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Judith S. Beck - Terapia Cognitivo-Comportamental - Teoria e Prática - 02-05-21
Judith S. Beck - Terapia Cognitivo-Comportamental - Teoria e Prática - 02-05-21
Terapia cognitivo-comportamental 1
Averiguar qual cognição ou cognições são mais perturbadoras para o paciente, depois lhe
fará uma série de perguntas para ajudá-lo a olhar com distanciamento (isto é, encarar
suas cognições como ideias, não necessariamente como verdades), irá avaliar a
validade e utilidade das cognições e /ou descatastrofizar seus medos.
Situação / evento
Pensamentos automáticos
Crenças nucleares
Situação / evento
Pensamentos automáticos
A sequência da percepção de situações que levam aos pensamentos automáticos que então
influenciam a reação da pessoa é por vezes uma supersimplificação. (p.57)
Em geral, as perguntas a serem feitas quando se conceituam pacientes são:
- Como o paciente veio a desenvolver esse transtorno?
- Quais foram os eventos, as experiências e as interações significativas na sua vida?
- Quais são as crenças mais nucleares do paciente sobre si mesmo, seu mundo e os outros?
- Quais são os pressupostos, expectativas, regras e atitudes do paciente (crenças
intermediárias)?
J. S. Beck. Terapia cognitivo-comportamental 5
- Que estratégias o paciente usou durante a vida para fazer frente a essas crenças
negativas?
- Que pensamentos automáticos, imagens e comportamentos ajudaram a manter o
transtorno?
- Como as crenças desenvolvidas pelo paciente interagiram com situações de vida para
deixá-lo vulnerável ao transtorno?
- O que está acontecendo na vida do paciente no momento atual e quais são suas
percepções? (p.64)
Final da sessão 1
Se decide quais são os problemas urgentes e quais não são identificando o quanto o
paciente está angustiado com o problema e se ele realmente precisa resolvê-lo
imediatamente. (p.84)
Cap 6 – Ativação comportamental
Técnica de planejamento de atividades para pacientes depressivos.
O modo como as pessoas superam sua depressão é ficando mais produtivas primeiro –
depois elas começam a se sentir melhor. (p.110)
Quando o paciente tem estado muito inativo, o terapeuta toma o cuidado de não
sobrecarregá-lo criando uma planilha com muitas tarefas. Ele incorpora períodos curtos
de atividade a períodos mais longos de atividades de lazer ou descanso. (p. 111)
3. Qual é a pior coisa que poderia acontecer (se é que eu já não estou pensando o pior)?
E, se isso acontecesse, como eu poderia enfrentar?
Qual é a melhor coisa que poderia acontecer?
Qual é o resultado mais realista?
4. Qual o efeito de eu acreditar no pensamento automático?
Qual poderia ser o efeito de mudar o meu pensamento?
e o quanto ela afeta mais ampla e intensamente o seu funcionamento. Então você decide
se começa a tarefa de modificação na sessão em curso ou espera por sessões futuras. Ao
começar o trabalho de modificação da crença, você educa o paciente sobre a natureza das
crenças, transforma regras e atitudes para a forma de um pressuposto e explora as
vantagens e desvantagens de uma determinada crença. Mentalmente, você formula uma
crença nova e mais funcional e guia o paciente para que ele a adote por meio de muitas
técnicas de modificação de crenças, incluindo o questionamento socrático, experimentos
comportamentais, continuum cognitivo, role-play intelectual-emocional, o uso de outras
pessoas como ponto de referência, agir (como se) e autoexposição. Algumas dessas
técnicas são mais persuasivas do que o questionamento socrático padrão de pensamentos
automáticos porque as crenças estão muito mais rigidamente arraigadas. Essas mesmas
técnicas podem ser usadas para modificar crenças nucleares. (p. 248)
Cap. 14 – Identificando e modificando crenças nucleares
As crenças nucleares negativas se enquadram em duas amplas categorias: aquelas
associadas ao desamparo e as associadas à incapacidade de ser amado. Há também uma
terceira categoria associada a desvalor. (p. 249)
Crenças nucleares são ideias fixas e supergeneralizadas. (p. 250)
Você vai começar a trabalhar diretamente na modificação da crença o mais cedo possível
no tratamento. Depois que o paciente modificou suas crenças, será menor a
probabilidade de processar dados de um modo desadaptativo ... No entanto, você poderá
não ter sucesso na modificação precoce de crenças se o paciente:
Tiver crenças nucleares que sejam muito rígidas e supergeneralizadas;
Ainda não acreditar que as cognições são ideias, e não necessariamente verdades
Experimentar níveis muito altos de afeto quando as crenças são identificadas ou
questionadas
Não tiver uma aliança suficientemente forte com você. (cf. p. 251)
Se faz o seguinte ao longo do curso do tratamento: (p. 252)
1. Levanta mentalmente uma hipótese acerca de qual categoria de crença nuclear
(desamparo, desvalor ou desamor) parecem ter surgido os pensamentos
automáticos específicos.
2. Especifica a crença nuclear (para você mesmo) usando as mesmas técnicas que
você utiliza para identificar as crenças intermediárias do paciente.
3. Apresenta ao paciente sua hipótese sobre a crença nuclear, pedindo confirmação
ou negação; aprimora sua hipótese sobre a crença nuclear enquanto o paciente
fornece dados adicionais sobre situações atuais, da infância e suas reações a elas
4. Educa o paciente sobre crenças nucleares em geral e sobre suas categorias
nucleares específicas; guia o paciente para este monitorar a operação da crença
nuclear no presente:
- mostra que a crença nuclear é uma ideia, não necessariamente uma verdade
- que ele pode acreditar fortemente nela, até mesmo sentir que é verdadeira, e
mesmo assim ela poderá ser, em sua maior parte ou inteiramente, não verdadeira
- que, como uma ideia, ela pode ser testada
J. S. Beck. Terapia cognitivo-comportamental 12
- que ela pode ter suas raízes em eventos da infância e pode ou não ter sido verdade
na época em que começou a acreditar nela
- que ela continua a ser mantida pela operação dos seus esquemas, em que
prontamente reconhece dados que apoiam a crença nuclear enquanto ignora ou
desvaloriza dados em contrário
- que você e o paciente, trabalhando juntos, podem usar uma variedade de
estratégias ao longo do tempo para mudar essa ideia para que possa se ver de uma
forma mais realista. (p. 257)
5. Ajuda o paciente a detalhar e fortalecer uma crença nuclear nova e mais
adaptativa
6. Começa a avaliar e modificar com o paciente a crença nuclear negativa,
examinar a origem infantil da crença nuclear (se aplicável), sua manutenção ao
longo dos anos e sua contribuição para as dificuldades atuais do paciente; continua
a monitorar a ativação da crença nuclear no presente, usa métodos intelectuais e
emocionais ou experiências para reduzir a força da crença nuclear antiga e
aumentar o vigor da nova crença nuclear.
Cap. 16 – Imaginário
Muitos pacientes vivenciam os pensamentos automáticos não somente como palavras não
faladas na sua mente, mas também na forma de quadros mentais ou imagens. Por isso se
utiliza técnicas como: seguir as imagens até a conclusão; avançar no tempo; enfrentar no
imaginário; mudar a imagem; fazer um teste de realidade; repetir a imagem. Induzir o
imaginário como instrumento terapêutico: ensaio de técnicas de enfrentamento;
distanciamento; redução da ameaça percebida. (pp. 298-314)
Capítulo 17 – Exercícios de casa
Os exercícios de casa são parte integrante e não opcional da terapia cognitivo-
comportamental (Beck et al., 1979)
Não é suficiente as pessoas simplesmente irem para a terapia e conversarem. Todos os
dias elas precisam fazer pequenas mudanças no seu pensamento e comportamento
(p.315).
Para que os pacientes colaborem melhor é preciso:
Adequar os exercícios ao indivíduo;
Apresentar uma justificativa sólida;
Identificar obstáculos potenciais;
Modificar crenças pertinentes.
Depois de identificar um problema que requer uma alteração no que está fazendo, você
vai conceituar o nível em que o problema ocorreu:
1. Este é meramente um problema técnico? Por exemplo, você usou uma técnica
inapropriada ou de maneira incorreta?
2. Trata-se de um problema mais complexo com a sessão como um todo? Por ex.
você identificou corretamente uma cognição disfuncional, mas depois não
conseguiu intervir com eficácia?
3. Existe algum problema constante ao longo de várias sessões? Por ex. houve
interrupção na colaboração?
02-05-2021