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CIDADE DE TETE
2022
Chudy Amelia Simbine
Etelvina Gouveia
Caetano Farias
Januário Virgilio Dabali
Marcela Rui Verimbo
Paulo Manuel Tchaca
Talfura Feniasse Thuboi
Yuran Stella Bernardo Cutane
Cidade de Tete
2022
Resumo
1.1.Introdução………………………………………………………………………………..5
1.2. Problema...........................................................................................................................5
1.3. Justificativa.......................................................................................................................6
1.4. Objectivos.........................................................................................................................6
1.5. Metodologia.....................................................................................................................6
2.2.1. Príons.............................................................................................................................8
2.2.3. Patogênese...................................................................................................................10
2.2.4.5. Kuru..........................................................................................................................15
3.Conclusão...........................................................................................................................19
4.Referências.........................................................................................................................20
CAPÍTULO I: INTRODUTÓRIO
1.1. Introdução
Príons são proteínas mal dobradas com capacidade de infectar um hospedeiro e provocar uma
série de entidades clínicas neurodegenerativas, denominadas encefaopatias espongiformes
transmissíveis (EET). Os príons se originam da alteração conformacional de uma proteína
expressa naturalmente, chamado de príon celular
Além de serem proteínas estruturais dos organismos, existindo em baixas concentrações nos
sistemas biológicos, proteínas do tipo príon quando na conformação PrPSC (forma alterada
estruturalmente da PrPC)são associadas às doenças neurodegenerativas de prognóstico
delicado e progressivo, que afetam homens e animais de forma totalmente divergente da
natureza convencional das doenças infecciosas clássicas causadas por agentes infecciosos
microbianos (DEAMOND; BOUZAMONDO,2002)
As doenças causadas por príons podem ser transmitidas por contato direto ou ingestão
deingestão de carne contaminada, por hereditariedade (fato que contribuiu para a elucidação
do caráter proteico do agente infeccioso) e mutações espontâneas no gene codificante da
PrPC. São doenças relativamente lentas, que requerem um período de incubação que pode
variar de 3 a 5 meses para se manifestar ou até mesmo anos (PEDERSON, 2002)
1.2. Problema
As doenças priónicas (T.S.E. - Transmissible Spongiform Encephalopathies) constituem um
grupo de patologias crónicas, progressivas, de ocorrência imprevisível, invariavelmente fatais,
afectando principalmente o sistema nervoso central, sem resposta imune nem tratamento.
Com um longo e imprevisível período de incubação, provocam alterações ou até disfunção
cerebral, numa duração média entre 6 e 12 meses, no máximo de 24 meses. A grande
característica neurológica comum encontrada é a vacuolização dos neurónios e da matéria
cinzenta do cérebro, com perda celular, astrocistose e ausência de resposta inflamatória.
Neste grande grupo de patologias englobam-se várias formas da doença, consoante o grupo de
mamíferos em causa: B.S.E. (Bovine Spongiform Encephalopathy), T.M.E. (Transmissible
Mink Encephalopathy), F.S.E. (Feline Spongiform Encephalopathy), Wasting Disease of
Deer, etc. Nos humanos existem formas destas doenças: Kuru (uma doença extinta que
afectou algumas tribos na Papua-Nova Guiné, relacionada com actos de canibalismo ou
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manipulação de cérebros humanos), O quê a literatura diz sobre prions e doenças por elas
causada?
1.3. Justificativa
Justifica-se a escolha deste tema, por sua importância, uma vez que, a primeira necessidade
básica para a sobrevivência do homem ( é o bem estar físico ou seja, estar de boa saúde sem
comprometimento de nenhuma doença. Portanto, se faz necessário conhecer as doenças
priónicas, as suas sintomas, o diagnóstico, o tratamento e bem como, as regras que devem ser
seguidas, para se prevenir dessas doenças.
1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivos gerais:
Pesquisa das produções científicas nos bancos de dados do período capes, Altavista,
webcrawler, Pubmied e Google Acadêmico, publicados recentemente, no período de 2019 à
2022, com palavras-chaves: Enovelamento incorrecto de proteínas; príons e doenças
priónicas.
Para o presente trabalho de pesquisa são utilizadas dois tipos de pesquisa (pesquisa
bibliográfica e documental.
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Pesquisa bibliográfica: será desenvolvida na base de uma busca sistemática sobre o assunto,
que já existe, material esse já discutido por autores diferentes, e elaborado a partir de material
já publicado na internet, constituído basicamente de livros e artigos.
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a diabetes tipo II, a fenilcetonúria e o câncer. Desta forma, o próprio organismo é o
causador dessas doenças, devido a incapacidade da síntese de proteínas em sua
conformação nativa (GAMBETTI,2020).
2.2.1. Príons
Os príons são moléculas proteicas e, portanto, não possuem ácidos nucleicos, ou seja, eles
actuam como agentes infecciosos capazes de multiplicar ao converter outras proteínas de
formato benigno para patogénico mesmo na ausência de material genético, actuando de forma
diferente de agentes infecciosos como vírus e bactérias. No entanto, já se demonstrou que os
ácidos nucleicos podem ser necessários para a formação de proteína príon patogénica como
PrPSc: a prion anormal, também denominada proteína prion Scrapie. Isto é, eles podem
funcionar como catalisadores da conversão da proteína prion não patogénica para a sua forma
patogénica.
Toda proteína é formada por uma sequência de moléculas menores, os aminoácidos (como
uma corrente é formada por elos unidos entre si).Esta sequência é “dobradas” em um formato
característico para cada tipo de proteína. Príons são proteínas anormais dobradas de modo
incorreto. A composição e a sequência de aminoácidos e um príon são idênticas à de uma
proteína normal. Entretanto, o seu formato tridimensional é diferente, como mostra a imagem
abaixo (COSTA,2015).
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Figura 1-Representação de um príon (esquerda) e a proteína normal que deu
origem à ele (direita). Cores-fantasia.
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2.2.3. Patogênese
As patologias priónicas são causadas principalmente pela ação de proteína priónica Scrapie no
sistema nervoso central do hospedeiro. O principal mecanismo de lesão é através da
vacuolização dessas proteínas em neurônios, e isso ocorrerá de maneira progressiva e gradual.
Além disso, outros fatores patogênicos também parecem estar associados, como hipertrofia do
tecido, proliferação da astróglia e alteração na consistência da substância cinzenta.
São doenças extremamente fatais e ainda não foram descritos na literatura casos de
recuperação de indivíduos que contraíram essas infecções.
Nos seres humanos, essa proteína causa doenças basicamente por três formas
diferentes: esporádica, hereditária ou infecciosa. Quando a doença tiver sua
patogênese nas formas esporádicas e/ou hereditárias, esses príons vão aparecer de
maneira espontânea, e além disso, essa constitui a principal forma responsável por
causar doenças nos seres humanos (chegando até a 90%) (GAMBETTI,2020).
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outros deficits do SNC (perda de memoria e confusão); esse é um problema que atinge
pessoas entre 40 e 60 anos e que, infelizmente não tem cura. A morte geralmente
ocorre em 4 meses a 2 anos depois da infecção, dependendo da modalidade e do
subtipo da DCJ (MSD,2020).
Segundo GAMBETTI (2020), a doença de Creutzfeldt-Jakob tem três formas:
Esporádica (eDCJ);
Familiar;
Adquirida.
Esporádicas
A Doenca de Creutzfeldt-Jackob esporádica é o tipo mais comum, sendo responsável por
cerca de 85% dos casos. A doença de Creutzfeldt-Jakob esporádica geralmente afeta pessoas
com mais de 40 anos de idade (média etária de cerca de 65 anos), (GAMBETTI,2020).
Familiar
A doença de Creutzfeldt-Jakob familiar é o resulato de uma mutacao no gene para PrPC,
que faz com que a proteína PrPC normal se transforme em prion causador da doença. Ela
ocorre em cerca de 5 a 15% dos casos. A doença de Creutzfeldt familiar geralmente é herdada
como uma doença autossómica dominante. Isso significa que a mutação não se localiza nos
cromossomos sexuais (X e Y) é que somente um gene para a doença é herdada de um dos pais
(GAMBETTI,2020).
Adquirida
A doença de Creutzfeldt-Jakob adquirida é provavelmente responsável por 1% dos casos.
Ela ocorre após a ingestão de carne contaminada por príons (na variante da doença de
Creutzfeldt-Jakob [vDCJ]). A doença de Creutzfeldt-Jakob iatrogênica (iDCJ) pode ser
adquirida pelo uso de transplante durais ou de córneas de cadáveres, eléctrodos estereotáxicos
intracerebrais ou hormônio do crescimento preparado com hipófise humana. Cerca de metade
dos casos de iDCJ envolve alterações semelhantes às da doença de Alzheimer, sugerindo que
na iDCJ, um distúrbio que se assemelha à doença de Alzheimer (além da doença de
Creutzfeldt-Jakob) pode ser adquirido iatrogenicamente (GAMBETTI, 2020).
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O diagnóstico da doença de Creutzfeldt- Jakob pode ser difícil. Porque, outras doenças
causam sintomas semelhantes; logo, os médicos verificam tais doenças, particularmente
aquelas que podem ser tratadas (GAMBETTI, 2020).
O teste mais útil é a ressonância magnética (RM). É possível detectar mudanças
características no cérebro, incluindo algumas que ocorrem somente nas pessoas com DCJv
(GAMBETTI,2020).
Prognóstico da doença
Em geral, ocorre morte após 6 a 12 meses, muitas vezes decorrente de pneumonia. A vDCJ se
desenvolve em pessoas com faixa etária mais baixa na doença de Creutzfeldt-Jakob
esporádica e a expectativa de vida é maior (em média de 1,5 ano), (GAMBETTI, 2020).
Tratamento da doença
Cuidados de suporte.
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Na insónia familiar fatal, os sintomas podem começar quando a pessoa chega ao fim dos 20
anos ate o inicio dos 70 anos de idade (a media e aos 40 anos). A morte geralmente ocorre
entre sete e 73 meses depois do inicio dos sintomas. A forma esporádica tem um inicio um
pouco depois, e a expectativa de vida e um pouco maio.
Os médicos consideram a insónia fatal como um diagnostico raro possível quando as pessoas
apresentam sintomas típicos, como deterioração rápida da função mental, perda de
coordenação e ou problemas de sono. Os seguintes exames são feitos para confirmar o
diagnóstico:
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Não há tratamento disponível. O tratamento de insónia fatal está focado no alívio dos
sintomas e na procura de maior conforto possível para a pessoa (MSD, 2020).
Sitomas
Pacientes têm sintomas psiquiátricos, problemas na fala (afasia e/ou disartria), e
comprometimento cognitivo. Ataxia e parkinsonismo podem se desenvolver. A média
da faixa etária ao início é de 70 anos, e a sobrevida é 24 meses. Cerca de 40% dos
pacientes têm história familiar de demência (MSD,2020).
Diagnóstico
O diagnóstico da prionopatia sensível à protease variável é difícil. A resonancia magnetica
( RM), EEG e testes da proteína 14-3-3 e tau geralmente não são úteis, e nenhuma mutação
foi observada na região de codificação do gene da PrP. (GAMBETTI, 2020)
Tratamento
Cuidados de suporte.
2.2.4.5. Kuru
A febre Kuru consiste em uma rara doença neurodegenerativa, infecciosa, causada por um
príon. A palavra Kuru é de origem indígena e significa “tremendo de febre e frio”, sendo este
um dos sintomas apresentados pelos portadores desta doença (MELDAU, 2015).
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Esta moléstia foi descrita pela primeira vez na década de 1950, na Nova Guiné. A princípio,
acreditava-se que se tratava de uma patologia hereditária, uma vez que acometia indivíduos de
uma mesma tribo de nativos, em Nova Guiné. Contudo, pesquisas realizadas por D. Carleton
Gadjusek, elucidou a real etiologia (MELDAU, 2015).
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Sintomas do kuru
Os sintomas da kuru começam com tremores (que lembram calafrios) e ataxia.
Distúrbios do movimento, como coreoatetose, fasciculações e mioclonia se
desenvolvem mais tarde, seguidos por demência (MSD,2020).
Diagnostico da kuru
Testes do líquido cerebrospinal parecem não ser úteis. Alguns outros testes foram reportados.
Nenhuma alteração diagnóstica foi identificada no gene da PrP das pessoas com kuru.
No entanto,uma variação no gene da PrP que protege contra a doença priônica foi
identificada em pessoas da população de Papua que não contraíram kuru . Autópsia
pode mostrar PrPSc típica contendo placas, com a maior densidade no cerebelo
(GAMBETTI,2020).
A morte geralmente ocorre em 2 anos após o início dos sintomas; a causa da morte
geralmente é pneumonia ou infecção devido a úlceras de pressão ( GAMBETTI,2020).
Tratamento da kuru
Cuidados de suporte
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assim, a proteína mutada não apresenta a âncora que tipicamente prende a proteína
priônica a membranas celulares, presumivelmente favorecendo a flutuação dessa
proteína nos líquidos fisiológicos e a migração para outros tecidos
(GAMBETTI,2020).
Essa nova doença priônica mostra que uma nova mutação pode alterar radicalmente o local
onde as proteínas anormais se depositam e quais sintomas provocam, e sugere que o
diagnóstico da doença priônica deve ser considerado em pacientes com neuropatia e diarreia
crônica inexplicadas ou com uma síndrome inexplicada semelhante à polineuropatia amiloide
familiar (que causa neuropatia autonômica e periférica), (MSD,2020).
Sintomas
Segundo GAMBETTI (2020), os sintomas começam no início da idade adulta; eles incluem:
Tratamento
O único tratamento para essa doença é sintomático
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3.Conclusão
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4.Referências
MSD, 2020.
University, 2020
2020.
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