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Importância dos estudos comparativos em educação

A Educação Comparada é considerada “indispensável’, pois é por meio dela que o


futuro professor será levado a melhor compreensão do próprio sistema de educação
e ao conhecimento dos resultados práticos das soluções dadas aos problemas de
ensino pelos sistemas educativos de outros países, de outras sociedades, etc.

1. A Educação Comparada como um


veículo de cultura geral pedagógico: A
Educação é um processo universal,
apesar das diferentes contextualizações
e tipificações em cada sociedade: O
sistema educativo é um subsistema
social (porque, em última análise, ao
representar e “congregar” as intenções
da sociedade maior, encontra-se nela
contida e ao seu serviço) e as
sociedades (diferentes regiões e
culturas dum mesmo território
nacional) são unidades típicas. Todos os
indivíduos (especialistas do currículo,
gestores, professores, alunos, pais,
encarregados de educação,
comunidade, etc.) culturas
influenciam-se mutuamente e
experimentam um num intercâmbio
generalizado.

Através de estudos comparativos, tem sido possível detectar certas regularidades


entre os diferentes sistemas de educação, tanto ao nível da estrutura como no das
funções e, consequentemente de seus problemas nos sistemas educativos.
Alguns autores falam mesmo de problemas educacionais na actualidade, o que não
quer dizer que absolutamente são idênticos, mas que possuem fortes pontos de
contacto (vários elementos em comum). O conhecimento de tais problemas bem
como das respectivas soluções, nos diversos sistemas educacionais nacionais é um
objectivo académico, de interesse na formação do educador;

2. A Educação Comparada como


propiciadora (proporcionadora) do
melhor conhecimento da própria
realidade nacional: Quando se compara
o sistema educacional de um país com
os de outros, toma-se consciência de
certos aspectos distintivos da educação
nacional.
Assim, devemos perceber que o investigador ou educador pode colaborar objectiva
e criteriosamente para o desenvolvimento da educação nacional, através da
interpretação das semelhanças e diferenças entre a sua realidade e a dos outros.

O conhecimento nascido de confronto entre a realidade nacional e a forânea tem


grandes possibilidades de se tornar sistemático e objectivo uma vez que tende a se
libertar do etnocentrismo (valorização exagerada da cultura/sociedade própria em
detrimento das outras).

Sempre que se toma atenção numa única cultura como ponto de referência, tende-
se a centrar nela todas as reflexões deixando-se de lado os outros aspectos das
outras culturas. Assim a Educação Comparada, ao alargar o campo de visão,
transforma-se também num instrumento de conhecimento mais profundo da própria
realidade nacional, à luz de experiências de outros povos.
3. A Educação Comparada como
propiciadora (proporcionadora) de
alternativas e soluções para problemas
nacionais: A reflexão sobre sistemas
forâneos, seus problemas e soluções,
pode ser de grande utilidade para as
realidades nacionais. Ao mesmo tempo,
vai permitir a necessária revisão de
instituições (das normas
instituídas/prescritas) e práticas
educativas, conduzindo ao
levantamento de acções concretas
necessárias.

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