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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CURSO DE MEDICINA GERAL - NÍVEL II --SEMESTRE I

TRABALHO DE ANATOMIA III

SISTEMA LINFATICO: TRONCO

Tete, Maio de 2023


INTEGRANTES

Euclidez
Quizito Machava
Alberto Jofresse Euclides Machava
Ayurve Amílcar Mavie Latifa Manso Falume
Jorge Bernardo Sandulane Olga de Lurdes Agostinho Omar
Sarita Abdul Ussene Januário Virgílio Dabali
Geremias Jona Guidione Emmanuel Rodrigos Manuel
Yuran Stella Bernardo Cutane Paulo Ildo Paulo

SISTEMA LINFATICO: TRONCO

Trabalho de caráter avaliativo a ser apresentado à


Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade
Zambeze na cadeira de Anatomia III.

Docente: Dr. Emilia Manuel

Tete, Maio de 2023


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................................. 1

1.2Objectivos ................................................................................................................................................ 2

2. Conceitos................................................................................................................................................... 3

2.1 O sistema linfático .................................................................................................................................. 3

2.2 Linfa ........................................................................................................................................................ 3

2.3 Circulação Linfática ................................................................................................................................ 3

3. Órgãos Linfáticos ...................................................................................................................................... 4

3.1 Baço ........................................................................................................................................................ 5

3.2 Linfonodos (Nódulos Linfáticos) ............................................................................................................ 5

3.3 Timo ........................................................................................................................................................ 6

4.Drenagem do abdómen e da pelve ............................................................................................................. 6

4.1.Peritónio .................................................................................................................................................. 7

4.3 Drenagem linfática do sistema reprodutor .............................................................................................. 8

4.4 Rins ......................................................................................................................................................... 9

4.5 Intestinos delgados e grosso.................................................................................................................... 9

4.6 Fígado e vesícula biliar ......................................................................................................................... 10

4.7 Pâncreas ................................................................................................................................................ 11

4.8 Baço ...................................................................................................................................................... 11

4.9 Estômago............................................................................................................................................... 12

4.10. Linfonodos e vasos linfáticos da parede abdominal posterior ........................................................... 12

4.11Vasos linfáticos e linfonodos do tronco ............................................................................................... 13

4.12 Vasos linfáticos e linfonodos da glândula mamária ........................................................................... 13

5. Troncos linfáticos.................................................................................................................................... 13

6.1 Ducto Linfático Direito ......................................................................................................................... 15


6.2 Ducto Torácico...................................................................................................................................... 15

7.Conclusão................................................................................................................................................. 17

Referencia ................................................................................................................................................... 18
1. Introdução

O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é constituído pelos nódulos
linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por transportar a linfa
dos tecidos para o sistema circulatório. Além disso, ele possui outras funções como a protecção de
células imunes, pois atua junto ao sistema imunológico. Outro importante papel do sistema
linfático está na absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.

O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do organismo. É dessa
forma que ele consegue alcançar todas as parte do corpo para filtrar o líquido tissular que nutriu,
oxigenou os capilares sanguíneos e saiu levando gás carbónio e excreções. Diferente do sangue
que é impulsionado pela força do coração, no sistema linfático a linfa se movimenta de forma
lenta e com baixa pressão. Ela depende da compressão dos movimentos dos músculos para
pressionar o líquido.

É a partir da contracção realizada pelo movimento dos músculos que o fluido é transportado para
os vasos linfáticos. Como eles são maiores acabam se acumulam no ducto linfático direito e no
ducto torácico, percorrendo assim para o resto do corpo.

Porem neste trabalho focar-se-á no sistema linfático do tronco, mostrando os componentes do


sistema linfático afecto a nível do tronco, como referencia Capilares linfáticos; vasos, ductos e
tractos linfáticos, órgãos linfóides primários e secundários, funções e algumas patologias
relacionados ao sistema linfático

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1.2Objectivos
 Conceituar o sistema linfático
 Descrever os componentes do sistema linfático afecto a nível do tronco;
 Descrever a relação do sistema linfático com o sistema cardiovascular e sistema imune ao
nível do tronco;
 Explicar a vascularizam do sistema linfático ao nível do tronco;
 Mencionar os troncos linfáticos:
 Descrever a importância e algumas doenças do sistema linfático.

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2. Conceitos

2.1 O sistema linfático

O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos
linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático
(linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos
semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido
tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação
sanguínea.

2.2 Linfa

É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de


sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e
do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de
conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca
de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido
unidireccional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios
linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.

2.3 Circulação Linfática

A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células


produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.

O sistema linfático colecta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para
dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre
a mesma composição do que o fluido intersticial.

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A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contracções dos músculos, da pulsação das
artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas
unidirecionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um
vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afectada, produzindo-se um inchaço
denominado edema.

Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço
são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios
linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como “íngua”.

3. Órgãos Linfáticos

O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea


(adenóides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfóide rico em linfócitos) são órgãos do sistema
linfático. Alguns autores consideram a medula óssea pertencente ao sistema sistema linfático por
produzirem os linfócitos. Estes órgãos contêm uma armação que suporta a circulação dos
linfócitos A e B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas.

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3.1 Baço

O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende
na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o diafragma. Ele é mole, de
consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho
e peso do baço variam muito.

No adulto tem cerca de 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 3 cm de espessura.


O baço é um órgão linfóide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da circulação linfática
porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo
fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios,
restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como
eritrócitos, leucócitos e plaquetas.

Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluido tão essencial. O
baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é
considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.

Suas principais funções são as de reserva de sangue, para o caso de uma hemorragia intensa,
destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação de uma nova hemoglobina a partir do
ferro liberado da destruição dos glóbulos vermelhos.

3.2 Linfonodos (Nódulos Linfáticos)

São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. São
os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que
têm efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma
infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos
microrganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem
estrutura e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex:
cervicais, axilares, inguinais etc).

Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do
corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e

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sensíveis. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do
pescoço.

3.3 Timo

O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do mediastino superior,


enquanto o timo de adulto de idade avançada mal pode ser reconhecido, devidas as alterações
atróficas. Durante seu período de crescimento ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao
aspecto e estrutura.

O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contacto por meio de tecido
conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se
parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo
inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito
geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e
lobulado, medindo aproximadamente 5 cm de comprimento, 4 cm de largura e 6 mm de espessura.

Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua
única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período
pré-natal, involui desde o nascimento até a puberdade.

4.Drenagem do abdómen e da pelve

A linfa dos órgãos abdominais chega aos troncos linfáticos lombares (direito e esquerdo)
e intestinais, passando pelos linfonodos ao redor dos grandes vasos abdominais. Estes troncos se
unem na cisterna do quilo (cisterna chyli), formando o ducto torácico. Este grande vaso linfático se
esvazia no sistema circulatório venoso, na junção entre a subclávia esquerda e as veias jugulares
internas.

A drenagem linfática da pelve se parece muito com a do abdómen. A linfa das vísceras pélvicas
chega aos linfonodos ilíacos comuns após passar por outros linfonodos (ilíacos externos, ilíacos
internos e sacrais), localizados junto aos grandes vasos sanguíneos pélvicos. Os troncos linfáticos
lombares coletam subsequentemente a linfa dos linfonodos ilíacos comuns.

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4.1.Peritónio

O peritónio é uma membrana serosa que reveste a parede abdominal e a maioria dos órgãos internos.

Posterior a ele está o espaço retroperitoneal, no qual estão as estruturas anatómicas que não são
revestidas pelo peritónio visceral (como os rins, os cólons ascendente/descendente, entre outros).

Os linfonodos lombares ou retroperitoneais estão comummente localizados ao redor


da aorta abdominal e da veia cava inferior, formando três grupos distintos: lombar esquerdo (para-
aórtico), lombar direito (para-caval) e linfonodos intermediários. Este último grupo está situado
entre os dois grandes vasos abdominais.

Os linfonodos lombares esquerdos ou para-aórticos estão situados na vizinhança da aorta abdominal.


Eles são divididos em vários subgrupos e drenam parte do tracto gastrointestinal, os órgãos internos
localizados no lado esquerdo do abdómen, o ovário/testículo esquerdo, assim como tecidos
profundos da parede abdominal posterior. Já os linfonodos lombares direitos ou para-cavais,
circundam a veia cava inferior. Eles também são formados por vários subgrupos e drenam parte do
tracto gastrointestinal e outras estruturas localizados no lado direito do abdómen (ex: rim e glândula
adernal direitos), bem como a gónada direita.

4.2 Bexiga

A drenagem linfática dos ureteres é dividida em três partes; o terço superior é drenado
pelos linfonodos lombares, o terço médio pelos linfonodos ilíacos comuns, enquanto o terço inferior
é drenado pelos linfonodos ilíacos externos e internos.

A linfa da bexiga é drenada para os linfonodos ilíacos internos e externos. Os primeiros recebem a
linfa principalmente do colo e do fundo da bexiga. A bexiga é contínua com a uretra, uma estrutura
tubular que transporta a urina para o ambiente externo. A uretra feminina drena principalmente para
os linfonodos ilíacos internos. Entretanto, a uretra masculina, mais longa, drena em duas direcções: a
parte proximal para os linfonodos ilíacos internos e a parte distal, para os linfonodos inguinais.

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4.3 Drenagem linfática do sistema reprodutor

Drenagem linfática do sistema reprodutor masculino


Testículo direito: linfonodos lombares direitos (para-cavais);
Testículos e Epidídimo
Testículo esquerdo: linfonodos lombares esquerdos (para-aórticos)

Ducto deferente, Ducto ejaculatório,


Vesículas seminais, Glândulas Linfonodos ilíacos internos e externos
bulbouretrais, Próstata
Pele: linfonodos inguinais superficiais; Glande e corpo cavernoso:
Pénis linfonodos inguinais superficiais, inguinais profundos e ilíacos
externos
Escroto Linfonodos inguinais superficiais
Drenagem linfática do sistema reprodutor feminino
Ovários Linfonodos lombares direitos e esquerdos
Trompas de Falópio Linfonodos lombares direitos/esquerdos e ilíacos internos
Fundo: linfonodos lombares e inguinais superficiais
Útero Corpo: linfonodos ilíacos externos
Cervix: linfonodos ilíacos internos e sacrais
Porção superior: linfonodos ilíacos internos e externos
Porção média: linfonodos ilíacos internos
Vagina
Porção inferior: linfonodos sacrais e ilíacos comuns
Orifício externo: linfonodos inguinais superficiais
Vulva (genitália externa feminina) Linfonodos inguinais superficiais e profundos

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4.4 Rins

Os rins são dois órgãos retroperitoneais responsáveis pela filtração do sangue e produção de urina.
Sua drenagem linfática segue o curso das veias renais e acaba nos linfonodos para-cavais (lombares
direitos) e para-aórticos (lombares esquerdos). Situada no topo dos rins, estão as glândulas adrenais,
duas glândulas endócrinas que podem induzir a resposta de “fuga ou luta” quando enfrentamos algo
perigoso. Os seus vasos linfáticos drenam nos linfonodos lombares ipsilaterais.

4.5 Intestinos delgados e grosso

Avançando no sistema digestivo, chegamos aos intestinos delgado e grosso. O intestino delgado está
ancorado à parede abdominal pelo mesentério, uma estrutura chave para a sua drenagem linfática. O
mesentério contém uma extensa rede de linfáticos com aproximadamente 150 linfonodos, que são
organizados em três grupos:

 Linfonodos justa-intestinais (encontrados ao longo das arcadas arteriais periféricas);


 Linfonodos mesentéricos intermediários (localizados ao longo das artérias jejunal e ileal), e;
 Linfonodos mesentéricos superiores (centrais) (encontrados ao longo da artéria mesentérica
superior).

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A linfa passa sequencialmente através desse grupo de linfonodos antes de chegar aos linfonodos
mesentéricos superiores. A linfa do duodeno proximal é drenada através dos linfonodos
pancreatoduodenais superiores, pilóricos e hepáticos, até chegar aos linfonodos celíacos. O íleo
terminal também é uma excepção, pois sua linfa segue a artéria ileocólica até os linfonodos
ileocólicos. A linfa do intestino delgado é importante no transporte de lipídeos e vitaminas
lipossolúveis.

4.6 Fígado e vesícula biliar

O fígado e a vesícula biliar são dois órgãos acessórios do sistema digestivo responsáveis por
muitas funções importantes, como por exemplo desintoxicação e emulsificação da gordura. A
drenagem linfática do fígado é dividida em dois sistemas, um superficial e um profundo:

A rede linfática superficial está localizada na cápsula fibrosa superficial do fígado (cápsula de
Glisson). Os vasos linfáticos da superfície anterior/convexa do fígado seguem a tríade portal,
drenando nos linfonodos hepáticos localizados na veia porta. A linfa continua até aos linfonodos
celíacos, que subsequentemente drenam na cisterna do quilo. Ao contrário, os vasos linfáticos
superiores da porção posterior do fígado drenam principalmente nos linfonodos frénicos
(diafragmáticos) e linfonodos mediastinais posteriores. Após passar através de vários linfonodos
no caminho, a linfa desta região chega finalmente ao ducto linfático direito e ao ducto torácico.

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Os vasos linfáticos profundos do fígado seguem o tecido conjuntivo ao redor das veias hepáticas
até a veia cava, onde eles alcançam os linfonodos mediastinais posteriores. Estes também se
esvaziam no ducto linfático direito e no ducto torácico.

Os vasos linfáticos da vesícula biliar e do sistema biliar drenam em três vias, que são
os linfonodos císticos, hepáticos e os linfonodos do forame omental. Destes locais, a linfa continua
em direcção aos linfonodos celíacos.

4.7 Pâncreas

O pâncreas é outro órgão acessório do sistema digestivo que também tem um papel crucial
no sistema endócrino. Ele é uma glândula tanto exógena que facilita a digestão, como endógena, que
liberta insulina e glucagon. A cauda do pâncreas é drenada por vasos linfáticos que se esvaziam
nos linfonodos esplénicos localizados ao longo da artéria esplénica. A linfa drenada do corpo do
pâncreas é esvaziada principalmente nos linfonodos pancreáticos superiores e inferiores, enquanto
os vasos que drenam a cabeça se esvaziam nos linfonodos pancreatoduodenais. A linfa de todos
estes linfonodos é subsequentemente transportados aos linfonodos mesentéricos
superiores ou celíacos.

4.8 Baço

O baço tem uma drenagem linfática muito semelhante à da cabeça do pâncreas. Os vasos linfáticos
viajam ao longo da artéria esplénica e drenam nos linfonodos esplénicos. Como você sabe, por sua
vez, estes linfonodos drenam nos linfonodos celíacos.

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4.9 Estômago

Como você sabe, o peritônio recobre vários órgãos internos, então vamos ver um de cada vez e
entender cada drenagem linfática. O estômago é um órgão do sistema digestivo que possui quatro
partes e duas curvaturas, todas muito relacionadas com sua drenagem linfática. Os vasos linfáticos
que drenam todo este órgão correm ao longo das curvaturas maior e menor do estômago e se
esvaziam nos linfonodos gástricos e gastro-omentais (gastro-epiplóicos). A porção pilórica é
drenada pelos linfonodos pilóricos, que se esvaziam nos linfonodos celíacos. Este último se localiza
ao redor do tronco celíaco.

4.10. Linfonodos e vasos linfáticos da parede abdominal posterior

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4.11Vasos linfáticos e linfonodos do tronco
4.12 Vasos linfáticos e linfonodos da glândula mamária

5. Troncos linfáticos

Após sair dos linfonodos, os vasos linfáticos convergem e formam os troncos linfáticos. Esses
troncos drenam extensas áreas do corpo e são suficientemente grandes para serem encontrados
numa dissecção. Os cinco troncos linfáticos principais, do inferior para o superior, são:

a) Troncos lombares: Esse par de troncos, que se situa nos lados da aorta, na
parte inferior do abdome, recebe toda a linfa que drena dos membros
inferiores, órgãos pélvicos e de uma parte da parede anterior do abdome.

b) Tronco intestinal: Esse tronco ímpar, situado próximo à parede posterior


do abdome na linha média, recebe linfa gordurosa (quilo) do estômago,
intestinos e outros órgãos digestórios.

c) Troncos bronco mediastinais: Subindo pelos lados da traqueia, esse par


de troncos colecta linfa das vísceras torácicas e da parede do tórax.
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d) Troncos subclávios: Localizado perto da base do pescoço, esse par de
troncos recebe a linfa dos membros superiores; eles também drenam a
parte inferior do pescoço e a parede superior do tórax:

e) Troncos jugulares. Localizado na base de cada veia jugular interna, esse


par de troncos drena a linfa da cabeça e pescoço.

6.Ductos linfáticos

Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema
linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente
da acção de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão
devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que
pressiona o fluido através dele. A contracção rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido
através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos
linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior

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do corpo) e no ducto torácico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema
circulatório na veia subclávia esquerda e direita.

6.1 Ducto Linfático Direito

Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e
termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é
guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto.
Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da
cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do
coração e da face diafragmática do fígado.

6.2 Ducto Torácico


Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos
linfáticos, excepto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra
lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo,
entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina
por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular
interna esquerda.

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7.Conclusão

O sistema linfático do tronco Possui Funções Inter-relacionadas: Remoção dos fluidos em excesso
dos tecidos corporais a nível do tronco e membro inferiores; Absorção dos ácidos graxos e
transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; Produção de células imunes (como
linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).

Cada um dos troncos linfáticos (lombar, intestinal, bronco mediastinal, subclávio e jugular)
drena uma grande região do corpo. Todos, excepto o tronco intestinal, são pareados.

O ducto linfático direito (e/ou os troncos vizinhos) drena a linfa do quadrante superior direito do
corpo. O ducto torácico (e/ou os troncos vizinhos) drena a linfa do resto do corpo. Esses dois
ductos esvaziam-se na junção das veias jugular interna e subclávia. O ducto torácico começa na
cisterna do quilo em L1- L2 e sobe ao longo dos corpos das vértebras torácicas.

A medula óssea e o timo são basicamente órgãos linfáticos. Os linfonodos, o baço, as tonsilas, os
nódulos linfáticos agregados e o apêndice são órgãos linfáticos secundários. O timo, situado na
parte súpero-anterior do tórax e no pescoço, é um órgão linfático primário que é mais activo
durante a juventude. Seus hormônios, secretados pelas células reticulares epiteliais, sinalizam os
linfócitos T contidos para adquirirem imunocompetência.

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Referencia

Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson;Princípios de anatomia e fisiologia;tradução Ana Cavalcanti


C. Botelh;14. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

Marieb, Elaine, Patricia Wilhelm, Jon Mallatt ; Anatomia humana; 7a edição, São Paulo
Brasil, 2014.

Moore, K. L., Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. (2014). Clinically Oriented Anatomy (7th ed.).
Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins.

Robert L. F. (2019): Evaluation of peripheral lymphadenopathy in adults, Aronson M. D., Freedman


A.S., (Ed.) UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. Retrieved from https://www.uptodate.com

Standring, S. (2016). Gray's Anatomy (41tst ed.). Edinburgh: Elsevier Churchill Livingstone

https://www.todamateria.com.br/sistema-linfatico a cessado 03/05/2023

https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-timo a cessado 03/05/2023

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