Você está na página 1de 2

Curso de Graduação em Farmácia

Biologia Celular e Molecular


Professora Janaína Soares
Problema 1

Descoberta uma superbactéria imune ao antibiótico mais potente

Versão da bactéria ‘E. Coli’ resiste ao tratamento com colistina, último recurso nesses
casos
EL PAIS -DANIEL MEDIAVILLA - 27 MAI 2016

Uma mulher de 49 anos se tornou a primeira pessoa portadora de uma bactéria resistente à
colistina, um antibiótico de último recurso usado contra infecções mais graves. Segundo
pesquisadores do Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, em Bethesda, no Estado norte-
americano de Maryland, a paciente sofria de uma infecção urinária provocada por uma versão
da bactéria E. Coli com uma mutação do gene mcr-1 que a fazia imune ao medicamento. Essa
mutação havia sido detectada pela primeira vez na China, em suínos e em alguns indivíduos.
Desde então, apareceu em vários países de todo o mundo.

Os cientistas, que publicaram os resultados do estudo na revista da Sociedade Americana de


Microbiologia, Antimicrobial Agents and Chemotherapy, acreditam que essa descoberta
“anuncia o surgimento de bactérias realmente resistentes a todos os antibióticos”. No entanto,
outros especialistas disseram que, apesar de esse tipo de agente patogênico ser preocupante,
não se trata de algo catastrófico, porque a colistina é apenas um dentre vários antibióticos
utilizados raramente.

Segundo Jesús Rodríguez Baño, coordenador da Rede Espanhola de Pesquisa em Patologia


Infecciosa, essa resistência foi encontrada em vários países, mas em alguns deles não foram
detectados casos de infecção clínica. “O mais preocupante é que esse mecanismo de resistência
pode ser transmitido de uma bactéria a outra com relativa facilidade, porque está em um
plasmídeo, um fragmento de material genético que pode ser transmitido”, afirma Rodríguez,
que também é médico do Hospital Universitário Virgem Macarena, em Sevilha, na Espanha. “Por
enquanto não se sabe qual o alcance que isso terá, mas é um alerta importante, porque no
passado casos semelhantes acabaram por se tornar um problema”, acrescenta.

Esse tipo de superbactéria resistente volta a chamar a atenção para a necessidade de utilizar
antibióticos de um modo mais racional, tanto no tratamento de pessoas como na aplicação em
animais. As autoridades sanitárias alertam insistentemente para o problema, que, apenas na
Europa, provoca 25.000 mortes por ano.

*Pontos para discussão


A vida só ocorre com a existência de células. Microrganismos formados por células
consideradas primitivas possuem grande poder de devastação de outros organismos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, metade das prescrições de antibióticos são
inoportunas. Cada vez que se toma um desses medicamentos na hora e na dose errada, ou
quando se deixa de tomar uma dose ou quando o tratamento não é concluído com o total de
doses indicadas aumentam as chances de microrganismos resistentes se desenvolverem.
*Por que isso acontece?
*Qual a relação das características de cada célula que pode levar à resistência dessas bactérias?
*Relacione esta temática com a profissão farmacêutica e o uso racional de
medicamentos, em especial antibióticos
Curso de Graduação em Farmácia
Biologia Celular e Molecular
Professora Janaína Soares
Problema 2

MACHADO, Mayara O. Leucemia linfocítica aguda na infância: fatores, manifestações clínicas e


diagnósticos utilizados. 2017. 38f.

A Leucemia Linfocítica Aguda é a neoplasia com maior incidência em crianças de faixa etária
entre 2 a 5 anos de idade, com mais acometimento no sexo masculino. É uma neoplasia de
classificação aguda derivadas de células indiferenciadas com acúmulo de células jovens mais
conhecidas como blastos, pela inibição da capacidade dos fatores de maturação e funções
normais das células. Existem alguns fatores que podem ser levados em consideração como
possíveis causas da doença, ou que possui uma significativa contribuição para o
desenvolvimento da patologia. As manifestações clínicas se dão devido às alterações da
hemostasia, redução de precursores eritróides, a redução da produção de leucócitos, e a
infiltração de blastos medular ou extramedular, apresentando-se de acordo com o
comprometimento envolvido, o cansaço, palidez, febre, sangramentos prolongados são alguns
dos sintomas mais frequentes. Com os avanços de tecnologias dos diagnósticos e terapias
percebe-se aumento significativo na sobrevida dos portadores dessa doença.

Em um hospital de tratamento de câncer infantil, Carlinhos desenha e interage com os outros


integrantes da sala, todo sorridente fala que quando crescer será bombeiro. Uma situação
normal, se não fosse em uma sala de quimioterapia.

Carlinhos foi diagnosticado com leucemia e já faz tratamento há oito meses. Está com aparência
abatida, sente muitas náuseas, já não tem cabelo e muitos outros sintomas.

*Pontos para discussão

* Por que os antineoplásicos não agem somente nas células neoplásicas? Reflita e compare
com a situação Problema 1, sobre antibióticos.
* Quais os cuidados que o farmacêutico deve ter na prática de manipulação dos medicamentos
antineoplásicos?

Você também pode gostar