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CONTÁBEIS
ALBENICI CORREIA DE MELO
e-Book 4
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR
ADICIONADO (DVA)��������������������������������������� 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������������� 36
3
DEMONSTRAÇÃO DO
VALOR ADICIONADO
(DVA)
Quanto vale uma entidade? Uma entidade vale o
que ela possui ou o que ela é capaz de gerar de
riqueza? Uma pequena mercearia pode ser impor-
tante para os três empregados que nela trabalham
e até mesmo para o bairro em que ela está loca-
lizada, agora, e se fosse uma grande indústria de
alimentos, localizada numa região afastada dos
grandes centros comerciais, que emprega mais
de 2.000 pessoas de forma direta, qual seria o seu
valor? Certamente seu alcance será maior, mas a
conta não é tão simples assim.
4
Como o próprio nome indica, “valor adicionado”
corresponde ao montante que um agente econô-
mico, no caso a entidade, produz na exploração
de sua atividade econômica. Em outras palavras,
o quanto ela, a entidade, adiciona aos itens que
adquire e como efetua a distribuição para os entes
que participaram do processo de adição e forma-
ção dessa riqueza.
5
a) Pessoal e encargos;
c) Juros e aluguéis;
SAIBA MAIS
O Pronunciamento Técnico CPC 09 estabelece a es-
trutura para a elaboração da Demonstração do Valor
Adicionado (DVA). É preciso observá-lo quando da
elaboração dessa demonstração. Que tal conhecer
mais? Acesse o link: http://static.cpc.aatb.com.br/
Documentos/175_CPC_09_rev%2014.pdf
6
y Valor adicionado: representa a riqueza criada
pela empresa, de forma geral, medida pela diferença
entre o valor das vendas e os insumos adquiridos
de terceiros. Inclui também o valor adicionado
recebido em transferência, ou seja, produzido por
terceiros e transferido à entidade. Corresponde ao
resultado entre as vendas que uma entidade faz e
os custos e despesas que foram necessários para
que a entidade conseguisse efetuar essas vendas.
y Receita de venda de mercadorias, produtos e
serviços: representa os valores reconhecidos na
contabilidade a esse título pelo regime de compe-
tência e incluídos na demonstração do resultado do
período. Correspondem ao faturamento da entidade,
classificados como vendas e assim apropriados
na contabilidade por meio da Demonstração do
Resultado do Exercício.
y Outras receitas: representam os valores oriun-
dos, principalmente, de baixas por alienação de
ativos não-circulantes, tais como resultados na
venda de imobilizado, de investimentos e outras
transações incluídas na Demonstração do Resultado
do Exercício que não configuram reconhecimento
de transferência à entidade de riqueza criada por
outras entidades. Correspondem a outras receitas
não classificadas como faturamento da entidade,
geradas principalmente pela alienação de ativos
da própria entidade apenas.
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y Insumo adquirido de terceiros: representa os
valores relativos às aquisições de matérias-pri-
mas, mercadorias, materiais, energia, serviços etc.
que tenham sido transformados em despesas do
período. Enquanto permanecerem nos estoques,
não compõem a formação da riqueza criada e dis-
tribuída. Correspondem às aquisições efetuadas
pela entidade a fim de desenvolver suas atividades,
classificadas como custos e/ou despesas.
y Depreciação, amortização e exaustão: repre-
sentam os valores reconhecidos no período e nor-
malmente utilizados para conciliação entre o fluxo
de caixa das atividades operacionais e o resultado
líquido do exercício. Correspondem aos valores de
depreciação, amortização e exaustão que quando
existentes estão ajustados na Demonstração de
Fluxo de Caixa.
y Valor adicionado recebido em transferência:
representa a riqueza que não tenha sido criada pela
própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é
transferida, como receitas financeiras, de equiva-
lência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties
etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar
dupla contagem em certas agregações. Correspon-
dem aos valores de recebidos como resultados de
operações não produzidas pela própria entidade.
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1) A primeira delas representa a origem da riqueza,
ou seja, contempla os valores criados pela própria
entidade;
9
COMPANHIA:
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
EXERCÍCIO FINDO EM:
2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TER-
CEIROS (inclui tributos: ICMS, IPI,
PIS e COFINS) (2.1 a 2.4)
2.1 Custos dos produtos, das mer-
cadorias e dos serviços vendidos
2.2 Materiais, energia, serviços de
terceiros e outros
2.3 Perda / Recuperação de valo-
res Ativos
2.4 Outras (especificar)
3. VALOR ADICIONADO BRUTO
(1 – 2)
4 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO
E EXAUSTÃO
5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO
PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3
– 4)
6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO
EM TRANSFERÊNCIA (6.1 a 6.3)
6.1 Resultado de equivalência
patrimonial
6.2 Receitas financeiras
6.3 Outras
7 VALOR ADICIONADO TOTAL A
DISTRIBUIR (5+6)
8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADI-
CIONADO (*) (8.1 a 8.6)
8.1 Pessoal (8.1.1 a 8.1.3)
8.1.1 Remuneração direta
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COMPANHIA:
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
EXERCÍCIO FINDO EM:
8.1.2 Benefícios
8.1.3 FGTS
8.2 Impostos, taxas e contribui-
ções (8.2.1 a 8.2.3)
8.2.1 Federais
8.2.2 Estaduais
8.2.3 Municipais
8.3 Remuneração de capitais de
terceiros (8.3.1 a 8.3.3)
8.3.1 Juros
8.3.2 Aluguéis
8.3.3 Outras
8.4 Remuneração de capitais pró-
prios (8.4.1 e 8.4.2)
8.4.1 Juros sobre o capital próprio
8.4.2 Dividendos
8.5 Lucros retidos/Prejuízo do
exercício
8.6 Participação dos não controla-
dores nos lucros retidos (só para
consolidação)
Fonte: adaptado de Ribeiro (2018, p.132).
11
sentido, notemos o que deve ser considerado para
cada item da DVA:
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e
serviços Neste item devem ser informados
os valores referentes ao faturamento bruto da
entidade, ou seja, as receitas decorrentes da
comercialização de mercadorias, produtos e
serviços e que tenham recebido essa classifi-
cação na Demonstração de Resultado, inclusive
os tributos incidentes sobre esse faturamento.
1.2 Outras receitas Neste item devem
ser informados outros tipos de receitas não
classificadas no item anterior, inclusive com
impostos incidentes.
1.3 Receitas relativas à construção de Ati-
vos próprios Neste item devem ser alocados os
recursos próprios ou de terceiros destinados à
construção de Ativos para uso próprio.
1.4 Provisão para créditos de liquidação
duvidosa – Reversão / (Constituição) Neste
item os valores relativos às constituições e
mesmo reversões de provisões para créditos
de liquidação duvidosa deverão ser informados.
2.1 Custos dos produtos, das mercadorias
e dos serviços vendidos Serão alocados neste
item os valores de matérias-primas obtidas
junto a terceiros e que se incorporam no custo
do produto, mercadoria ou serviço vendido,
exceto gastos com pessoal.
12
2.3 Perda / Recuperação de valores Ativos
Neste item devem ser informados os valores
relativos a ajustes por avaliação de ativos como
estoques, imobilizado, investimentos etc.
2.4 Outras (especificar) Qualquer outro
elemento de formação de receita que não se
encaixa nos itens anteriores pode ser informado
de forma isolada com a devida especificação.
6.1 Resultado de equivalência patrimonial
Alocar neste item os valores de resultados de
equivalência patrimonial, que, quando despesas,
devem ser reduzidos.
6.2 Receitas financeiras Neste item devem
ser informados todos os valores de receitas
financeiras, como as variações cambiais, in-
dependentemente de sua origem.
6.3 Outras Outras receitas que não se en-
caixam nas classificações anteriores devem
ser informadas de forma independente.
8.1 Pessoal (8.1.1 a 8.1.3) Neste item,
dividido em três, devem ser informados os
valores apropriados como custo/despesas na
demonstração de resultado, como remuneração
direta, benefícios concedidos a empregados,
além do FGTS.
8.2 Impostos, taxas e contribuições (8.2.1
a 8.2.3) Neste item devem ser alocados todos
os valores de tributos devidos pela entidade,
como aqueles sobre o resultado: IRPJ e CSLL,
13
por exemplo, além do INSS, segregados por
ente tributante.
8.3 Remuneração de capitais de terceiros
(8.3.1 a 8.3.3) Neste item devem ser informados
os valores pagos a terceiros pelo financiamento
externo de capital, seja através de juros pela
obtenção de empréstimos, ou quaisquer despe-
sas financeiras, inclusive variações cambiais.
No item deve ainda ser informados valores de
aluguéis ou outras remunerações que carac-
terizem transferência de riqueza.
8.4 Remuneração de capitais próprios
(8.4.1 e 8.4.2) Serão alocados neste item va-
lores referentes à remuneração para sócios e
acionistas, por meio de juros sobre o capital
próprio ou mesmo distribuição de resultados.
8.5 Lucros retidos / Prejuízo do exercício
Corresponde ao resultado do exercício apurado
em Demonstrativo de Resultado.
8.6 Participação dos não controladores nos
lucros retidos (só para consolidação) Valores
relativos aos resultados retidos de acionistas
não controladores
REFLITA
Você acredita que a elaboração da Demonstração do
Valor Adicionado por uma entidade não obrigada à sua
apresentação pode fazer com que ela seja vista de for-
14
ma positiva? Essa atitude gera algum tipo de impacto
benéfico? Em que sentido?
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pois como salientado anteriormente, seus concei-
tos são distintos dos contábeis, os quais servirão
de base para elaboração da Demonstração do
Resultado.
Tabela 2: DRE X1 e X2 da empresa fictícia A Arte de Brincar
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Demonstração do Resultado dos Exercícios X2 e X1
Em R$ X2 X1
Receita bruta 3.626.084 3.997.801
Receita de venda de mercadorias 906.521 999.450
Receita de prestação de serviços 2.719.563 2.998.351
(-) Deduções s/vendas (189.777) (295.790)
Cancelamento de vendas (189.777) (295.790)
(-) Impostos s/vendas (226.078) (283.714)
Pis s/ Receita (23.570) (28.885)
Cofins s/ Receita (66.530) (72.934)
ISS s/ Receita (135.978) (181.895)
Receita Líquida 3.210.229 3.418.297
(-) Custo dos produtos vendidos (1.187.060) (1.197.833)
Lucro Bruto 2.023.169 2.220.464
(-) Despesas operacionais (611.867) (508.585)
Despesas com pessoal (437.174) (392.058)
Salários (347.368) (312.977)
INSS (69.474) (58.963)
FGTS (20.332) (20.118)
Despesas gerais (174.693) (116.527)
Depreciação (24.758) (13.374)
Aluguel (88.000) (76.000)
Energia elétrica (56.788) (23.924)
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A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Demonstração do Resultado dos Exercícios X2 e X1
Em R$ X2 X1
Água e esgoto (5.147) (3.229)
Resultado operacional 1.411.302 1.711.879
Resultado financeiro (615.250) (577.888)
Receita financeira 30.000 257.000
Aplicações financeiras 28.000 98.080
Juros ativos 2.000 158.920
Despesas com juros (645.250) (834.888)
Juros passivos (645.250) (834.888)
Resultado antes do IRPJ/CSLL 796.052 1.133.991
IRPJ/CSLL (169.231) (181.699)
Resultado Líquido do Exercício 626.821 952.292
Fonte: elaborado pela autora.
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A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
DESCRIÇÃO EXERCÍCIO EXERCÍCIO
X2 X1
3. VALOR ADICIONADO BRUTO 2.187.312 2.477.025
(1 – 2)
4 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E 24.758 13.374
EXAUSTÃO
5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 2.162.554 2.463.651
PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3
– 4)
6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO 30.000 257.000
EM TRANSFERÊNCIA (6.1 a 6.3)
6.2 Receitas financeiras 30.000 257.000
7 VALOR ADICIONADO TOTAL A 2.192.554 2.720.651
DISTRIBUIR (5+6)
8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADI- 2.192.554 2.720.651
CIONADO (*) (8.1 a 8.6)
8.1 Pessoal (8.1.1 a 8.1.3) 367.700 333.095
8.1.1 Remuneração direta 347.368 312.977
8.1.3 FGTS 20.332 20.118
8.2 Impostos, taxas e contribui- 583.057 306.413
ções (8.2.1 a 8.2.3)
8.2.1 Federais 328.805 342.481
8.2.2 Estaduais 118.274 (217.963)
8.2.3 Municipais 135.978 181.895
8.3 Remuneração de capitais de 733.250 910.888
terceiros (8.3.1 a 8.3.3)
8.3.1 Juros 645.250 834.888
8.3.2 Aluguéis 88.000 76.000
8.5 Lucros retidos/Prejuízo do 508.547 1.170.255
exercício
Fonte: elaborado pela autora.
18
Percebeu como é fácil elaborar a Demonstração
do Valor Adicionado? Mas será que ela por si só
já é suficiente para ser compreendida pelos seus
usuários? Para completar o entendimento dessa
e das demais demonstrações contábeis, vamos
a partir de agora conhecer as Notas Explicativas!
19
NOTAS EXPLICATIVAS (NE)
Agora que já conhecemos o conjunto de demons-
trações contábeis que devem ser elaboradas pelas
entidades, chegou o momento de abordarmos as
Notas Explicativas, que não correspondem a uma
demonstração, mas integram juntamente com as
demonstrações contábeis o conjunto de relatórios
que devem ser apresentados pelas entidades.
20
esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.
21
apresentadas em nenhuma outra parte das demons-
trações financeiras;
IV – indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos elementos
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálcu-
los de depreciação, amortização e exaustão, de
constituição de provisões para encargos ou riscos,
e dos ajustes para atender a perdas prováveis na
realização de elementos do ativo;
22
sai” (PEPS), Preço médio, “Último a Entrar, Primeiro
a Sair” (UEPS), e as formas como os elementos do
Imobilizado são avaliadas, bem como a forma de
depreciação adotada.
23
em garantia, bem como deve prestar informações
acerca das transações que envolvem a referida
concessão da garantia.
24
que essas correções resultarem em algum tipo de
lançamento de ajuste.
25
Segue estrutura das Notas Explicativas segundo
a NBCTG26, aprovada pela Resolução CFC n.
1185/2009:
Notas explicativas
Estrutura
112. As notas explicativas devem:
(a) apresentar informação acerca da base para a ela-
boração das demonstrações contábeis e das políticas
contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens
117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelas normas, inter-
pretações e comunicados técnicos, que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis;
(c) prover informação adicional que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis, mas que
seja relevante para sua compreensão.
113. As notas explicativas devem ser apresentadas,
tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. Na
determinação de forma sistemática, a entidade deve
considerar os efeitos sobre a compreensibilidade e com-
parabilidade das suas demonstrações contábeis. Cada
item das demonstrações contábeis deve ter referência
cruzada com a respectiva informação apresentada nas
notas explicativas (Alterado pela NBC TG 26 [R3]).
114. Exemplos de ordenação ou agrupamento sistemá-
tico das notas explicativas incluem:
(a) dar destaque às áreas de atividades que a entidade
considera mais relevantes para a compreensão do seu
desempenho financeiro e da posição financeira, como
26
agrupar informações sobre determinadas atividades
operacionais;
(b) agrupar informações sobre contas mensuradas
de forma semelhante, como os ativos mensurados ao
valor justo;
(c) seguir a ordem das contas das demonstrações do
resultado e de outros resultados abrangentes e do ba-
lanço patrimonial, tais como:
(1) declaração de conformidade com as normas, inter-
pretações e comunicados (ver item 16);
(2) políticas contábeis significativas aplicadas (ver
item 117);
(3) informação de suporte de itens apresentados nas
demonstrações contábeis pela ordem em que cada
demonstração e cada rubrica sejam apresentadas;
(4) outras divulgações, incluindo:
- passivos contingentes (ver NBC TG 25) e compromissos
contratuais não reconhecidos;
- divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos
e as políticas de gestão do risco financeiro da entidade
(ver NBC TG 40).
27
Isso ocorre porque o legislador quer garantir que
as demonstrações elaboradas por esses tipos de
entidades estejam de acordo com as práticas a
que estão sujeitas, garantindo assim transparência.
28
Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação
específica que for aplicável.
29
toria independente está convencida de que (1) as
demonstrações contábeis foram elaboradas com
observância das Normas Brasileiras de Contabilida-
de, (2) as demonstrações atendem às disposições
legais, regulamentares e mesmo societárias, (3)
as demonstrações contábeis condizem com o
conhecimento que os auditores têm acerca da
entidade e (4) houve a divulgação adequada de
todos os assuntos relevantes nas demonstrações
contábeis.
b) Parecer com ressalva O parecer com ressalva é
emitido quando, na opinião da auditoria independen-
te, (1) não há concordância com administração da
entidade auditada, no que se refere ao conteúdo e/ou
forma de apresentação das demonstrações contá-
beis e (2) há limitação na extensão do seu trabalho.
A ressalva dever ser efetuada de forma clara e ob-
jetiva, inclusive no que se refere aos seus efeitos
nas demonstrações contábeis.
30
que apenas um parecer com ressalva não seria
suficiente para contemplar tal contexto.
(Título)
RELATÓRIO DO(S) AUDITOR(ES) INDEPENDENTE(S)
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
(Destinatário)
(Parágrafo introdutório)
Examinamos as Demonstrações Contábeis da Compa-
nhia X, que compreendem o balanço patrimonial em 31
31
de dezembro de X1 e as respectivas Demonstrações
do Resultado das mutações do patrimônio líquido e
dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data,
assim como o resumo das principais práticas contábeis
e demais notas explicativas.
(Responsabilidade da administração sobre as Demons-
trações Contábeis)
A administração da Companhia é responsável pela
elaboração e adequada apresentação dessas Demons-
trações Contábeis de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir a elaboração
de Demonstrações Contábeis livres de distorção relevan-
te, independentemente se causada por fraude ou erro.
(Responsabilidade dos auditores independentes)
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre as Demonstrações Contábeis com base em nossa
auditoria, conduzida de acordo com as Normas Brasileiras
e Internacionais de Auditoria. Essas normas requerem o
cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que
a auditoria seja planejada e executada com o objetivo
de obter segurança razoável de que as Demonstrações
Contábeis estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos
selecionados para obtenção de evidência a respeito dos
valores e divulgações apresentados nas Demonstrações
Contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos
de distorção relevante nas Demonstrações Contábeis,
independentemente se causada por fraude ou erro.
32
Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os
controles internos relevantes para a elaboração e ade-
quada apresentação das Demonstrações Contábeis da
Companhia para planejar os procedimentos de auditoria
que são apropriados nas circunstâncias, mas não para
fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses
controles internos da Companhia.
Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação
das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela administração, bem
como a avaliação da apresentação das Demonstrações
Contábeis tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é su-
ficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
(Opinião do auditor)
Em nossa opinião, as Demonstrações Contábeis acima
referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira
da Entidade X em 31 de dezembro de X1, o desempenho
de suas operações, as mutações de seu Patrimônio
Líquido e seus fluxos de caixa para o exercício findo
naquela data, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil.
(Outros requisitos legais e regulatórios)
(Localidade do escritório de auditoria que emitiu o
relatório)
(Data do relatório)
(Identificação e assinatura do auditor independente –
pessoa física ou jurídica –, nome do sócio ou responsável
técnico, quando pessoa jurídica; números de registro no
33
CRC da firma de auditoria e do profissional que assina
o relatório e assinatura do auditor independente.)
RELATÓRIO DOS
ADMINISTRADORES
De acordo com a Lei das SAs., em seu artigo 133, os
administradores devem apresentar aos acionistas
o Relatório da Administração que deve contemplar
informações acerca dos negócios sociais e os
principais fatos administrativos do exercício findo.
34
RELATÓRIO DA DIRETORIA
Prezados Acionistas,
Em cumprimento às disposições legais e estatutárias,
submetemos à apreciação de Vossas Senhorias o Balan-
ço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras
encerradas em 31 de dezembro de X1. Estaremos à
disposição de Vossas Senhorias em nossa sede social
para quaisquer outros esclarecimentos.
São Paulo, .... de ............... de X1
Diretoria
35
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esperamos que este e-book tenha ajudado a pro-
porcionar uma visão global acerca da importância
da apresentação correta das demonstrações, bem
como identificação dos impactos que elas causam
aos seus usuários.
36
Referências Bibliográficas
& Consultadas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
– CPC. Pronunciamentos. Disponível em: http://
www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos.