos sobrevoando o rio Limpopo inundado durante a enchente de 2000

O sucessor de Machel, Joaquim


Chissano, implementou mudanças
radicais no país através de reformas,
como a mudança da ideologia marxista
para a capitalista, e começou
negociações de paz com a Resistência
Nacional Moçambicana (RENAMO). A
nova constituição moçambicana,
promulgada em 1990, previa um sistema
político multipartidário, uma economia
baseada no livre mercado e eleições
livres. A guerra civil findou meados de
outubro de 1992, com o Acordo Geral de
Paz,[32] que foi mediado primeiramente
pelo Conselho Cristão de Moçambique
(CCM) e depois assumido pela
Comunidade de Santo Egídio. Sob a
supervisão das forças de manutenção da
paz das Nações Unidas, a paz voltou a
ser operada em Moçambique.[33]

Até 1993, cerca de 1,5 milhão de


refugiados moçambicanos tinham
procurado asilo em países vizinhos
como Maláui, Zimbábue, Essuatíni,
Zâmbia, Tanzânia e África do Sul como
resultado da guerra civil e da seca que
havia retornado, fenómeno que foi parte
da maior repatriação testemunhada na
África subsaariana.[34] No entanto, em
anos recentes, Moçambique
experimentou a volta do conflito armado
em 2013, principalmente nas regiões
centro e norte do país.[35] Em 5 de
setembro de 2014, o ex-presidente
Armando Guebuza e o líder da RENAMO,
Afonso Dhlakama, assinaram o Acordo
de Cessação das Hostilidades, o qual
colocou fim às atividades militares
hostis e permitiu com que ambos
partidos concentrassem-se nas eleições
gerais realizadas em outubro de 2014.
Porém, logo após as eleições gerais,
uma nova crise política emergiu e o país
está novamente à beira de um conflito
armado. A RENAMO não reconhece o
resultado das eleições gerais e demanda
o controle de seis províncias – Nampula,
Niassa, Tete, Zambézia, Sofala e Manica
– locais onde o partido alega ter ganho a
maioria dos votos.[36]
Geografia

Imagem de satélite de Moçambique

Com 801 537 quilómetros quadrados de


área territorial, Moçambique é o 34º
maior país do mundo em área territorial,
sendo comparável em tamanho à
Turquia. Moçambique está localizado na
costa sudeste da África.[37] O Rifte
Africano Oriental estende-se até ao sul
de Moçambique. O ponto mais alto de
Moçambique é o Monte Binga, localizado
na fronteira do país com Zimbábue, que
se eleva a 2 436 metros acima do nível
do mar.

Moçambique está situado na costa


oriental da África Austral, limitado a
norte pela Tanzânia, a noroeste pela
Zâmbia e Maláui, a oeste pela Essuatíni e
pelo Zimbábue, a sul e oeste pela África
do Sul e a leste pelo Canal de
Moçambique, uma porção do oceano
Índico. O país limita-se, ainda, através de
suas águas territoriais, com Madagáscar
e as Comores, no Canal de
Moçambique.[38]
A norte do rio Zambeze o território é
dominado por um grande planalto, com
uma pequena planície costeira bordejada
de recifes de coral e, no interior, limita
com maciços montanhosos
pertencentes ao sistema do Grande Vale
do Rifte. A sul é caracterizado por uma
larga planície costeira de aluvião,
coberta por savanas e cortada pelos
vales de vários rios, entre os quais
destacando-se o rio Limpopo.[38]

A maioria da área terrestre de


Moçambique, 70%, é da savana de
Miombo, predominantemente decídua.
Árvores e arbustos do mesmo género
crescem em outros lugares da África,
mas em Moçambique os arbustos
decíduos são mais altos e mais densos
do que em outros lugares. A zona
costeira atinge 2 700 quilómetros de
extensão e é uma das maiores da
África.[39] Sabe-se que pelo menos 5 600
espécies diferentes de plantas ocorrem
em Moçambique. Existem 250 espécies
nativas, das quais 45 só nas montanhas
Chimanimani. Outra área famosa pela
sua flora é o pantanal que se estende da
Área de Conservação de Santa Lúcia, no
lado sul-africano, até à cidade de Xai-
Xai[40]

O Parque Nacional da Gorongosa,


localizado na província de Sofala, possui
uma área de 3 770 quilómetros
quadrados, no extremo sul do grande
vale do Rifte da Africa Oriental. A
exuberância paisagística e a
particularidade da fauna bravia deste
Parque tornam-no um dos principais
atrativos turísticos. No parque, há a
presença de elefantes, a na foz do
Zambeze onde predomina o búfalo, além
de reservas parciais como a de Gilé e a
do Niassa respectivamente a nordeste
de Quelimane e nas margens do rio
Rovuma. Também no parque da reserva
natural de Bazaruto se podem avistar
aves exóticas, recifes de corais e
espécies marinhas protegidas como
dugongos, golfinhos e tartarugas
marinhas.[41]

Parque Nacional da Gorongosa

Clima

Moçambique pela classificação climática de Köppen-Geiger


O clima do país é húmido e tropical,
influenciado pelo regime de monções do
Índico e pela corrente quente do Canal
de Moçambique, com estações secas de
Maio a Setembro. A pluviosidade anual é
alta, especialmente no norte do país. A
pluviosidade é mais forte, por um lado,
nas terras altas na fronteira com o
Zimbábue e o Maláui, e por outro lado, na
costa entre Maputo e Beira, a qual está
exposta às chuvas acompanhadas de
vento durante todo o ano.[42]

As temperaturas médias em Maputo


variam entre os 13-24 °C em Julho a 22-
31 °C em Fevereiro.[43] A estação das
chuvas ocorre entre Outubro e Abril. A
precipitação média nas montanhas
ultrapassa os 2 mil mm. A humidade
relativa é elevada situando-se entre 70 a
80%, embora os valores diários cheguem
a oscilar entre 10 e 90%. As
temperaturas médias variam entre 20 °C
no Sul e 26 °C no norte, sendo os valores
mais elevados durante a época das
chuvas.[43]

Seca, desertificação e chuvas causadas


por ciclones tropicais estão causando
problemas ambientais. As inundações
causadas por um furacão em 2000
foram os piores em 50 anos. Centenas
de milhares de famílias tiveram que
deixar as suas casas.[44] No entanto, a
preparação da população para desastres
melhorou e os danos causados ​pelas
inundações na primavera de 2007 foram
significativamente menores. Na
primavera de 2008, grandes evacuações
foram realizadas em áreas de
inundação.[45]

Demografia
De acordo com os resultados do Censo
de 2017, Moçambique tem 27 909 798
habitantes, um aumento de 7 330 533 ou
35,6% em relação aos 20 579 265
registados no Censo de 2007.[3] As
províncias da Zambézia e Nampula são
as mais populosas do país e concentram
cerca de 39% da população
moçambicana.

Composição étnica

Crianças moçambicanas da etnia macua

Os macuas são o grupo dominante na


parte norte do país, os sena e shonas
(principalmente ndaus) são
proeminentes no vale do Zambeze e os
tsongas são predominantes no sul de
Moçambique. Outros grupos incluem os
macondes, WaYaos, suaílis, tongas,
chopes e ngunis (incluindo zulus). Povos
bantos compreendem 97,8% da
população, enquanto o restante,
incluindo africanos brancos (em grande
parte de ascendência portuguesa), euro-
africanos (mestiços de povos bantos e
portugueses) e indianos.[46] Cerca de 45
mil pessoas de ascendência indiana
residem em Moçambique.[47]

Durante o governo colonial português,


uma grande minoria de pessoas de
ascendência portuguesa vivia
permanentemente em quase todas as
regiões do país[48] e moçambicanos com
sangue português, no momento da
independência do país, eram cerca de
360 mil pessoas. Muitos deles deixaram
a região após a independência
moçambicana em 1975. Há várias
estimativas para o tamanho da
comunidade chinesa em Moçambique,
sete mil a doze mil pessoas.[49][50]

Urbanização

Idiomas
Mapa étnico de Moçambique

O português é a língua oficial e a mais


falada do país, usada por pouco mais da
metade da população (50,4%). Cerca de
39,7%, principalmente a população
africana nativa, usam o português como
segunda língua e 12,78% falam-no como
primeira língua. A maioria dos
moçambicanos que vivem nas áreas
urbanas usam o português como
principal idioma.[51][52]
As línguas bantas de Moçambique, que
são as mais faladas no país, variam
muito em seus grupos e, em alguns
casos, são bastante mal analisadas e
documentadas.[53] Além de ser uma
língua franca no norte do país, o suaíli é
falado em uma pequena área do litoral
próxima à fronteira com a Tanzânia; mais
ao sul, na Ilha de Moçambique, o mwani,
considerado como um dialeto do suaíli, é
falado. No interior da área de suaíli, o
maconde é o idioma mais falado,
separado da área onde ciyao é usado por
uma pequena faixa de território de
falantes da língua macua. O maconde e
o ciyao pertencem a grupos linguísticos
diferentes,[54] sendo o ciyao muito
próximo da língua mwera da área do
planalto Rondo, na Tanzânia.[55] Alguns
falantes do nianja são encontrados na
costa do lago Maláui, bem como do
outro lado do lago na fronteira com o
Maláui.[56][57]

Há falantes de emakhuwa, com uma


pequena área de língua eKoti no litoral.
Em uma área abrangendo o baixo
Zambeze, falantes da língua sena, que
pertence ao mesmo grupo da língua
nianja, são encontrados, com áreas que
falam a CiNyungwe rio acima. Uma
grande área de língua chona se estende
entre a fronteira do Zimbábue e do mar.
Anteriormente essa língua era
considerada uma variante do ndau,[58]
mas agora usa a ortografia chona padrão
que surgiu no Zimbábue. Há também
grupos falantes da língua tsonga,
enquanto o tsua ocorre no litoral e no
interior. Esta área de linguagem se
estende até a vizinha África do Sul. Ainda
relacionados a estes idiomas, mas
diferentes, estão os falantes do chope ao
norte da foz do Limpopo e os falantes da
língua ronga na região imediatamente ao
redor da cidade de Maputo. As línguas
deste grupo são, a julgar pelos
vocabulários curtos,[53] muito vagamente
semelhante ao zulu, mas obviamente
não são do mesmo grupo linguístico. Há
pequenas comunidades falantes do
suázi e zulu em áreas de Moçambique
imediatamente ao lado da fronteira com
a Essuatíni e com KwaZulu-Natal, na
África do Sul.

Árabes, chineses e indianos falam


principalmente português e, alguns,
hindi. Indianos provenientes da Índia
Portuguesa falam qualquer um dos
crioulos portugueses da sua origem,
além do português como segunda
língua.

Religiões
Religião em Moçam
Religião

Cristianismo

Sem religião

Islamismo

Animismo

Por força de sua Constituição,


Moçambique é um estado laico, sendo
expressamente proibido no texto
constitucional quaisquer discriminações
ou acepções baseadas na religião,
garantindo-se, também, a liberdade
religiosa a todos os cidadãos. A
legislação moçambicana exige que
todas as organizações religiosas sejam
registradas junto ao Ministério da
Justiça, Assuntos Constitucionais e
Religiosos, embora não sejam aplicadas
sanções aos grupos religiosos pela
ausência deste registro. Locais de culto
também são protegidos por força legal e,
de igual modo, também é assegurada a
objeção ao serviço militar por razões
religiosas.[59]

O censo de 2017 revelou que os cristãos


formam 56,1% da população (maioria
Católica, com cerca de 27,2%) e os
muçulmanos compunham 18,9% da
população de Moçambique, enquanto
4,8% das pessoas afirmaram praticar
outras crenças religiosas, principalmente
o animismo. Cerca de 13,9% dos
moçambicanos não tinham crenças
religiosas e outros 2,5% não
especificaram pertencer a algum grupo
religioso.[60] Há uma aderência
significativa de parte da população à
crenças religiosas tribais sincréticas,
sendo este um segmento não incluído
nas estimativas oficiais governamentais.

A Igreja Católica Romana estabeleceu


doze dioceses no país (Beira, Chimoio,
Gurué, Inhambane, Lichinga, Maputo,
Nacala, Nampula, Pemba, Quelimane,
Tete e Xai-Xai; arquidioceses são Beira,
Maputo e Nampula). Estatísticas para o
número de católicos variam entre 5,8%
da população na diocese de Chimoio,
para 32,50% na diocese de Quelimane.[61]

Mesquita em Maputo. Catedral da Beira.

Entre as principais igrejas protestantes


no país estão a Congregação Cristã em
Moçambique, a Igreja União Baptista de
Moçambique, a Assembleia de Deus e os
Batistas do Sétimo Dia, este último com
cerca de 6.442 membros.[62] Também
estão presentes no país os Adventistas
do Sétimo Dia, a Igreja Anglicana da
África Austral, a Igreja do Evangelho
Completo de Deus, a Igreja Metodista
Unida, a Igreja Presbiteriana de
Moçambique, a Igreja de Cristo e a
Assembleia Evangélica de Deus. A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias (Igreja Mórmon) estabeleceu uma
presença crescente no país e foi
legalmente reconhecida em 1996, tendo
começado a enviar missionários para a
nação em 1999. Em fevereiro de 2021
este grupo religioso tinha cerca de
15 030 membros.[63]
A Fé Bahá'í tem estado presente em
Moçambique desde o início da década
de 1950, mas não se identificava
abertamente nesse período devido à
forte influência da Igreja Católica no
governo, que não a reconheceu
oficialmente como uma religião mundial.
Com a independência, em 1975, o país
viu a entrada de novos pioneiros. No
total, havia cerca de três mil bahá'ís
declarados em Moçambique em 2010.[64]

Os muçulmanos estão particularmente


presentes no norte do país. Eles são
organizados em várias irmandades (do
ramo Qadiriya ou Shadhuliyyah). Duas
organizações nacionais também
existem, o Conselho Islâmico de
Moçambique (reformistas) e do
Congresso Islâmico de Moçambique
(pró-sufismo). Há também importantes
associações indo-paquistanesas, assim
como algumas comunidades xiitas e
ismaelitas.[59]

Governo e política

Filipe Nyusi (pronuncia-se /Nhússi/) Assembleia da República de Moçambique, o


é o actual presidente do país. órgão legislativo do país.

Moçambique é uma república


presidencialista, cujo governo é
nomeado pelo Presidente da República.
O parlamento de 250 membros,
denominado Assembleia da República,
tem como uma de suas funções, verificar
as ações do governo. As eleições
legislativas e presidenciais são
realizadas a cada cinco anos.

A FRELIMO foi o movimento que lutou


pela libertação desde o início da década
de 1960. Após a independência, passou
a controlar exclusivamente o poder,
aliada aos países do então "bloco
socialista", e introduzindo um sistema
político de partido único, semelhante ao
praticado naqueles países.[65] O regime
provocou a hostilidade dos estados
vizinhos segregacionistas existentes na
altura, África do Sul e Rodésia, que
apoiaram elementos brancos
recolonizadores e guerrilhas internas.
Esta situação viria a transformar-se
numa guerra civil de 16 anos. O fim
desse conflito armado foi marcado pela
assinatura do Acordo Geral de Paz
(AGP), em Roma, Itália, em 1992. No
entanto, em 2013, Moçambique
presenciou o retorno do conflito
armado[66] entre a FRELIMO e a
RENAMO, afetando a população
principalmente das regiões centro e
norte do país. Apesar das inúmeras
negociações, um novo acordo de paz
ainda não foi concluído.
Samora Machel foi o primeiro presidente
de Moçambique independente e ocupou
este cargo até à sua morte em 1986. O
seu sucessor, Joaquim Chissano,
negociou o fim da guerra civil e
introduziu um sistema multipartidário
que integrou o principal movimento
rebelde, a Resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO). Neste novo
sistema, a Frelimo permaneceu no poder
até os dias actuais, tendo ganho as
eleições parlamentares realizadas em
1994, 1999, 2004 e 2009, mesmo com
acusações de fraudes. O Movimento
Democrático de Moçambique (MDM),
uma dissidência da RENAMO, constituiu-
se em bancada parlamentar em Abril de
2010. O MDM atualmente tem dezassete
deputados na Assembleia da República,
desde as últimas eleições gerais
realizadas em 2014. O regime
prevalecendo em Moçambique desde
inícios dos anos 1990 evidenciou sempre
défices democráticos, que o sucessor de
Joaquim Chissano, Armando Guebuza,
tentou colmatar nos anos 2000.[67]

Relações internacionais

Embaixada de Moçambique em Moscou, na Rússia


Apesar de alianças que datam da luta de
independência continuem a ser
relevantes, a política externa de
Moçambique tornou-se cada vez mais
pragmática ao longo do tempo. Os dois
pilares da política externa moçambicana
são a manutenção de boas relações com
seus vizinhos e de manutenção e
expansão de laços com os parceiros de
desenvolvimento. Durante os anos 1970
e início dos anos 1980, a política externa
do país era indissoluvelmente ligada à
Rodésia e África do Sul, bem como pela
concorrência das superpotências da
Guerra Fria, Estados Unidos e União
Soviética. A decisão de Moçambique de
impor sanções na Organização das
Nações Unidas (ONU) contra a Rodésia e
negar a esse país o acesso ao mar, fez o
governo liderado por Ian Smith realizar
ações ostensivas e secretas contra os
moçambicanos. Embora a mudança de
governo no Zimbábue, em 1980, tenha
removido esta ameaça, o governo da
África do Sul continuou a apoiar a
RENAMO em sua guerra com o governo
da FRELIMO.[68]

O Acordo de Nkomati de 1984, apesar de


falhando em seu objectivo de acabar
com o apoio sul-africano à RENAMO,
abriu contactos diplomáticos iniciais
entre os governos moçambicano e sul-
africano. Esse processo ganhou impulso
com o fim do regime do apartheid, que
culminou com o estabelecimento de
relações diplomáticas plenas com a
África do Sul em Outubro de 1993.
Embora as relações com os vizinhos
Zimbábue, Maláui, Zâmbia e Tanzânia
continuassem ocasionalmente tensas,
os laços de Moçambique com esses
países continuam fortes.

A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff e o ex-presidente Armando Guebuza em um encontro em Maputo em


outubro de 2011.
Nos anos imediatamente após a sua
independência, Moçambique beneficiou
de uma assistência considerável de
alguns países ocidentais, especialmente
dos escandinavos. A União Soviética e
os seus aliados, no entanto, tornaram-se
os principais defensores económicos,
militares e políticos de Moçambique e
sua política externa reflectia essa
ligação. Isso começou a mudar em 1984,
quando Moçambique se tornou membro
do Banco Mundial e do Fundo Monetário
Internacional (FMI). A ajuda ocidental
através de países escandinavos como
Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia
rapidamente substituiu o apoio soviético.
A Finlândia[69] e os Países Baixos estão
se tornando fontes cada vez mais
importantes de assistência para o
desenvolvimento moçambicano. A Itália
também mantém boas relações com
Moçambique, como resultado de seu
papel fundamental durante o processo
de paz. As relações com Portugal, a
antiga potência colonial, continuarão a
ser importantes por muito tempo porque
os investidores portugueses
desempenham um papel de destaque na
economia moçambicana.[70]

Moçambique é membro do Movimento


Não Alinhado e está entre os membros
moderados do bloco africano nas
Nações Unidas e em outras grandes
organizações internacionais. O país
também pertence à União Africana
(antiga Organização da Unidade
Africana) e à Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral. Em
1994, o governo tornou-se membro de
pleno direito da Organização da
Conferência Islâmica, em parte para
ampliar sua base de apoio internacional,
mas também para agradar à
considerável população muçulmana do
país. Da mesma forma, no início de 1996,
Moçambique aderiu com seus vizinhos
anglófonos à Commonwealth Britânica e,
na época, era a única nação que entrou
para a organização sem nunca ter feito
parte do Império Britânico. No mesmo
ano, Moçambique tornou-se membro
fundador e primeiro presidente da
Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP) e mantém laços
históricos, económicos, políticos e
culturais estreitos com outros países
lusófonos, como Portugal ou o Brasil.[71]

Subdivisões
Províncias de Moçambique, Norte a Sul, por número com índice

Moçambique está dividido em 11


províncias:

1. Niassa (capital: Lichinga);


2. Cabo Delgado (capital: Pemba);
3. Nampula (capital: Nampula);
4. Tete (capital: Tete);
5. Zambézia (capital: Quelimane);
6. Manica (capital: Chimoio);
7. Sofala (capital: Beira);
8. Gaza (capital: Xai-Xai);
9. Inhambane (capital: Inhambane);
10. Cidade de Maputo (capital:
Maputo);
11. Maputo (capital: Matola).

As províncias estão divididas em 154


distritos,[72][73][74] os distritos
subdividem-se em 419 postos
administrativos e estes em 1052
localidades, o nível mais baixo da
administração local do Estado.[75]

Em Moçambique foram criados até ao


momento, 53 municípios, 33 criados
originalmente em 1997, mais 10 em abril
de 2008 e mais 10 em Maio de 2013.[76]

Economia
Maputo, capital e maior cidade do país

Gráfico dos principais produtos de exportação do país em 2019 (em inglês)

A moeda oficial é o metical, que


substituiu a moeda antiga a uma taxa de
mil para um. O metical antigo foi retirado
de circulação pelo Banco de
Moçambique até o final de 2012. O dólar
estadunidense, o rand sul-africano e,
recentemente, o euro também são
moedas amplamente aceitas e utilizadas
em transações comerciais no país. O
salário mínimo legal é de cerca de 60
dólares por mês. Moçambique é membro
da Comunidade para o Desenvolvimento
da África Austral (SADC - sigla em
inglês). O protocolo de livre comércio da
SADC visa tornar a região da África
Austral mais competitiva, ao eliminar
tarifas e outras barreiras comerciais. Em
2007, o Banco Mundial falou sobre o
"ritmo de crescimento económico
inflado" de Moçambique e um estudo
conjunto do governo e de doadores
internacionais no mesmo afirmou que
"Moçambique é geralmente considerado
como uma história de sucesso na ajuda
humanitária". Também em 2007, o Fundo
Monetário Internacional (FMI) disse que
"Moçambique é uma história de sucesso
na África subsaariana." No entanto,
apesar deste aparente sucesso, tanto o
Banco Mundial quanto a UNICEF usaram
a palavra "paradoxo" para descrever o
aumento da desnutrição infantil crónica
em face ao crescimento do PIB
moçambicano. Entre 1994 e 2006, o
crescimento médio do PIB foi de
aproximadamente 8% ao ano, no entanto,
o país continua sendo um dos mais
pobres e subdesenvolvidos do mundo.
Em uma pesquisa de 2006, três quartos
dos moçambicanos afirmaram que nos
últimos cinco anos a sua situação
económica permaneceu a mesma ou
tornou-se pior.[77]

O reassentamento de refugiados da
guerra civil e reformas económicas bem
sucedidas levaram a uma alta taxa de
crescimento: o país teve uma
recuperação económica notável,
atingindo uma taxa média anual de
crescimento do PIB de 8% entre os anos
de 1996 e 2006 e entre 6% e 7% no
período entre 2006 e 2011.[78] As
devastadoras inundações do início de
2000 desaceleraram o crescimento
económico para 2,1%, mas uma
recuperação completa foi alcançada em
2001, com um crescimento de 14,8%.
Uma rápida expansão no futuro dependia
de vários grandes projectos de
investimento estrangeiro, o
prosseguimento das reformas
económicas e a revitalização dos
sectores de turismo, agricultura e
transportes. Em 2013, cerca de 80% dos
habitantes do país estava empregada no
sector agrícola, a maioria dos quais
dedicados à agricultura de subsistência
em pequena escala,[79] que ainda sofre
com uma infraestrutura, redes
comerciais e níveis de investimento
inadequados. Apesar disso, em 2012,
mais de 90% das terras cultiváveis de
Moçambique ainda não tinham sido
exploradas.[80] Em 2013, um artigo da
BBC informou que, desde 2009,
portugueses estão a voltar para
Moçambique por causa do crescimento
da economia local e pela má situação
económica de Portugal, devido a crise da
dívida pública da Zona Euro.[81]

Barco pesqueiro tradicional ao largo da costa moçambicana

Mais de 1 200 empresas estatais


(principalmente pequenas) foram
privatizadas no país. Os preparativos
para a privatização e/ou liberalização do
sector estão em andamento para as
restantes empresas estatais, como as
dos sectores de telecomunicações,
energia, portos e ferrovias. O governo
frequentemente selecciona um
investidor estrangeiro estratégico
quando quer privatizar uma estatal. Além
disso, os direitos aduaneiros foram
reduzidos e a gestão aduaneira foi
simplificada e reformada. O governo
introduziu um imposto sobre valor
agregado, em 1999, como parte de seus
esforços para aumentar as receitas
internas. Em 2012, grandes reservas de
gás natural foram descobertas em
Moçambique, receitas que podem mudar
drasticamente a economia do país.[82]
No entanto, a economia de Moçambique
tem sido abalada por uma série de
escândalos de corrupção política. Em
julho de 2011, o governo propôs novas
leis anticorrupção para criminalizar o
peculato, o tráfico de influência e a
corrupção, depois de inúmeros casos de
desvio de dinheiro público. Esta
legislação foi aprovada pelo Conselho de
Ministros do país. Moçambique
condenou dois ex-ministros por
corrupção desde 2011.[83] Moçambique
foi classificado no 123º lugar entre 174
países no Índice de Percepção de
Corrupção de 2012 feito pela
Transparência Internacional.[84] De
acordo com um relatório de 2005 feito
pela Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (USAID -
sigla em inglês), "a escala e o âmbito da
corrupção em Moçambique constituem
um motivo de alerta."[85]

Infraestrutura

Saúde

Gráfico do aumento do número de moçambicanos portadores do HIV e que estão a fazer o tratamento antirretroviral
(2003-2014)

A taxa de fecundidade moçambicana é


de cerca de 5,5 nascimentos por mulher.
O gasto público em saúde foi de 2,7% do
PIB em 2004, enquanto que as despesas
privadas em saúde somaram 1,3% no
mesmo ano. Os gastos com assistência
médica per capita era de 42 dólares
(PPC) em 2004. No início do século XXI,
havia três médicos por 100 mil
habitantes de Moçambique e a
mortalidade infantil era de 100 por mil
nascimentos em 2005.[86]

Após a sua independência de Portugal


em 1975, o governo de Moçambique
estabeleceu um sistema de assistência
médica primária, que foi citado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS)
como um modelo para outros países em
desenvolvimento.[87] Mais de 90% da
população havia sido vacinada. Durante
o período do início dos anos 1980, cerca
de 11% do orçamento do governo era
voltado para gastos com saúde.[88] No
entanto, a guerra civil moçambicana
levou o sistema de saúde primária a um
grande retrocesso. Entre os alvos dos
ataques da RENAMO às infraestruturas
do governo entre 1980 e 1992 estavam
instalações médicas e educacionais.[27]

Em Junho de 2011, o Fundo de


População das Nações Unidas divulgou
um relatório sobre o estado da
obstetrícia no mundo. O documento
contém dados sobre a força de trabalho
e as políticas relacionadas com a
mortalidade neonatal e materna em 58
países do mundo. A taxa de mortalidade
materna por 100 mil habitantes em
Moçambique era de 550 em 2010,
comparado com 598,8 em 2008 e com
385 registrado em 1990. A taxa de
mortalidade em menores de 5 anos por
1 000 nascimentos é de 147. O objetivo
deste relatório é destacar maneiras para
que os Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio da ONU possam ser
alcançados, especialmente os objectivos
4 (reduzir a mortalidade infantil) e 5
(diminuir a taxa de morte materna). Em
Moçambique, o número de parteiras por
1 000 nascidos vivos é de 3 e o risco de
morte para mulheres grávidas é de 1 em
37.[89]

Hospital local da cidade de Luabo, no distrito de Chinde

A taxa oficial de prevalência da epidemia


de HIV na população moçambicana em
2011 foi de 11,5% na faixa etária entre 15
e 49 anos (uma referência comum para
as estatísticas de HIV). Este é um valor
mais baixo do que o observado em
vários dos países vizinhos da África
Austral. Para as partes do sul do país
(províncias de Maputo e Gaza), os
números oficiais são mais do que o
dobro da média nacional. Em 2011, as
autoridades de saúde estimaram que
cerca de 1,7 milhões de moçambicanos
eram portadores do vírus HIV, dos quais
600 mil estavam sob tratamento
antirretroviral. Em dezembro de 2011,
240 mil pessoas estavam recebendo
esse tratamento, e 416 mil pessoas em
março 2014. De acordo com o relatório
da UNAIDS de 2011, a epidemia de
HIV/SIDA em Moçambique parece estar
a estabilizar.[90]

Através de ONGs de muitos países em


desenvolvimento, Moçambique é
apoiado pelo resto do mundo. Devido as
dificuldades de gestão da ajuda externa
e da desigualdade da comunidade local,
as ONGs fragmentam o sistema de
assistência médica primária do país.[91]
O pesquisador de saúde James Pfeiffer
argumenta que, além de instalar uma
nova estratégia de gestão da ajuda, um
novo paradigma de cooperação deve ser
constituído, a fim de facilitar o
intercâmbio entre os trabalhadores
humanitários e os trabalhadores de
saúde locais no mundo em
desenvolvimento. O novo paradigma vai
ajudar a promover um impacto positivo
duradouro sobre as instituições de saúde
locais e fortalecer o relacionamento
profissional entre os trabalhadores da
saúde.[27]

Segurança alimentar

Estima-se que 64% da população de


Moçambique sofre de insegurança
alimentar. Este problema prevalece
principalmente na região sul do país,
onde cerca de 75% da população sofre
desse mal. Moçambique está entre os 16
países com “mais alto risco de
apresentar níveis crescentes de fome
aguda”, diante de um cenário global,
onde novos recordes nos níveis de fome
no país apenas aumentam.[92][93][94][95]
A saúde em Moçambique, é fortemente
afetada pela insegurança alimentar do
país. De acordo com o Relatório de
Desenvolvimento Humano de 2009 do
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento, cerca de 55% da
população de Moçambique vive na
pobreza, quase metade é analfabeta,
40% é subnutrida, apenas 47% têm
acesso a água potável e existe uma
expectativa de vida ao nascer de apenas
59 anos. Moçambique classificou-se em
180º lugar entre 188 países no Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Muito
disso é resultado da insegurança
alimentar no país.[96][97][98]
O país tem uma das taxas de prevalência
de AIDS mais altas do mundo. A
prevalência do vírus em Moçambique é
mais um ponto de vulnerabilidade para
as famílias de baixa renda da zona rural
do país; o mesmo agrava níveis de
pobreza e malnutrição extremos. Esses
fatores colocam em risco a produção
agrícola do país. Cerca de 15% de
mulheres grávidas entre os 15 e 49 anos
de idade estão infetadas pelo vírus. A
epidemia tem um carácter heterogêneo
em termos geográficos e
socioeconômicos. A principal via de
transmissão continua a ser sexual em
cerca de 90% dos casos em adultos.[99]
A agricultura familiar no país, constitui a
atividade econômica de grande parte da
população, podendo alcançar mais de
75% dos cidadãos. Sendo assim com
mais de metade da sua população
dependente da agricultura para viver, a
segurança alimentar de Moçambique
pode ser extremamente volátil e
descontrolada. 90% das terras são
compostas por fazendas de 10 hectares
ou menos e a produção agrícola em
grande escala é praticamente
inexistente. O país sofre de múltiplas
pragas. A mais devastadora de longe
para a agricultura é o gafanhoto
vermelho, que é endêmico na bacia do
rio Púnguè.[100][101]
A geografia de Moçambique é
particularmente vulnerável a desastres
naturais, como secas e enchentes, com
um total de 15 nos últimos 25 anos.
Esses eventos prejudicaram muito o
setor rural e a economia geral do país.
As inundações de 2000, por exemplo,
afetaram cerca de 2 milhões de pessoas,
enquanto as secas de 1994 e 1996
afetaram 1,5 milhão nas partes sul e
centro do país. Embora o país e o
restante do continente africano estejam
longe de ser os maiores emissores de
gases de efeito estufa, são os que mais
têm sofrido e estão entre os mais
vulneráveis aos impactos das mudanças
climáticas globais. Além disso, poderão
ser os mais afetados pela degradação da
terra que tem acontecido em diferentes
partes do mundo. Os pobres são
particularmente vulneráveis aos riscos
induzidos pelo clima simplesmente em
virtude de sua pobreza. Os praticantes
da agricultura familiar têm poucos bens
para vender e o seu consumo já é baixo,
por isso, em tempos de escassez, não
têm muito para os proteger da
insegurança alimentar. Moçambique tem
um sistema relativamente bem
desenvolvido de planos de preparação
para desastres a nível distrital. Projetos
financiados por doadores e pelo Sistema
Nacional de Alerta Rápido ajudam o
governo a lidar com os problemas no
país.[102][103]

Educação

Estudantes em frente a uma escola em Nampula

Desde a independência do domínio


português em 1975, a construção e a
formação de professores escolares não
acompanhou o aumento da população.
Especialmente após a Guerra Civil de
Moçambique (1977-1992), com
matrículas no pós-guerra atingindo
máximos históricos devido à
estabilidade e o crescimento da
população jovem, a qualidade da
educação ainda é precária. Todos os
moçambicanos são obrigados por lei a
frequentar a escola de nível primário, no
entanto, um grande número de crianças
moçambicanas não vão à escola
primária, porque têm de trabalhar para
subsistência de suas famílias.[104]

Em 2007, um milhão de crianças ainda


não iam à escola, a maioria delas de
famílias rurais pobres, e quase a metade
de todos os professores em
Moçambique ainda estavam
desqualificados. A escolarização de
meninas aumentou de três milhões em
2002 para 4,1 milhões em 2006,
enquanto a taxa de conclusão aumentou
de 31 mil para 90 mil.[104]

Transportes

Ponte Maputo–Katembe, a maior ponte suspensa de África

Locomotiva a vapor em Inhambane, 2009


Avião das Linhas Aéreas de Moçambique

Existem mais de 30 000 quilómetros de


estradas, mas grande parte da rede não
é pavimentada. Como nos seus vizinhos
da Commonwealth, o sentido de
circulação de tráfego em Moçambique é
pela esquerda com os condutores do
lado direito dos automóveis, sendo
portanto um dos únicos dois países
lusófonos a possuir esta característica
(o outro é Timor-Leste). Existe um
aeroporto internacional em Maputo, 21
outros aeroportos pavimentados e mais
de 100 pistas de aterragem com pistas
não pavimentadas.[46]

Na costa do Oceano Índico existem


vários grandes portos marítimos,
incluindo Nacala, Beira e Maputo.
Existem 3 750 quilómetros de vias
navegáveis ​interiores, assim como
ligações ferroviárias que servem as
principais cidades e ligam o país ao
Maláui, ao Zimbabué e à África do Sul. O
sistema ferroviário moçambicano foi
desenvolvido ao longo de mais de um
século a partir de três portos diferentes
no Oceano Índico que serviram como
terminais para linhas separadas para o
interior. As estradas de ferro foram os
principais alvos durante a Guerra Civil
Moçambicana, foram sabotadas pela
RENAMO e estão a ser reabilitadas. Uma
autoridade paraestatal, a Portos e
Caminhos de Ferro de Moçambique,
supervisiona o sistema ferroviário e os
seus portos conectados, mas a gestão
tem sido largamente terceirizada. Cada
linha tem seu próprio corredor de
desenvolvimento.[46]

Em 2005, havia 3 123 quilómetros de via


férrea, consistindo de 2 983 quilómetros
de bitola de 1 067 mm (3 pés e 6
polegadas), compatível com sistemas
ferroviários vizinhos e uma linha de 140
quilómetros de bitola de 762 mm (2 pés
e 6 polegadas), a Ferrovia de Gaza.[46] A
rota central da Corporação Ferroviária da
Beira liga o porto da Beira aos países
sem litoral do Maláui, Zâmbia e
Zimbabué. A norte deste, o porto de
Nacala também está ligado por via férrea
ao Maláui e, ao sul, Maputo está ligado
ao Zimbabué e à África do Sul. Essas
redes interconectam-se apenas através
de países vizinhos. Uma nova rota para o
transporte de carvão entre Tete e Beira
estava planeada para entrar em serviço
em 2010[105] e, em agosto de 2010,
Moçambique e Botsuana assinaram um
memorando de entendimento para
desenvolver uma estrada de ferro de
1 100 quilómetros através do Zimbabué,
para transportar carvão de Serule até um
porto de águas profundas na vila de
Techobanine, em Moçambique.[106]

Cultura
Moçambique é reconhecido pelos seus
artistas plásticos: escultores
(principalmente da etnia Makonde) e
pintores (inclusive em tecido, técnica
batik). Artistas como Malangatana,
Gemuce, Naguib, Ismael Abdula, Samat e
Idasse destacam-se na área de pintura. A
música vocal moçambicana também
impressiona os visitantes. A timbila
chope foi considerada Património
Mundial.
Artes

Moçambicana a utilizar uma tradicional máscara da etnia macua

A música de Moçambique pode servir a


muitos propósitos, que vão desde a
expressão religiosa até cerimônias
tradicionais. Os instrumentos musicais
são geralmente feitos à mão e incluem
tambores feitos de madeira e pele de
animal, como a lupembe, um
instrumento de sopro feito de chifres de
animais ou madeira, e a marimba, que é
uma espécie de xilofone nativo. A
marimba é um instrumento popular entre
os chopes da costa centro-sul
moçambicana, que são famosos por sua
habilidade musical e de dança. A música
de Moçambique é semelhante ao reggae
e ao calipso caribenho. Outros tipos de
música são populares em Moçambique,
como a marrabenta e outros tipos de
música lusófona, como o fado, o samba,
a bossa nova e o maxixe.[107]

Os macondes são famosos por suas


máscaras e esculturas elaboradas de
madeira, que são geralmente usadas ​em
danças tradicionais. Existem dois tipos
diferentes de esculturas em madeira: as
shetani (espíritos malignos), que são em
sua maioria esculpidas em ébano, e as
ujamaa, que são esculturas em forma de
totem que ilustram rostos realistas de
pessoas e de várias figuras. Essas
esculturas são geralmente referidas
como "árvores genealógicas", porque
contam histórias de muitas
gerações.[107]

Durante os últimos anos do período


colonial, a arte moçambicana refletiu a
opressão pelo poder colonial e tornou-se
símbolo da resistência. Após a
independência em 1975, a arte moderna
passou para uma nova fase. Os dois
artistas moçambicanos contemporâneos
mais conhecidos e mais influentes são o
pintor Malangatana Ngwenya e o
escultor Alberto Chissano. Uma boa
parte da arte pós- independência,
durante os anos 1980 e 1990, reflete a
luta política, a guerra civil, o sofrimento, a
fome e a luta.[107]

Danças tradicionais são geralmente


complexas e altamente desenvolvidas
em todo o país. Há muitos tipos
diferentes de danças tribais, que
geralmente são ritualísticas por
natureza. Os chopes, por exemplo, atuam
em batalhas vestidos com peles de
animais. Os homens macuas vestem
roupas e máscaras coloridas, dançando
sobre palafitas ao redor da aldeia por
horas. Grupos de mulheres na parte
norte do país realizam uma dança
tradicional chamado tufo, para
comemorar feriados islâmicos.[107]

Literatura

Escritor Mia Couto

A literatura moçambicana obteve um


maior desenvolvimento no período
colonial, lidando com temas
nacionalistas. Os escritores mais
importantes dessa fase foram Rui de
Noronha e Noémia de Sousa. José
Craveirinha iniciou-se na literatura na
década de 1940, abordando temas da
realidade social dos moçambicanos em
seus poemas, e provocou a rebelião. É
considerado o mais importante poeta
moçambicano. José Craveirinha recebeu
o Prémio Camões em 1991.[108]

Mia Couto, que também ganhou o


Prêmio Camões, em 2013, é um dos
principais escritores da era
contemporânea em Moçambique.
Nascido em Beira, recebeu o Prêmio
Literário Internacional Neustadt em
2014, tendo sido um dos dois únicos
escritores de língua portuguesa a
receber tal honraria.[109]

Tem-se que uma parte significativa da


produção literária moçambicana se deve
aos poetas da chamada "literatura
europeia". Estes poetas são aqueles que,
sendo etnicamente caucasianos,
centram toda, ou quase toda a temática
de suas obras nos problemas cotidianos
de Moçambique, exercendo expressiva
influência na identidade nacional do país.
Alberto de Lacerda, Reinaldo Ferreira,
Glória Sant'Anna, António Quadros,
Sebastião Alba e Luis Carlos Patraquim
são alguns dos escritores pertencentes a
este grupo literário.[110]

Culinária

Depois de quase 500 anos de


colonização, os portugueses impactaram
significativamente a cozinha
moçambicana. Culturas como a
mandioca (raiz amido de origem
brasileira), castanha de caju (também de
origem brasileira, embora Moçambique
já tenha sido o maior produtor deste
produto) e o pãozinho, que são pães
franceses trazidos pelos portugueses. O
uso de especiarias e temperos, como
cebola, louro, alho, coentro, páprica,
pimenta, pimentão vermelho e vinho
foram introduzidos também pelos
portugueses, assim como cana de
açúcar, milho, milheto, arroz, sorgo (um
tipo de grama) e batatas. Prego (rolo de
carne), rissole, espetada (kebab), pudim
e o popular Inteiro com piripiri (frango
inteiro com molho da planta piri piri), são
todos os pratos portugueses
comumente consumidos pela população
atual de Moçambique.[111]

Comunicações
Sede da Rádio Moçambique

A mídia moçambicana é fortemente


influenciada pelo governo.[112] Os jornais
têm taxas de circulação relativamente
baixas, devido aos altos preços e às
baixas taxas de alfabetização.[112] Entre
os jornais mais divulgados estão os
diários controlados pelo Estado, como o
Noticias e o Diário de Moçambique, e o
semanário Domingo.[113] A sua
circulação está principalmente confinada
a Maputo.[114] A maior parte do
financiamento e da receita de
publicidade é dada a jornais pró-
governo.[112] No entanto, o número de
jornais privados com opiniões críticas
aumentou significativamente nos últimos
anos.[113]

Os programas de rádio são a forma mais


influente de mídia no país devido à sua
facilidade de acesso.[112] As estações de
rádio estatais servem um número de
ouvintes superior ao das rádios privadas.
A Rádio Moçambique é a emissora com
o maior número de ouvintes[112] e que foi
criada pouco depois da independência
de Moçambique.[115]
As estações de TV vistas pelos
moçambicanos são, entre outras, a TVM,
a STV e a TV Miramar. Através de cabo e
satélite, os telespectadores podem
acessar dezenas de outros canais
africanos, asiáticos, brasileiros e
europeus.[carece de fontes

?
]

Desportos

O jogador português Eusébio (nascido


em Moçambique antes da
independência) foi avançado da
selecção Portuguesa no Campeonato do
Mundo de 1966, levando Portugal às
semifinais. A atleta Maria de Lurdes
Mutola ganhou duas medalhas olímpicas
nos 800 metros, uma medalha de bronze
nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta e
uma medalha de ouro, nas Olimpíadas de
2000, na Austrália. Os desportos mais
populares de Moçambique são
basquetebol, futebol e atletismo. A
jogadora de basquetebol Clarisse
Machanguana jogou na WNBA. A
selecção moçambicana de futebol
disputou quatro vezes a Copa das
Nações Africanas, mas nunca disputou
uma taça do mundo.

Feriados
Data Nome em português Notas

1 de
Dia da Fraternidade universal Ano novo
janeiro

3 de
Dia dos heróis moçambicanos Em homenagem a Eduardo Mondlane
fevereiro

7 de abril Dia da Mulher Moçambicana Em homenagem a Josina Machel

Dia Internacional dos


1 de maio Dia do trabalho
Trabalhadores

25 de Proclamação da independência em 1975 (de


Dia da Independência Nacional
junho Portugal)

7 de Em homenagem à assinatura dos Acordos


Dia da Vitória
setembro de Lusaka

25 de Dia das Forças Armadas de Em homenagem ao início da luta armada de


setembro Libertação Nacional libertação nacional

4 de
Dia da Paz e Reconciliação Em homenagem ao Acordo Geral de Paz
outubro

25 de
Dia da Família Natal
dezembro

Ver também
Partidos políticos de Moçambique
Responsáveis pela administração
colonial de Moçambique
Lista do património edificado em
Moçambique
Literatura de Moçambique
Missões diplomáticas de Moçambique
Português moçambicano
Constituição da República de
Moçambique

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&sort=country&ds=.&br=1&c=688&s=
NGDP_R%2CNGDP_RPCH%2CNGD
P%2CNGDPD%2CPPPGDP%2CNGDP
_D%2CNGDPRPC%2CNGDPRPPPP
C%2CNGDPPC%2CNGDPDPC%2CPP
PPC%2CPPPSH%2CPPPEX%2CNID_
NGDP%2CNGSD_NGDP%2CPCPI%2C
PCPIPCH%2CPCPIE%2CPCPIEPCH%
2CTM_RPCH%2CTMG_RPCH%2CTX_
RPCH%2CTXG_RPCH%2CLP%2CGG
R%2CGGR_NGDP%2CGGX%2CGGX_
NGDP%2CGGXCNL%2CGGXCNL_NG
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