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CIC 068 –

CONTABILIDADE
SOCIAL E AMBIENTAL

Profª. Bruna Camargos Avelino


bcavelino@gmail.com
3409-7266
Gabinete: 2050
BALANÇO SOCIAL:
CONCEITOS,
HISTÓRIA,
CONTEÚDO E
OBJETIVOS
RELEVÂNCIA DO BALANÇO SOCIAL
 A busca de qualidade de vida pelo homem moderno estimulou as
companhias a se interessarem por instrumentos de aferição do
seu desempenho nessa área.
SURGIMENTO DO BALANÇO SOCIAL
 O Balanço Social surgiu para satisfazer essa nova necessidade.

 Dois fatores tiveram importante papel no seu desenvolvimento:


 A pressão crescente sobre a empresa em relação aos
aspectos sociais;
 A insegurança quanto ao seu futuro.
NECESSIDADE DE DIVULGAÇÃO
 O Balanço Social deve refletir toda a responsabilidade da
empresa para com a sociedade, contendo informações sobre:
 O valor adicionado à economia e à sociedade;
 A gestão de recursos humanos: benefícios proporcionados
à mão-de-obra empregada;
 A interação com o meio ambiente: impactos e benefícios
de suas atividades sobre o meio natural, bem como os
efeitos negativos desse meio sobre seu patrimônio.
NECESSIDADE DE DIVULGAÇÃO
 O Balanço Social deve refletir toda a responsabilidade da
empresa para com a sociedade, contendo informações sobre:
 A interação com a sociedade: relacionamento com a
circunvizinhança, benefícios proporcionados e impactos
causados.
FUNÇÃO DO BALANÇO SOCIAL
 É um instrumento de gestão e de informação que visa
evidenciar, de forma mais transparente possível, informações
contábeis, econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das
entidades, aos mais diferenciados usuários.

Tinoco (2011)
OBJETIVOS DO BALANÇO SOCIAL

 Evidenciar, por meio de indicadores econômicos e sociais, as


contribuições da empresa à qualidade de vida da comunidade;

 Abranger todo o conjunto de interações sociais que compreende


clientes, fornecedores, governo, acionistas, investidores, etc.

 Divulgar os investimentos realizados no desenvolvimento de


pesquisas e tecnologias.
OBJETIVOS DO BALANÇO SOCIAL

 Ampliar o grau de confiança da sociedade em relação à entidade;

 Servir de instrumento para negociações laborais entre empresa,


sindicatos, representantes de empregados;

 Medir impactos de informações apresentadas perante a


comunidade onde mantém relação de negócios.
PADRONIZAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL
 Objetivos da padronização do Balanço Social:
 Comparabilidade entre as ações sociais implementadas pelas
empresas;
 Identificação de quais setores da sociedade não estão sendo
atendidos por estas empresas;
 Inviabilização da utilização do Balanço Social como
instrumento de marketing.
 Limitação:
 A padronização restringiria a inclusão de ações sociais não
contemplados naquele modelo.
BALANÇO SOCIAL E
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
 O relatório de sustentabilidade é mais abrangente do que o balanço
social, pois evidencia as práticas adotadas pelas empresas no
intuito de buscar o desenvolvimento sustentável, por meio de
medidas que possibilitem melhores condições de vida para a
sociedade, e que demonstre atitudes de preservação do meio
ambiente.

Ferreira et al. (2009)


BALANÇO SOCIAL:
MODELOS
MODELOS DE BALANÇO SOCIAL
 Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase);

 Instituto Ethos.
MODELO DE RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
 Global Reporting Initiative (GRI)
MODELOS DE BALANÇO SOCIAL OU RELATÓRIOS
DE SUSTENTABILIDADE
 Todos visam definir as informações mínimas a serem publicadas
para dar transparência às atividades da empresa.

 Algumas organizações produzem relatórios com formato


próprio, geralmente definido por sua área de comunicação, os
quais não contêm as informações exigidas por nenhum dos
modelos-padrão.
MODELO IBASE
 Lançado em 1997, o Balanço Social Modelo Ibase inspira-se no
formato dos balanços financeiros.

 O objetivo era desenvolver um modelo com uma página, para


não perder a comparabilidade, nem suas principais
características: simplicidade e fácil entendimento.
MODELO IBASE
 Em forma de planilha, reúne informações sobre a folha de
pagamentos, os gastos com encargos sociais de funcionários e a
participação nos lucros.

 Além disso, detalha as despesas com controle ambiental e os


investimentos sociais externos nas diversas áreas - educação,
cultura, saúde etc.
MODELO ETHOS
 Baseado num relato detalhado dos princípios e das ações da
organização, incorpora:
 Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial;
 Planilha proposta pelo Ibase, sugerindo um detalhamento
maior do contexto das tomadas de decisão em relação aos
problemas encontrados e aos resultados obtidos.
MODELO ETHOS
 Os Indicadores se concentram em avaliações em três áreas
de atuação da empresa: processos produtivos; relações
com a comunidade; e relações com os empregados.

 O foco é avaliar o quanto a sustentabilidade e a


responsabilidade social têm sido incorporadas nos negócios,
auxiliando a definição de estratégias, políticas e processos.
GLOBAL REPORTING INITIATIVE (GRI)
 Este modelo, considerado o mais completo e abrangente, conta
com princípios para a definição adequada do conteúdo do
relatório e para garantir a qualidade da informação relatada,
indicadores de desempenho e protocolos técnicos com
metodologias de compilação, fontes de referências etc.

 Busca ajudar as organizações a serem transparentes em relação


aos seus impactos na sociedade.
GLOBAL REPORTING INITIATIVE (GRI)
 Atualmente, é o modelo mais utilizado;

 O relatório GRI visa apresentar, identificar, avaliar e gerir


indicadores de sustentabilidade para entidades dos mais
diversos setores.

 Modelo atual: GRI Standards.


DEMONSTRAÇÃO
DO VALOR
ADICIONADO (DVA)
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
 A DVA explicita como a riqueza gerada por uma entidade é
utilizada para a remuneração do trabalho, do governo, dos
credores e acionistas.

 Tornou-se obrigatória para as empresas abertas no Brasil com a Lei


nº 11.638/07 (que alterou a Lei n 6.404/76);

 É normatizada pelo CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado.


DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
 Já era incentivada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por
meio da orientação CVM nº 24/92 e pelo Ofício Circular CVM/SNC/
SEP nº 01/04.

 Desde 2005, o Conselho Federal de Contabilidade dispunha sobre a


adoção voluntária da DVA pela NBC T 3.7.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
 A DVA tem por objetivo evidenciar a riqueza criada pela
entidade e sua distribuição, durante determinado período.
 A elaboração da DVA tem como pressuposto conceitos
macroeconômicos, uma vez que busca evidenciar o quanto a
entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e
que são vendidos ao consumidor durante determinado período.
 Em linhas gerais, mostra a parcela de contribuição da entidade
para o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que elimina valores
que representam dupla contagem.
DEFINIÇÃO DE VALOR ADICIONADO
 O Valor Adicionado consiste na riqueza gerada por uma
entidade.

 Representa o incremento de valor que se atribui a um bem


durante o processo de produção.

Santos (2007)
DEFINIÇÃO DE VALOR ADICIONADO

EXEMPLO:
Uma Entidade apresenta os seguintes totais:
 Vendas Brutas: R$ 1.000,00
 Insumos adquiridos de outras empresas: R$ 600,00
 Mão de obra utilizada: R$ 100,00
 Impostos, taxas e contribuições: R$ 300,00
DEFINIÇÃO DE VALOR ADICIONADO
Produto = Valor Adicionado
Venda Bruta 1.000,00
(-)Insumos adquiridos (600,00)
Valor Adicionado 400,00

Os 400 representam o “bônus” pago pelo mercado, ou seja,


quanto foi adicionado de valor ao total pago às outras empresas
(consumo intermediário).
DEFINIÇÃO DE VALOR ADICIONADO
Renda = Destinação do Valor Adicionado
Salários 100,00
Impostos 300,00
Valor Adicionado: 400,00

Da riqueza gerada ou adicionada, parte foi para remunerar a mão


de obra e a outra parte foi destinada ao governo, por meio do
pagamento de impostos.
CARACTERIZAÇÃO DA DVA
 A empresa, normalmente, cria riquezas em montantes muito
superiores aos lucros que são de propriedade dos sócios e
acionistas, a DRE reporta apenas os lucros.

 A DRE é uma das principais fontes de informação para a


elaboração da DVA.
CARACTERIZAÇÃO DA DVA
 A DRE mostra o lucro líquido, que é parte do valor adicionado e
que pertence aos sócios como investidores de capital de risco;

 A DVA identifica as riquezas criadas e a forma como elas são


distribuídas aos funcionários, governo, financiadores.
E O OBJETIVO DA DVA?
 Proporcionar informações de natureza econômica e social para
melhorar a avaliação das atividades da empresa dentro da
sociedade na qual está inserida.
RAZÕES PARA SE ADOTAR A DVA
 Permite obter uma dupla visão da realidade empresarial: a
econômica, relativa ao valor adicionado, e a social, correspondente
às rendas distribuídas;
 Possibilita desenvolver um sistema de avaliação dos gestores e
unidades;
 Permite conhecer a contribuição econômica da empresa para a
renda nacional ou para seu ambiente econômico ou social.
ESTRUTURA SINTÉTICA DA DVA

Receitas
( - ) INSUMOS ADQUIRIDOS
( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO
( - ) DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO
() VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM
TRANSFERÊNCIA
(=) VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
(-) DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
ESTRUTURA DETALHADA DA DVA
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DO EXERCÍCIO
1 – RECEITAS (riqueza criada pela própria empresa)
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2 Outras Receitas
1.3 Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4 Perdas estimadas em creditos de liquidação duvidosa
 2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (soma dos itens 2.1 a 2.4)
2.1 Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3 Perda/Recuperação de valores ativos
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
ESTRUTURA DETALHADA DA DVA
4 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (soma dos itens 6.1
e 6.2)
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR(5+6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8.1) Pessoal e encargos
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.3) Remuneração de capital de terceiros
8.4) Remuneração de capital de próprio
ESTRUTURA DETALHADA DA DVA
Pessoal Remuneração de capitais de
• Remuneração direta terceiros
• Benefícios • Juros
• F.G.T.S • Aluguéis
• Outras
Impostos, taxas e contribuições Remuneração de Capitais Próprios
• Federais • Juros sobre o Capital Próprio
• Estaduais • Dividendos
• Municipais • Lucros retidos / Prejuízo do
exercício
• Participação dos não-controladores
nos lucros retidos (só p/
consolidação)
EXEMPLO: ELABORAÇÃO DA DVA

Durante o exercício social de 20x1, a Cia Badejo realizou as


seguintes operações:
i. Aquisição a vista de mercadoria no valor de R$ 2.000, com incidência de
ICMS calculado à alíquota de 18%. Assim, o valor de ICMS é de R$ 360
e o das compras líquidas é de R$ 1.640;
ii. Venda total das mercadorias por R$ 6.000, destacando-se o ICMS
(alíquota de 18%) de R$ 1.080;
iii. No período, 10% das mercadorias vendidas foram devolvidas, ou seja,
R$ 600. No valor da devolução, estão incluídos R$ 108 relativos ao ICMS
que foi faturado no momento da venda. O custo da mercadoria devolvida
foi de R$ 200;
EXEMPLO: ELABORAÇÃO DA DVA
iv. Gastos com pessoal no valor de R$ 290;
v. Despesas administrativas correspondem ao consumo de materiais de
escritório no valor de R$ 150;
vi. Venda do imobilizado por R$ 600, cujo custo de aquisição foi de R$ 500
e já estava depreciado em R$ 150. Ou seja, a empresa obteve lucro de
R$ 250 nessa transação;
vii. O imposto de renda e a contribuição social são calculados à alíquota de
33% sobre o lucro líquido.
Demonstração do Resultado do Exercício

RECEITA BRUTA 6.000


(-) Devolução e abatimentos (600)
(-) ICMS faturado (972)
(=) VENDAS LÍQUIDAS 4.428
(-) Custo das mercadorias vendidas (1.476)
(=) LUCRO BRUTO 2.952
(-) Despesas operacionais -
Salários e encargos (290)
Administrativas (150)
LUCRO NA VENDA DE IMOBILIZADO 250
(=) Lucro antes do IR/CS 2.762
(-) IR/S (33%) (911)
(=) LUCRO LÍQUIDO 1.851
Demonstração do Valor Adicionado – DVA
1 – RECEITAS (criada pela própria empresa) 5.650,00
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 5.400,00
1.2 Outras receitas 250,00
1.3 Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4 Perdas estimadas em creditos de liquidação
duvidosa
 2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS  1.950,00
2.1 Custo das mercadorias vendidas 1.800,00
2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 150,00
2.3 Perda/Recuperação de valores ativos
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 3.700,00
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA 3.700,00
ENTIDADE (3-4)
Demonstração do Valor Adicionado – DVA

6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM


TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial

6.2) Receitas financeiras

 7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR(5+6)  3.700,00

8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 3.700,00


8.1) Pessoal e encargos 290,00

8.2) Impostos, taxas e contribuições 1.559,00


8.3) Remuneração de capitais de terceiros

8.4) Remuneração de capitais próprios 1.851,00


EXEMPLO: ELABORAÇÃO DA DVA
Cálculo do ICMS:
1080-108= R$ 972

Venda de imobilizado:
500 – 150 = 350
600 – 350 = 250 (ganho)

CMV = Custo de aquisição + ICMS = 1800


CMV = 1640 – 164 (ref. a devolução) = 1476 + (360 - 36 = R$ 324) = 1800

IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES = (972 – 324 – a recuperar = 648) +


911 = 1559
RELATO
INTEGRADO
RELATO INTEGRADO

É mais um relatório?
É mais um protocolo?

 É uma comunicação concisa sobre como a estratégia de uma


organização, sua governança, desempenho e perspectivas, no
contexto de seu ambiente externo, levam à criação de valor a
curto, médio e longo prazos.

Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado (2015)


RELATO INTEGRADO
 Um processo baseado em pensamento integrado , que resulta
em um relatório integrado periódico por uma organização sobre a
geração de valor ao longo do tempo e as respectivas
comunicações sobre aspectos da geração de valor.

IIRC (2013)
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Criação de valor: valor gerado por uma organização ao longo do
tempo se manifesta por meio de acréscimos, decréscimos ou
transformações de capitais causados por atividades e produtos.
 Este valor possui dois aspectos inter-relacionados. O valor é
gerado para:
 A própria organização, o que permite retornos financeiros aos
provedores de capital financeiro;
 Outros (ou seja, partes interessadas e a sociedade em
geral).

Estrutura Internacional para Relato Integrado (2014)


RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capitais: os capitais são repositórios de valor que aumentam,
diminuem ou se transformam por meio de atividades e produtos
da organização que deles dependem para seu sucesso.
 Os capitais são classificados em:
1. Financeiro
2. Manufaturado
3. Intelectual
4. Humano
5. Social e de relacionamento
6. Natural

Estrutura Internacional para Relato Integrado (2014)


RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capital Financeiro: abrange o conjunto de recursos que:
 Está disponível à organização para ser utilizado na
produção de bens ou na prestação de serviços; e
 É obtido por meio de financiamentos, tais como dívidas,
participações societárias ou subvenções, ou gerado por
meio de investimentos.
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capital Manufaturado: abrange os objetos físicos manufaturados
(diferentes de objetos físicos naturais) disponíveis à organização
para uso na produção de bens ou na prestação de serviços,
incluindo:
 Prédios;
 Equipamentos; e
 Infraestrutura (tais como estradas, portos, pontes e plantas
para o tratamento de água e esgoto).
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capital Intelectual: abrange os organizacionais, intangíveis e
baseados em conhecimento, incluindo:
 Propriedade intelectual, tais como patentes, direitos
autorais, softwares, direitos e licenças; e
 “Capital organizacional", tais como conhecimento tácito,
sistemas, procedimentos e protocolos.
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capital Humano: abrange as competências, habilidades e
experiência das pessoas e suas motivações para inovar,
incluindo:
 Seu alinhamento e apoio à estrutura de governança, ao
gerenciamento de riscos e aos valores éticos;
 A capacidade de entender, desenvolver e implementar a
estratégia da organização; e
 Lealdade e motivação para melhorar processos, bens e
serviços, incluindo a capacidade de liderar, gerenciar e
colaborar.
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capital Social e de Relacionamento: abrange as instituições e
os relacionamentos dentro e entre comunidades, stakeholders e
outras redes, e a capacidade de compartilhar informações para
melhorar o bem estar individual e coletivo.
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 Capital Natural: abrange todos os recursos ambientais
renováveis e não renováveis e processos ambientais que
fornecem bens ou serviços que apoiam a prosperidade passada,
presente e futura da organização. Isso inclui:
 Água, terra, minerais e florestas; e
 A biodiversidade e a qualidade do ecossistema.
RELATO INTEGRADO: CONCEITOS IMPORTANTES
 A Estrutura Internacional para Relato Integrado não exige a
adoção das categorias anteriormente elencadas, podendo as
organizações utilizar categorizações diferentes.

 A classificação serve:
 Como parte da sustentação teórica do conceito da geração de valor;
 Como diretriz para assegurar que as organizações levem em conta
todas as formas de capital utilizadas ou afetadas por elas.

Independente da classificação dada, a organização não deve


negligenciar o capital usado ou afetado por ela.
O RELATO INTEGRADO SUBSTITUI OUTROS
RELATÓRIOS?

 O relato integrado não é mais um relatório ou o substituto dos


relatórios que a empresa já prepara, mas uma metodologia para
tratar do processo de elaborar a informação a ser transmitida,
dando ênfase tanto à informação chamada "não financeira"
(responsabilidade social, governança, meio ambiente etc.) quanto
à "financeira".

IIRC (2013)
O RELATO INTEGRADO SUBSTITUI OUTROS
RELATÓRIOS?

 Se a empresa faz relatório de sustentabilidade sob o GRI ou


qualquer outro padrão, pode continuar a faze-lo; da mesma
forma, se utiliza o IFRS ou USGAAP para a parte financeira,
também pode continuar a faze-lo.
 O que o relato integrado pretende é que os dois blocos estejam
integrados. Ou seja, o que se deseja evitar é uma informação na
demonstração contábil que esteja em contradição com o
apresentado no relatório de sustentabilidade (por exemplo).
IIRC (2013)
RELATO INTEGRADO: OBJETIVOS

 O objetivo principal de um relato integrado é o de explicar aos


provedores de capital financeiro como uma organização gera
valor ao longo do tempo.

 Um relato integrado beneficia todas as partes que estejam


interessadas na capacidade que uma organização tem de gerar
valor ao longo do tempo, incluindo empregados, clientes,
fornecedores, parceiros comerciais, comunidades locais,
legisladores, reguladores e formuladores de políticas.

Estrutura Internacional para Relato Integrado (2014)


RELATO INTEGRADO: ESTRUTURA

 A Estrutura Internacional para Relato Integrado estabelece os


Princípios Básicos e Elementos de Conteúdo que guiam o
conteúdo geral de um relatório integrado, e explicar os conceitos
fundamentais que os sustentam.
RELATO INTEGRADO: PRINCÍPIOS BÁSICOS
RELATO INTEGRADO: ELEMENTOS DE CONTEÚDO
RELATO INTEGRADO: MOTIVOS PARA ADESÃO
 Relatórios corporativos antes do Relato Integrado:
REGULAÇÃO
AMBIENTAL
ORIENTAÇÃO TÉCNICA CPC 09 – RELATO INTEGRADO
 Data da aprovação: 06/11/2020; Data da Divulgação: 19/01/2021.

 Correlação à Estrutura Conceitual Básica do Relato Integrado,


elaborada pelo Internacional Integrated Reporting Council (IIRC).

 A intenção do CPC não é tornar obrigatória a elaboração do


Relato Integrado, mas torná-lo referência como metodologia de
integração de informação financeira com a não financeira.

 Porém, é obrigatória a observância da OCPC 09 por todas as


companhias de capital aberto que decidirem divulgar o Relato
Integrado.
ORIENTAÇÃO TÉCNICA CPC 09 – RELATO INTEGRADO
 Objetivos da orientação:
 Melhoria da qualidade da informação disponível aos
investidores e demais stakeholders;
 A promoção de uma abordagem mais coesa e eficiente do
relato corporativo;
 O aperfeiçoamento da prestação de contas e da
responsabilização pela gestão da base abrangente de capitais
(financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, de
relacionamento e natural).
ORIENTAÇÃO TÉCNICA CPC 09 – RELATO INTEGRADO
 Contém quatro capítulos, divididos por dois conjuntos: na parte I –
Introdução, constam itens sobre a Utilização da Orientação e sobre
Conceitos Fundamentais; e, na parte II – O Relato Integrado, há
Princípios de Orientação e Elementos de Conteúdo.

 O comunicado tem relação com a Estrutura Conceitual


(framework) do RI, elaborada pelo Internacional Integrated
Reporting Council, organização global que surgiu da colaboração
entre reguladores, investidores, órgãos fiscalizadores, profissionais
da contabilidade, empresas e organizações não governamentais.

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