Você está na página 1de 3

Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná

Campus Universitário do CEDETEG


Curso de Medicina
Acadêmico: Matheus Arengheri
4 período

MEDICINA DA COMUNIDADE IV
Caso Clínico Léia

GUARAPUAVA
Janeiro de 2023
Caso clínico:
Léia, 27 anos, atendente de telemarketing, tem ensino médio completo. Estatura mediana,
magra, mora com a companheiro, em casa alugada, de alvenaria, com 4 cômodos, com TV
disponível no quarto e na sala. Ela reside no centro de Urupema, que é considerada a cidade
mais fria do Brasil, por apresentar uma temperatura média anual de 8°C. Léia tem acesso à
energia elétrica da rede convencional e água e esgoto encanados e tratados. Não apresenta
queixas; relata doenças comuns na infância, sem complicações. Nega internações pregressas e
afirma desconhecer relatos de exames anormais. Sua demanda é por um check-up. Nega
gravidez ou IST prévias, tabagismo e consumo de álcool. Realiza três refeições ao dia,
eventualmente e desde o segundo semestre de 2022, tem realizado caminhada no fim de
semana, com duração de aproximadamente uma hora, quando não apresenta algia. Vai de
ônibus para o trabalho, maratona séries como lazer, não utiliza preservativo masculino nas
relações sexuais, usa corretamente e há 5 anos anticoncepcional hormonal oral, histórico
vacinal atualizado. Seu pai faleceu por infarto e a mãe é hipertensa e inativa fisicamente. Não
conheceu os avós, os quais não tinham doenças conhecidas/diagnosticadas e faleceram de
morte natural (velhice - sic)

1- Identifique:
● o motivo do atendimento
A paciente chega ao atendimento para um check-up
● o(s) comportamento(s) de risco
Relações sexuais sem preservativo, baixa atividade física, histórico familiar de HAS
● o estágio de mudança comportamental: Ação, pois a paciente já pratica atividade física.
● a prontidão para a atividade física, preenchendo o seguinte formulário, com os dados
apresentados:

Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) Este questionário tem o objetivo de
identificar a necessidade de avaliação por um médico antes do início da atividade física. Caso
você responda “SIM” a uma ou mais perguntas, converse com seu médico ANTES de aumentar
seu nível atual de atividade física. Mencione este questionário e as perguntas às quais você
respondeu “SIM”. Por favor, assinale “SIM” ou “NÃO” às seguintes perguntas:
1. Algum médico já disse que você possui algum problema de coração e que só deveria realizar
atividade física supervisionado por profissionais de saúde? Não
2. Você sente dores no peito quando pratica atividade física? Sim
3. No último mês, você sentiu dores no peito quando praticou atividade física? Sim
4. Você apresenta desequilíbrio devido à tontura e/ ou perda de consciência? Não
5. Você possui algum problema ósseo ou articular que poderia ser piorado pela atividade física?
Não
6. Você toma atualmente algum medicamento para pressão arterial e/ou problema de coração?
Não
7. Sabe de alguma outra razão pela qual você não deve praticar atividade física? Sim

● comportamento(s) sedentário(s) e classifique a prática de atividade física, segundo as


recomendações da OMS para adulto
Prática insuficiente e leve. A OMS indica 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de
moderada intensidade ou 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica de vigorosa intensidade
ou uma combinação equivalente de atividade física de moderada e vigorosa intensidade ao
longo da semana.

2- Realize
● aconselhamento breve sobre atividade física, conforme o estágio motivacional e
estratégias de redução do comportamento sedentário
A paciente já pratica atividade física durante a semana, por isso é preciso aumentar o tempo de
prática e sua intensidade. Léia pode começar a ir para o trabalho de bicicleta durante alguns dias
da semana ou chamar seu marido para caminhar junto no fim do dia, além de aumentar o tempo
de caminhada nos fins de semana.
Em seu trabalho, Léia passa muito tempo sentada, o que é prejudicial. Então é importante que a
paciente tente fazer intervalos nos atendimentos e levantar um pouco, ir ao banheiro, buscar
uma água ou dar uma volta para alongar o corpo e evitar dores.
● o plano de cuidados, com ações de aconselhamento breve, rastreamento, imunização,
prevenção e retorno, levando em conta o sexo, a idade e os fatores de risco de Léia e o
guia de aconselhamento breve para atividade física.Explore a memória afetiva da pessoa
(positiva ou negativa) em relação à atividade física e em que momento ela ocorreu, bem
como as possíveis barreiras à adoção/ampliação da atividade física para propor
estratégias promotoras da atividade física e redutoras do comportamento sedentário,
conforme as perspectivas de Léia.
Pergunto a Léia como ela se sentiu durante a prática de exercício físico e busco que entenda
que aumentar o tempo de prática favorecerá seu bem-estar. Aconselho que Léia faça exames de
Ists para controle e peça que seu marido faça também, orientando-os da importância do
preservativo. Relato a ela que devido a presença de HAS em seu histórico familiar, Léia possui
chances aumentadas de desenvolver também em algum momento da vida - por isso a prática de
exercícios físicos é benéfica para evitar ou até mesmo controlar a DCNT.

Você também pode gostar