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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome da Componente Curricular Linguística I


Nome do/da Docente Terezinha da Conceição Costa Hübes
Nome do/da Discente Ricardo Adriano dos Santos
Número do Registro Acadêmico (RA) 209140
Nome do Polo Pontal do Paraná
Nome da Cidade em que reside Pontal do Paraná
Nome da Atividade Avaliativa Roteiro de Leitura II

RESPOSTAS DA ATIVIDADE

ROTEIRO DE LEITURA II

BRASIL, Luciana Leão. Michel Pêcheux e a teoria da análise de discurso: desdobramentos


importantes para a compreensão de uma tipologia discursiva. Linguagem - Estudos e Pesquisas,
Catalão, v. 15, n. 1, p. 171-182jan. jun. 2011. Disponível em:
https://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/32465/17293. Acesso em: 28 mar. 2023.

1. O texto inicia propondo uma discussão contra o formalismo hermético da linguagem. O que
propriamente a autora questiona?
A autora busca desafiar a visão tradicional da linguagem como um sistema estruturado de regras fixas
e destacar a importância de considerar a dimensão social, histórica e política da linguagem na análise
do discurso.

2. A autora ainda nos fala sobre a entrada do sujeito, mas não de qualquer sujeito. Como então
é esse sujeito do discurso, segundo a teoria francesa de análise do discurso?
Na teoria francesa de análise do discurso, o sujeito do discurso não é um sujeito autônomo, mas um
sujeito constituído pelas relações sociais, históricas e ideológicas. Ele é moldado pelos discursos e
posições de sujeito disponíveis na sociedade. O sujeito do discurso não possui uma identidade fixa,
mas é produzido e influenciado pelos discursos em circulação.

3. A análise de discurso francesa se constitui como uma disciplina de confluência, uma vez que
se inscreve em um lugar em que se juntam três regiões de conhecimento. Quais são essas 3
regiões e o que elas produzem como ruptura em relação ao formalismo hermético a que a autora
se refere?
As três regiões de conhecimento que constituem a análise de discurso francesa são: o materialismo
histórico, a linguística e a teoria do discurso. Essas regiões proporcionam uma ruptura em relação ao
formalismo hermético, que trata o discurso como algo isolado e estático. O materialismo histórico
considera as condições históricas e sociais na produção dos discursos. A linguística enfoca os
mecanismos sintáticos e os processos de enunciação. A teoria do discurso analisa a determinação
histórica dos processos semânticos.

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4. O que Pêcheux entende por discurso?
Pêcheux entende o discurso como uma prática social de produção e circulação de sentidos, indo além
do texto linguístico. Ele enfatiza a importância de considerar o poder, a ideologia e a historicidade
presentes no discurso. Pêcheux defende uma abordagem crítica e contextualizada para analisar os
processos de produção e recepção do discurso, levando em conta as condições históricas e sociais que
o influenciam.

5. O que diferencia a língua do discurso, segundo a teoria francesa?


Na teoria francesa, a língua é vista como um sistema estruturado de regras e convenções que
possibilita a produção e compreensão de enunciados linguísticos. Por outro lado, o discurso representa
a manifestação concreta da língua em uso, abrangendo os enunciados produzidos em contextos
sociais, históricos e ideológicos específicos.

6. Quais as diferenças entre os discursos autoritário, polêmico e lúdico, segundo Orlandi? E é


possível afirmar que eles se constituem sem estabelecer uma fronteira entre si?
Segundo Orlandi, o discurso autoritário é marcado por uma polissemia contida, enquanto o polêmico
envolve uma polissemia controlada e o lúdico apresenta uma polissemia aberta. Apesar disso, não há
uma fronteira rígida entre eles, pois podem coexistir e se entrelaçar em um mesmo discurso.

7. Qual a diferença entre a paráfrase e a polissemia em se tratando de análise do discurso de


orientação francesa?
Na análise do discurso de orientação francesa, a paráfrase é a repetição ou reformulação de um dizer
já existente, enquanto a polissemia refere-se à capacidade de um discurso ter múltiplos sentidos. A
paráfrase está ligada à memória discursiva e à ancoragem do dizer no interdiscurso, enquanto a
polissemia é um espaço de ruptura e inventividade, onde diferentes interpretações podem surgir. Ou
seja, a paráfrase envolve a repetição de sentido, enquanto a polissemia abrange a multiplicidade de
sentidos possíveis.

8. O que a teoria francesa quer dizer ao afirmar que o indivíduo é interpelado em sujeito pela
ideologia?
Isso significa que a ideologia exerce influência na formação do sujeito, moldando suas crenças,
valores e comportamentos. O sujeito é convocado a se posicionar e agir de acordo com os discursos
e valores dominantes na sociedade, sendo assim interpelado pela ideologia.

9. O que podemos, depois da leitura do texto e de responder às questões anteriores,


compreender da relação da linguística com as ciências sociais?
A linguística e as ciências sociais estão relacionadas e se complementam. A linguística estuda a
linguagem e como ela é usada na sociedade. Ela ajuda a entender como os textos são produzidos e
interpretados, e como a linguagem reflete e influencia os processos sociais e culturais. A linguística
utiliza conceitos e métodos das ciências sociais, como a análise do discurso e o estudo da história,
para examinar as relações de poder, ideologia e contexto histórico presentes na linguagem. Dessa
forma, a linguística contribui para compreender melhor a sociedade e como a linguagem molda nossa
identidade e forma de pensar.

10. O que o estruturalismo (com a negação do sujeito e da situação) e a gramática gerativa


transformacional (GGT), proposta por Noam Chomsky (valor biológico à linguagem),
deixavam de fora quando pensavam a língua(gem)?
Tanto o estruturalismo quanto a GGT deixam de fora a dimensão social, histórica e contextual da
linguagem, o que limita sua compreensão abrangente da língua(gem).

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