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Aula 5 – Prof.

Isac Axel 23 de setembro de 2022

Sexologia forense
➢ Pena: reclusão de 2 a 6 anos.
➢ Parágrafo único: se o crime é cometido com
o fim de obter vantagem econômica, aplica-
• Parte da Medicina Legal que estuda os se também multa.
problemas médico-legais ligados ao sexo. • Art. 216 (Revogado pela Lei n° 12.015 de
• Divisão: 2009).
➢ Himeneologia forense – estudo sobre os
problemas do casamento;
➢ Obstetrícia forense – aborto e infanticídio;
➢ Erotologia forense – crimes sexuais.
• Art. 216 – A: constranger alguém com o
intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua
condição de superior hierárquico ou
• O crime de sedução – não existe mais; ascendência inerentes ao exercício de
• Estupro; emprego, cargo ou função (incluído pela Lei n°
• Posse sexual mediante fraude; 10.224, de 15 de 2001).
• Atentado violento ao pudor – não existe mais; ➢ Pena: detenção de 1 a 2 anos;
• Prostituição; • Parágrafo único.
• Transtornos da sexualidade. • Parágrafo 2°: a pena é aumentada em até um
terço se a vítima é menor de 18 anos.

• É crime;
• Lei 12.015/09; • Modificações qualitativas e quantitativas do
➢ Art. 213: constranger alguém, mediante instinto sexual;
violência ou grave ameaça, a ter conjunção • Causas:
carnal ou a praticar ou permitir que com ➢ Perturbações psíquicas;
ele se pratique outro ato libidinoso: ➢ Perturbações endócrinas;
reclusão de 6 a 10 anos; ➢ Anomalia na evolução da sexualidade;
o Parágrafo 1°: se da conduta resulta ➢ Causas sociais.
lesão corporal de natureza grave ou se a • Importância:
vítima é menor de 18 anos ou maior de ➢ Atentado ao pudor;
14 anos: reclusão de 8 a 12 anos. ➢ Responsabilidade penal;
o Parágrafo 2°: Se da conduta resulta ➢ Homicídios e suicídios;
morte: reclusão de 12 a 30 anos. ➢ Lesões corporais;
• Texto antigo/revogado: ➢ Furtos;
➢ Art. 213 – constranger mulher à ➢ Ultraje público.
conjunção carnal, mediante violência ou
grave ameaça – não é mais só mulher, é
qualquer pessoa.
➢ Art. 214: constranger alguém, mediante • Texto atual (Lei 12.015/09):
violência ou grave ameaça, a praticar ou ➢ Art. 217 – A: ter conjunção carnal ou
permitir que com ele se pratique ato praticar outro ato libidinoso com menor de
libidinoso diverso da conjunção carnal. 14 anos: reclusão de 8 a 15 anos;
Ambos reclusão de 6 a 10 anos. o Parágrafo 1°: incorre na mesma pena
quem pratica as ações descritas no
caput com alguém que, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o
• Art. 215: Ter conjunção carnal ou praticar necessário discernimento para a pratica
outro ato libidinoso com alguém, mediante do ato, ou que, por qualquer outra
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a causa, não pode oferecer resistência.
livre manifestação da vontade da vítima. o Parágrafo 2°: VETADO.

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o Parágrafo 3°: se da conduta resulta g) A vítima é alienada ou débil mental?


lesão corporal de natureza grave: h) Se houve qualquer outra coisa que
reclusão de 10 a 20 anos. impossibilitasse a vítima de resistir?
o Parágrafo 4°: se da conduta resulta
morte: reclusão de 12 a 30 anos.

a) Conjunção carnal e ato libidinoso diverso:


cópula vagínica com ou sem orgasmo, seja
coito anal, sexo oral, apalpadelas, etc.
b) Violência:
➢ Efetiva/física: escoriações, edemas,
equimoses, hematomas, etc.
➢ Psíquica: hipnose, anestesia, sono, etc.
➢ Presumida (Art. 224 do C.P.);

(Não é maior de 14 anos – alienada ou débil mental


– não pode oferecer resistência). Rubefação e equimoses.

c) Grave ameaça: é a promessa de um mal maior


contra a vitima ou ente querido, sem
constrangimento físico de violência moral.
Temor do perigo.

Obs.: Na Lei Maria da Penha, se enquadra a


pessoa que fica sistematicamente fazendo
violência verbal.

a) Paciente em posição ginecológica (foco de


iluminação); Hímen considerado em forma de coração íntegro,
b) Com polegar e indicador de cada mão sem rotura, mas tem equimoses e vermelhidão ao
funcionando como pinças, puxar os grandes redor dele. Não pode ser considerado conjunção
lábios em direção ao peito; carnal, porque precisaria ter rotura do hímen,
c) Examinar a orla himenal: forma, espessura, presença de sêmen ou espermatozoide analisado
consistência, inserção, entalhes, rupturas, pelo laboratório, ou até gravidez.
tamanho do óstio;
d) Descrever minunciosamente as rupturas,
informando a respeito de suas localizações,
completas ou incompletas, cicatrizadas ou
não, o número delas, etc. – mais importante
é ver se tem rotura de hímen e sua
localização.
e) Colher material para confeccionar lâminas,
afim de constatar ou não, presença de
esperma ou contaminação venérea – análise de
pelos, por exemplo.

a) Houve conjunção carnal? Hímen losangular/tetralabiado, com presença de


b) Qual a data provável dessa conjunção? rotura com fibrina, que indica rotura recente (de
c) Era virgem a paciente? 9 a 21 dias), já que tem presença de infiltrado
d) Houve violência para essa pratica? hemorrágico.
e) Qual o meio dessa violência?
f) Se da violência resultou...?

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• Para a medicina: interrupção da gestação até


o final de 22 semanas.
➢ Concepto morto ou inviável para a vida
extrauterina.
➢ Chama de abortamento, porque aborto é o
produto do abortamento, ou seja, o
concepto.
Hímen integro em formado anelar. • Para o direito: interrupção a qualquer tempo.
Concepto morto ou inviável.
➢ Interessa abortos provocados por culpa ou
dolo.

• Coito anal: equimoses, rágades, dilatação • Aborto terapêutico;


brusca do ânus, esperma no canal anal, etc.; • Aborto sentimental;
• Coito oral: sêmen na boca; • Aborto eugênico;
• Penetração de objetos: lesões violentas e • Aborto social;
vestígios do objeto. • Aborto por motivo de honra.

Só podem pela lei os dois primeiros. Pela


jurisprudência de bebês anencefálicos pode o
eugênico, mas os demais são crimes.
• Pesquisar idade e capacidade intelectiva;
• Lesões e edemas no pênis, pesquisa de doença
venérea;
• DNA.
• Intuito de salvar a vida materna;
• Gravidez de alto risco para a gestante, como
uma eclampsia;
• Sacrificar o duvidoso pelo certo;
• Sacrificio do bem menor – o bebê;
• Nem sempre é necessário autorização da
gestante ou representante legal.

• Gravidez resultante de um estupro;


Pequenas rágades – pode analisar em • Questões psicológicas: gestante, feto, família;
quadrantes. Além disso, ele está mais dilatado, já
que o ânus é pra estar totalmente fechado Sinônimo: aborto moral ou piedoso
naturalmente.

Obs.: como diferenciar se foi masturbação ou


penetração – única fissura em caráter de
• Eugenia = favorecimento de geração de seres
granulação (com bordas altas), constipação,
perfeitos;
dificuldade de defecar, ânus menos dilatado –
• Eliminação de carga genética indesejável;
supõe-se que não tenha sido penetração.
• Eliminação de conceptos defeituosos;
• É passível de pena.

Só é permitido em casos de anencefalia!!!

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• Por motivos econômicos;


• É forma criminosa;
• Muito frequente.
• Se há vestígio de provocação de aborto;
• Qual o meio empregado;
• Se, em consequencia do aborto, ... Lesão de
• Defesa da honra familiar; natureza grave;
• Frequente; • Se não havia outro meio de salvar a vida da
• Clandestinos; gestante;
• Grande índice de óbito materno. • Se a gestante é alienada mental ou menor de
14 anos.

• Art. 124: provocar aborto em si mesma ou


consentir que outrem lhe provoque; • Se houve morte;
➢ Pena: detenção de 1 a 3 anos; • Se a morte foi precedida de provocação de
• Art. 125: sem consentimento da gestante; aborto;
➢ Pena: reclusão de 3 a 10 anos; • Qual o meio empregado;
• Art. 126: com o consentimento; • Causa da morte;
➢ Reclusão de 1 a 4 anos; • Se a morte da gestante consequente do aborto
• Parágrafo único: < 14 anos, alienada, fraude, ou meio que provocou.
violência.
• Art. 127: pena aumenta 1/3 se lesão grave,
duplica se morte.
• Art. 128: não se pune se pratica por médico
• Art. 123: matar, sob a influencia do estado
para salvar a vida da gestante ou se resultado
puerperal, o próprio filho, durante o parto ou
de estupro.
logo após:
➢ Pena: detenção de dois a seis anos;
➢ Autora: mãe;
➢ Vítima: filho.
• Tóxicos:
➢ Vegetal: jalapa, sene, arruda.
➢ Mineral: fosforo, arsênico, antimônio;
• Mecânicos:
➢ Diretos: vagina, colo e cavidade uterina; • É uma condição biopsicossocial;
➢ Indiretos: traumatismos abdominais;
Situação jurídica criada pelo legislador, que
• Medicamentosos: drogas abortivas como
envolve pressão social, trauma psicológico, ou
citotec.
processo fisiológico de parto desassistido.

• Envolve sentimentos de angústia, aflição,


dores que levam a um estado confusional.
• Exame da vítima: • Ocorre em gravidez ilegítima (relação
➢ Aborto recente em mulher viva; clandestina);
➢ Aborto recente em mulher morta; • Não é reconhecida na Medicina.
➢ Aborto antigo em mulher viva; • Não é psicose ou depressão pós parto.
➢ Aborto antigo em mulher morta.
• Exclusão do aborto espontâneo ou traumático
acidental.
• Evidencias de provocação do aborto;
• Quando ocorre rotura das membranas até a
• Exame dos restos fetais.
expulsão do concepto.

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• Quando ocorre a expulsão do feto até os • Docimásias: provas baseadas na possível


primeiros cuidados. respiração ou nos seus efeitos;
➢ São elas: Diafragmática de Ploquet, Visual
de Bouchut, Radiológica de Bordas,
Hidrostática de Icard, Histológica de
Balthazard.
É a cruz do perito (cruciz peritorum)
• Provas ocasionais: em determinadas
• Tem que determinar o tempo de vida do bebê; circunstancias são de grande valia para
determinar vida extrauterina.
• Diagnosticar se foi nascimento com vida;
• Estabelecer o estado psíquico da mãe;
• Determinar a causa jurídica da morte do
infante;
• Diagnosticar parto recente ou puerpério; • 1ª fase: bloca todo o sistema respiratório e
• Demonstrar o vínculo genético da mãe e do coloca dentro do reservatório;
filho. ➢ Se flutuar, 1ª fase é positiva.
➢ Se não flutuar, segue para a 2ª fase.
• 2ª fase: separam-se os pulmões pelo hilo e
coloca no reservatório;
➢ Se os dois pulmões flutuarem, 2ª fase é
• Natimorto – nasceu morto, não responde por positiva.
infanticídio. Considera aborto. ➢ Se não flutuarem, segue para a 3ª fase.
• Feto nascente (não respirou) – ou seja, não • 3ª fase: fragmentos de pulmões e coloca no
viveu, então não responde por infanticídio. reservatório;
Considera aborto.
• 4ª fase: compressão de fragmentos – não é tão
• Infante nascido (respirou): responde por confiável, porque ao comprimir fica esperando
infanticídio. sair bolhinhas para ser positiva, mas as bolhas
➢ Respirou, mas não recebeu cuidados, ou podem ser da putrefação, e por isso precisam
seja, está em estado sanguinolento, com ser feitas nas primeiras 24 h.
induto sebáceo, tumor do parto, cordão
umbilical, mecônio e existe prova de Esta prova deve ser realizada até 24h da
respiração. suposta morte
• Recém-nascido:
➢ Infante nascido que recebeu cuidados;
➢ Primeiras horas: não tem estado
sanguinolento, recebe tratamento do
cordão; • Observa a cúpula diafragmática, se tiver reta é
➢ Primeiro dia: involução do tumor do parto, porque não respirou.
induto sebáceo, coto cordão achatado com
começão da orla de eliminação, expulsão
do mecônio, inicio da mielinização do nervo
óptico;
➢ Segundo dia: tumor mais reduzido, inicia • RX hipotransparente – é porque respirou.
descamação do tronco, mecônio e • Se velado – não respirou.
dissecção do cordão mais acentuada.
➢ Terceiro dia: descamação epidérmica mais
acentuada, cordão dissecado com aspecto
mumificado, tumor quase imperceptível, • Pode ser feita com o pulmão putrefeito, se o
mecônio. pulmão e os espaços alveolares estão
➢ 4° e 5° dias, até no máximo 7° dia: expandidos, ou seja, se respirou.
descamação, queda do coto do cordão, • Única realizada com o pulmão putrefeito.
ausência de tumor do parto, nervo óptico
inteiramente mielinizado.

Depois da queda do cordão (ou seja, em média


depois do 7° dia de puerpério): considera-se
homicídio!

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• Presença de corpo estranho nas vias aéreas –


colostro/leite;
• Presença de substancias alimentares no tubo
digestivo;
• Lesões intra vitam – lesões provocadas em
vida, como sangramento importante,
equimoses, hematomas;
• Sinais de cuidados ao recém-nascido.

• Trauma abdominal no canal do parto;


• Asfixia por circular de cordão, DPP, penetração
de líquidos na arvore respiratória;
• Compressão da cabeça por pelves maternas
estreitas.

• Diversas mortalidades, incluindo abandono.

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