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'C.
1996
•--1 ,
<-,
-_ v,' ; -,* __.
IV. ICONOGRAFIA E ORNAMENTO
4.5. Bestiário
monges e dos que zelavam pelo uso das tradicôes iconográf icas .
287
A percepcão visual está limitada por um imaginário que
companheiros.
As representacôes do quotidiano são assim, integradas numa
da Regra de S. Bento
retorno aos preceitos .
■•""
Albert d'Haenens Quot.ioâiennete et Contexte ,
p .
288
e cristianiza o trabalho e as
tempo clerical estrutura
0
A comunidade
afastando-se de tudo aquilo que podia perturbá-la.
monãstica vivia já a eternidade.^2.
virada uma busca de comunicacão coro
Esta vivência, para
nas coisas563
rj61
Luis na Idade Media in Dicionario
Krus, Tempo
coord. José Costa Pereira,
Ilustrado da Historia de Portugal
Lisboa, Alfa,1986. pp. 279-280.
d(- la
'>"?
Cf. Georges Duby Le Moyen Age: Adolescence
Occidentale 9 S 0- 1 I 4 0 Genêve : Alcbert
chretienté ,
'"'■■
Les catngcries de la culiui~e
Aaron Gourevitch,
medievale, Gallimard, Paris, 1 983 , pp. 31-154 .
2 89
do cristianismo que o monge além
Desde os primeiros tempos
da Historia, da sua vida pessoal e
de participar no tempo
Temporal e o Santoral
calendário litúrgico, seguindo o que os
completas566.
564
Criada no séc. VI, so foi imposta no territôrio que
_
Isidoro.
51,5
J. Biarne, Le Temps d'Apres les Premiêres
du Moine
d'Occident (IV-VI siêcles), Le Temps
Regles Monastiques
III-XIII siecles
Chrétien de la Fin de l'Antiquité au Moyen Age
da vida do aparece
...p.105. A organizagão quotidiana monge
carta
pela primeira vez escrita por S. Jerônonirno
na sua a
Eustáguio.
566
Nas Matinas, ou seja â meia noite, os monges
no claustro e seguiam
deslocavam-se do dormitôrio , juntavam-se
em procissão para a Igreja onde rezavam no coro parte do
ofício que lhes era destinado
-
290
Os monges da Reconquista diziam todos os dias, pelo menos
medieval .
Também as que
uma
sendo prescrito ao monge um quotidiano que pretende ser
costumeiro de S. Rufo56
ruptura com o mundo leigo; o
Premiéres
Temps du Moine d'apres les
568
In J. Biarne Le
d'Occident (IV-VI) in Le Temps Chrétien de
Reqles Monastiques
la Fin de l'Antiquité au MOyen Age-III-XIII
siecles Collogues ,
"
existência .
291
Regrantes de Santa Cruz de Coimbra
utilizado pelos Cônegos
estabelecia a prática do jejum, o silêncio, a abstinência do
pretende de ruptura572.
Os gestos que exprimem os vários momentos litúrgicos
foram-se codificando desde os primeiros rituais cristãos, ao
570
Da vida da morte dos monges de
Mário Martins, e
dos ,Broteria 7 2
h~'1
In Mário Martins Disciplina monges , ,
(1961 ) .p.
S72
O mesmo Livro de Usos da Ordem de Cister fornece-nos
o côdigo deste tipo de linguagem que o monge de
dedo
veria dominar.Por exemplo : "por signal de brasas, sopra o
demostrador e faze asi como quem sfrega as maáos quando ha
írio"fl. ou "por dormir poem a palma na queixada e emclina a
r,T1
La raison rfta; (jostes dans
Jean Claude Schmitt,
í 'Occident Médiéval , Paris, Ga Ll irrtard, 289-320 .
29 2
humildade; o sinal da cruz uma consagragão
sinal penitencial e
do tempo litúrgico'"' .
574
Mário Martins Da Vida e da Morte dos Monges
Citado em
',7''
Albert d'Haenens, Quotidiennete et Contexte, ,
Louvain-
la-Neuve. p. 590.
in
José Mattoso Cultura Mona-.rf.ica em Portugal ,
29 3
Para além da actividade litúrgica que marcava as
importante do dia do
lectio divina ocupava também uma parte
As escolas e o
monge e exigia-lhe leituras complementares .
clero5'7".
A leitura colectiva ocupava uma parte também considerável
do Tem lugar no coro e no refeitôrio e no
do tempo monge.
å igreja. 0 abade toma o lugar
claustro; na galeria adjacente
onde encontra uma imagem de Nossa
a meio, sob um nicho se
ou na sala comum"578.
razôes nos levam, assim, a afirmar que o
Múltiplas
iluminador tinha que ser fortemente
imaginário do monge
in Histôria de
577
José Mattoso, Monarquia Feudal ,
das
certo protagonismo cultural durante
a renovagao monastica
Guimaraes, Lorvao
observâncias hispânicas, como aconteceu com ,
ensinaram
Porto e aí recolheram também livros
e
Coimbra e
adopgáo a recepcao
jovens élérigos
durante a época em que a e
renovacao paralela.
sustentavam uma
da reforma gregoriana
*7B
A do Nascimento, A experiencia do livro no
A
centenario do
primitivo 'meio alcobacense in ,
Actns do IX
294
0 livro fornece ao monge a matéria para reflexão que este
tempo litúrgico.
do espago traduz-se na escassez de natureza
Esta concepgão
plásticas, na ausência de
envolvente nas representagôes
perspectiva clássica. As imagens surgem-nos como teofanias,
terrestre
ponto onde comunicam o e
assim o centro do mundo, o
o celeste"579.
morada do prôprio Deus, mas também
É, pois, entendido como
trevas e todas
orimeiros clarôes que vêm dissipar as
Romane Pa
'■"■"*
in M.M. Davy Initiation a la Symbolique ,
29 5
da alvorada, o ciclo da liturgia
os dias, na comogâo
tecendo louvores ao eterno""81
saúda,
É a Leste que se encontra o Paraíso, o lugar julgado
assinalava a ocorrência de milagres ou
ideal, que muitas vezes
maravilhoso 5B2. A procura do paraíso
qualquer acontecimento
perdidas e desabitadas.
é o homem medieval um espago
0 espago arquitectônico para
facto de Trezenzônio
ordenado, proporcionado. É siqnif icativo o
arquitectura5fl\
Detém-se que sendo provavelmente
em pormenores
Trezenzônio e a Ilha do
*Arj
A.A. do Nascimento,
Solsticio. .
.p.192.
dimensoes
r>p4
Trezenzonio descreve-nos minuciosamente as
296
.*S-;- y; 00-- ;. •
,^x
/: a>" -_ .' ',.-1î\
r
/. ■■' \ "Cí-
'
v '0. "*"'' ^
..
-, .
_
00 .
oy
no que diz respeito ao número de elementos do mosteiro, mostra
a
o mundo; eles são depositários das relíquias que asseguram
0 9 7
o cristal, as pedras preciosas, as sedas e as
o ouro, a prata,
de milhares de caixas, de estaurotecas de
pérolas, em dezenas ,
de quadros de estátuas e
filacteras, de suários, de ampulas, ,
os Evangelistas l>89.
588
Marie- Madeleine Gauthier Les Routes de la Foi.
In
et Rel iquaires de Jérusalem a
Reliques
des Arts 1983 .p. 12
Compostelle, Paris :Bibliothêgue ,
.
589
O autor continua a atribuir significados simbôlicos a
a
XIĨ, a obra de Honorius Augustodinensis ,
ondo aprofunda
do suas
proéura simbologia
da mística e teolôgica templo e
dependências monásticas.
298
medievais. É ainda nele que o livro se
dispôe
de imagens
conforme o momento dramático que a liturqia reclama591.
da Reconquista na Península Ibérica
A situagão particular
destas categorias do espago
criou um clima propício ã adopgâo
reflexos evidentes na produgão de imagens .
e do tempo, com
corresponde ãs novas
determinado tipo de templo que
'■"'
La mesure du monde .Représentetion de
Paul Zumthor,
l'espace au Moyen Age , Paris, Seuil, 1993 , pp-184-217 .
w-
.Segundo Pierre David podemos
encontrar vários tipos
comunidade as
igrejas adaptadas â sua insergâo
na ,
de
basílicas e os mosteiros.
ecclesiae urbanas e paroquiais, as
do os mosteiros, que
peninsular de sacralizagão espago-
modalidades bem dif erentes Pierre David,
integram situacôes
.
e
299
seiscentista tenha efabulado a partir do imaginário medieval,
motivos da fundagão da mais grandiosa abadia
as lendas sobre os
do territorio.
impulsionador S.
santidade que rodeava o seu principal ,
du Vle au Xlle
Études Historiques sur la Galice et le Portugal
siecle, Coimbra:Faculdade de Letras,1947, pp.7-10
593
Antônio Brandão Monarchia Lusitana, Parte III,
Frei
1973 ,p. 162 "prometendo de
Livro X, Lisdboa, Imprensa Nacional ,
.
seus
fundar hum celebre mosteiro de sua Ordem, se por
em aquella noite
merecimentos alcansasse vitoria.Ha tradigão
certificou do bom sucesso, & isto
o Sato e elRey, & o
apareceu
de vulto que estão remate do
em o
dão a entender as figuras
Coro de Alcobaga, vidagas do
& em hua das Capítulo. Tambem
em o mesmo ponto
consta por tradigão & memoria escritas, que
voto de fundar o mosteiro, foi revelado ao
que elRey fez o
com suas oragoes & de seus
Santo em Franga, onde vivia, o qual
sbditos franqueou a elRey D. Afonso o despacho daquella
do espago neste caso
vitoria". Esta situagão de sacralizagão
através da construgão de uma abadia
é mesmo superada pela
ordem "enfeudar" todo o reino a
monarca de
vontade do prôprio Se. Antonio Brandao
tal como o será feito â Santa
de Cister", ordeno
faz como sendo palavras de D. Henriques
Afonso
passar debaxo
minha meus sucessores fiquemos
q eu, meu Reyno , gente ,
se receber"
300
levassem uma vida de acordo com a sua
S6 os monges que
e santificagão do local.
ter acentuado
A vivência dos monges peninsulares parece
do Românico é apenas
penínsular e o regionalismo prôprio nosso
seu viqor.
A explicagão para isso reside nas tendências profundas
de época de formagão em que há hesitagôes
peninsulares695, uma
594
elucidativo desta situagão é o episôdio descrito
Bem
a fundagão de uma igreja por
uma
por este autor, onde
menciona
vila de Parada
comunidade local:" os homens que habitavam
na
na
(Terra de Santa Maria) se
reuniram para fazer a ígreja
e mulher, que nomeiam, e
propriedade de dois senhores, marido considerados
ser
oferecem seus dons
os puderem para
nela uma
"herdeiros».Dotaram a igreja e estabeleceram
comunidade religiosa.Declaram pois, que a ,
^re^a, s^*
no respeito pelo seu
"possuída" pelos clérigos que preservarem
dos possuidores da terra quer
proprio estado, quer descendam .Jose
mencionados "herdeiros
dos filii ecclesiae, ou seja, dos
in Historia de Portugal dir. Jose
Mattoso, Monarquia Feudal ,
,
Mattoso, Vol.II,p. 47
Creaciôn en
de la la
In André Grabar Las Vias
147.
lconoarafia Cristiana, Madrid : Alianza Editorial, 1985, p.
contrastam como que
as tendências emergentes na península,
do 2- concilio de Niceia.
acontece no Império Bizantino depois
relativamente longo a representagao
Aqui durante um período
conviccôes religiosas :
figurativa é veículo das
301
imagem ocupa e que leva que os reinos
sobre o papel que a
desenvolvimento do ornamento.
Num territôrio em que a romanizagão teve dificuldades em
no XXXVI capítulo:
"
dos mais característicos da
um tragos
iconografia bizantina da Idade Média seja o do seu
soberbo
esforgo por pegar-se firmemente ao programa,
e limitado, que consistia em reafirmar
incansavelmente a permanente presenga de Cristo
e
30 2
"Que não se fagam pinturas para as igrejas. Decidiu-
na igreja a fim de
se que não deve haver pinturas
se honra e adora não se veja nelas
que aquele que
"
pintado .
penetragâo
discutíveis as interpretagôes dadas å
Além disso se são
as heresias
Do ponto de vista das concepgôes peninsulares ,
acentuando a ausência de
reforgar também esta mesma posigão,
et lec
••':'
Charles Murray Le Probleme de L' Iconophobie
in Nicee II, 787- 1 987 p. 46 Nicee
Siecles Chretiens
.
...
Premiers
II, 787-1987
303
humana na arte deste territorio. Os Árabes
representagão
definir esta arte, que
finalmente darão o perfil e ajudam a
prôpria identidade599.
Se bem que não haja qualquer interdito sobre figuragão no
o Verbo600.
apreendida;
Não há qualquer lugar para uma iconografia sagrada,
obediência dos crentes. "o unico acesso
gualquer que seja
conhecimento supremo é a meditagão da Revelagão.
possível ao
599
Focillon diz-nos acerca da escultura na Península o que
a todas as artes plásticas. "A
de certa forma podemos alargar
é balbuciamento de uma raga
qrande arte ibérica, que não
o
e
a expressão reflectida duma cultura poderosa
primitiva, mas
estilo tubular, uma
refinada, a arte asturiana, que dá ,
com o
do
esta atitude leva a "uma espécie
de iconografia abstracta
única na histôria da procura humana
Loqos-Monumento que parece
da Realidade Haqq , para retomar
- a palavra ,icc mistit-o_.
Deus"
mugulmanos quando designam
.
304
até â vertigem para melhor aí
Assim tragaram palavras
penetrar"602.
o desenvolvimento das artes
Deste modo justifica-se
ornamentais de carácter abstracto utilizadas por este povo nas
sincretismo de arte
sassânidas, bizantinos e visigodos um
ocidental .
caminho ao ornamento.
3 0 5
veiculadas pelo pensamento
concepgôes estéticas cistercienses
a simplicidade e ausência
bernardino determinaram igualmente
quotidianas, sâo
manuscritos onde ocorram representagôes
de terem sido produzidos em
aquelas em que há poucas hipôteses
embora seja difícil determinar a sua
scriptoria portuqueses,
origem.
uma
de ser o ornamento dominante, comegamos por
Apesar
dois fundos.
análise iconográfica das imagens existentes nos
3 06
de cada imagem, mas tão sô procurar
intrínsecos, a partir
contextos mais gerais que nos possibilitem compreendê-las .
Antigo Testamento
Moisés
,j0,>
Este manuscrito contém um conjunto de comentários
Deuteronomi o
Números Josué e Juízes
sobre o Levítico, , ,
Gilborto de Londres .
307
de Moisés é a habitual na Idade Média:
A iconografia
vestes longas e com vestes barbas606 .
Portugal .
Jeremias
Daniel
em
■■
Duchet-Sucheaux e Michel Pastoureau La
cf. Gaston
Bihlo et les Saints ...
p. 2 3 3-2 35 .
3 08
Esta cena não corresponde á primeira condenagão de
cima da cova
-
607
Daniel é atirado aos leoes por
Na primeira condenagão
de não adorar outro rei senão
ter desobedecido ao édito real
o prôprio rei Dario (Daniel, 6, 117-23).
008
Suchaux Michel Pastoreau La Bible et
Gaston Duchet- e
Les Saints. .
.p. 104-105.
dans l'Art
*°9
Manuel, Sculpture Figurative
L. ,Real- La
Roman du Portugal in Gerhard Graf, Portugal Roman Zodiaque, ,
semelhangas entre
1986 p.58. Este autor refere igualmente as
p. 76
"10
Walter Canh La Bible Romane ... .
309
0 livro de Daniel apresenta particularidades literárias
de todos os outros livros proféticos. Para
que o distinguem
parte narrativa, gue não o
parte profética contém
uma
além da
Jonas
ao seu
No Sta Cruz 2, fl. 181v aparece Jonas no Prôlogo
medieval de
livro. 0 iluminador não respeitou a iconografia
611
P.G. Marietti Daniele ,Roma ,
19-20.
61?
livros deviam circular entre iniciados e
Estes
Daniel coloca-se num
apresentam um carácter de compilagão.
tumultuoso da cultura e consciencia
período de desenvolvimento eie
hebraica. Ao contrário do Apocalipse, a salvagao que
terra er.tre os homens P.o. .
resolver-se na
anuncia deve
RinaLdi, Daniele , ...p.21.
fclî
P.G. Rinaldi DanieJe . . .
, p. 17-18.
310
Jonas e recuou ao tipo de representagão paleocristã61*. No
(Fig.63) .
prôximo de barco.616
pela baleia, um
Novo Testamento
Cristo
les Saints . .
.p. 188
311
mais como um signo de algo
pela abstragão, funcionando esta ,
"
a salvagão. ( Apoc. VII, 9-17).
Cordeiro, pertence . .
Cruz 11 .
A composigão conduz o
o texto. Os apostolos acompanham-no .
617
Monumento prôximo de Casillas de Berlanga,
mocárabe
XII.
orovíncia de Sôria. As pinturas est.áo atribuí.das ao sec.
Ortego
O seu estudo e reprodugão pode consultar-se em Teogenes de
Ermita Mozarabe de San Baudelio en Casillas
y Frias La
Almazan 1987
Berlanga, ,
.
312
0 iluminador de Santa Cruz conhecia, talvez, modelos
representagão de Cristo.
personagens, mas optou apenas pela
Crucif ixão
a mesma temática.
do mesmo tema.
modelo iconográfico
27 fl. XV, podemos observar uma das
No Saltério Sta Cruz
da nossa iluminura(Fig. 255-
representagôes mais bem conseguidas
256). Bora desenho, sera ser excelente, elegante e expressivo,
atitude face ã morte, não a de dor mas a de
dá-nos uma outra ,
au Moyen Age
Francois Garnier, Le lanqage de l'Image
,
",8
313
estarem a seu lado, a Virgem e S. João, Cristo é envolvido por
no raoraento da morte621 ,
corao tarabém ser o símbolo do prôprio
Filho, manifestagão das águas originais e das águas vivas da
619
Jean Chevalier, Dictionnaire des Symboles ,11 V, Paris
:Seqhers 1973. p. 150.
bíblica
presenga do Sol é justificada pela passagem
620
A
envolvida trevas momento
que refere que a Terra seria por no
sua representagão
pagãs, onde tinham um significado funerário.A
fazia-se muitas vezes através dos bustos de Hélios e
Idade
021
Horácio Peixeiro 62 .Psalterium in Nos Confins da
Média. .
.p. 160-161
: o
A figuragão de Cristo na Cruz generaliza-se apôs o Ano
representagão .
Chretien, Tomo
séc. XII. Louis Réau, Iconographie de l'Art
II . .
.p.475-
'--
Jean-Claude Schmitr L'Occid^nt, Nicee II et les Imaget;
du Vlle au XlIIe Siécle in Nicee II: 787-1987 ... 282-283
315
si mesmo a sua dívida em relagão ao
que cada um reconhega em
Redentor"626.
aspecto bem interessante no contexto
Este tema apela a ura
instrumento didáctico.
626
enim truncus ligneus adoratur
C Non sed
PL 142,1306 : ,
'-"'
J. Yarza Luaces ,
La Crucifixion en la Miniatura
XI XTI in Archivo Espahol de Arte XLVII,
Espahola.Siglos e ,
1974. p.13.
"-'"
Destinado a completo, o manuscrito
ser un. Sacrament ar i o
1977, p.27
3 16
Rodeado de luxuriante vegetagão de acantos
pés uma serpente.
dourados e uma barra púrpura recebe as letras gue terminara o
Te Igitur (Fig.193) .
imagem da serpente.
As cores são diferentes, mantendo-se a tendéncia deste
contornos
mosteiro para serem apenas delineados os e pequenas
Sta Cruz 27, ou copiar um modelo mais antigo, como nos sugerem
3 17
A ausência desta temática na escultura ou qualquer outra
da mesma época em Portuqal, não nos permite
arte plástica
avaliar da suas repercussoes nem da sua qenealogia. Os exeraplos
são igualmente inconclusivos para determinar com
peninsulares
precisão os raodelos.
Ressurreigão
318
cena narra a aparigão de Cristo a Maria
A segunda ,
"
crente ( S. João, 20).
peito; e não sejas incrédulo, raas .
Cristo.
319
semelhante ao manuscrito conimbricense. Também a cena da
a Jerusalém pressupunha.
0 último episôdio narrado -
plano. Ora ,
o artista do manuscrito de Coimbra, baseia-se
"'-'
remonta séc. V e tem
A representacão deste episôdio ao
outra como
duas versôes: uma que aparece como ostentagão e
'
de 1 Art
ũltima se general iza . In Louis Réau Iconographie
Chrot ii>n. T. I I , p. 568-60'.
320
Veja-se a posigão da pedra tumular, no primeiro quadro, a
Mosa"3".
da Ressurreigão.
A festa que interpreta é o Dia de Páscoa (In Die sanctam
XIII.
Cristo Juiz
321
tivermos em conta que o momento imediatamente anterior é o do
as
Dificuldades de interpretagão levam-nos a apresentar
várias posibilidades de leitura iconográf ica .
","-
iguais pendentes mostram os
Carácter majestático e
do séc. XI),
anios do fresco do absidíolo direito (último tergo
perto do
da i-areja de Sant'Angelo in Formis . Neste templo,
as influências bizantinas sáo claras. In Andre Grabar
Capua,
o Karl Nordenfalk, La Peinture Romane , Paris/Geneve , 1958, p.
'J 5 .
322
extremamente plana, mostrando nos dois registos
mental,
doze portas da cidade Apocalíptica, de arcadas
superiores as
"0 Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando
Mateus (25, 1-12), dez jovens esperam o esposo. Logo que ele
visôes de Ezeguiel.
Os anjos convergera para Cristo numa atitude de adoragão,
"'"
In C. Ferreira de Almeida, O Românico in Historia da
A.
Arte em Portuqal T. III, Lisboa, Alfa, 1986, pp. 171-172
,
"'
André GrabarLas vias de la creacion en la iconografia
cristiana. .p. 149 . .
323
Ficariam por explicar as doze personagens em vez das dez,
erabora a primeira figura coroada pudesse ser identificada com
simetria .
apagadas .
Franga do Norte640.
638
Gaston Duchet-Suchaux ,
Michel Pastoreau La Bible et
*3C*
Esta atitude pode observar-se no Apostolado da Igreja
de S. João Baptista .Museu Diocesano de Jaca .
reproduzida em
b4°
Emile Måle, L'Art Religieuse du Xlle Siecle en
France. . .
, pp. 148/14 9.
324
perfumes, já que são muito semelhantes aos que ostentam as
Mulheres e da Virgem.
Num capitel de Mozat642 a visita das Santas Mulheres ao
mãe de Santiago)644 ,
não obsta a que possa ter sido
gual Cristo é levado pelos anjos para o céu, corao está descrito
641
Esta imagem actualmente no Museu de Boston aparece
reproduzida em Joan Sureda La pintura románica en Espaha,
Madrid, Alianza Editorial, 1989, p.85
"*'"
0 igreja do Languedoc vera reproduzido e
capitel desta
estudado Focillon,
em Art d'Occident
Henri Vol. II,
Paris:Armind Colin,1938. p.289, figs 230,232.
""'
Gaston Duchet- Sucheaux, Michel Pastoureaux La Bible et
les Saints . .
.pp. 145-146.
.pp. 125-139.
3 25
A guarta hipôtese é formulada por Aires Augusto do
prôxima .
cobre polido. Por debaixo das suas asas saiam mãos humanas.
Cada dos quatro lados tinha as duas faces e suas asas. As asas
3 26
"Quanto ao aspecto das faces, os quatro tinham ã frente,
face de leão, ã direita,
uma face de homem, todos os quatro uma
sugere as
prôprio vestuário utilizado pelas personagens gue
648
Deuses são sustentados por seres
"Na raedida em gue os
III, p. 308-309
p. 72.
3 27
vestes da corte iraperial: as túnicas de homens e
mulheres,
assim como os motivos trabalhados. Na cabega, o stemma, que
Justiniano6"0.
Estas cenas do homiliário, corao as do Apocalipse do Lorvão
aguadas .
Occident
Frangois Boucher Histoire du Costume
"6°. Cf. en
"51
do Lorvão, este côdice é ura
"Como o Apocalipse
de estilo linoar e um ponto chave para
monumento da miniatura
do linearismo a mancha pincel
a na arte
o conhecimento para
livro em Santa Cruz e em Portugal" in C.A.
de decorar o
3 28
Não encontramos modelos similares noutros manuscritos, ou
3 29
Cristo em Majestade
652
Esta imagera baseia-se nuraa passsagera biblica
16,17) "As árvores do Senhor estão cheias de
(Salmos, 103,
seiva ,
6"
Reproduzidas era Willene B. Clark, The Illustrated
tho Gesta, 21
Medieval Aviary and Lay-Brotherhood ,
( 1982) .pp.73 .
330
Em relagão â técnica do desenho e da pintura as
anterior .
331
é, contudo comum aos Cristos em
Esta iconografia ,
Virgem
nos aparece no séc. XIV, num Missal Cisterciense( Alc. 26), que
desenvolve toda uma teoria de imagens. Neste codice a Virgem
várias entre elas aquela a que está mais
protagoniza cenas,
332
exemplar encontra-se em Cerdana na igreja paroguial de
Santos Inocentes
Evangelistas
Tetramorfo
de quarto era
terceiro ti nha um rosto como que homem, e o
"
fora. . .
"'"'
in Walter W. S.Coo k e José Gudiol Ricart, P.intura
Romanica in Ars p.55
_■•
imageria Hi^^aniae
0 texto do Apocalipse foi dos que mais inspirou e
o homem simbolizava
a incarnagão; o touro ,
a paixão; o leâo, a ressurreigão; a
águia, a ascensâo658.
o anjo, o touro,
leâo (Fig. 4 16 )
a águia e o .
circular raantém-se
processo de ordenagão já românico. A imagera .
Gse
Chevalier o Alain Ghoorbrant Dictionnaire des
Jean
Symboles ...289,290.
334
Uma das representagôes que mais se aproxiraa da descrigão
"dos seres viventes" é a do Comentário do Beato de Liébana ao
datado de 1086.
correspondente659 .
Ai
tímpanos das grandes abadias dos caminhos
de peregrinagáo.
embora
as do Sta Cruz 1, pertencem a duas tradigôes diferentes,
o deste último utilize uma solugão mista( Fig .54-59 ) .
canon de concordâncias .
Las
"'"Estc raanuscrito está descrito e reproduzido om
do
Edades del Hombre: Libros y Documentos en la Iglesia
Castilla y Leon , Burqos, 1990. pp. 62-64.
33 5
As arquitecturas e os frisos ornamentais destas tábuas
plasticidade.
Nos fls. 363v, 364, e 364v, são as figuras antropomorf icas
,J,J°
Albert d'Haenens, La Tablette de Clre Interface
in Estudos rfe Arte
Support de Revélation
e
Graphique et
Historia: Homenagem a Artur Nobre de Gusmão ,
3 36
No fl. 362, o primeiro anjo parece apontar com o
convencionaisfFig. 76-83) .
pelo anjo, segurando o livro. Pela posigão que ocupa e pelo seu
661
inicial de Mateus na Biblia dos
Veja-se a ,
David. O evangelista
de neste caso
personagens da linhagem
esta
encontra-se sentado segurando filactera. A iluminura
em Walter Cahn La Bible Romane. p. 215 ..
reproduzida ,
337
Finalmente, S. João surge como águia no cimo de coluna,
mostrando o livro e sem qualquer outra particularidade.
Ao longo de guatro tábuas de concordância evangélica
surgem os quatro evangelistas. Na primeira que descreveremos
epístola .
evanqelistas .
662
Jean Chevalier e Alain Gheerbrant , Dictionnaire des
Symboles . . .
p. 179.
3 38
de raanuscristos bíblicos e evangeliários
0 conjunto
existentes nos dois fundos pressupunha a existência de um
côdices.
Santos
este episodiofFig.421,) .
S.
e a côgula e recebe de pé a regra num gesto de aceitagão.
está aureoloado e tem apenas o hábito. Ambos se
Bento sentado,
inscrevem em arcadas. Os dragôes que rodeiam a cena poderão
demônio faz parte de um dos
estar relacionados com o que
Gaston Duchet-Sucheaux
numa gruta perto do lago de Subíaco.In
339
elemento no qual se apoia sugere uns grandes lábios, logo a
^
S. Bernardo é representado no fundo cie Arouca ,
no
Antifonario D, interior
fl. de um P que inicia uma
68v . No
"""
0 legendário de Cister Di jon, B.M. ras 641 , apresenta
de santos acompanhar us suas vidas puixôes.Cf.
ou
imagens a
34 0
foi nelas que os artistas foram Rai-s
sagradas, mas por que
biblico da criagão.
É, contudo uma excepgão e podemos afirmar que a cultura
Homem e Mulher
Adolescense de la
Age.
'•"
",,H
Adolescense de la
Georges Duby Le Moyen Age.
Chretienté Occidentale. 980-1140. p. 81 "Hierática . . . ,
querra,
moralistas da igreja, Eva
gerrae da corrupgão gue denunciam
os
341
do Paraíso, em que um querubim os afasta com uma grande espada
tendo â saída, a raão de Deus que os espera cora uraa túnica para
iluminura românica.
idêntica estão
*"9
Tournai Bibl . du Serainaire, ms 1, fl.6.
,
"'"
Contudo Principio surge oa partir do
I do In
Walter Cahn em La
" Bible Romane... p.42, afirma-nos
séc.IX,
inicial da génese da Bíblia de Vivien,
gue" Por exemplo a
""■
Yarza Luaces Lus M i niaturas de la Biblia de
Joaquin ,
autor
Burgos, Archivo Espahol de Arto (19f--9), p.l97.Este
do srript.nrium de S. Pedro
considera a Bíblia proveniente
do eontacto com as alemãs e
de Cardeha, apresentando pontos
'4 2
da imagem de Deus a vestir
o carácter excepcional o
homem (Fig. 427 j . Este último autor refere ainda esta cena
embora
personagens é muito prôximo,
num
0 tipo físico das
encontram vestidas.
672
Walter Cahn La Bible Romane ..
.p .17 5 .
673
Cf. Maria de Jesus Astorga Redondo El Arca de S.
Esta
Isidoro. Historia de un Relicario, Leon, 1990 .pp. 96-97 .
sua
autora afirma a presengas de hispânicos
elementos na
renana e
ornamentacão, assim como influências estrangeiras ,
inclusao de
francesa,'na disposigão das personagens e na
34 3
imaginários676, mas não ficaria mais
explorados pelos
esclarecido o problema da filiagão desta inicial.
f 61 io é uma
pecado. A cena que ocupa todo o enquadrada por
""
Francois Garnier
Ct .
L' Imagerie Biblique Medievale ,
3 -1 4
físico humano é mais uma vez, o de seres de cabelos
0 tipo
escuros e corpos de estatura raédia. As personagens apenas
esquecer
0 artista de Santa Cruz tem maior preocupagão pelo
do no Lorvão irapera o puro
porraenor, e a observagão corpo:
linearismo677.
A Condenagão
face ao pecado.
677
Ferreira de Almeida considera que esta
C. A.
cena
do
é da mesma autoria do artista que executou o Apocalise
de
Lorvão e as modificagoes introduzidas se devera a côpia
Cf. O Românico Histôria da Arte III... p.
modelo diferente. , ,
"7e
Alain Gheerbrant Dict ionnaire des
Jean Chevalier,
Symboles.IlI . .
.pp. 119-120.
34 5
É signif icativo que o homem esteja desnudo679, e seja
mulher é pelos cabelos
devorado pelas pernas, enquanto a o nura
reprovagão.
De assinalar a representagão do nu masculino que traduz
humano .
instinto e do inconsciente.
sequências de carácter
individualizada, em geral incluidos em
sagrado .
'j79
nu nas representagôes do
0 homera apresentava-se
Leviatão
"'",
Yarza Luaces Formas Artisticas de lo
Cf. Joaquin
1987 pp. 232-236 Este autor
Imaginario, Barcelona, Anthropos, . .
'■"--
Cf. Émile Mále, L'Art Religieuse du Xlle Siecle en
346
Camponês
iluminador representa.684
'"'•3
J. Yarza Luaces Las Miniaturas de
Reproduzida em
684
de fazer parte do fundo do Lorvão não
Apesar ,
paradigmático da
podemos deixar de referir este caso como
. 0 7
No Sta Cruz 1, dois lenhadores ou desbravadores surgem
no início dos livros bíblicos. No fl. Ov, contéra o excelente
Pastor
chapéu de
havendo o cuidado de representar o camponés com
""'•
Esto animal fantástico ropresenta ainda os vicios
Jean Chevalier Dictionnaire des Symboles T. III. *
*P*
segundo
12 .
318
calgôes (bragas), tapam a cabega com um capuz independente que
8 e 9) .
PastorfFig.252,1 .
Apesar de se encontrar sem qualquer atributo
é evidente referência a Cristo e aos Apôstolos na
divino, a
Pescador
livro bíblico
0 pescador abre de forma inexplicável o
"""
mão aberta
A para o interior significa, seqanc.o
Garnier Le Lingage de l'image au Moyen Âgt .
.p. 175
Frangois
rocusa ou abandono; contudo, nest.e caso, face ao
, negacão
34 9
aos filisteus e reenvio da Arca da Alianga, ou
pela captura
morte de ou Saúl e da necromante de Endor
pela Agag .
I, 7,3).
É uraa imagem com um bom e minucioso desenho, quer do
f amiliar .
inclina-se os que
Artíf ices
Michel Pastoreau, /
<-"-*"*•
In Gaston Duchet-Suchaux o
350
enquadra as tábuas de concordância evangélica, um tetramorfo
a produgão da argamassa, o
Bailadeira
os jograis
e bailadeiras. Estes povoam os capitéis e as aduelas dos arcos
de portais.
olhados são eles que
Apesar da desconfianga com que eram ,
tempos de lazer
688
partir do séc. V
A generaliza-se este tipo de ,
de pedras
suas oragôes, com as quais como se
teus
preciosas' tratasse,
se
"
estão construidos os
muros ,
Jerusalém
(Tobias, 13,17).
Sicardo de Cremona ,
autor de finais do séc. XII-XIIT, em
351
0 jogral, a tanger a viola aparece no capitel do arco
0 apresenta-se
corpo em grande torgão. Um brago parece
0 Negro
No Sta Cruz 11, fl. 88v, surge ainda uma curiosa cena de
erapunha uma langa, tendo â sua frente um leãof Fig. 439 ) . Esta
manuscrito, fl.91v, onde surge outro negro com uma longa langa
o cio escudo triangular, isôlito perna de pau(
com uma Fig . 439 ) .
sao encaracolados e o
corpo desnudo, tendo apenas uma saia
po 1 o joelho.
352
"
Reconquista .
e os mugulmanos peninsulares .
origem mourisca693.
Tudo parece confirmar que estes desenhos de pé de página,
são da mesma época do manuscrito. As tintas utilizadas na
689
Charles Verlingen L'Esclavage dans l'Europe
Mediévale , Bruges: Rij Ksuniversiteit te Gent, 1955
600
Escravos e Servidão doméstica na Idade Média no Mundo
691
A Identificagão de u Pais ... 251-252 .
692
Henri Pêres Esplendor de Al-Andaluz , Madrid:
Hipérion, 1983. p.268.
353
No entanto, face a esta situagão tão excepcional fica-nos
sempre a dúvida se as imagens são de facto desta época ou
produzidas por outro artista mais tardio, que tenha feito uma
0 Nobre
ou na iluminura.
e a defesa das outras ordens é o papel que lhe cabe, mas a sua
354
A Nobre
ceptro.
"°4
"A estátua jazente retrata a Rainha coroada e com véu
"""'
Página do Génesis, Biblia de Burgos (Burgos, Bib.1 .
355
Diferente da anterior, a Virgem da nave central de San
Rei
generalizam.
'
""
Esta imaqem está reproduzida em Walter W.S.Cooker e
356
Mais uma vez recorremos ao Sta Cruz 1, para referirmos o
dois imperadores ,
a espada é um atributo dos monarcas
coroa ,
o manto real e o ceptro em forma de cruz
de rei."698
'jC,s
José Mattoso .4 Monarquia Feudal( 1096- 7 480 ) , Historia
de Portugal ...
p. 64 .
357
majestática e frontal do rei David coroado e com manto, não
possui ,
no entanto, qualquer outro atributo.
imagem coroada.
senhor. Contudo ,
a
justificagão ideologica que esta sociedade
Monge
O Alc.231, f1 .
90, raanuscrito do priraeiro quarto do séc.
'
358
estrado. Esta cena reflecte provavelmente a relagão quotidiana
do raonqe face ao abade, e expressa bem a iraportância
fundamental da leitura diária deste texto. 0 desenho é ingénuo
e reflecte um artista que não tem grande perícia a executar
Regra.
Escriba
côdices.
359
trata-se da prôpria representagão do Santo que recebe
scriptorium.
Estas iraagens dos copistas corao personagens sagradas,
sobretudo evangeli stas , no interior de iniciais ornadas e em
'
360
iluminuras de página, é corrente durante toda a Alta Idade
Média.
aos pés outro banco para apoio; ao lado uma mesa com as
4.5. Bestiário
e fantástico.
01
Florenga, Biblioteca Laurenciana, Amiatinus I, F1.5A
361
Um animal pode simbolizar várias virtudes, cada uma
aves.
A época romana tardia criou uma das obras que mais foi
XII.
lhes como Deus deixou nos animais a marca das verdades da fé.
os voadores.
362
prolongar uma tradigão escrita, de cariz erudito, mas sem
Jesus e o Demonio706.
Se excluirmos os bestiários, porventura de circulagão mais
"''-■"
Gabriel Bianciotto, Bestiaires au Moyen Âges , Paris,
Stock, 1980.
363
Dragão
de f ormas .
'
hábitos peculiares.7C Esta descrigão das Etimologias despoja o
pp. 19-20.
"'Neste
autor náo aparece qualquer caracteristica do
animai,mas apenas a sua simbologia demoníaca. O dragão é o
grande opositor da pomba simbolo dos fiéis. Gabriel ,
364
No Apocalipse, é a visão caôtica e satânica que o anima:
iluminura .
do real.
365
evangelistas. No F do fl.138, encima a imagem simbôlica de S.
composigáo genial.
No Alc. 367 surge-nos como figura labiríntica e
letra .
3 6C*.
A presenga destes animais é particularmente siqnif icativa
nos Missais Alcs 249, 252, 253, 257. A inicial que raaior
a Consaqragão.
Erabora aparega corao araeagador não deixa tarabém de assumir
intemporalidade .
Centauro
12
A iconograf ia do dragão foi já por nôs tratada na tese
do mestrado em relagão ao fundo alcobacense. Maria Adeleide
Miranda, A Inicial Ornada dos Manuscritos Alcobacenses ,
divina.714
714
Jean Chevalier, Dictionnaire des Symboles ,
1-V.p. 2 99.
1"
Manuel Luís
Real, La Sculpture Figurative dans L'Art
Roman du
Portugal Portugal Roman. fig. 13 in
Este capitel
, .. .
3 68
'"
Coimbra. Este capitel,718 para além dos dois centauros
Leáo
Símbolo da ressurreigão ,
animal funerário, é o guardião
de sepulturas e tem lugar assente nos nossos manuscritos.
do seu suporte ,
ou afrontados no interior das letras Sta Cruz
1, fl.261 (Fig.446).
Outros Animais
17
Este capitel foi reproduzido por Manuel Real era A
Capiteis . . .
pp. 209-210.
369
Também os manuscritos de Santa Cruz de Coimbra possuem um
"0 nome de
a de Souillac, datada do 2 .
quarto do séc.XII (Fig .452 ) . Ainda
7*"
Etimologias. . .
, XII, l,p,18
370
cena de caga cheia de realismo -
iluminadores ,
como os escultores , foram mais atentos (e
livres?) a captar as formas do bestiário que souberam conjugar
com o mundo vegetal, do que em reproduzir as figuras humanas.
Aves
371
No Sta Cruz 34 do fl.89 ao 109v desfilam 23 aves722: a
cegonha (ciconia) ,
o melro (merula ) ,
o mocho(jbujbone) ,
o gaio
(gragulo) ,
o ganso {ansere ) ,
a garga (ardea), o borrelho
(caladrio) ,
a perdiz (perdice) , codorniz (coturnice ) ,
a popa
(huppupa) ,
o cisne (cigno) ,
o pavão (pavonej, a águia (aquila ) .
que em Alcobaga, cujo desenho, por ser mais ingénuo não nos
7~3
Alguns desenhos de aves são particularmente bem
conseguidos, como é o caso do galo (fl.98) ou da águia
(fl.l09v) .
:"t
Cf . Maria Isabel Rebelo Gongalves, "Sub:~ idios para
o estudo iconográf ico animal rfor. codices me.di evai s
alcobacenses in Actas .Congresso Internaciona l para a
37
0 De Avibus , obra de um cônego regrante seria
é que ura pretexto para dar aos monges e aos iletrados exemplos
de virtude. A espiritualidade bernardina, assim como o seu
7?5
726
Hugues de Fouilloy in Dictionnaire de Spiritualite ,
727
Willene B. Clarck The Tllustrated Medieval Aviary and
the Lay-Brotherhood The llustrated Medieval Aviary and the
Lay-Brotherhood in Gesta 21 (1982).
373
4.6. No Reino do Ornamento
imagem.
Para os autores medievais o termo ornamento é empregue com
Madrid:B.A.C. ,
198 3 .XIII, 1, p . 1 2 1 .
374
adornos foram as coroas, sinal da vitôria ou manifestagão de
honra real."731
estéticas contemporâneas .
forma profunda a
historiograf ia de arte medieval. 0 ornamento
711
Ornamenta dicta eo quod eorum cultu ora vultusque
decorentur .Prima ornamenta corona insigne victoriae, sive
regii honoris signum; in Santo Isidoro, Etimologias ,XIX,
30, p. 480-481.
732
In Henri Focillon, Art d'Occident: Le Moyen Âge Roman
I, Paris, Armind Colin, 1938. pp. 224-337.
'33
Henri Focillon,A Vida das Formas , Lisboa, Edigôes 70,
1988, "Há, contudo,
p.34. um tipo de arte capaz de se
incorporar sem alteragão, submetendo-se a qualquer técnica:
trata-se da arte ornamental, que é talvez o primeiro alfabeto
do pensamento huraano, na sua tentativa para entender o
espago. Esse tipo de arte não deixa de ser dotado de uma vida
particular e é, por vezes, raesrao modificado na sua esssência,
conforme se trate de pedra, madeira, bronze ou tinta.No
cômputo geral, permanece como um vasto campo especulativo e
de observagão, de onde é possivel extrair alguns aspectos
elementares e qerais da vida das f orraas ,
no seu tipo de
espago
"
especí f ico .
375
da psicologia da arte. Em 0 Sentido da Ordem,73* dedica-lhe
de arte 3S.
734
E.H. Gombrich, El Sentido de Orden.Estudio sobre la
Psicologia de las Artes Decorativas , Barcelona : Gustavo Gili,
1980. Primeira Edigão de 1979, editada em Oxford pela
Phaidon.
73S
. No séc. aplicada em dois sentidos:
XIX esta nogão é
o ornamentovegetal objecto da histôria da arte (a
como
Histôria da Ornamentacão ,
foi escrita em 1893. Inclui o
376
A utilizagão do termo prnamento na iluminura tem,
representagão simbôlica737.
Corre-se pois o risco de ter uma atitude redutora, acerca
que a criou738.
sentido739.
736
Denis Muzerelle, no seu Vocabulaire Codicologique ,
7,7
Gombrich utiliza a feliz expressão "potencial
simbôlico" para chamar a atengão que mesmo qualquer forma
738
Sources de l'Art
In Régine et Madeleine Pernoud,
Paris, Berg International 1980, p. 48. Estas autoras
Roman, ,
Roman . .
.p. 49 .
377
não jogar com esta divisão e evitar
Contudo, preferimos
neste período, bastante
o último termo, já que nos parece,
Inicial Ornada
Románicos Alcobacenses .
iniciais, ela se
convencionou para datar as primeiras que
destacou da escrita.
""'
C.F. Héléne Toubert, La lettre Orne in Mise en Page
et Mist.~ en Texte du Livre Manuscri t p 379 ... . .
Miniatura Medieval p. 46
~41
Otto Pacht, La . . .
378
como
simbologia é bem conhecida no mundo paleocristão. Surge
com a música744.
743
In Otto Pacht La Miniatura Medieval . .
.p. 51 .
7,3
In J.J. Alexander La Lettre Ornee. . .
p. 11
44
Carl Nordenfolk, Les Manuscrits irlandais et anglo-
saxons, Paris:Chêne, 1977. pp. 16-17. 0 autor relaciona o tipo
de ornamento cora os instrumentos de orquestra.Da mesraa
maneira que há numa orquestra três grandes categorias de
instrumentos-as cordas, os instrumentos de sopro e os de
também há três tipos de ornamentos -os
precursâo
entrelagados ,
os curvilíneos e os rectílineos.
379
0 modelo generalizou-se a partir do séc. VIII'4'', embora a
decorados'47
da inicial ornada faz-se no sentido da expansão
A evolugão
pela utilizagão de
do ornamento de tipo anglo-irlandês e
def inidos.
mosteiro
é um dos
"4r>
Embora jã existisse no contexto da
a figura huraana
letra, assumir-se e autonomizar-se
ela irá Veja-se a figura .
74"
Carl Nordenfalk, L'Enluminure Moyen Age
au Genêve: ,
4
Tn Carl Nordenf alk ,
L' Enluminure. au Moyen Age ,
Genêvo:
Skira,1988.p.44
380
maneira de conceber as iniciais consiste em
A nova
clássica.
perde a maior parte da sua qualidade orgânica e
do séc. X conhecem um
As letras anglo-saxônicas
desenvolvimento bem diferente. Num saltério realizado em
litúrgicos.
A inicial zoomorfica assume novas formas, reaparecendo
dos e peixes dos manuscritos
agora em vez pássaros
o dragão. Estas iniciaids terão
merovingeos, os quadrúpedes e
381
Em Santa Cruz de Coimbra e Santa Maria de Alcobaga
também em número
elementos zoomôrficos estão presentes
considerável de manuscritos.
382
Iniciais Caligráficas
Sta Cruz 4
Sta Cruz 51
383
Sta Cruz 30
Sta Cruz 17
Iniciais Ornadas
entrelagado faz
Iniciais de tipo f ranco-saxonico em que o
manuscritos o entrelagado é
Não são muitos os em que
751
0 denorainado Côdice Emiliense, produzido era San
752
entrelagado no raundo
0 lugar dorainante que ocupa o
o de Santo Agostinho
situagão é o Sacramentário de Gellone e
in Tal como no nosso manuscrito,
Quaestiones Heptateuchon .
384
os
carolíngio754 e fundos de Moissac e Limoges com os quais
Sta Cruz 58
Sta Cruz 4
Sta Cruz
Cruz 30
754
A segunda Biblia de Carlos
o Calvo, produzida entre
franco-
840-877, é um excelente exemplo da escola carolingia
sintetiza as tendencias
saxonica de Saint-Amand, que
Aliando o
classicizantes com a influência anglo-irlandesa
.
385
e
elementos vegetais de folhas largas
Iniciais com
no Sta Cruz 4.
Sta Cruz 4
Sta Cruz 4
387
e caules enrolados e outras
iniciais ornada de palmetas
A
vezes, a tender, para o filigranado.
folhagens por
elementos vegetais muito
ornamentagão interior possui
contornos a cor e leves
simplificados, apresentando apenas
Sta Cruz 5
Sta Cruz 8
de ornamentagáo e de inicial
7"
Encontramos este tipo
Sta 5, 8, 33, 40.
nos Cruz,
388
caules enrolados e palmetas. A
Iniciais ornadas de
Sta Cruz 13
Sta Cruz 11
Sta Cruz 13
Sta Cruz 11
389
de e caules enrolados não
Iniciais ornadas palmetas
Estão neste caso as iniciais ornadas dos raanuscritos
pintados.
20 21, e tambem no saltério
bíblicos conimbricenses Sta Cruz e
raramente os elementos
Sta Cruz 27. Nestes manuscritos,
vegetais, recebem cor.
ornamentais, quer sejam zoomôrficos ou
as formas756.
Sta Cruz 1, 2, 3.
3 9n
Iniciais ornadas de caules enrolados e palmetas cuja
Sta Cruz 21
391
Iniciais ornadas com caules enrolados e palmetas pintados
toda a sua superfície. Constituem um
compactamente em
e 18.
392
As iniciais zoomôrficas são das melhores construidas do
nosso românico.
393
Sta Cruz 20
394
Iniciais Santa Maria de Alcobaga
Iniciais Caligráficas
7C>"
Dada deste tema o facto de já o termos
a riqueza e
7S8
150, 152, 169, 170, 243, 332, 334, 335, 343,
Alcs.
454.
344, 345, 346, 350, 351, 363, 364, 367, 369, 405, 423,
São essencialmente textos de partristica e hagiograf ias .
396
Do de vista da genealogia das formas, este tipo de
ponto
iniciais filia-se nos manuscritos claravalenses . Dos
Sta Cruz 3 32
Alc. 152
Troyes, B. M. ,
Mss. 4, 35, 40, 76, 107, 134, 177,
180, 292, 423 e 566. Troyes ,
B. M. mss.. Maria Adelaide
Miranda A Iluminura em Alcobaca e Claraval. Aproximagôes
Estetirnr ,
in Estudos de Artee Historia Homenaqe.m a Artur
.
396
Alc. 454
397
Inicial Ornada
espiralados .
em barras decorativas.
Coimbra .
Alc. 246
398
Iniciais ornadas com palmetas e caules enrolados. Folhas
cores compactas ,
muitas vezes em matizes usando o processo
qualidade do desenho.
branco luminoso.
mosteiro.
'■'""
Alcs. 151, 177, 231, 239, 333, 336, 341, 342, 347,
358, 427, 431.
399
Alc. 427
Alc. 427
400
Alc.336
Iniciais ornadas de caules enrolados e palmetas de formas
bastante sôbrias.
vários tons
vermelho e laranja.
Podemos encontrar semelhangas acentuadas, e por vezes
761
Este semelhanga já foi posta era destague no capítulo
dedicado â texto imagem e retoma os dados
relagão
referenciados em Iluminura
A em Alcobaca e Claraval
Estéticas in Estudos de Arte e Historia.
Aproximagôes
Artur Nobre de Gusmâo p 14 3
homenagem a . . . . .
401
Alc. 434
Alc. 433
Alc 434
AlC- 432
402
Iniciais ornadas de caules enrolados e palmeta e
403
de caules enrolados. A
Iniciais ornadas palmetas e
Grupo A. possuem
manuscritos litúrgicos762.
'■'"•'
Muito semelhante ao Alc. 149, podemos mesmo pensar
temos o
que poderá ter sido excutado pelo mesmo iluminador,
têm a mesma forma e cor.
Alc. 403, em que muitas iniciais
Também o Alc. 173, 339 e 340 apresentam ornamentagao
marginal semelhante
405
Alc. 149
406
Iniciais ornadas com palmetas, caules enrolados sugerindo
de contacto com o Channel
uma ornamentagão que apresenta pontos
iniciais inscrevem-se em fundos pintados, são
Style. Estas
"'
de ornamentagão é prôpria dos manuscritos
Este tipo
litúrgicos Alcs. 11, 166, 167, 138, 188, 249, 251, 252, 253,
258, 259, 260, 361, 411, 412-414.
255, 256, 257,
407
Iniciais ornadas com elementos vegetais trilobados. Um
408
V. ILUMINURA ROMÂNICA EM PORTUGAL: UMA HIPÔTESE DE PERÍODIZAgÃO
Portugal .
evolucâo histôrica.
l9 Período.
2" Período.
cronôlogico.
409
Nesta período, Alcobaga executa a maior parte dos seus
Coimbra.
artística .
fragraentos descontextualizados .
'■'"''
Carlos Alberto Ferreira de Al.meida, O Românico in
Historia da Arte em Portugal Vol.3 , Lisboa, Alfa, 1986,
p.113.
410
Já referimos a importância cultural da comunidade mogárabe
coimbrã, na época de fundagão de Sta Cruz de Coimbra, e como
e ao clero da Sé .
la Catedral de Leon.
411
De todo este patrimonio anterior ao séc .
XII, que seria
770
Estes raanuscritos, pela teraática, pela forga
expressiva das representagôes, marcaram profundamente a
Histôria da Arte Ocidental. A expressão Beatus passou a
atribuir-se a um conjunto de cerca de 25 manuscritos escritos
e iluminados entre os séculos VIII e X, e cujo modelo teria
sido executado por Beatus , monge de Liébana. Tratava-se de
um comentário ao Apocalipse, texto que foi particularmente
lido comentado nos mosteiros peninsulares
e nas proximidade ,
412
de um dos textos mais antigos do Comentário ao Apocalipse ser
artisticas.
possibilidades ,
dado que não encontramos o protôtipo textual
771
A sua importância já foi posta em relevo por Antônio
Cruz em ,
Santa Coimbra na Cultura Portuguesa da
Cruz de
Idade Média. . .
p. 123 onde afirma
,
772
Maria José Azevedo Santos ,
Da Visigotica a Carolina:A
E s c r i t a e m Portugalde 8 8 2 a 117 2.
Lisboa:F.C.G./J.N.I .C.T. ,
1994 pp 236-237, refere que desde
,
.
4 13
lhe terá servido de modelo. 0 copista, como Antônio
que
Cruz
"3
refere, pode ter pertencido â Sé de Coimbra. A
caminhos de peregrinagão.
Algumas das suas iniciais ornadas e sobretudo os elementos
A Biblia
Ms. Lat. 7 as semelhangas são espantosasfFig. 454-457) .
biblicos.775
A semelhanga o Homiliário e o B.N.P. Lat.7 faz-se sentir
775
No artigo La Bible Limousine de la Bibliotheque
Mazarine a Paris ,
102Sociétés
5
Congrês National des
Savantes,Limoges, 1977. p. 69 A autora ainda que é acrescenta
a zona da Aquitânia e de Limoqes que se produziram a maior
parte destes manuscritos. Refere-nos ainda que é Frangois
Avril atribui o manuscrito biblico B.N.P. Lat.7 a
que
Moissac .
414
iniciada no último tergo do séc. XI, sob o abaciado de
Limousin.
2) e a bíblia de Saint-Yrieux.
manuscritos, nomeadamente
quanto construgão dos ã
entrelagados. Por exeraplo, o Sacramentário de Figeac Fl.l9v, ,
Chêne ,1979
178
Também Seledad de Silva Verástegui era Iconografia
y
del Siglo X en el Reino de Pamplona-Nájera Pamplona, P. de ,
4 1 5
779
Saliente-se que o priraeiro raanuscrito78
( (Figs. 457-458) .
Huesca Navarra.
paregrinagão
-
de formas remonta ãs
Aqui se elabora uma genealogia que
782
Emile Mâle relevo a importância da
pôe raesmo em
e La Daurade-Toulouse) .
Segundo ele, seriara cenas de um
3 30-3 3 3
Leroquais, Sacramentaires
'?*°
p.
France au Xlle
7ĸ,Emile Mále, L'Art Religieux en
cobriarn as caixas
Siecle. p. 346.refere que os tecidos que
. .
416
do Livro V da obra de
transigão- até ao capítulo 17,
datada de 1191. Esta
Eusébio783. No fl.l consta uma subscrigão
0 Sta Cruz 51
784
é outro dos manuscritos, escrito era
Codices Visigoticos en la
7*3Manuel Diaz y Diaz,
Leonesa, Léon C.S.I.C.
Monarquia ,
R4
M. Diaz y Diaz, Côdices Visigoticos en la Monarquia
leonesa, Leon ,
C. S . I .C. ,
1981 p.p. 436-438.
78<J
Sancti Augustini libri numero
Fl.1-69 Incipiunt
XII. De opere sex dierum. F1.69-80v Aurelii Augustini
in Matei numero XVII; f 1.81-122
questiones Evangelio
Ambrosius Exameron; fl 122-1 33v De penitentia; fl. 133v-136
.
417
Madahíl, em Os Côdices de Santa Cruz de Coimbra ,
lucas ,
e o examerom de santo ambrosio ,
o pastoral de
786
A.G.da Rocha Madahil, Côdices de Santa Cruz
Os de
Coimbra ,
4 1 0
A letra é minúscula, situagão pouco habitual em Santa
Cruz ,
mas as iniciais são comuns a este grupo de manuscritos.
amarelo e vermelho.
de Santa Cruz .
Contudo, o Sta Cruz 31 não contém qualquer tipo
de iluminura e o B.P.M.P. 74, não tem correspondência neste
B.P.M.P. ,
1995.
4 19
De facto os manuscritos que pudemos observar, atribuidos
ao fundo primitivo de S. Rufo, não apresentam qualquer
788
e preto e as
pequenas iniciais assim nos fazem pensar. Também
788
De todos os manuscritos observados em Tortosa ,
420
semelhangas com os manuscritos do séc. X hispânicos791. Os
proximidades .
791
Cf.Soledad de Silva y Vérastegui Iconograf ia del
Siglo X en el Peino de Pamplona -Nájera, Pamplona, Instituto
de Estudios Riojanos, 1984 pp. 451-468 Esta autora refere os .
794
Hipôlito Escobar chama ainda a atengâo para o facto
de Sto Isidoro ser o autor ma i s 1 ido durunte a Alta Idade
Média espanhola.Dele conservam-se 27 obras (codices e
421
coloca entre 1130-1180. Caracterizada por uma "adaptagão
ideal dos Conegos Regrantes tal como
portuguesa do religioso ,
""•
422
5.2. Segundo Período: De meados a finais do século XII
scriptorium .
culturais e de ensino798.
7
Era relagão âs restantes raanif estagôes artísticas este
período, embora não coincida cronologicamente, identif ica-se,
era termos características , cora
de o que Manuel Luís Real ( A
Arte Românica de Coimbra (Novos dados -Novas Hipôteses) ,
dissertagão de Licenciatura,Porto, Faculdade de Letras , 1974
p. 42), define para o Românico Bl "Arte revolucionária que
nasceu do concurso de arquitectos estrangeiros e de
artifices mogárabes. Sobressai pelo alto nivel técnico, pelo
equilíbrio e por influências exoticas na arquitectura e na
decoragão" Elabora-se entâo uma síntese com características
.
4 0 0
0 priorado de Pedro Alfarde revela o protagonismo de
do Livro Santo799.
0 raosteiro apresenta tarabém uma boa situagão economica
licenciatura.
424
dos Institutis anunciara já as letras articuladas era torno de
Cruz .
1, o Testamentum Veteris .
RO'Walter Cahn ,
La Bible Romane ,
Par i s ,Vilo,1982 p. 293.
"°''
Cí . C. A. Ferroira de Almeida O F.omãnico ...
p. 163 . 0
4 20
a escultura da época, tal corao os draqôes da Sé de Coimbra80
um leigo no calendário.
803
Manuel Real, A Arte Românica de Coimbra . .
.p. 3 36 .
°"-'
com idêntica representagão do galo no Sta
Compare-se
Cruz 1, fl.209v (Fig.53)
B°5
de testemunha publicada por Ruy de
Numa inquirigáo
Azevedo (Do. Fals. 73 e seqs) fala-se da capela de S.
paq.
João qual teria estado Paio Gueterres Pelagius Goterriz
na
Románica de Coimbra . .
.p.86 .
0 2 c
0 tipo de iniciais, nomeadamente a que inicia o Saltério,
o B do Beatus Vir, insere-se na linha de continuidade da
iluminura f ranco-saxônica ,
com letra estruturada å base de
427
panejamentos coloca-nos perante outro grande mestre da
obra do ínicio do
Apesar de Willene Clark considerar esta
ĸ°"
Es^oe artigo foi publicado na Revista de Ciências
Hístoricas ,
Universidade Portucalense ,
Vol .
I, 1986. pp. 161-
218
428
Estamos assim, perante ura período era que os cônegos terão
cuja temática é
807
D. João Teotônio, morto
época em que foi prior
Na
em 1181, a situagão do mosteiro era prôspera como revela D.
"
Nicolao de Sta Maria (Chr. 2S Parte, p. 206, 1 c.) Crecia
o Mosteiro de S. Cruz em tempo do Prior D. João Theotonio,
não sô ern virtudes, e santos exemplos, mas tarabéra era rendas
e edificios novos "citado em A. Nogueira Gongalves Novas
. . .
8"»
Maria Adelaide Miranda,A Inicial Iluminada Románica
nos Manuscritos Alcobacenses ...
pp. 66-69 .
"""
Eståo neste caso os Alc. 152, 170, 332, 346, 350,
363, 364, 369 e 423.
429
do Interdito bernardino. Destinavam-se ã leitura individual e
claustral ,
tem pequenas dimensôes e iniciais caligráficas
situadas exclusivamente no início do volume e nas
quase
artístico com o raesmo norae , gue se fará sentir era alguns destes
430
A técnica da pintura nestes volumes é bastante semelhante
período.
Um dos poucos codices que cuja subscrigâo nos permite
datar de finais do século XII é o Alc. 365 (fig. 20)que inclui
barato. 0 verde
é resultado da
o utilizagão de ura pigraento
é destinado a trabalhos mais
obtido å base de malaquite
nobros .
4 3 .1
O desenho das suas iniciais e o ornamento está prôximo dos
embora com ura trataraento que acusa ser produto de uma evolugão
local814.
813
capítulo dos livros litúrgicos
No referimnos, para
assinalar as aproximagôes codicolôgicas, Troyes, B.M.36 o
Cistercien. p. 2 44 . . .
8,4
Cf. A.A. do Nascimento e A.D.Diogo, Encadernacão
Medieval 60-61 e 85.
Portuguesa .
Alcobaqa . . .
pp
43 2
iluminadores espelham igualmente um compromisso entre as
ou outros quadrúpedes.
Razôes histôricas ligadas ao avango Almôada na Península
3,,>
Em 1190 ocorre primeira expedigão
a de Yagub al-
mansur quo leva ã conquista de Torres Novas e ao cerco de
Toraar, era 1192 início da qrande forae que dura até 1210. In
433
Esta época áurea da ilurainura roraânica que se raanifesta
econômicas e sociais.
8.6
^^
817
in Maur Cocheril Notes sur 1' Architecture et le décor
dans les Abbayes cisterciennes du Portugal Paris:
F.C.Gulb. /C.C. Portugués, 1972 .
pp. 50-51 .
434
Arôes, que testemunham já a falta de inspiragão que sofriam os
gôtico.
Nos primeiros anos do séc. XIII, mais precisamente até
da dependência de Claraval.
818
Gerhard Graft l'Art Roman au Portugal in , Portugal
Roman, dir. Gerhard N. Graft,Yonne: Zodiaque 1986 ,
.
pp.31.
K1"
Afonso II náo sô se fez tumular em Alcobaga como
pretendeu reformá-la
segundo cisterciense Cí". Saúl a ordem .
435
A conquista da Inglaterra, em 1066 nâo provocou rupturas
na evolugão da arte insular anglo- saxonica que conhecera o seu
XII822.
820
Frangois Avril Les Arts de la Couleur , in Xavier
Barral i Altet, Frangois Avril e Danielle Gaborit-Chopin Les
Royaumes d'Occcident ,
Paris :Gallimard , 1983, p. 205.
a:"
Walter Cahn St . Albans and the Channel Style in
in The Year York 1975. 196-
England 1200 A Symposium ,New , p
197.
436
Antifonarios A e B de Arouca que pensamos ter provado a sua
823
Maria Adelaide Miranda Do Esplendor do Ornamento å
Simplicidade da Imagem.A Iluminura Românica dos Manuscritos
do Mosteiro de S. Pedro de Arouca , O Mosteiro de Arouca ,
824
Trata-se dos Alcs.249, 251,252,253, 256,257,258, 259
ft;'"
Devido provavelmente dificuldades econômicas e
as
437
elemento zoomôrfico que marca a sua presenga é o draqão, embora
reduzido quase exclusivamente a um pequeno focinho que termina
o primeiro
bispo de Lisboa, Gilberto era inglês, como o é igualmente
Osberno, destinatário da narrativa da conquista desta cidade.
proveniência .
827
Muitos destes manuscritos são glosados, Epístolas de
S. Paulo e saltérios. As iniciais encontram-se reproduzidas
em St . Albans and the Channel Style in England ...
fig. 32-
36.
828
Trata-se do Alc. 422, fl 251 , onde figura a
4 38
Obras de autores mais tardios são copiadas82 neste
*-*"'
Aigumas destas obras são provavelmene adquiridas,
caso do Alc. 235 0ua_.ro Livros das Sentengas .A ornamentagão
é estranha ao fundo de Alcobaga assim como as imagens inicial
historiada do fl. 2.
830
A. A. do Nacimento Um Mariale Alconbacense ,
f,il
A. A.do Nasei mont.o Um Mariale Alcobacense .p. 344-345 , . .
439
de caule enrolado, sugere a de uma execugão em
palmeta e que
que
Destes contactos ,
o Legendario Alc. 418-422 é
cenas de cagada ,
incluída na inicial I (Sta Cruz 21, fl.83).
Incluimos neste período os Sta Cruz 2 e 3. Esta
8,2
M.Adelaide Miranda, Escultura Monumental Alcobacense .
440
0 Sta Cruz 13 (Sermôes de Santo Agostinho) e Sta Cruz 18
românica .
tons suaves ,
e o desenho é uraa siraples côpia. Este raanuscrito
f iligranadas .
833
Este último manuscrito têm uma datagão que ultrapassa
o 1 quartel ,
mas pensamos ser irrelevante para já que
entretanto nãop há qualquer raarco signif icativo .
,!4
0 documento que contém a inicial foi araavelmente
cedido por Antônio Guerra.Está conservado no A.N.T.T,.
pertence ao Ms 8 tem o n"25. Foi escrito por Dominicus
Subdiaconus cerca de 1200.
■.41
Santa Cruz deixa de ter o domínio na produgão da iluminura
442
VI . CONCLUSAO
quais de
onde funcionavam estes scriptoria ,
os processos
ob jectivo.
As principais relagôes estabelecidas inserem-se, pois,
das filiagôes Além-Pirinéus destas duas casas
no quadro
monásticas .
4 4 3
Definiram-se sobretudo as relagôes a partir dos
momentos do texto .
signif icativas .
444
originais na empaginagão, em que a iluminura seque a hierarquia
que se estabelece entre o texto e a qlosa.
Esta relagão texto imaqera revelou que não existem normas
indistintamente ,
e não são seleccionadas em fungåo do texto
f igurativas.
Como na escultura, os artistas do livro trataram de forma
445
mostram modelos com pontos de contacto com os capitéis da Sé
especialmente o de Lorvão ,
deixa lacunas que devem ser
mesma obra .
446
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fl.lv: 282
fl.19: 282
fl.115: 282
Arouca B: 281,283
-
Arouca C: 281
f 1.19:285
Arouca D:281
fl.68v:340
-Ms 1:319
Ms.846
fl .12v:355
481
Cambridge,Museu Fitzwilliam
Ms.83 1972:130
-
Lat.116: 357
Ms 12:85
Ms 13(nQ .1):85
fl.l50v:85
fl.l3v:356,
-
Ms 14 (n9 2)
F1.13V:354.
-
Ms.114: 120,204,217,220,270
-
Ms.135-.116
-
Ms. 141:279
Ms 159:280
Ms 168:85,171
-
Ms 169:85,171
Aîsl70;85,171
-
Ms 173: 171
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-
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-
Ms 642:272 ,277
-
Ms 643: 270, 277
Ms 1
f 1 . 7 : 34 2
482
Heiligenkreuz
Ms 226: 183
Ms.108: 336
Biblia Mogarabe
fl.91V:78,163
fl. 165:194
fl.21: 330
fl. 120:312
-Ilum. 102:286
ĩlum. 115:283
Alc. 10:262 ,
263
Alc.ll: 131,258,259,407,431
-
Alc. 26:332
483
-
Alc. 30:262
-
Alc. 65:262
Alc. 138:69,258,407
fl. 1:258
fl .130v:69,
f 1. 179:78,
Alc. 146:121 ,
f 1. 151:95,
Alc. 152:395,429
Alc.l56;101,
-
Alc.162: 104,
-
Alc. 165:262,263
fl. 1:264
-
fl.7V:265
fl.l2v:266
fl.l24v:266
-
Alc.170: 395,429
-
Alc.173: 108,127,405,439
f 1 .32:127
Alc. 177:399
Alc. 187: 10 5
-
484
-
Alc. 194:96
-
Alc. 208:292
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fl. 210:182
f 1.227:182
fl.lv:178,371
fl .61:179,369
Alc. 243:395
Alc. 244: 98
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Alc. 248:93
fl.276v:70
fl .102V.282
fl. 276:70
fl. 176:70
-
Fl .205:70
11.181: 131,432
-
f 1.1:267
4 85
fl.7v:267
fl.21v:219
fl.52v:219
fl.67v:219
fl. 75:219
-
Alc. 331:121
f 1.159:70
fl. 159:70
f 1. 117: 127,
-
Fl .146v:70
Alc.,342:399
Alc. ,344:93,395
-
Alc. ,345:93,395
-
Alc. 347:399
,
Alc, 350:94
.
,
171 ,
Alc. .351:95,171,
Alc .
354:102,194
fl . 3v:194
-
Alc. 360:91, 119 ,128
fl .55v:128,
fl .113v:128,
Fl .242:70,91,
-
Alc. 363:99,180,395,429
-
fl.l6v:128,
-
Alc. 366:153,
Alc .
367:106, 366, 395
-
Alc. 368:153
Alc. 372:95,
AJc.37 3;
-
Alc. 375:96, 107, 121,
-
Alc. 380:106, 180,
f 1.2: 158,
fl.47v:158,
fl.71v:158,
fl.94v:158,
f 1 .188v:159,
f 1 .9:124 ,
fl.l83v: 156,
f 1 .71v:365
f 1 .94:155
fl.94v:15 6,158,350
487
f 1.95:155,158,354
fl.95v:338
f 1.96:155
fl.96v:338
f 1.97:155,158
fl. 98:154
fl. 99:154
fl.l22v:158,337
fl .138:158
f 1.138v:
-
Alc. 401:102, 195
-
Alc. 405:395
fl.58v:177
fl. 126:177
-
fl.58v:177
fl. 126:176
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fl .220:70,78
-
f 1. 14:267
Fl. 216:70
Aĩr.414: 78,266,267,407
Fl.24 5:70,
-
Alc. 41 5:107, 270
Alc.416:97,
488
-
Alc. 418: 106, 109, 121, 268, 275, 276, 391, 403, 4 38, 440
fl.lv. :124,
-
fl. 140:106,109,
fl. 251:132,
fl. 83:440
fl. 251:438
f 1.258v:185,
fl. 2:366
Fl. 198:70
fl. 66:365
fl. 138:367
Alc.440
fl.2v:241,339
-
Alc.441 :266,269,432
-
f 1 .1 :270
489
-
fl. 1:189
f 1. 3:189
fl .96v:357
f 1.204v:189
Alc.450
fl.3v:369
-
Alc.454: 395,397
Londres,Abadia Westminster
fl. 15:437
Ms 2 A XXIII:432
fl. 15:432
fl. 6:155
Add.Ms. 22859:191,
Ms 2:3 9,140,415
-
Ms 8831:145
f 1 . 32*1v:272
Madrid, Real Academia de Historia
-Ms.76
fl .73v:189,421
Côd.3 3
fl. 92:334
Hl:269,277, 401
Ms.36
f 1.6:155
Lat. 1:415
Lat. 2:415
Lat.7:414
-
Lat. 8: 414
Lat.1141
fl.6v: 316
Lat. 1877: 61
Lat. 4792:149
-
Lat.5576
fl. 1:424
Lat. 7193:210
-
Lat. 15177:157,161
-
Lat. 7622 A:186
491
-
Lat. 16746
fl.7v:337
f 1.0v:348
f 1.1:146,153,366,367
fl. 2:126,
f 1.98:147,425
fl.H0v:126,
fl. 110v:143,349
fl. 146:130,
f 1.205V: 131,147,152
fl.208V:370
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fl. 261:369
f 1 .295:147
f 1 .301 :145
f1 . 306: 126, 14 4 ,
f 1 .311v:371
f 1 .332:36 8
f 1 .332v:368
f 1.333: 144,359
A 9 2
fl. 334:126, 144, 359
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f 1.363:370
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fl .193.370
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-
fl.l2 3V:272,318
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-
f 1.117v:274
-
St.a Cruz 11:91, 127,173,174,312,389,44 1
f 1 .6v:282
493
fl.l8v:128,311
fl .24v:350
fl. 45:132
f 1 .88v:352
f 1.91v:352
fl .112:332
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fl. 158:133,
-
Sta Cruz 14:91
f 1. 3:124
fl.30v:188
fl.31v:188
f 1.32:189,
f 1 .91v:187
fl.92v:188,420
fl. 93:188
fl. 129:188
-
Sta Cruz 20: 109 ,227 ,275 ,370 ,
390 ,
f 1.46v:275
fl.49v:128,
f 1 .78:371
fl.l01v:133,
fl.l23v:370
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f1 . 173V. 369
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f 1.108:131
4 94
-
fl.XV:224,255,259,313,
fl. 1:256
f 1. 101:131
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fl.91v:182
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-
fl. 1:178,
fl.58v:178,
-
f 1.31:224
f 1.141:179
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495
fl. 1:168,
fl.lv:168,
-
fl. 16:217
fl.44v:216
fl.75v:216
f 1.118:216
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f 1. 53:126
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-
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-
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4 96
fl. 123:320
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B.P.M.P.N:.74: 419
11.1:248
497
fl.28v:126,248
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Antifonário
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Reg.Lat.316: 210
Ms. 59:232
fl. 103:233
Ms. 70:232
f1 . 82 : 23 3
-
Ms 11: 216,415
fl.16: 218,
fl.l6v:218
fl. 17:218,
Ms 51:415
Ms 123:415
Ms 233:415
Ms. 1
f 1 .6: 342
Ms. 89/54
f 1.45:330
4 98
Troyes, Biblioteca Municipal
Ms 4: 396,401,430
-
Ms 27: 279
Ms 35:396,401,430
-
Tomo IV e V:171
Ms. 43:111
Ms 76: 171,396,430
-
Ms 107:396,425
-
Ms 134: 396,401,430
-
Ms 177:183,184,396,430
f 1. 135:182,
Ms 180:396,425
-
Ms 292: 171
Ms 292:392,420,
-
Ms 423:396,430
-
fl. 6: 344
Ms, .511:194,
Ms .512:193
Ms 566:396,430
-
Ms .1023bis:193
-
MS .2391:159,161
fl.l88v:159
Trento, Museu
CÔd.2546
fl. 13:357
Valladolid, Biblioteca da Universidade
Ms433
fl. 145:334
Verona, Biblioteca
-
Ms.85: 209
;00
Madrid, Real Academia de Histôria
-Ms.76
fl .73v:189,421
Côd.3 3
fl. 92:334
Hl:269,277, 401
Ms.36
fl .6:155
Lat. 1:415
-
Lat. 2:415
Lat. 7:414
Lat. 8: 414
Lat.1141
fl.6v: 316
Lat. 1877: 61
Lat. 4792:149
Lat.5576
f1 . 1 : 4 2 4
491
-
Lat. 16746
fl.7v:337
fl.0v:348
fl. 2:126,
fl.98: 147,425
f 1 .110v:126,
fl. 110v:143,349
fl. 146:130,
fl.205v:131,147,152
f 1 .208V:370
fl. 209:147
fl.209v:426
fl.216v:370
fl. 219:147
f 1.226v:146,248
fl .260v:126,
fl .261:369
fl. 295:147
f 1 .301 : 145
f 1 .311v:371
f 1.3 32:368
f 1 . 3 3 2v: 363
f 1 . 333 : 1 4 4 ,
359
400
fl. 334:126, 144, 359
fl. 352:145
fl.362v:336,345,
fl. 363:370
fl.363v:336
fl. 364:336
f 1. 364v:336
fl.l81v:131,152,310
fl.187: 152
fl.207v:152,419
-
fl.l23V:272,318
fl.l24V:273
fl. 191:273
fl. 281:168
fl.321v:272
fl. 328:272
f 1.329:272
fl.329V:272,326,
-
fl.H7v:274
-
493
fl.l8v:128,311
fl.24v:350
fl. 45:132
fl .88v:352
fl.91v:352
fl. 112:332
fl. 117:352
f 1.158:133,
f 1.3:124
fl.30v:188
fl.31v:188
fl. 32:189,
fl.91v:187
f 1 .92v:188,420
f 1.93:188
fl. 129:188
fl.49v:128,
f 1.78:371
fl.l01v:133,
fl.l23v:370
fl .139:126,276
f1 . 156v:370
fl.173V.369
-
Sta Cruz 21:109,275,370,390,4 35
f 1 .33:370,436
f 1.108:131
494
-
f l.XV:224,255,259,313,
f 1. 1:256
f 1.101:131
fl .218v:68
fl.l36v:168
-
Sta Cruz 34:99,108,181,330,331,428
fl.34v:330
f 1.89:182,372
fl.91v:182
fl. 93:181
fl.94v:181,423
fl. 98:372
fl.l09v:372
fl.H0v:181
fl.H7v:108
-
Sta Cruz 35:118
fl. 1:178,
fl.58v:178,
-
f 1.31:224
f 1.141:179
f 1 .235V:67
-
Sta Cruz 51:93,169,383,413,417
495
fl. 1:168,
fl.lv:168,
-
f 1. 16:217
fl.44v:216
fl.75v:216
fl. 118:216
fl .51v:126
fl. 53:126
f1 .69:93,126
f 1 .71v:127
fl. 72:93
f 1. 81:93, 169,
f 1.122:93,169
f 1.133V:169,
f 1. 72:262
fl .177:225
f 1. 177v: 317
f 1.178:225
-
Sta Cruz 66:248,251
f 1 .1:248
f 1.180:249
f 1.53:127,175
11 .69:127
f 1 .71V: 128
f 1 .70V:131
4 96
fl. 123:320
fl.2v:246
fl.3v:441
f 1 .6:126,246,348
fl. 7:126, 246, 338
fl.39v:247
fl.79v:246
fl.82v:248
fl.70v:130,
Sta Cruz 76:244,323
fl. 1:244, 384
f 1.26v:245
fl. 66:245
fl. 75:128
fl.88v:245
fl.l05v:245,321
fl. 173:245
fl. 175:245
fl. 177:245
fl. 210:245
fl.71 :126,249,351
f 1.1:248
497
f 1.28v:126,248
Antifonário
Roma,Biblioteca Vaticana
Reg.Lat.316: 210
Ms. 59:232
fl. 103:233
Ms. 70:232
fl. 82:233
Ms 11: 216,415
fl.16: 213,
fl.l6v:218
fl. 17:218,
Ms 51:415
Ms 123:415
Ms 233:415
Tournai ,
Biblioteca do Serainário
Ms.l
f 1 . 6 : 3 4 2
Ms. 89/54
fl. 45:330
4 98
Troyes, Biblioteca Municipal
Ms 4: 396,401,430
-
Ms 27: 279
Ms 35:396,401,430
-
Ms 40: 396,340
Tomo IV e V:171
Ms. 43:111
Ms 76: 171,396,430
-
Ms 107:396,425
-
Ms 134: 396,401,430
-
Ms 177:183,184,396,430
fl. 135:182,
Ms 292: 171
Ms 292:392,420,
-
Ms 423:396,430
-
fl. 6: 344
Ms .511:194,
-
Ms .512:193
Ms 566: 396,430
-
Ms . 1023bis:193
-
Ms .2391:159,161
fl .188v:159
Trento, Museu
Côd.2 546
f 1.13:357
Valladolid, Biblioteca da Universidade
Ms433
fl. 145:334
Verona, Biblioteca
Ms.85: 209
er