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Arquidiocese de Porto Alegre

Conselho de Formação

Projeto Pedagógico da Formação

2020
CONSIDERAÇÕES INICIAIS A RESPEITO DESTE
DOCUMENTO

Este documento reúne o trabalho do Conselho de Formação Presbiteral da Arquidiocese


de Porto Alegre e dos diversos Grupos de Trabalho (GT´s) acerca do Projeto Pedagógico da
Formação – Formação Inicial. Ele considera a Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis
aprovada em 08 de dezembro de 2016 e as Diretrizes da Formação Presbiteral da CNBB,
publicada em 2019.

Urge favorecer a possibilidade de uma experiência de encontro pessoal com Jesus Cristo
para que cresça no candidato ao presbiterato a disposição para o discipulado missionário,
orientado pela caridade pastoral, e a uma eclesiologia que gere um homem de comunhão.

Este projeto pretende ser uma linha orientadora para o desenvolvimento progressivo,
gradual e personalizado do discernimento vocacional do candidato ao ministério presbiteral.
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Fundamentação

I - FUNDAMENTAÇÃO

1. A pessoa
Biblicamente, a definição do ser humano se realiza não a partir da pergunta sobre o
homem, mas na resposta humana ao chamado divino. O ser humano descobre-se na relação
com o Senhor que o chama. Nesse chamado, sente os seus limites e suas impossibilidades
concretas, mas também a graça de Deus que o anima.

O chamado exige que o vocacionado, consciente dos seus limites, se torne um novo
homem, e é tão profundo, que exige uma revisão de toda a sua existência. Por isso, em muitos
casos, o chamado pode até levar a uma mudança do nome. Isto aparece também no batismo
cristão, que é morte do homem velho, sepultado e ressuscitado com Cristo para uma vida nova.
Ao longo da vida, o batizado deve tornar-se o que é: filho no Filho.

A concepção unitária e semita do ser humano foi mantida pelos livros do Antigo
Testamento escritos em grego (como Livro da Sabedoria) e mesmo tendo traduzindo as
categorias hebraicas por sarx, soma, psyché e pneuma – termos que conservam a concepção
dualista da cultura grega – o autor sagrado mantém a concepção unitária do ser humano. Assim,
separar corpo e alma, mente e espírito, ou qualquer outro antagonismo entre a dimensão visível
e material do ser humano e a dimensão invisível e espiritual, é negar a antropologia bíblica.

O mesmo se pode dizer do Novo Testamento, que utiliza os mesmos termos. Mesmo
quando S. Paulo mostra uma contraposição entre pneuma e sarx, não pretende mostrar um
dualismo antropológico, mas destaca as tensões entre o ser humano e os seus limites. A
contraposição não é entre a carne e espírito, mas entre viver segundo a carne (orientado para as
criaturas) e viver segundo o Espírito (orientado para Deus).

Essa visão unitária do ser humano segue na teologia dos Padres da Igreja, e a tradição
posterior da Igreja (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 365) e no Magistério atual da Igreja (cf.
Concílio Vaticano II, GS 14). A autêntica vocação cristã integra o ser humano, e tanto a
interioridade quanto a exterioridade da pessoa são lugares da graça e do pecado, centro de
virtudes e tentações, ambas vocacionadas à comunhão integral com o Criador.

Criado à imagem de Deus, homem e mulher foram criados. A relacionalidade, portanto, é


substancial ao ser humano. A mulher existe em sua relação com o homem, e o homem existe
em sua relação com a mulher. Ambos se complementam na relação mútua, encontrando aí o

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sentido de viver na reciprocidade. A vocação cristã supõe essa relacionalidade da unidade na


diferença.

O “ser imagem” sugere tender para o próprio modelo. Mesmo sem ter a natureza divina,
o ser humano é reflexo desta natureza, por isto o ser humano é um ícone criado. Ele é
vocacionado à comunhão com Deus e a ser ícone de Deus no mundo. Quando essa relação é
rejeitada, o ser humano abdica a sua condição de ícone e torna-se ídolo. No Novo Testamento, a
pergunta: “Quem é o ser humano?” é dada em Jesus Cristo, de modo especial em sua paixão:
Ecce homo (“Eis o homem”). Aquele que fora chagado, torturado e crucificado é a imagem do
homem mais perfeito. É o amor que não tem limites, nem fronteiras. É a entrega por todos:
pobres, doentes, pecadores e até inimigos. Ele é misericordioso porque carrega em si todas as
misérias humanas.

O Homem das Dores torna-se a referência para todos os que se empenham em seguir os
seus passos (cf. Fl 2,5). No entanto, a trajetória de Jesus não termina na cruz. O Crucificado é o
Ressuscitado. E para evitar uma interpretação reducionista e espiritualista da fé, os primeiros
cristãos afirmaram a ressurreição da carne. Por ela, Jesus valoriza o corpo, a mente e o espírito
do ser humano. A integridade e a solidariedade do ser de Jesus revelam que ele veio para curar
e salvar o ser humano todo.

O Concílio Vaticano II exorta os cristãos a encontrarem o sentido de sua existência no


Cristo: “Na realidade, somente no mistério do Verbo Encarnado encontra verdadeira luz o
mistério do ser humano[...]. Cristo [...] se revela plenamente ao homem e lhe dá a conhecer a
sua altíssima vocação” (GS 22). Por conseguinte, todo aquele que segue Cristo aperfeiçoa-se
cada vez mais em sua própria dignidade (GS 41).

1.1. Indicações para o processo formativo


A partir da visão da antropologia cristã, alguns elementos indicativos aparecem:
a) O processo das formação inicial em vista do presbiterato deve levar em conta que o
candidato é, antes de tudo, uma pessoa humana. Lacunas na formação do nível do
humano repercutem no ser e no agir do futuro presbítero;
b) O ser humano é uma unidade bio-psico-espiritual. Todas essas dimensões devem
ser levadas em conta no processo formativo, sem que se caiam em dualismos que
privilegiem uma dimensão em detrimento das demais;
c) A pessoa de Jesus Cristo deve ser apresentada como Mestre, Senhor, Salvador e
modelo de pessoa humana realizada, que chama ao seguimento e à identificação
com Ele;

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d) Sendo Cristo o modelo de pessoa humana, é de fundamental importância destacar


uma espiritualidade centrada no seguimento de Jesus Cristo que se encarnou,
morreu e ressuscitou. Trata-se de uma configuração do candidato para se tornar
discípulo, carregando sua cruz numa perspectiva pascal.

2. A Igreja
A formação deve ser vista dentro da visão eclesiológica proposta pelo Concílio Vaticano
II e Magistério A Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis busca responder às indicações
propostas pelo Concílio. Da mesma forma, a recente Ratio para a Formação dos Presbíteros
acolhe as orientações do recente Magistério da Igreja, além de buscar responder aos desafios
da cultura contemporânea.

O presbítero e o processo da formação em vista do presbiterato devem ser vistos dentro


desta Eclesiologia de Comunhão, da Igreja sacramento de Cristo, Povo de Deus, Corpo de
Cristo e mistério de comunhão e missão.

Por isto, do ponto de vista metodológico, é necessário abordar o sacramento da Ordem a


partir de um quadro eclesiológico global considerando os seguintes pontos:
a) A Igreja mistério: a Igreja é sacramento de salvação. Nesta perspectiva urge
privilegiar os elementos da ordem da graça, sem desprezar aqueles organizacionais.
b) Igreja comunhão: ela nasce do desígnio de Deus Pai de reunir toda a humanidade
para salvá-la (cf. LG 2). Entre os membros da comunidade eclesial não há distinção
quanto à dignidade. Existe, sim, uma diversidade de serviços, ministérios e funções.
c) Igreja no mundo: a Igreja é uma realidade inserida na história humana. Ela se situa
no mundo como sacramento universal de salvação. É que a salvação em Jesus
Cristo não passa ao longo da história na qual ele se fez um como nós e nosso
Salvador e Libertador. Toda fuga mundi torna-se um sinal que deturpa o sentido da
vaocação cristã.
d) Igreja missão: a Igreja é essencialmente missionária, ela anuncia Cristo a todos, por
isto a vocação se desenvolve na perspectiva de uma atitude de ir ao encontro dos
outros para expressar o amor de Deus que liberta e salva. Sem dimensão da “Igreja
em saída”, é impossível compreender a encarnação do Filho que se fez missionário
do Pai no Espírito para que todos tenham vida em abundância (Jo 10,10).

As dimensões cristológica e eclesiológica são inseparáveis. O presbítero configurado


com o Cristo Cabeça, profeta, sacerdote e pastor, sendo membro de um presbitério que tem a
sua cabeça visível no Bispo diocesano, conserva uma vinculação que não é apenas funcional ou
afetiva, mas sacramental.

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Assim, pode-se dizer que o presbítero:


• na força da consagração que recebe com o sacramento da ordem,
• é enviado pelo Pai
• por meio de Jesus Cristo a quem, como cabeça e pastor de seu povo, é configurado
de modo especial
• para viver e trabalhar na força do Espírito Santo
• a serviço da Igreja e para salvação do mundo.

2.1. Indicações para o processo formativo


A partir destas considerações eclesiológicas, aparecem algumas indicações para a
formação.
a) É preciso apresentar de forma equilibrada a dimensão cristológica que fala da
vinculação a Cristo, do chamado pessoal e da identificação ao Cristo Cabeça,
profeta, sacerdote e pastor, e da dimensão eclesiológica que apresenta o presbitério
em sua dimensão sacramental e da Igreja como o local de vida e exercício do
ministério.
b) Mostrar a necessidade da busca da santidade pessoal em resposta à graça,
fundamentada na vida batismal, mas também a partir do ministério presbiteral que
tem o seu fundamento espiritual na caridade pastoral.
c) Apresentar o presbitério ao qual vai ser integrado não como um apêndice acidental
ou uma consequência a ser tolerada a partir da ordenação, mas como realidade
constitutiva da ordenação presbiteral, como lugar de fraternidade, de amizade
presbiteral e de vida em comum. Neste sentido, a incardinação deve ser mostrada
não apenas como vinculação jurídica, mas como realidade sacramental e espiritual.1
d) A própria pastoral vocacional deverá levar em conta no anúncio e proposta estes
aspectos cristológicos e eclesiológicos.
e) A formação deve se preocupar em formar não apenas para uma determinada
realidade ou apenas para a Igreja Particular, mas deverá formar também para a

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Todo o processo formativo possui uma característica eminentemente comunitário. De fato, a vocação ao ministério presbiteral
“é um dom que Deus concede à sua Igreja e ao mundo, uma via para se santificar e santificar-se os outros, que não se
percorre de maneira individualista, mas sempre havendo como referência uma porção concreta do povo de Deus. Tal vocação
é revelada e acolhida no interior de uma comunidade eclesial e forma-se no Seminário, no contexto de uma comunidade
educadora que compreende vários componentes do povo de Deus, para conduzir o seminarista, mediante a ordenação, a fazer
parte da família do presbitério, ao serviço de uma comunidade de fieis”
A vida comunitária coloca o formando diante de duas realidades fundamentais na vida do presbítero: comunhão de fé com o
bispo e com todo o presbitério. Ela “é um elemento precioso e iniludível na formação daqueles que serão chamados no futuro a
exercer uma verdadeira paternidade espiritual nas comunidades a eles confiadas. Cada candidato que se prepara ao ministério
deve sentir cada vez mais profundamente o desejo pela comunhão”1 com todo o povo de Deus, a quem deve estimar, servir e
amar. CNBB. Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil (2018). N. 171.

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Igreja Universal, o que significa estar pronto para enfrentar as mais diversas
circunstâncias, com condições de servir a Igreja inteira (DMVP, 15)
f) Neste âmbito da formação para a vivência da caridade pastoral, o processo formativo
deve levar a paternidade espiritual (DMVP, 24), o exercício da autoridade como
amoris officium (DMVP 25) para o trabalho em equipe, tanto com outros ministros
ordenados como os leigos (DMVP 22), evitando as tentações tanto do democratismo
como do igualitarismo (DMVP 26).

3. A vocação
A vocação sempre tem em vista um outro, os outros. Abraão é chamado a ser pai de um
grande povo que será fonte de bênçãos para todos os povos. Moisés é chamado a ser
instrumento de Deus para tirar o povo de Israel do Egito e conduzi-lo pelo deserto rumo à terra
prometida. Os profetas são chamados a serem os portadores da Palavra de Deus para o povo
de Israel, chamando-o à conversão.

A finalidade das intervenções de Deus é a salvação: “Deus quer que todos se salvem”
(cf. 1Tm 2,4), mas não se pode falar de uma vocação à salvação. Pode-se dizer que a salvação
é mediada mais diretamente por outras categorias, sendo a primeira delas a Aliança.

As fórmulas de Aliança mostram um mútuo comprometimento entre Deus e Israel: “Eu


serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (cf. Jr 30,22; 32,28), que nos profetas logo ganhou a
simbólica matrimonial, na qual Deus é o esposo, e Israel é a esposa. A consequência da Aliança
é o cumprimento da Lei, que são as cláusulas da Aliança.

A Aliança pressupõe um caminho de conversão, que pode ser vista de duas formas: a
conversão inicial que se dá a partir da experiência de Deus, e a conversão a partir de uma
experiência de pecado ou de traição da Aliança. Fidelidade à Aliança e conversão são as
categorias fundamentais a partir das quais Deus salva.

Não existe a vocação que confira uma posição privilegiada. Tampouco há o oferecimento
de garantias ou promessas para o vocacionado. A vocação – embora não possa ser vista
simplesmente como uma tarefa – está orientada para a missão.

3.1. Indicações para o processo formativo


O Concílio Vaticano II, na Constituição Lumen Gentium, superou a antiga visão que
considerava vocacionados apenas algumas pessoas dentro da Igreja e ressalta alguns
elementos importantes:

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a) Vocação não significa privilégio de alguns na Igreja (alguns seriam vocacionados e


outros não, nesse caso, os leigos).
b) Acentuou o que os batizados têm em comum: o sacerdócio comum e a santidade.
Mostrou a vocação específica como decorrência e maneira de concretizar a vocação
fundamental.
c) A santidade não se realiza de forma abstrata. Se de um lado ela supõe uma
transformação da pessoa e uma especial relação com Deus, tudo isso sempre
acontece em um contexto de missão cujo beneficiário não é Deus, mas o próximo,
por isto, se concretiza em uma vocação específica.
d) É preciso distinguir entre a condição permanente da vivência de uma vocação
específica e a condição transitória. Assim, poderíamos dizer que a condição de
seminarista é condição transitória da Vocação Específica, enquanto que a partir da
Ordenação, esta condição se torna permanente.
e) Essas distinções são importantes em um processo vocacional de discernimento e de
formação. Faz parte da espiritualidade cristã o realizar a vontade de Deus, que é
uma vontade sempre atual, a ser discernida e vivida. Esta vontade se manifesta
sempre como um especial chamado, e o importante é viver em cada etapa da vida a
vontade de Deus para aquela etapa.
f) O processo de formação, sendo também processo de discernimento, deve levar à
maturação de decisões de modo a poder assumir livremente o ministério ordenado.
Nesse processo, deve ir crescendo a convicção de que se é chamado ao exercício
do ministério presbiteral. Tenha-se presente que este processo de discernimento não
é apenas do candidato, mas também da Igreja, por meio dos responsáveis pela
condução do itinerário formativo.

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Objetivos e Justificativas

II – JUSTIFICATIVAS
Levando em consideração a realidade atual em seu caldo cultural complexo, os
resultados de pesquisas e estudos realizados com os candidatos de nossos seminários e
presbíteros da Arquidiocese de Porto Alegre, bem como leigos (e leigas) de diversas
comunidades, observou-se a necessidade de um instrumento capaz de oferecer suporte ao
processo formativo integral dos candidatos ao ministério presbiteral.

A inquietação advinda do resultado dos estudos, reuniões e diálogos de todos os


envolvidos no processo de formação presbiteral, levou-nos à compreensão de que é necessário
um itinerário que contemple o candidato ao ministério presbiteral a partir de uma antropologia
integral, capaz de formar o presbítero pleno em sua humanidade; uma experiência de encontro
pessoal com Jesus do Evangelho que conduz ao discipulado missionário, orientado pela
caridade pastoral, e a uma eclesiologia que gere um homem de comunhão.

Esse projeto pretende ser uma linha orientadora para o desenvolvimento progressivo,
gradual e personalizado do discernimento vocacional do candidato ao ministério presbiteral.
Contempla as quatro dimensões já consagradas pela Pastores dabo Vobis, perpassada por um
tríplice olhar que compreende cada uma delas no nível da Pessoa, do Cristão e do Presbítero,
considerando objetivos, conteúdos e meios pertinentes a cada etapa formativa, desde o Serviço
de Animação Vocacional até a integração do novo Presbítero aos projetos da Pastoral
Presbiteral.

III - OBJETIVOS

1. Objetivo geral.
Acompanhar o candidato ao presbiterato em seu processo de formação segundo as
diretrizes da Igreja e orientações da Arquidiocese de Porto Alegre, favorecendo-lhe o encontro
pessoal e comunitário com Jesus Cristo, numa conversão à santidade e senso de pertencimento
e serviço à Igreja Povo de Deus.

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Objetivos e Justificativas

2. Objetivos específicos:

2.1. Formar a pessoa:


Oportunizar ao candidato um processo de profundo conhecimento de si a partir de um
encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, capaz de dar sentido teológico às escolhas e renúncias
inerentes ao ministério presbiteral.

2.2. Formar o cristão:


Oferecer formação bíblico-litúrgica e espiritual de iniciação, de seguimento ao Senhor e
de conformação a Ele e ao seu Mistério Pascal.

2.3. Formar o presbítero e o presbitério:


Favorecer a formação através de experiências pastorais, capacitando o seminarista tanto
para o cuidado do rebanho, quanto para a saída ao encontro dos afastados e dos que ainda não
conhecem a pessoa de Jesus Cristo.

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Metodologia das Diversas Etapas

IV – METODOLOGIA DAS DIVERSAS ETAPAS:


A formação Inicial dos Presbíteros da Arquidiocese de Porto Alegre é constituída de
cinco etapas:
a) Ensino Médio;
b) Propedêutico;
c) Discipulado (Estudos Filosóficos): Identidade, tempo de iniciação cristã e
presbiteral; catecumenato;
d) Configuração (Estudos Teológicos): Intimidade, mistagogia ampliada;
e) Síntese Vocacional: Generatividade, aprendizagem à paternidade espiritual.

Estas etapas são sustentadas por três colunas: o ser pessoa, o ser cristão e o ser presbítero,
que por sua vez perpassam as quatro dimensões da formação (humano-afetiva; espiritual;
intelectual; pastoral-missionária) realizadas em uma vida comunitária.

Alguns elementos estarão presentes em todas as etapas:


a) Missa diária.
b) Adoração eucarística.
c) Celebração comunitária da reconciliação.
d) Encontros periódicos do Diretor Espiritual com os seminaristas da etapa formativa.
e) Encontros de convivência (acampamento, confraternização).
f) Retiros e recolhimentos por etapa.
g) Direção Espiritual.
h) Conversas e encontros de formação com o formador.
i) O processo formativo é realizado em comunidade, porque tem em vista inserir o
futuro presbítero na realidade teológica e ontológica que é o presbitério. O Seminário
é a instância privilegiada para realizar tal processo.

1. Seminário Menor – Ensino Médio

1.1. Caracterização
Trata-se de uma comunidade formativa composta de formadores e seminaristas, voltada
ao aprofundamento da vocação cristã e, especificamente, ao discernimento da vocação
presbiteral.

O período formativo do Seminário Menor constitui-se de modo particular em função do


desenvolvimento físico, psíquico e social na fase da adolescência. Sendo assim, a proposta

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mantém a mesma inspiração que o sugerido para as demais etapas, mas estrutura-se de forma
diversa.

O conteúdo será dividido de modo trienal, sendo que o formando ao final dos três anos
do Seminário Menor terá realizado o itinerário completo. Para melhor exemplificar a proposta
assemelha-se ao calendário litúrgico dividido nos anos A, B e C.

1.2. Objetivo geral:


Promover a maturação humana e cristã dos adolescentes que manifestem o desejo de
realizar um caminho de formação humana e cristã, além de trilhar um itinerário de discernimento
vocacional.

1.3. Ano A:
FORMAR A PESSOA

Palavras-chave: autoconhecimento, história de vida, família, potencialidades,


sexualidade/afetividade, adolescência.

1.3.1. Objetivo para a etapa:

Proporcionar ao candidato um caminho de autoconhecimento e integração de sua história de


vida, a fim de desenvolver suas potencialidades e trabalhar suas fragilidades, sobretudo, nos
campos da sexualidade, afetividade e relacionamentos, privilegiando o âmbito familiar.

1.3.2. Meios:

Meios Conteúdos Responsáveis


Conversas periódicas com Partilhas/ experiências de vida Psicólogo
psicólogo.
Conversa individual com Desenvolvimento do processo Formador
formador. formativo integral e pessoal
Encontros periódicos com as Convivência e integração das Formador e famílias dos
famílias famílias na estrutura do adolescentes
seminário e na formação.
Sentido de pertença.
Visitas do seminarista à sua Convivência com a própria Família do candidato
família família
Encontros de formação Formação humana Psicólogo e psicopedagoga
humano-afetiva
Horários de estudo pessoal Próprios do Ensino Médio Candidatos e formador
e/ou em grupo

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Metodologia das Diversas Etapas

Palestras sobre temas da Formação de consciência Palestrantes e formador


atualidade crítica
Formação musical Teoria musical, canto e prática Professor de música.
instrumental.
Educação física Exercícios programados Professor de Educação Física
Atividades artísticas Apresentações culturais Formador

1.4. Ano B:
FORMAR O CRISTÃO

Palavras-chave: transcendência, vocação, fé, oração, mistagogia.

1.4.1. Objetivo para esta etapa:

Alimentar e sustentar a comunhão com Deus e com os irmãos, na amizade com Jesus
Bom Pastor e em atitude de docilidade ao Espírito.

1.4.2. Meios:

Meios Conteúdos Responsáveis


Direção espiritual Acompanhamento pessoal Diretor espiritual
Retiro anual e recolhimentos Tema específico e gerador Diretor espiritual
mensais
Retomada e aprofundamento Catequese fundamental Formador
da IVC
Missa diária; Leitura Orante da Oração comunitária Formador e candidatos
Bíblia de segunda à sexta;
terço duas vezes por semana;
Adoração Eucarística uma vez
por semana
Leitura espiritual Livros indicados pelo Diretor Diretor espiritual
Espiritual e/ou escolhidos
pelos candidatos.
Oração da Escuta; oração Oração pessoal Diretor espiritual e formador
contemplativa (com a
natureza); exame de
consciência diário;
Sacramento da Reconciliação
Coordenação da comunidade Exercício da liderança e da Formador
e setores corresponsabilidade.
Confraternizações, passeios, Convivência e relações Formador e coordenação dos
acampamentos, práticas comunitárias. setores
esportivas e exercícios
laborais

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Assembleia mensal da Revisão da programação Formador e coordenação


comunidade comunitária e avaliação das
atividades.

1.5. Ano C:
FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO

Palavras-chave: vivência comunitária, conteúdo da fé, sentido de pertença à Igreja.

1.5.1. Objetivo para esta etapa:

Desenvolver um processo progressivo e decidido de passagem da vida familiar e


paroquial para a vida do Seminário e da pastoral da Igreja.

1.5.2. Meios:

Meios Conteúdos Responsáveis


Acompanhamento de Acolhida aos participantes do Animador Vocacional, Equipe
atividades no Encontro Kairós Encontro, participação nas Kairós e formador
atividades de integração
(esporte) e nas celebrações
Um final de semana por mês Convívio com o pároco e Pároco e formador
na paróquia de origem acompanhamento das
atividades pastorais e
celebrações nas comunidades
da Paróquia
Pastoral Estudantil Acompanhamento e Equipe da Pastoral Estudantil
participação nas atividades e formador
realizadas pela Pastoral
Estudantil

2. PROPEDÊUTICO
Iniciação cristã e presbiteral – Pré-Catecumenato.

Caracterização

O propedêutico é uma etapa formativa indispensável, com uma especificidade


própria, eminentemente querigmática, caracterizada pelo encontro com Cristo.
Essa etapa, obrigatória para todos os candidatos ao Seminário Maior, é
organizada como uma instituição autônoma, distinta e articulada com as outras
etapas da formação, levando em consideração as seguintes indicações:
residência ou local próprio, com programação específica; não inferior a um ano,
nem superior a dois anos; com uma equipe responsável, valorizando a presença
de leigos, homens e mulheres. O propedêutico deve se caracterizar como etapa
da complementação e aprofundamento do processo de Iniciação à Vida Cristã e

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preparação de caráter introdutório com vistas à sucessiva formação presbiteral


ou, ao invés, da decisão de trilhar outro caminho de vida. DFPIB (2018), 125.

Critérios de Ingresso

O ingresso no propedêutico seja precedido por um processo de discernimento


vocacional, que leve ao conhecimento das reais motivações do vocacionado,
através de um levantamento do histórico pessoal, nos seguintes âmbitos:
familiar, comunitário- eclesial, espiritual, afetivo-sexual, socioeconômico,
intelectual e cultural. Esse discernimento seja feito através de consulta às
comunidades de origem, visita aos familiares, entrevistas, encontros
vocacionais, retiros e outros. Esta etapa exige particular atenção, pois não é raro
que candidatos apresentem certas deficiências: visão fragmentada da própria
experiência de vida; dificuldades de ordem afetiva e sexual; problemas
decorrentes da desintegração familiar; perturbações emocionais; falta de cultura
humanística e científica; lacunas no ensino fundamental e médio; fragilidade de
convicções básicas humanas e de fé, mesmo naqueles que vêm de experiências
de vida cristã em comunidades ou movimentos eclesiais, carência de uma
iniciação à vida comunitária. Atente-se para a origem e formação dos
vocacionados, com vistas a favorecer a eles o conhecimento e a valorização de
suas raízes culturais DFPIB (2018), 126-128.

2.1. FORMAR A PESSOA

2.1.1. Objetivos para a etapa:

Iniciar o candidato na vida comunitária do seminário, contemplando a pessoa humana


tendo como referência a pessoa de Jesus Cristo, desenvolvendo o sentido de corresponsbilidade
e pertença à comunidade formativa com vistas à futura pertença ao presbitério.

2.1.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Formação teórica sobre Dimensão psicológica da Formador e professor
psicologia aplicada pessoa humana. contratado
Orientação para elaboração Livro:Ver VII - Anexo. 2 Formador
do projeto de vida
Iniciação ao projeto de vida e Bibliografia que ajude na Formador
apropriação da linguagem do organização do tempo e
Projeto de Vida organização pessoal (ver
livros em VII - Anexos)
Prática do Grupo de vida Ênfase: vivência e vida Formador e psicopedagogo
comunitária (a)
Encontro e visitas da turma Formador
2
Todos os livros contidos neste documento são indicativos para o processo (foram pensados como os mais indicados por
ocasião da redação do Projeto) e podem ser substituídos por outros a critério da formação. Os Livros Bíblicos ou
Documentos Magisteriais indicados não deveriam ser alterados.

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nas famílias
Formação musical Aula teórica e técnica vocal e Formador e professor
prática instrumental. contratado.
Palestra ou curso sobre a Castidade relacionada ao Formador e um convidado.
sexualidade e afetividade. celibato.

2.2. FORMAR O CRISTÃO

2.2.1. Objetivos para a etapa:

Oportunizar um processo de iniciação à vida do seminário e um começo de iniciação3 ao


presbitério, em retomada e aprofundamento da iniciação cristã com vistas a um discernimento
vocacional mais decidido, harmonizando as experiências de vida cristã do grupo e formando a
comunidade.4

2.2.2. Meios:

MEIOS CONTEÚDO RESPONSÁVEL


Formação sobre a doutrina e o Adaptação do Pré Formador e professor de
querigma catecumenato centrado no Introdução ao Mistério de
querigma e na História da Cristo.
Salvação à luz de Cristo.
Prof. de Bíblia
Antigo e Novo Testamento.
Livro Base sugerido:
Catecismo da Igreja Católica.
Formação sobre os métodos Ver em VII – Anexo as Formador assistente.
de oração (lectio divina, indicações dos livros
Prof. de Liturgia.
salmos, LH...)
Ênfase na oração da Lectio De acordo com o calendário Formador assistente e diretor
Divina. litúrgico (domingos ou dias espiritual
feriais).
Introdução à direção espiritual Palestras Diretor espiritual
(teoria e prática)5
Acompanhamento pessoal.
Livro: Ver em VII – Anexo as
indicações dos livros..
Prática da Oração da Piedade Rosário Formador assistente
Popular
Via Sacra Diretor espiritual
Leitura de um Livro de F. Trochou. O Cura de Ars Formador
3
Deve-se ter presente que o termo “iniciação” é técnico e a aplicação que aqui se faz é análoga àquela da Iniciação à Vida
Cristã. Não se trata de “começar”, mas antes de “colocar a pessoa para dentro” em um processo verdadeiramente humano
e cristão. No presente caso, colocar para dentro da vida ministerial presbiteral em um presbitério específico.
4
Para ser seguida uma dinâmica catecumenal, é preciso pensar as etapas que são os momentos de passagem de um
tempo a outro. NOTAR BEM: no processo catecumenal o mais importante não é marcar o fim de uma etapa, mas o começo
da outra. Assim mais do que o fim do Propedêutico, do Discipulado e da Configuração, é preciso marcar as entradas.
5
Introduzir na grade de horário, no dia da direção espiritual o tempo para as pequenas palestras a todo grupo.

16
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Espiritualidade (obrigatório).
Mais um dos livros indicados
no VII - Anexos).
Biografia de um padre da O padre biografado deverá ser Formador e prof. de Métodos
Arquidiocese e cuja memória significativo para a vida da de Estudos.
é inspiradora para o ministério Arquidiocese.
ordenado e para a
identificação com o presbitério
Arquidioceseano.
Formação para a Explorando o tema da Formador assistente
Espiritualidade Litúrgica6 espiritualidade da liturgia.
Professor de Liturgia
Diretor espiritual

2.3. FORMAR O PRESBITERO E O PRESBITÉRIO:


Acolhida da realidade arquidiocesana

2.3.1. Objetivos para a etapa:

Proporcionar ao candidato uma compreensão sadia a respeito da vida do presbítero na


realidade arquidiocesana.

2.3.2. Meios

Meios Conteúdo Responsável


Realização da Pastoral de Acompanhar o pároco nas Formador e pároco
final de semana na paróquia pastorais e comunidades da
de origem. paróquia.
Visita nas instâncias Formação sobre a natureza e Formador
diocesanas: Conselho de a finalidade dos diversos
Pastoral; Assembleias de conselhos na Igreja.
Pastoral dos Vicariatos;

Visita em organizações da Formação sobre a natureza e Formador


diocese (Caritas; Lar a finalidade das diversas
sacerdotal; Instituto São organizações na Igreja
Francisco);
Realização de uma Semana Visita a famílias, colégios, Formador - pároco
Missionária. casas geriátricas,
comunidades em situação de
fratura social.

6
Trabalho integrado dos 3 responsáveis, em atuação extensiva de modo a fundamentar as características da espiritualidade
cristã proposta pelo Concílio Vaticano II: bíblica, existencial e litúrgica. Deve-se destacar a espiritualidade do Ano Litúrgico e
a Espiritualidade do Lecionário, dado que a lectio individual deverá ser baseada nas leituras do dia.

17
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2.4. Observações

2.4.1. Dimensão intelectual

• Estudos dos problemas brasileiros.


• Debates sobre a atual realidade e a fé. Atividade comunitária de assistência diária aos
telejornais e comentários à partilha pastoral.
• Sessão literária.
• Participação em um grande evento como um simpósio de teologia ou de pastoral na PUCRS.
• Introdução aos documentos da Igreja: Aproveitar as diversas disciplinas já existentes:
Métodos de Estudo, Introdução ao mistério de Cristo, Liturgia, Bíblia. Incluir um conjunto de
aulas sobre os documentos da Igreja que mostre o que são (uma introdução mais geral aos
documentos da Igreja – pode ser integrado em uma disciplina, tipo introdução ao mistério de
Cristo, Tópicos de Pastoral ou na Semana Inicial do Propedêutico).

2.4.2. Atividades para fortalecer a vida comunitária

• Confraternização mensal.
• Passeios.
• Acampamento.
• Convivência com o formador da etapa seguinte.
• Encontro com a etapa seguinte.

2.4.3. Proposta de distribuição de horários e das disciplinas7

DESCRIÇÃO FREQUENCIA HORAS


Bíblia semanal 2
Educação Física semanal 2
Estudo pessoal semanal 10
Humano-afetiva quizenal 2
Introdução ao Mistério de semanal 2
Cristo
Liturgia semanal 2
Métodos de Estudos – Semanal ou quinzenal 2
introdução à filosofia
Música Semanal 2
Partilha Pastoral quinzenal 2
Português semanal 2
Prática Desportiva semanal 2

7
Cf. RFIS (2016), N. 155-117.

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Projeto de Vida quizenal 2


Psicologia Aplicada quinzenal 2
Tópicos de Pastoral quinzenal 2
Trabalho Externo semanal 2 x 1,5 = 3
Trabalho interno semanal 1 x 1,5= 1,5

SEMINÁRIO MAIOR
No itinerário formativo, o Seminário Maior é o espaço normal de uma vida comunitária e
hierárquica, onde são desenvolvidas de forma privilegiada as etapas do discipulado e da
configuração a Jesus Cristo. Destina-se a realizar o processo de aprendizagem e internalização
de valores e atitudes característicos da vida presbiteral e o cultivo do sentido de pertença do
seminarista ao presbitério, como discípulo missionário de Jesus Cristo.8

Critérios para ingresso no Seminário Maior


As Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil (2018) estabelecem os
seguintes critérios para entrada no Seminário Maior:
a) posse de qualidades humanas e espirituais indispensáveis: reta intenção, grau
suficiente de maturidade humana, afetiva e sexual, comprovada saúde física, psíquica
e mental, além da retidão de caráter;
b) conhecimento da doutrina cristã, de métodos de oração e de leitura orante da Palavra
de Deus;
c) clara convicção a respeito de sua vocação presbiteral e dos compromissos inerentes
a ela9;
d) aceitação sincera da doutrina do presbiterado definida pela Igreja;
e) disposição para assumir seriamente a preparação específica e sistemática ao
ministério presbiteral, em todas as suas dimensões, segundo a orientação da
Arquidiocese;
f) atitudes que expressem abertura à ação do Espírito Santo para o encontro com Deus
e para a vivência consciente da fé;
g) comportamento condizente com a opção assumida, no que se refere às virtudes
humanas e cristãs e aos conselhos evangélicos da pobreza, da castidade e da
obediência;

8
Cf. DFPIB(2018) n. 135.
9
N. do R.: a convicção clara de que aqui se fala é própria para a etapa do processo. Não é ainda o estágio de maturidade na
convicção exigida para a ordenação diaconal ou presbiteral. Trata-se antes de uma certeza moral do candidato.

19
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h) capacidade de situar-se com equilíbrio entre a afirmação das próprias convicções e a


abertura ao diálogo com o mundo plural;
i) assimilação dos conteúdos e das atitudes propostos na etapa do propedêutico;
j) disposição para residir no seminário, durante todo o tempo da formação inicial;
k) atestado de conclusão dos estudos do ensino médio;
l) certidões de batismo e de crisma;
m) carta de apresentação do respectivo pároco ou de outro presbítero ou agente de
pastoral vocacional que o tenha efetivamente orientado;
n) testemunho escrito do seu antigo superior, encaminhado de forma sigilosa, com
informações fidedignas, quando se tratar de vocacionado egresso de outro seminário,
levando em conta as normas do Código de Direito Canônico, outras diretrizes do
Magistério da Igreja e o Decreto Legislativo da CNBB a respeito dos candidatos
egressos;
o) aprovação do respectivo bispo, por escrito, quando se tratar de ingresso em
seminários interdiocesanos, ou em seminários que acolhem seminaristas de outras
dioceses. 10

3. DISCIPULADO
Iniciação cristã e presbiteral – catecumenato (1º e 2º anos), iluminação (3º ano).

3.1. Formar a pessoa:

3.1.1. Objetivos para a etapa:

Desenvolver uma sadia auto-aceitação, autoconfiança, tomando posse de sua identidade


psicossexual de forma integrada com a realidade vocacional em que se encontra.

10
DPFPIB (2018), 141.

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3.1.2. Meios

Meios Conteúdos Responsável


1º, 2º e 3º ano – Com Ênfase
Prática do Grupo de vida na: história pessoal e vivência
comunitária Psicopedagogo (a)

Levar em consideração o Diretor espiritual (o formador


Elaboração do Projeto pessoal peculiar das sub-etapas (1º, pode se utilizar como forma de
de vida 2º, 3ºanos). Formular o projeto acompanhar e avaliar
a curto, médio e longo prazo. candidato)
Autoconhecimento e
Prática da Psicoterapia Formador e equipe de
enfrentamento das próprias
individual psicólogos contratados
inconsistências
- Uma por semestre.
Estudo da dimensão humano- Formador e palestrante
afetiva - Tema: Antropologia cristã e convidado
Castidade.
Fazer ligação com o projeto
Prática do exercício do pessoal de vida e dimensão
Diretor espiritual
Deserto da identidade que trabalha a
etapa
Sentido e importância da
Realização de encontro anual
família no processo do Formador
das famílias no seminário
discernimento vocacional
Técnica vocal 1º e 2º ano Formador e professor
Atividade para todos os anos
Educação física Formador e professor
desta etapa.

3.2. Formar o cristão

3.2.1. Objetivo para a etapa

Prosseguir no processo de iniciação ao ministério ordenado aprofundando a sua iniciação cristã


em diálogo com a razão e as ciências humanas e exatas, fortalecendo a vida de comunidade11
no Seminário iniciada no propedêutico, e aperfeiçoando o Projeto de Vida tornando-o cada vez
mais operante no dia a dia.

3.2.2. Meios:

Meios Conteúdos Responsável


Leitura Orante da Bíblia De modo especial abordando Assistente
os Domingos do Tempo
Comum, levando em conta a
abordagem tipológica que a

11
É preciso distinguir comunidade de comunitarismo. Comunidade vem de communio (comum união e missão). De outra parte,
o comunitarismo supõe apenas o estar junto.

21
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Sagrada Escritura e a Liturgia


utilizam.
Prática da oração pessoal Oração pessoal Diretor espiritual
acompanhada
Realização de retiro especial Preparação para a passagem Diretor espiritual
ao 3º ano de etapa
Prática da leitura dos Lecionário e subsídios Diretor espiritual
Evangelhos Sinóticos
abordando a pessoa de Jesus
a partir da própria realidade
antropológica:
1ºAno) Marcos;
2º Ano) Mateus;
3º Ano) Lucas

Leitura dos textos do Ano A – Centrada na Iniciação Diretor espiritual


Lecionário de acordo com a Cristã e no Batismo.
dinâmica da Quaresma A, B
Ano B – Centrada na
C.
Temática da Aliança.
[Sugestão para ser trabalhado
Ano C – Centrada na
nos recolhimentos durante o
Reconciliação e no perdão
ano].
dos pecados.
Encontro periódico do grupo - Seguimento de Jesus Cristo. Formador assistente
com o assistente:
- O desapego, obediência e
pobreza evangélica
Formação teórica: Palestras Virtudes e vícios; Consciência Diretor espiritual
periódicas mensais com o de pecado e confissão; força
diretor espiritual e de vontade
atendimento pessoal dos
seminaristas sobre o tema
Realização de um Escrutínio Escrutínio ao final do 2º ano. Equipe de formação
ao final de cada uma destas
Escrutínio ao final do 3º ano.
formações espirituais
Etapa celebrativa final (do 1-2º Admissão à próxima etapa. Bispo
ao 3º)
Leitura de um livro de 1º e 2º anos: Espiritualidade Formador assistente e Diretor
formação humana e espiritual. do padre diocesano; biografias Espiritual
de santos(as) ou místicos do
período moderno ou
contemporâneo, com ênfase
no modelo de presbítero
diocesano;
3º ano: Itinerários de vida
espiritual;
Obs.: ver sugestões em
anexo.

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3.3. Formar o presbítero e o presbitério

3.3.1. Pastoral Paulina:

3.3.1.1. Objetivos para a etapa (1º e 2º anos)

Desenvolver habilidades próprias para uma pastoral decididamente missionária, superando a


insuficiente prática da pastoral de manutenção e conservação.

3.3.1.2. Meios

Meios Conteúdo Responsável


Formação prévia no início do O Apóstolo Paulo e a prática Formador e assessor
ano letivo-pastoral. da visitação; convidado

Visitas a famílias de paróquias Em sintonia com o projeto da


que possuem ou apresentem paróquia:
projetos pastorais ligados a • Gratuidade de ir ao
essa atividade (em duplas, ou encontro Pároco e formador
trios, preferencialmente, • Contato humano.
acompanhadas por pessoas • Oração (na medida do
da própria comunidade) possível).
• Kerigma (se for possível).
Realização de estágio de uma Com ênfase no acolhimento Formador
semana (exceto nos meses de de pessoas que buscam
Pároco, secretária.
janeiro e fevereiro) em serviços religiosos
secretarias paroquiais. (sacramentos, bênçãos,).

3.3.2. Pastoral da misericórdia e ou Kairós (3º ano de Filosofia)

3.3.2.1. Objetivos para a etapa (3º ano):

Exercitar a dimensão da misericórdia e da compaixão como auxílio na edificação da identidade


do verdadeiro presbítero que é próximo a seu povo e servidor de todos, particularmente dos que
sofrem grandes necessidades.

3.3.2.2. Meios

Meios Conteúdo Responsável


Formação prévia no início do Dimensão da misericórdia e Formador e assessor
ano letivo-pastoral. compaixão. convidado
Prática de uma das seguintes A troca de experiências, o Formador, pároco e
pastorais: Pastoral da saúde encontro com o sofrimento responsável pela pastoral
em hospitais, pastoral da humano, a descoberta das
criança, comunidades metodologias próprias de cada
terapêuticas, Pastoral da pastoral.
Sobriedade, moradores de

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rua, surdos, crianças com


deficiência, cegos etc.

3.4. OBSERVAÇÕES

3.4.1. INTELECTUAL

• Frequentar o Curso de Filosofia da PUCRS.


• Apoiar na escolha das disciplinas eletivas que o Curso oferece e que mais condizem com a
formação presbiteral.
• Mostrar os instrumentais teóricos para colocar o cristianismo em diálogo com as ciências e a
cultura atual que está surgindo nesta mudança de épocanova que está surgindo.
• Diálogo do Seminário com a academia para não esquecer o enfoque tembém nos filósofos
cristãos como Sto. Agostinho de Hipona e Sto Tomás de Aquino (cf. OT 16).

3.4.2. OUTRAS ATIVIDADES COMUNITÁRIAS

• Convivência com o formador da etapa seguinte (para o 3º ano)


• Confraternização e acampamento

4. CONFIGURAÇÃO
MISTAGOGIA AMPLIADA

PROPOSTA GERAL
No que se refere aos ministérios, sugere-se realizá-lo de acordo com o que já está previsto nas
DFPIB (Diretrizes para a Formação dos Presbíteros na Igreja do Brasil), seguindo uma dinâmica
catecumenal (não precisa ser cada ministério celebrado no mesmo dia).
• Admissão: 1º ano de teologia: missa de abertura do ano.
• Leitorado: 2º ano de teologia: maio - encontro dos pais
• Acolitado: 3º ano de teologia: maio - encontro dos pais.
• Diaconato: ao final do ano pastoral;
• Presbiterado: Seis meses após o diaconato.

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4.1. FORMAR A PESSOA

4.1.1. Objetivos para a etapa:

Formar o candidato para ter relações sadias com os colegas, bispos e leigos, gerando uma
postura de diálogo e desejo de encontro com o outro, desenvolvendo a capacidade de dar e
receber afetos, assumindo o caráter virginal do ministério presbiteral.

4.1.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Dinamização do Projeto de Atualizar o já feito, levando em
Diretor espiritual
Vida consideração a nova etapa
1º e 2º ano: Celibato
presbiteral;
3º ano: O ministério
presbiteral e sua participação
Leitura de um Livro no sofrimento humano. Formador
4º ano – Formação sobre
liderança;
Obs.: ver sugestões de livros
em anexos.
Conflitividade e superação
Formação humano-afetiva de Formador
grupo. Capacidade de diálogo em
grupo. Profissional da área de
psicologia.
Liderança

Realização de um ciclo de 1º e 2º ano: Virgindade e


palestras (duas para o 1º ano, Celibato Formador e palestrante
duas para o 2º ano e duas 3º ano: Os ministérios na convidado
para o 3º ano) Igreja.
Encontros periódicos com o A relação de paternidade
Formador
Arcebispo pastoral e espiritual
1º ano: Gaudium et Spes
2º ano: Presbiterorum Ordinis;
Optatam Totius: Pastores
Dabo Vobis ou O Dom da
Vocação Presbiteral
Encontros mensais de
3º ano: Diretório para o Formador
formação por turma
ministério dos presbíteros
4º ano: formação sobre
liderança; obs.: ver sugestão
de livro para esta formação
em anexo
Atividade para todos os anos
Educação física Formador e professor
desta etapa.

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4.2. FORMAR O CRISTÃO

4.2.1. Objetivos para a etapa:

Aprofundar a vida cristã em uma espiritualidade seguimento de Cristo através dos mistérios, em
uma fé que procura compreender os desafios e oportunidades que a cultura oferece a fim de
promover a obra da evangelização.

4.2.2. Meios:

Meios Conteúdos Responsável


Desenvolver uma Mistagogia 1º Ano: 1Pd e 1Jo Diretor espiritual
adaptada do tempo pascal a
2º Ano: João Formador assistente
partir da leitura dos livros
bíblicos indicados para a 3º Ano: Hebreus
liturgia dominical deste
4º Ano: Atos
tempo, integrado no projeto
de vida
(Sugestão: pode ser tema
dos recolhimentos)
Prática da Oração: Lectio Divina: Ver conteúdo Diretor espiritual
anterior.
Pessoal: Lectio Divina, Ofício
das Leituras (ênfase à 2ª
leitura sobre os padres da
Igreja)
Comunitária: vida litúrgica
Leitura de Livros de 1º Ano: Biografia ou escritos Formador assistente e diretor
espiritualidade (Clássicos ou espirituais de um Padre da espiritual
autores contemporâneos Igreja.
relevantes)
2º Ano: Biografia ou escritos
espirituais de um(a) Santo(a)
da Igreja do período
medieval.
3º Ano: Escritos espirituais de
um(a) Santo(a) ou Místico(a)
da Igreja dos períodos
moderno e contemporâneo.
4º Ano: Aprofundamento
sobre Orientação Espiritual;
Obs.: ver sugestões de livros
em anexo.

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Realização de atividades Quaresma: Jejum, via sacra,


específicas para a vivência Campanha da Fraternidade;
dos diversos tempos
Tempo Pascal: Via Lucis,
litúrgicos:
Domingo da Misericórdia,
Bom Pastor, Vigília de
Pentecostes
Tempo Comum: Textos
eucológicos do tempo comum
Advento: Encontro de
Famílias; símbolos (coroa,
presépio, etc.)

4.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO

4.3.1. Pastoral da iniciação à vida cristã ou Kairós (1º ano)

4.3.1.1. Objetivos para a etapa:

Exercer a missão de catequista e apoiar a equipe central do projeto da Iniciação à Vida


Cristã.

4.3.1.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Exercício do Ministério de Projeto da Iniciação à Vida Formador e pároco
catequista paroquial. Cristã
E a missão do catequista
Possibilidade de alguns Projeto da Iniciação à Vida Coordenação da IVC.
serem chamados a dar Cristã
assessoria à Equipe Central
da IVC ou às equipes de
Vicariato

4.3.2. Pastorais sociais ou Kairós (2º ano)

4.3.2.1. Objetivos para a etapa:

Desenvolver a sensibilidade de pastor frente ao sofrimento do povo, tendo como norte a opção
preferencial pelos pobres e a necessidade de ir ao encontro das mais diversas “periferias
humanas e sociais”.

4.3.2.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Formação teórico-prática Sobre a atuação no social Formador e assessor
convidado
Prática de uma das A troca de experiências, o Formador, pároco e

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seguintes pastorais: Pastoral encontro com o as diversas responsável próprio.


do Migrante; Pastoral do realidades com desafios
Menor; Pastoral Carcerária; sociais e humanos, a
Pastoral da Saúde; Casas de descoberta das metodologias
Acolhida, albergues, casas próprias de cada pastoral.
com trabalho sociais da
Arquidiocese de Porto Alegre
Realização de visita a Conhecer o sistema de Formador
instâncias do sistema público assistência social público
de assistência social. (CRAS, Secretarias,
conselhos municipais, etc.);
Realização de um estágio de Ênfase no atendimento às Formador, pároco e
uma semana (exceto nos pessoas com problemas da secretária
meses de janeiro e fevereiro) ordem social.
em uma secretaria paroquial

4.3.3. Pastorais específicas ou Kairós (3º ano)

4.3.3.1. Objetivos para a etapa

Conhecer profundamente e colaborar no desenvolvimento de uma pastoral específica, para


aprender dela seus objetivos, métodos, ardor, e também seus limites, capacitando-se para dar
respostas eficazes a problemas concretos da pastoral.

4.3.3.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Realização de uma das O que é específico da pastoral Coordenador do setor e
seguintes Pastorais escolhida (objetivos, métodos, formador.
específicas: Setor Juventude; público alvo...).
Setor Família; Pastoral
Ambiental (cultura); Pastoral
da Educação; Movimentos.

4.3.4. Aconselhamento Pastoral (4º ano da Configuração )

4.3.4.1 Objetivos para a etapa


Iniciar no serviço de aconselhamento pastoral através da escuta, aprofundando atitudes e
técnicas que permitam intervenções adequadas em vista da caridade pastoral mediando
conflitos, o discernimento, a direção espiritual e o ministério de reconciliação.

4.3.4.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Acompanhamento da Pastoral Direção espiritual, ministério Formador e Pároco
Familiar. de reconciliação, noções de
antropologia cristã
Desenvolvimento da escuta e Sensibilidade aos problemas Formador e Pároco
do ir ao encontro do outro. do povo, coração do pastor,
caridade pastoral

28
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4.3.5. Experiência Missionária de um Mês (em algum momento durante os 3 da


Configuração)

• Ao longo dos três anos fazer uma experiência missionária de um mês, ou no Xingu, ou em
Porto Velho, ou em outro projeto da CNBB.

5. SÍNTESE VOCACIONAL
Generatividade – aprendizagem à paternidade espiritual
Ano Pastoral

PROPOSTA GERAL
Ano Pastoral: residir em uma paróquia.

5.1. FORMAR A PESSOA

5.1.1. Objetivos para a etapa:

Conduzir o candidato à maturidade humana e vocacional, percebendo a dimensão fecunda do


ministério presbiteral no celibato a serviço do Reino de Deus como discípulo missionário,
sabendo viver em/para a comunidade, integrando suas frustrações e tensões, sendo sinal de
esperança e alegria para todos.

5.1.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Prática do Grupo de Vida Ênfase: Paternidade Espiritual Padre probo indicado pela
e liderança pastoral presbiteral
Dinamização do Projeto de Atualização do Projeto DIRETOR ESPIRITUAL
Vida. Pessoal de Vida existente escolhido pelo candidato e
levando em consideração a acompanhado pelo Diretor
nova etapa. Espiritual do Seminário.
Realização de encontros com A serem definidos e conforme Pastoral Presbiteral.
a pastoral presbiteral. proposta da Pastoral
Presbiteral

5.2. FORMAR O CRISTÃO

5.2.1. Objetivos para a etapa:

Direcionar a espiritualidade para a paternidade espiritual própria do presbítero e como


característica de sua caridade pastoral concretizada em atitudes de vida.

29
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5.2.2. Meios

Meios Conteúdos Responsáveis


Participação no retiro anual Decidido a cada ano. Diretor espiritual.
com a Comunidade do
Seminário
Realização de um retiro O Rito da Ordenação Diretor espiritual
específico em vista do Diaconal e as suas vivências.
diaconado;
Prática de momentos de Liturgia das Horas Pároco
oração com o pároco;
Leitura Orante com ênfase na
Liturgia de domingo
Prática da oração pessoal na Sagrada Escritura Diretor espiritual
paróquia com tempo alocado
Liturgia.
no planejamento semanal e
diário.
Realização de recolhimentos Diretor espiritual
de um dia para o ano
pastoral.
Escolha do diretor espiritual O candidato escolhe o diretor Diretor espiritual do
espiritual entre os padres do Seminário (que deverá entrar
presbitério de Porto Alegre e em contato com os diretores
comunica a escolha ao espirituais escolhidos a fim
diretor espiritual do Seminário de fazer o
acompanhamento).

5.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO: Pastoral Petrina (gestão


de pessoas)

5.3.1. Objetivos para a etapa:

Desenvolver a capacidade de gerar comunhão entre as pastorais e comunidades, e de identificar


e orientar os mais diversos talentos presentes entre os membros da comunidade, além de
aprender as regras básicas da vida administrativa e financeira da paróquia.

5.3.2. Meios:

Meios Conteúdo Responsável


Formação específica no início O Apóstolo Pedro e a Formador.
do ano em forma de palestra. dimensão petrina da Igreja.
Presença em todos os grupos, Pastoral de conjunto e Pároco.
pastorais e serviços da eclesiologia de comunhão .
paróquia para fomentar
comunhão entre as pastorais.
Participar da elaboração da Temas fundamentais da Pároco.
formação para os leigos da Teologia

30
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Metodologia das Diversas Etapas

paróquia
Realização de Estágio O sentido e a dinâmica do Moderador da cúria e
supervisionado na cúria funcionamento dos diversos formador.
metropolitana setores da cúria.
Participação e atuação nos A natureza, finalidade e Pároco.
diversos conselhos paroquiais; funcionamento dos conselhos
na comunidade.
Participação nas reuniões das O processo do planejamento e Pároco e coordenador da
áreas pastorais e vicariatos; da pastoral de conjunto. área.
Prática da Pastoral da Habilidades próprias da Pároco.
Esperança e das Exéquias. acolhida e do
Chanceler.
acompanhamento das famílias
enlutadas
Acompanhamento do pároco e A responsabilidade para com Pároco e secretária.
da secretária (ou o a administração e os trâmites
responsável) na contabilidade contábeis
e cuidado com os livros da
paróquia.
Aprendizado sobre o O cuidado e zelo pelos livros Pároco e secretária.
encaminhamento de de registros.
Chanceler
notificações e outros
documentos.
Conhecimento dos programas A natureza e a finalidade da Padre probo.
da Pastoral Presbiteral. pastoral presbiteral
Coordenador da Pastoral
Presbiteral.
Conhecimento dos caminhos Os direitos/deveres para com Padre probo.
para a participação em os órgãos que garantem a
Presidente da AFA.
realidades como a do INSS, seguridade social, o cuidado
UNIMED e AFA. com a saúde e a fraternidade
presbiteral.

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Critérios de Avaliação

V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. SEMINÁRIO MENOR – ENSINO MÉDIO

1.1. Ano A: Formar a pessoa


1. Ter-se deixado acompanhar pelos profissionais oferecidos pela formação e ter recebido
desses parecer positivo para progredir no processo formativo.
2. Demonstração de abertura e docilidade no acompanhamento realizado pelo formador.
3. Demonstração de capacidade de relacionar-se e de cultivar amizades abertas e sadias junto
às famílias e comunidades.
4. Reconhecimento de suas raízes e valorização de sua história pessoal e familiar com boa
convivência com a mesma.
5. Acolhimento das atividades propostas, participando com interesse e disposição.
6. Aprovação escolar de acordo com o ano cursado

1.2. Ano B: Formar o cristão


1. Ter recebido os sacramentos da Iniciação à Vida Cristã.
2. Manifesta o desejo de ser padre e amor à Igreja.
3. Participa das orações, dos recolhimentos e do retiro.
4. Demonstra gosto pela oração e intimidade com Deus.
5. Foi assíduo e demonstrou abertura no acompanhamento pessoal.
6. Tem conhecimento catequético satisfatório e vontade de aprofundamento.
7. Demonstra participação, boa liderança e responsabilidade no cotidiano.
8. Demonstra disposição para o serviço de coordenação.

1.3. Ano C: Formar o presbítero e o presbitério


1. Teve boa convivência nos grupos em que participou e alegria na sua caminhada vocacional.
2. Manifestou sensibilidade com o povo e demonstrou interesse pela missão da Igreja.
3. Aproveitou as oportunidades para o contato e aproximação com o seu pároco e sua paróquia
de origem.
4. Demonstrou interesse e participação nas atividades da Pastoral Estudantil, de acordo com as
oportunidades e o estágio em que se encontra.

2. PROPEDÊUTICO

2.1. Formar a pessoa – critérios de avaliação


• Progrediu e tem adequada compreensão cristã da pessoa humana. Está no Seminário como
alguém integrado e participante.

32
Arquidiocese de Porto Alegre
Projeto Pedagógico da Formação
Critérios de Avaliação

• Apresenta-se de acordo com o ambiente em que se encontra, tanto no vestir-se como nas
atitudes coerentes com a situação.
• Demonstra adequado senso de pertença ao grupo.
• Apresentou sinais de crescimento no seguimento de Jesus Cristo e na sua identificação a
Cristo como modelo.
• Está aberto a trabalhar as questões e assumir atitudes coerentes no que diz respeito à:
o Origem.
o Despertar para a vida comunitária
o Convivência.
o Mudança de realidade.
• Fez adequada caminhada na elaboração e na concretização do Projeto Pessoal de Vida.
• É equilibrado no seu relacionamento com todos e todas.
• No seu dia a dia é coerente, pacífico, fraterno, justo e solidário.

2.2. Formar o cristão – critérios de avaliação


• Aprofundou a sua iniciação cristã, dando resposta de fé e de seguimento de Cristo.
• É transparente e mostra abertura no acompanhamento pessoal, tanto do assistente como do
diretor espiritual.
• Dá sinais de que compreende a vida presbiteral como vivência no presbitério da sua Igreja
Particular.
• Acolhe com amor as normas e orientações da Igreja.
• Mostra que caminhou no seu discernimento vocacional como vocação ao presbiterato.
• Tem capacidade de integrar as suas experiências de vida cristã às experiências dos demais,
com respeito a eles sem colocar a sua experiência como absoluta.
• Mostra ser capaz de viver em comunidade, superando conflitos e buscando a concórdia e a
unidade.
• Cumpriu aquilo que foi pedido em termos de leitura espiritual.

2.3. Formar o presbítero e o presbitério – critérios de avaliação


• Dá sinais de que compreende o que acarreta o ser presbítero diocesano em sua mística e
identidade.
• Tem o senso da Igreja Particular com seu Bispo e o presbitério, em sentido teológico e
espiritual, em uma Igreja que tem a missionariedade como um de seus componentes.
• É assíduo e interessado na atividade pastoral no local e comunidade para onde foi
designado, relacionando-se adequadamente com o pároco e a comunidade.

33
Arquidiocese de Porto Alegre
Projeto Pedagógico da Formação
Critérios de Avaliação

• Tem o senso da missão no gosto pelas atividades pastorais na sua pastoral de fim de
semana.
• Tem envolvimento, participação e entusiasmo nas atividades das Semanas Missionárias.

2.4. Dimensão espiritual – critérios de avaliação


• Progrediu na compreensão e vivência de uma espiritualidade bíblico-litúrgica no sentido do
Concílio Vaticano II, e manifesta empenho em vivê-la de modo pessoal e comunitário.
• Tem gosto pela oração, celebrações e vida espiritual.

2.5. Dimensão intelectual – critérios de avaliação


• Demonstra capacidade intelectual mínima para poder prosseguir nos estudos de filosofia e
teologia.
• Demonstrou crescimento no hábito da leitura. Melhorou a sua capacidade de leitura,
interpretação e expressão em relação aos textos.
• Elaborou e apresentou a biografia de um dos presbíteros da sua diocese, pedida como o
grande trabalho do ano.

3. DISCIPULADO OU ESTUDOS FILOSÓFICOS

3.1. Formar a pessoa


• Cumpriu até o fim o acompanhamento psicológico.
• Foi assíduo nos encontros com o grupo de vida. Leu o livro designado para tal.
• Teve pontualidade nas atividades.
• Transparência: o candidato reconhece seus limites e capacidades e demonstra confiança em
sua auto-imagem. Demonstra aceitação de sua história pessoal de vida.
• Lidou de maneira adequada e equilibrada com sua sexualidade e identidade sexual.
• Apresenta espírito comunitário e sabe trabalhar em grupo.
• Mostra desapego aos bens materiais.
• Tem senso de responsabilidade e seriedade no trabalho.
• Vive a virtude da obediência com os superiores.

3.2. Formar o cristão


• Teve frequência nas orações comunitárias.
• Fez e pôs em prática o projeto pessoal de vida.
• Foi assíduo na direção espiritual.
• Revelou crescimento como discípulo do Mestre.

34
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Projeto Pedagógico da Formação
Critérios de Avaliação

• Está aberto a formar-se para o ministério ordenado conforme o itinerário formativo da


Arquidiocese de Porto Alegre.
• Revela amor à Igreja (povo de Deus, Magistério, Liturgia, ensinamentos da Igreja).

3.3. Formar o presbítero e o presbitério


• Realizou os estágios na secretaria da paróquia de pastoral. Foi assíduo nos finais de
semana de pastoral.
• Foi assíduo nas aulas do Curso de Filosofia e foi aprovado na mesma.
• Revela espírito missionário dentro de uma visão de Igreja em saída. Busca aprender e viver
a caridade pastoral.
• Mostra-se solidário com os mais necessitados.
• Está aberto ao diálogo com ideias diferentes.
• Mostra-se preocupado com o aprendizado, seja ele acadêmico ou formativo seminarístico, e
consegue integrar os estudos filosóficos com a formação presbiteral.

4. CONFIGURAÇÃO OU ESTUDOS TEOLÓGICOS

4.1. Formar a pessoa


• Participou satisfatoriamente dos encontros do Grupo de Vida. E continuou o processo de
elaboração e execução do Projeto Pessoal de Vida.
• Cumpriu a meta da leitura dos livros previstos para o os quatro anos da etapa. Esteve
presente nas palestras e formações complementares previstas para o período.
• Participou satisfatoriamente dos encontros com os profissionais da psicologia (previstos para
o 1º, 2º e 3º anos).
• Teve capacidade de releitura da própria história pessoal, segundo um coerente perfil de
caridade pastoral.
• Conquistou uma fecunda e harmônica interação entre a maturidade humana e espiritual, e
entre vida de oração e aprendizagem teológica.
• Adquiriu capacidade de relações sadias com os colegas, bispos e leigos.

4.2. Formar o cristão


• Cumpriu a meta da leitura dos livros bíblicos indicados e dos clássicos da espiritualidade.
• Praticou a Lectio Divina e foi assíduo nas orações comunitárias.
• Foi assíduo na conversa com o orientador espiritual.
• Praticou satisfatoriamente os exercícios espirituais e práticas de piedade indicadas.
• Participou dos retiros e recolhimentos previstos juntamente com a comunidade do seminário.

35
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Projeto Pedagógico da Formação
Critérios de Avaliação

• Teve momentos específicos de oração com o pároco.


• Praticou a oração pessoal e continuou investindo no Projeto Pessoal de Vida.
• Adquiriu uma formação espiritual própria do presbítero (capacidade de oferecer-se a si
mesmo no cuidado pastoral do povo de Deus).
• Manifestou ter assimilado as virtudes cardeais (prudência, temperança, fortaleza e justiça),
bem como as teologais (fé, esperança e caridade) e os conselhos evangélicos (pobreza
obediência e castidade).
• Adquiriu os traços da espiritualidade do padre diocesano: comunhão com o Bispo e os
irmãos presbíteros, para o bem de uma porção do povo de Deus.

4.3. Formar o presbítero e o presbitério


• Realizou adequadamente as diversas pastorais específicas previstas para cada um dos anos
da formação.
• Participou dos momentos formativos sobre a sua pastoral e se interessou em aprender mais
sobre ela durante o ano.
• Fez visita a algum órgão público de assistência social.
• Realizou o estágio de uma semana numa secretaria paroquial.
• Concluiu o TCC do Curso de Teologia.
• Teve experiência com aconselhamento pastoral.
• Mostrou sinais que indiquem a configuração a Cristo, Pastor e Servo, para que possa fazer
da própria vida um dom de si mesmo aos outros com docilidade à ação de Deus através dos
dons do Espírito Santo, segundo uma perspectiva claramente presbiteral e missionária
dirigida a todos os homens, até os confins da terra.
• Desenvolveu sensibilidade de pastor frente ao sofrimento do povo, em relação à opção
preferencial pelos pobres e para com a necessidade de ir às “periferias humanas e sociais”.
• Construiu uma compreensão crítica da dinâmica da pastoral específica assumida e a
capacidade de indicar caminhos.

5. SÍNTESE VOCACIONAL OU PASTORAL

5.1. Formar a pessoa


• Participou satisfatoriamente dos encontros de formação (simpósios, Congressos) oferecidos
pelo curso de Teologia da PUC.
• Participou dos encontros com a Pastoral Presbiteral.

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Projeto Pedagógico da Formação
Critérios de Avaliação

5.2. Formar o cristão


• Pratica a oração pessoal e continuou investindo no Projeto Pessoal de Vida.
• Realizou o retiro específico em vista do Diaconado e participou dos recolhimentos
específicos de um dia.
• Definiu seu diretor espiritual, em sintonia com o diretor espiritual do seminário.
• Revelou ter adotado para si os traços da paternidade espiritual própria do presbítero com a
capacidade de sacrificar-se pelo próximo, em sua dedicação total no exercício do ministério.

5.3 Formar o presbítero e o presbitério


• Participou da formação sobre o Apóstolo Pedro, no início do ano.
• Esteve presente e interagiu, nos diversos conselhos paroquiais. Assessorou momentos de
formação para os fiéis leigos.
• Acompanhou e contribuiu no processo de organização da contabilidade e dos livros
paroquiais. Aprendeu a encaminhar as notificações e outros documentos paroquiais.
Conquistou noções básicas da vida administrativa e financeira da paróquia.
• Realizou satisfatoriamente o estágio supervisionado na Cúria Metropolitana. Teve orientação
sobre o funcionamento e a participação em realidades como o INSS, UNIMED e AFA.
• Teve contato e conheceu os programas da Pastoral Presbiteral da Arquidiocese.
• Revela maturidade para pedir a ordenação diaconal e presbiteral com senso da paternidade
espiritual.
• Mostra-se inserido na vida pastoral com uma adequada assunção de responsabilidades, em
espírito de serviço.
• Demonstra capacidade de gerar comunhão e promover a vocação dos cristãos leigos.

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Projeto Pedagógico da Formação
Serviço de Animação Vocacional

VI. SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL

1. Objetivo:
1) Intensificar a cultura vocacional em todas as comunidades da Arquidiocese de Porto Alegre,
especialmente a partir dos presbíteros e das Equipes Vocacionais Paroquiais (EVP’s) ou Casais
Vocacionais Paroquais (CVP’s); garantindo o acompanhamento de cada candidato como
pessoa, cristão e possível presbítero, na sua condição e faixa etária

1.1. Meios
Meios Conteúdo Responsável

Contato com o Ambiente Vida pastoral Pároco e EVP


Pastoral
Itinerário vocacional Aspectos relevantes das Padre do SAV
motivações do candidato
Entrevista personalizada com A história de vida e da Padre do SAV
o candidato, familiares, o vocação do candidato
pároco e afins.
Encontros Kairós mensais Temas vocacionais diversos, Equipe Kairós
filmes, leituras e retiros,
Interação e diálogos
Psicodiagnóstico Perfil do candidato Psicólogo / psicopedagogo
Visitas domiciliares Conhecimento e Padre do SAV
discernimento do próprio
chamado, à luz da Palavra e
dos critérios da Igreja
Manutenção do vínculo com Adaptação e cultivo EVP’s e padre do SAV
os candidatos que tiverem vocacional
ingressado no seminário
Sintonia do SAV com o Setor Cultura e promoção Equipe Kairós, EVP’s e
Juventude da Arquidiocese, vocacional padre do SAV
IVC, EVP’s e coroinhas
Formas de acompanhamento: Os candidatos serão orientados a se apresentar ao pároco e/ou
EVP (Equipe Vocacional Paroquial) da sua comunidade e ali será feito o encaminhamento: antes
dos 10 anos haja um acompanhamento na própria comunidade, com alguma EVP (Equipe
Vocacional Paroquial) ou CVP (Casal Vocacional Paroquial) que cuide dessa vocação; dos 10
anos de idade até o 7º ano do Ensino Fundamental, participe do Kairós Júnior; do 8º ano Ensino
Fundamental em diante, participe do Kairós Juvenil. A partir dos 30 anos, o candidato participe
do kairós sênior, orientado num domingo por mês, de uma forma mais personalizada.

38
Arquidiocese de Porto Alegre
Projeto Pedagógico da Formação
Serviço de Animação Vocacional

1.2. Critérios para ingressar no seminário:


a. Relacionamento saudável com a família, amigos/as, comunidade e pessoas em geral.

b. Disposição para se deixar orientar pelo grupo de formadores.

c. Vida espiritual equilibrada e a motivação vocacional não baseada em fantasias ou


desejos equivocados.

d. Abertura à espiritualidade do presbítero diocesano, e não esteja fechado numa


eclesiologia de um grupo/movimento, apenas.

e. Tempo suficiente para o amadurecimento humano e caminhada cristã.

f. Tenha completado o nível mínimo de estudo para ingressar no seminário. Entre no 1º ou


2º ano – entrar no 3º ano do Ensino Médio somente se comprovado que está muito bem
nos estudos e com boa capacidade de adaptação.

g. Manifeste amor pela Igreja e gosto pelas atividades pastorais, não estando fechado às
diversas realidades nela presentes.

h. Não mostre desprezo ou preconceito excessivo com nenhuma pessoa.

i. Em caso de egresso, observem-se as normas prescritas no anexo das diretrizes.

j. Tenha saúde física, psíquica e mental.

k. Vínculo de pertença efetiva com uma comunidade paroquial que garanta o seu
testemunho para ingresso ao seminário.

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Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

ANEXO – I
SUGESTÕES DE LEITURAS E LIVROS

PROPEDÊUTICO:

1. FORMAR A PESSOA:
• Sobre o Projeto Pessoal de Vida (PPV):
o SILVA, Eduardo Pinheiro da. Vida: um projeto em construção. São Paulo: Ed.
Loyola – Edit. Canção Nova, 2014.
• Sobre a metodologia de organização do tempo ou da vida:
o BARBOSA, Christian. A tríade do Tempo. Buzz Editora, 2018.
o GODINHO, Thais. Trabalho Organizado. Gente Editora, 2018.
o GODINHO, Thais. Vida Organizada. Gente Editora, 2016.
o CARROL, Ryder. O Método Bullet Journal. Editora Fontanar, 2018.

2. FORMAR O CRISTÃO:
• Para a Espiritualidade Geral (escolher um dentre estes, ou um livro que vá na linha dos
indicados).
o Anselm Grün. No Ritmo dos Monges.
o Anselm Grün. O Céu Começa em Você
o Anselm Grun. Espiritualidade a partir de si mesmo.
• Para Leitura Orante:LA CASA DE LA BIBLIA. Leitura Bíblica em grupo: Doze Roteiros para
uma leitura Orante; São Paulo: Paulinas, 2002
• Para a Liturgia das Horas: BECKHAUSER, A. O Sentido da Liturgia das Horas. Petrópolis:
Vozes.
• Para a Direção Espiritual: SCIADINI, Patrício. A pedagogia da direção espiritual. São
Paulo: Loyola, 2009.

SEMINÁRIO MAIOR:

1. FORMAR A PESSOA:
DISCIPULADO:

Tecendo o fio de ouro [livro auxiliar para a prática do Grupo de vida];


TISSOT, Joseph. A arte de aproveitar as próprias faltas

CONFIGURAÇÃO [livros auxiliares para os encontros de formação com o assistente]:


1º ano e 2º ano: CENCINI, Amadeo. Virgindade e celibato.

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Arquidiocese de Porto Alegre
Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

3º ano: NOUWEN, Henri. O curador Ferido ou O sofrimento que cura;


3º ano: CONGREGAÇÃO PARA O CLERO. Diretório para o ministério dos presbíteros; ou
Presbítero, pastor e guia da comunidade paroquial.
4º ano: TOMASI, Flávio Lorenzo. Entre vós não seja assim.

2. FORMAR O CRISTÃO E O PRESBÍTERO:


DISCIPULADO:
GUARDINI, Romano. Introdução à vida de oração (1º e 2ºano);
JOÃO PAULO II. Exortação Pastores dabo vobis (1º e 2º ano);
BENTO XVI. O ano sacerdotal (1º e 2º ano);
BONHOEFFER, D. Discipulado (1º e 2º ano);
LORSCHEIDER, Dom Aloísio. Identidade e Espiritualidade do Padre Diocesano (1º e 2º ano);
Diário da Alma: caminhos de santidade de João XXIII [Paulus] (1º e 2º ano);
SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS. Manuscritos Autobiográficos (3º ano);
SÃO FRANCISCO DE SALES. Filotéia ou Tratado sobre o amor de Deus (3º ano).

CONFIGURAÇÃO:
STO. AGOSTINHO. Confissões (1º ano);
JOÃO CASSIANO [ROMANO]. Conferências ou Instituições cenobíticas (1º ano);
TORREL, J.P. Santo Tomás de Aquino: mestre espiritual (2º ano);

SÃO BOAVENTURA. Itinerário da mente para Deus (2º ano);


S. JOÃO DA CRUZ: A subida do Monte Carmelo (2º e 3º ano);
SANTA TERESA. Moradas; ou Castelo Interior (2º e 3º ano);
SANTO AFONSO M. DE LIGÓRIO. A prática do amor a Jesus Cristo (3º ano);
NOUWEN, Henri. A volta do filho pródigo (3º ano);
BERNANOS, George. Diário de um pároco de aldeia (4° ano).
SÃO GREGÓRIO MAGNO. A regra pastoral (4º ano);
BONOWITZ, Bernardo, ocso. Apto a ganhar almas [Ed. Subiaco] (4º ano);

SANTOS, Manoel Augusto. Curso sobre Direção Espiritual [Cultor de Livros] (4º ano).

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Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

ANEXO II
Ementas - Propedêutico

INTRODUÇÃO E MÉTODO DE ESTUDO


O que é o estudo? O Caráter do trabalho do estudo. Convite ao estudo. A liberdade do estudo. O
modo de ser livre do estudo. O tempo do estudo. A aprendizagem. A Leitura. Porque ler.
Exercícios de leitura. Análise de texto e elaboração de texto. A vocação intelectual. Como
participar de um seminário. O diálogo. Aprendendo metodologia. Normas científicas. Indicações
para elaboração de uma monografia. Os exames.

Bibliografia:

HUGO DE SÃO VITOR. Didascálicon (trad. Antonio Marchionni). Vozes, Petrópolis, 2001.
(Introdução).

LIBÂNIO, J.B. Introdução à vida intelectual. Loyola, S. Paulo, 2001.

NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILERIA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).

NETTO, J. PAIXÃO. Aprender a aprender. Paulus, São Paulo, 2003.

BUZZI, A.R. Filosofia para principiantes. 14ª ed. Vozes, Petrópolis, 2003.

INTRODUÇÃO À LITURGIA
Justificativa: Nos seminários e casas religiosas, adquiram os clérigos uma formação litúrgica da
vida espiritual, mediante uma conveniente iniciação que lhes permita penetrar no sentido dos
ritos sagrados e participar perfeitamente neles, mediante a celebração dos sagrados mistérios,
como também mediante outros exercícios de piedade penetrados do espírito da sagrada Liturgia.
Aprendam também a observar as leis litúrgicas, de modo que nos seminários e institutos
religiosos a vida seja totalmente impregnada de espírito litúrgico. (SC 17).

Temas:

O que é Liturgia? Natureza da Liturgia.

O que é Celebrar? Conceito de festa, memória, sacrifício.

A Páscoa – festa judaico-cristã.

Mistério Pascal e Liturgia como fonte e ápice da vida cristã.

Quem celebra? Ministérios a serviço da Liturgia.

Ministério Ordenado (participação no ministério de Cristo).

Como celebramos? Linguagem simbólica da Liturgia (gestos, palavras e sinais).

42
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Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

Quando celebramos? O ano litúrgico, vivencia do tempo como manifestação do Mistério Pascal.

Onde celebramos? Espaço a serviço da Liturgia (espaço celebrativo).

Porque celebramos? Espiritualidade Litúrgica.

Introdução à Celebração Eucarística: IGMR, IGLM.

Liturgia das Horas.

Bibliografia:

Catecismo da Igreja Católica.

Constituição Sacrosanctum Concilium.

LÓPEZ MARTÍN, Julián. A Liturgia da Igreja – teologia, história, espiritualidade e pastoral. São
Paulo, Paulinas 2006.

CONSELHO EPISCOPAL LATINO AMERICANA. Manual de Liturgia do CELAM I – São Paulo,


Paulus 2004.

TÓPICOS DE PASTORAL
Objetivo da disciplina:
Oferecer noções básicas de Teologia Pastoral aos seminaristas do Curso do Propedêutico, bem
como uma introdução a alguns temas pastorais emergentes propostos pela Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil. A finalidade destas exposições é propiciar aos estudantes um
primeiro confronto crítico entre teoria e prática eclesial, pensadas a partir da renovação pastoral
proposta pelo Concílio Vaticano II. Nesse sentido, o duplo movimento desejado pelos Padres
conciliares de retorno às fontes da Tradição cristã e de diálogo com o mundo atual orientarão as
reflexões destas aulas.
Temas:
Teologia Pastoral: definição e conceitos fundamentais
Auditus temporis
Elementos socioculturais para entender a sociedade atual .
Auditus fidei in Storia
Alguns fundamentos da ação pastoral na Sagrada Escritura;
A ação pastoral na Igreja Antiga:
• Alguns modelos de “guia pastoral” do período;
• A Iniciação à Vida Cristã entre os séculos III e V;
• A criação das paróquias (século IV);
O modelo de “guia pastoral” do Concílio de Trento (1545-1563);
A ação pastoral e evangelizadora na perspectiva do Concílio Vaticano II (1962-1965).

43
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Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

Intellectus fidei, spei e caritatis


Métodos da Teologia Pastoral:
O método “ver-julgar-agir” na pastoral latino-americana
O método de discernimento teológico-pastoral
A multiforme ação da Igreja:
• Anúncio (Kerigma)
• Celebração, orações (Leitourgía)
• Serviço, caridade (Diakonía)
• Comunidade, comunhão (Koinonía)
Diocese:
• Bispo como pastor e guia;
• Estruturas de participação diocesana: comunidades, conselhos, pastorais;
• Movimentos e Associações de fiéis supra diocesanos;
Apresentação e debate sobre o Documento da CNBB Discípulos e servidores da Palavra
de Deus na vida da Igreja
Apresentação e debate sobre o Documento da CNBB sobre a Iniciação à Vida Cristã
Apresentação e debate sobre o Documento da CNBB Comunidade de comunidades: uma
nova paróquia.
Apresentação do livro de Amadeo Cencini “Uma Paróquia Vocacional”
Síntese: conversão missionária da pastoral.

INTRODUÇÃO À BÍBLIA
Justificativa: A Palavra de Deus é de suma importância para todos os discípulos de Cristo, de
modo especial para aqueles que receberam o encargo do ministério ordenado ou para ele se
preparam. Ela é fonte de espiritualidade, alimento da oração, intimamente relacionada à liturgia.
Dela se alimenta o anúncio, o querigma, a pregação e a própria teologia (cf. DV 21-26). No
entanto, seu acesso não é imediato e é necessário propiciar, mediante o estudo, a oração e a
celebração a iniciação da pessoa a esta Palavra. Embora a Sagrada Escritura não esgote a
totalidade da Palavra de Deus (também a Sagrada Tradição a transmite), ela é de suma
importância para a vida da Igreja.

É necessário que este acesso seja proporcionado de modo a ser uma verdadeira iniciação, um
mergulhar a pessoa na realidade da palavra, para tanto, deve-se prever que a Sagrada Escritura
seja abordada de modo a contemplar os métodos histórico-críticos, mas com ligação à leitura
das Escirtura segundo o sentido espiritual e litúrgico.

Objetivos:

44
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Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

Introduzir os seminaristas na compreensão da notação bíblica, da divisão dos livros em grandes


coleções.

Fazer uma apresentação da revelação de Deus na História do Antigo e do Novo Povo de Deus,
situando os livros bíblicos nos diversos tempos quanto à sua elaboração e redação.

Fazer a apresentação do Antigo Testamento como aquele que contém em si, já em germe o
Novo, e o Novo Testamento como a plena manifestação do Antigo.

Mostrar a história como o lugar da revelação de Deus.

Introduzir os seminaristas na leitura segundo o sentido espiritual e o sentido espiritual, sem


esquecer a abordagem patrística e a leitura tipológica.

Introduzir a Leitura da Constituição Dei Verbum do Concílio Vaticano II.

Fazer a apresentação sucinta de boa parte dos livros do AT e do NT, ou pelo menos das
grandes coleções de escritos.

Temas:
• Texto de inspiração: Caminho de Emaus. A vida cristã como percorrer um caminho: o
Labirinto de Chartres. Notação Bíblica
• O amor de Deus
• O mal do mundo – a resposta de Deus em Jesus Cristo ao mal.
• Jesus Cristo e a fé cristã.
• A Bíblia - Funções da palavra - DV 11-13.
• Parábolas de Jesus
• Parábola do Joio: as tentações de Jesus
• Criação
• Abraão
• Êxodo e Páscoa.
• Tempo da Conquista e dos Juízes.
• Davi e a realeza.
• Profetas e profecias messiânicas.
• Exílio
• As quatro leituras da Sagrada Escritura.
• Novo Testamento.
• Evangelho segundo Marcos.
• Evangelho segundo Mateus.
• Evangelho segundo Lucas – Atos dos Apótolos.
• Breve introdução a S. Paulo

45
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Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

• Literatura Joanina.
• Apocalipse.

Bibliografia:
Bíblia de Jerusalém, texto e introduções.
Bíblia da CNBB, texto e introduções.
CONCILIO VATICANO II. Constituição Dogmática Dei Verbum.
Bento XVI. Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini.
HARRINGTON,Wilfrid J. A Chave para a Bíblia. 1 ed. 11 Imp. S. Paulo: Paulus, 2019.

LÍNGUA PORTUGUESA
Objetivos da disciplina:

A disciplina de Língua Portuguesa tem como objetivo principal desenvolver a competência


linguística, comunicativa e textual do aluno, cultivando o reconhecimento e a utilização dos
recursos expressivos e das regras gramaticais referentes à norma culta do idioma, assim como
dos elementos que constituem as situações de comunicação no idioma.

Conteúdos da disciplina:

• Noções fundamentais sobre aspectos discursivos: análise dos padrões de adequação e


aceitação; reconhecimento de marcas características da língua falada e da língua escrita;
identificação de variedades regionais e sociais.

• Noções fundamentais sobre a estrutura e o desenvolvimento temático de textos diversos:


coesão, coerência, clareza, informatividade e adequação; tema; estrutura do texto e dos
parágrafos; ideias principais e secundárias; relações entre ideias; ideia central.

• Tratamento argumentativo: tese, argumentos e conclusão; tipos de argumento e


estratégias argumentativas; recursos estilísticos, retóricos e persuasivos, tais como
emprego de figuras de linguagem, do discurso direto e indireto.

• Vocabulário: sentido de palavras e expressões no texto; substituição de palavras e


expressões no texto; campos semânticos e lexicais; relações de significação entre
palavras; valor dos afixos.

• Morfossintaxe: flexão e emprego das classes gramaticais; vozes verbais e sua conversão;
concordância verbal e nominal; regência verbal e nominal; emprego do acento indicativo
de crase; colocação de palavras e orações no período; coordenação e subordinação –
emprego de nexos (conjunções e pronomes); transformação de termos em orações, de
orações desenvolvidas em reduzidas, do discurso direto em indireto e vice-versa.

46
Arquidiocese de Porto Alegre
Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

• Pontuação: emprego dos sinais de pontuação; valor relativo dos sinais; substituição por
outros sinais.

• Ortografia: sistema ortográfico vigente.

INTRODUÇÃO AO PROJETO PESSOAL DE VIDA


Justificativa: O Projeto Pessoal de Vida (PPV) é importantíssimo para qualquer pessoa, ainda
mais um cristão em processo de formação e discernimento vocacional específico. Assim, é
necessário apresentar o Projeto Pessoal de Vida, mostrar as suas justificativas e desenvolver o
ferramental para que o mesmo possa ser realizado e atualizado na vida da pessoa.

Objetivos:

• Justificar a necessidade do Projeto Pessoal de Vida inserindo-o no projeto de Deus para a


pessoa.

• Mostrar e desenvolver os passos para a elaboração e a vivência de um Projeto Pessoal de


Vida.

• Fazer com que cada formando elabore o seu PPV e o vivencie, levando-o para as etapas
posteriores da formação, onde o mesmo deverá ser atualizado.

Temas:

• O Projeto de Deus para a humanidade e para a pessoa humana. Bases teológicas e


espirituais do PPV.

• Caracterização do PPV, suas partes e seus passos.

• História de vida, pessoas importantes, papéis assumidos, missão pessoal.

• Projeto Pessoal de Vida, organização do tempo, organização da vida: métodos de


organização do tempo e da vida (ver exemplos na Bibliografia)

• Projetos, metas, revisões, projeções.

Bibliografia

PINHEIRO DA SILVA, Eduardo. Vida: Projeto em construção. 2 ed. São Paulo: Loyola, 2014.

BARBOSA, Christian. A Tríade do Tempo. São Paulo: Buzz Editora, 2018

GODINHO, Thais. Trabalho Organizado. São Paulo: Gente Editora, 2018.

ALLEN, David. A Arte de Fazer Acontecer: o método GTD – Getting Thigs Done. Rio de Janeiro:
Sextante, 2016.

47
Arquidiocese de Porto Alegre
Projeto Pedagógico da Formação
ANEXOS

CARROLL, Ryder. O método Bullet Journal: Registre o passado, organize o presente, planeje o
futuro. Rio de Janeiro: Ed. Fontanar, 2018.

48
ÍNDICE
CONSIDERAÇÕES INICIAIS A RESPEITO DESTE DOCUMENTO ____________________________ 2
I - FUNDAMENTAÇÃO __________________________________________________________________ 3
1. A PESSOA ____________________________________________________________________________ 3
1.1. INDICAÇÕES PARA O PROCESSO FORMATIVO ________________________________________________ 4
2. A IGREJA ____________________________________________________________________________ 5
2.1. INDICAÇÕES PARA O PROCESSO FORMATIVO ________________________________________________ 6
3. A VOCAÇÃO _________________________________________________________________________ 7
3.1. INDICAÇÕES PARA O PROCESSO FORMATIVO ________________________________________________ 7
II – JUSTIFICATIVAS ___________________________________________________________________ 9
III - OBJETIVOS ________________________________________________________________________ 9
1. OBJETIVO GERAL. ___________________________________________________________________ 9
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ___________________________________________________________ 10
2.1. FORMAR A PESSOA:__________________________________________________________________ 10
2.2. FORMAR O CRISTÃO: _________________________________________________________________ 10
2.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO:_________________________________________________ 10
IV – METODOLOGIA DAS DIVERSAS ETAPAS:___________________________________________ 11
1. SEMINÁRIO MENOR – ENSINO MÉDIO________________________________________________ 11
1.1. CARACTERIZAÇÃO __________________________________________________________________ 11
1.2. OBJETIVO GERAL: ___________________________________________________________________ 12
1.3. ANO A: ___________________________________________________________________________ 12
FORMAR A PESSOA _______________________________________________________________________ 12
1.3.1. Objetivo para a etapa: ___________________________________________________________ 12
1.3.2. Meios: ________________________________________________________________________ 12
1.4. ANO B: ___________________________________________________________________________ 13
FORMAR O CRISTÃO ______________________________________________________________________ 13
1.4.1. Objetivo para esta etapa: _________________________________________________________ 13
1.4.2. Meios: ________________________________________________________________________ 13
1.5. ANO C: ___________________________________________________________________________ 14
FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO __________________________________________________ 14
1.5.1. Objetivo para esta etapa: _________________________________________________________ 14
1.5.2. Meios: ________________________________________________________________________ 14
2. PROPEDÊUTICO ____________________________________________________________________ 14
Iniciação cristã e presbiteral – Pré-Catecumenato. __________________________________________________ 14
CARACTERIZAÇÃO ______________________________________________________________________ 14
CRITÉRIOS DE INGRESSO _________________________________________________________________ 15
2.1. FORMAR A PESSOA _______________________________________________________________ 15
2.1.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 15
2.1.2. Meios: ________________________________________________________________________ 15
2.2. FORMAR O CRISTÃO ______________________________________________________________ 16
2.2.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 16
2.2.2. Meios: ________________________________________________________________________ 16
2.3. FORMAR O PRESBITERO E O PRESBITÉRIO: ACOLHIDA DA REALIDADE ARQUIDIOCESANA ______ 17
2.3.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 17
2.3.2. Meios ________________________________________________________________________ 17
2.4. OBSERVAÇÕES _____________________________________________________________________ 18
2.4.1. Dimensão intelectual ____________________________________________________________ 18
2.4.2. Atividades para fortalecer a vida comunitária _________________________________________ 18
2.4.3. Proposta de distribuição de horários e das disciplinas __________________________________ 18

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SEMINÁRIO MAIOR ___________________________________________________________________ 19
CRITÉRIOS PARA INGRESSO NO SEMINÁRIO MAIOR _____________________________________________ 19
3. DISCIPULADO_______________________________________________________________________ 20
Iniciação cristã e presbiteral – catecumenato (1º e 2º anos), iluminação (3º ano). __________________________ 20
3.1. FORMAR A PESSOA:__________________________________________________________________ 20
3.1.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 20
3.1.2. Meios ________________________________________________________________________ 21
3.2. FORMAR O CRISTÃO _________________________________________________________________ 21
3.2.1. Objetivo para a etapa ____________________________________________________________ 21
3.2.2. Meios: ________________________________________________________________________ 21
3.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO _________________________________________________ 23
3.3.1. Pastoral Paulina: _______________________________________________________________ 23
3.3.1.1. Objetivos para a etapa (1º e 2º anos) ______________________________________________________ 23
3.3.1.2. Meios______________________________________________________________________________ 23
3.3.2. Pastoral da misericórdia e ou Kairós (3º ano de Filosofia)_______________________________ 23
3.3.2.1. Objetivos para a etapa (3º ano):__________________________________________________________ 23
3.3.2.2. Meios______________________________________________________________________________ 23
3.4. OBSERVAÇÕES___________________________________________________________________ 24
3.4.1. INTELECTUAL_________________________________________________________________ 24
3.4.2. OUTRAS ATIVIDADES COMUNITÁRIAS____________________________________________ 24
4. CONFIGURAÇÃO ____________________________________________________________________ 24
PROPOSTA GERAL ___________________________________________________________________ 24
4.1. FORMAR A PESSOA _______________________________________________________________ 25
4.1.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 25
4.1.2. Meios: ________________________________________________________________________ 25
4.2. FORMAR O CRISTÃO ______________________________________________________________ 26
4.2.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 26
4.2.2. Meios: ________________________________________________________________________ 26
4.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO __________________________________________ 27
4.3.1. Pastoral da iniciação à vida cristã ou Kairós (1º ano) __________________________________ 27
4.3.1.1. Objetivos para a etapa: ________________________________________________________________ 27
4.3.1.2. Meios: _____________________________________________________________________________ 27
4.3.2. Pastorais sociais ou Kairós (2º ano) ________________________________________________ 27
4.3.2.1. Objetivos para a etapa: ________________________________________________________________ 27
4.3.2.2. Meios: _____________________________________________________________________________ 27
4.3.3. Pastorais específicas ou Kairós (3º ano) _____________________________________________ 28
4.3.3.1. Objetivos para a etapa _________________________________________________________________ 28
4.3.3.2. Meios: _____________________________________________________________________________ 28
4.3.4. Aconselhamento Pastoral (4º ano da Configuração ) ___________________________________ 28
4.3.4.1 Objetivos para a etapa__________________________________________________________________ 28
4.3.4.2. Meios: _____________________________________________________________________________ 28
4.3.5. Experiência Missionária de um Mês (em algum momento durante os 3 da Configuração) _______ 29
5. SÍNTESE VOCACIONAL ______________________________________________________________ 29
Generatividade – aprendizagem à paternidade espiritual Ano Pastoral __________________________________ 29
PROPOSTA GERAL ___________________________________________________________________ 29
5.1. FORMAR A PESSOA _______________________________________________________________ 29
5.1.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 29
5.1.2. Meios: ________________________________________________________________________ 29
5.2. FORMAR O CRISTÃO ______________________________________________________________ 29
5.2.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 29
5.2.2. Meios ________________________________________________________________________ 30
5.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO: PASTORAL PETRINA (GESTÃO DE PESSOAS)________ 30
5.3.1. Objetivos para a etapa: __________________________________________________________ 30
5.3.2. Meios: ________________________________________________________________________ 30
V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ________________________________________________________ 32
1. SEMINÁRIO MENOR – ENSINO MÉDIO________________________________________________ 32
1.1. ANO A: FORMAR A PESSOA ____________________________________________________________ 32

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1.2. ANO B: FORMAR O CRISTÃO ___________________________________________________________ 32
1.3. ANO C: FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO ___________________________________________ 32
2. PROPEDÊUTICO ____________________________________________________________________ 32
2.1. FORMAR A PESSOA – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ____________________________________________ 32
2.2. FORMAR O CRISTÃO – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ___________________________________________ 33
2.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ___________________________ 33
2.4. DIMENSÃO ESPIRITUAL – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ________________________________________ 34
2.5. DIMENSÃO INTELECTUAL – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO _______________________________________ 34
3. DISCIPULADO OU ESTUDOS FILOSÓFICOS ___________________________________________ 34
3.1. FORMAR A PESSOA __________________________________________________________________ 34
3.2. FORMAR O CRISTÃO _________________________________________________________________ 34
3.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO _________________________________________________ 35
4. CONFIGURAÇÃO OU ESTUDOS TEOLÓGICOS_________________________________________ 35
4.1. FORMAR A PESSOA __________________________________________________________________ 35
4.2. FORMAR O CRISTÃO _________________________________________________________________ 35
4.3. FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO _________________________________________________ 36
5. SÍNTESE VOCACIONAL OU PASTORAL _______________________________________________ 36
5.1. FORMAR A PESSOA __________________________________________________________________ 36
5.2. FORMAR O CRISTÃO _________________________________________________________________ 37
5.3 FORMAR O PRESBÍTERO E O PRESBITÉRIO __________________________________________________ 37
VI. SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL _____________________________________________ 38
1. OBJETIVO:__________________________________________________________________________ 38
1.1. MEIOS ____________________________________________________________________________ 38
1.2. CRITÉRIOS PARA INGRESSAR NO SEMINÁRIO: ______________________________________________ 39
ANEXO – I SUGESTÕES DE LEITURAS E LIVROS ________________________________________ 40
PROPEDÊUTICO: ______________________________________________________________________ 40
1. FORMAR A PESSOA: ________________________________________________________________ 40
2. FORMAR O CRISTÃO: _______________________________________________________________ 40
SEMINÁRIO MAIOR:___________________________________________________________________ 40
1. FORMAR A PESSOA: ________________________________________________________________ 40
2. FORMAR O CRISTÃO E O PRESBÍTERO: _______________________________________________ 41
ANEXO II Ementas - Propedêutico ________________________________________________________ 42
INTRODUÇÃO E MÉTODO DE ESTUDO _________________________________________________ 42
INTRODUÇÃO À LITURGIA____________________________________________________________ 42
TÓPICOS DE PASTORAL ______________________________________________________________ 43
INTRODUÇÃO À BÍBLIA ______________________________________________________________ 44
LÍNGUA PORTUGUESA _______________________________________________________________ 46
INTRODUÇÃO AO PROJETO PESSOAL DE VIDA__________________________________________ 47
ÍNDICE _______________________________________________________________________________ 49

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