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INFORMÁTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Com base nisso, para que as informações sejam utilizadas, é preciso observar alguns
critérios, os quais qualificam as informações para a correta utilização.
Padoveze (2019) cita alguns requisitos que devem ser preenchidos, para que a
informação seja considerada utilizável:
Conteúdo;
• Precisão;
• Atualidade;
• Frequência;
• Adequação à decisão;
• Valor econômico;
• Relevância;
• Entendimento;
• Confiabilidade;
• Oportunidade;
• Objetividade;
• Seletividade;
• Relatividade;
• Exceção;
• Acionabilidade;
• Flexibilidade;
• Motivação;
• Segmentação;
• Consistência;
• Integração;
• Uniformidade de critério;
• Indicação de causas;
• Volume;
• Generalidade etc.
Assim, uma boa informação será vista como uma base para uma tomada de decisão
mais assertiva, sendo ela tempestiva e fidedigna, advinda de uma boa comunicação
interna.
A boa informação deve ter algumas características para que possa ser
interpretada corretamente, dando apoio à tomada de decisão através
dos relatórios gerenciais e legais como: conteúdo e consistência, para
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quando processada garanta bons relatórios; precisa e confiável, para
que não haja dúvidas quanto a sua veracidade; atual, para que não
haja distorções; valor econômico, pois poderá ser melhor mensurado,
orientado a melhorar a viabilidade dos recursos empregados;
objetividade e indicação das causas, para que os relatórios retratem a
real situação do fato que gerou (SOUZA, 2011, p. 5).
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internas, como melhoria na comunicação de processos, e informar ao público externo o
seu crescimento e alcance de metas, visando a novos investidores, por exemplo.
Com base nisso, cabe destacar a utilização das informações. Primeiramente, vamos
nos basear na parte interna, entendendo como os sistemas que carregam, organizam
e estruturam nossas informações podem ser úteis, se bem estruturados dentro das
organizações.
Conforme Bomfim, Souza e Alves (2016), os sistemas de informação são capazes
de aumentar a velocidade no processo de tomada de decisão, justamente por coletarem,
processarem, analisarem as informações a partir de um objetivo, consequentemente
tomando as decisões mais assertivas. Além disso, complementa Barros (2005, p. 110)
que "os sistemas contábeis das empresas foram desenhados para atender à tomada
de decisões e às necessidades dos administradores em controlar o patrimônio sob sua
responsabilidade".
No entanto, é importante destacarmos o que é um sistema e seus componentes. Para
Padoveze (2019 ), um sistema é composto por um conjunto de elementos interdependentes,
ou um todo que age de forma organizada, ou várias partes que interagem formando um
todo. Assim, para entendermos o funcionamento de um sistema, precisamos considerar
todas as interrelações e o contexto, no qual se inserem, como podemos observar na
Figura 1.
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dependendo de como é desenhado o sistema de gestão da empresa, para o processamento
servir de suporte.
Todos os dados inseridos no sistema, escriturados pela contabilidade no decorrer
do processamento, serão transformados em informações. Explica Padoveze (2019) que "é
o registro puro, ainda não interpretado, analisado e processado". Tudo o que é escriturado
no contábil, no fiscal, nos recursos humanos, no societário, parte de um dado para uma
informação: é a partir daí que temos uma entrada.
Em relação aos sistemas de informação, também vale ressaltar que eles vêm
passando constantemente por mudanças, tanto para acompanhar o avanço da tecnologia
quanto para satisfazer as necessidades dos usuários. Conforme Hurt (2014), quando um
sistema de informação contábil é bem projetado, ele possibilita a melhoria na tomada de
decisões dentro das organizações, inclusive no que se refere aos elementos da estrutura
conceituai do Financial Accounting Standards Board (FASB). O autor ainda comenta que
o FASB desenvolveu uma estrutura conceituai no fim dos anos de 1970, com o intuito de
criar um guia para o desenvolvimento de princípios contábeis no futuro.
SAIBA MAIS
A título de curiosidade, o FASB é uma organização sem fins lucrativos, criada
nos Estados Unidos, com sede em Norwalk, cujo intuito é de padronizar procedi
mentos de contabilidade financeira de empresas de capital aberto e não governamentais.
Acesse: https://www.fasb.org/home.
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De acordo com Atkinson (2015), "os detalhes sobre como fazer planejamento
estratégico e o tipo de informação e análise que os estrategistas usam para selecionar uma
estratégia particular são cobertos nos cursos de estratégia". Portanto, todo o desenho e
o funcionamento do software devem estar alinhados ao que a empresa busca alcançar,
seus objetivos na utilização desta ferramenta para facilitar o processo.
Além disso, também é necessário que o ambiente de um sistema seja levado em
consideração, pois o mesmo pode influenciar na organização e diretamente em cada
departamento. A decisão de utilizar um software, além da organização dos processos está
atrelada ao controle do patrimônio. Enfim, a contabilidade deve estar alinhada com os
sistemas, para que possa realizar suas operações corretamente!
Oliveira (2005) destaca que o ambiente de um sistema se trata do conjunto de
elementos que não pertencem aos sistemas, mas são capazes de realizar alterações
em seus elementos, o que consequentemente também pode alterar o sistema, isto é, o
ambiente influencia altamente a organização e as informações. Ele pode ser definido
pelo ambiente externo (macroambiente) e pelo ambiente interno (microambiente).
Complementa Souza (2011) que "o tempo passou e as necessidades passaram a ser outras,
assim a Contabilidade sofreu modificações, buscando adaptar-se ao cenário real e ao seu
aprimoramento para melhor atender aos usuários".
Sobre o micro e o macro ambiente, sabe-se que estes dois tipos de ambientes
possuem diferentes interessados nas informações, ou seja, diferentes usuários
das informações. Com isso, os sistemas devem estar adaptados a atender tanto as
necessidades do micro quanto as do macro ambiente. "Mudanças relevantes e mesmo
bruscas no macroambiente demandam ajustes, para que a gestão das entidades possa se
desenvolver de maneira adequada" (FREZATTI et al.,2012).
Você deve estar se perguntando: Qual a finalidade dos Sistemas de Informação?
É necessário compreender que as empresas precisam estar preparadas para enfrentar
distintos problemas para a continuidade de suas atividades. Tais problemas podem ser
tanto relacionados ao micro quanto ao macroambiente. Basicamente, o desenvolvimento
de sistemas é uma das ferramentas utilizadas para auxiliar na solução destes problemas.
Mais do que isso, os sistemas de informação atuam como mecanismos que auxiliam no
dia a dia da organização e também facilitam o crescimento e a continuidade da mesma.
Você consegue perceber a importância de se ter um sistema de informação
adequado? Todas as tomadas de decisão se baseiam em informações, e se há problema
no desenho dos sistemas ou dificuldade no atendimento às necessidades dos usuários,
para que seria utilizado um sistema? Os sistemas vêm com o intuito de agregar valor às
organizações, melhorar os processos internos e auxiliar na tomada de decisão.
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É imprescindível ressaltar que os relatórios direcionados aos usuários
internos não poderão apresentar os mesmos fundamentos e mesma
estrutura, já que os objetivos desses analistas são diferentes. Com o
intuito de atender a esses diferentes objetivos é que a Contabilidade
apresenta enfoques diferentes, como a Contabilidade Gerencial e a
Contabilidade Financeira (BARROS, 2005, p. 107).
O sistema pode ser entendido como uma entidade que possui mais
de um componente, os quais se integram para chegar a um objetivo
comum; em processamento de dados, o sistema pode ser entendido
como um conjunto de equipamentos, que podem ser mecânicos,
eletrônicos ou ainda como um conjunto de programas (planos e normas
técnicas) (SOUZA, 2011, p.5).
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serão abordados três modelos de sistema de informação que são aplicados com mais
sucesso nas organizações.
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PARA REFLETIR
Você acredita que todo tipo de informação é interpretado da maneira correta?
Temos inúmeros exemplos de erros e fraudes, principalmente na área de auditoria.
Mas o que eu quero dizer com isso? Basicamente, que a informação precisa estar o mais "limpa"
e direta possível, para não gerar dupla interpretação!
Em vista disso, Souza (2011) afirma que "dentre os diversos desafios, destaca-se o
de gerir com qualidade e eficiência os recursos postos a sua disposição. O sistema deverá
apresentar a resposta em tempo hábil, sem desvios e mais próxima possível da realidade
a que se propõe". Ressalta-se, assim, a importância de os modelos serem adaptados,
conforme as necessidades das empresas. Embora eles possuam uma estrutura, devem
ser adaptados para a utilização na empresa, com maior otimização de tempo e recursos.
Na sequência, estudaremos alguns modelos disponibilizados pelo mercado.
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Níveis Níveis ou Sistemas de Informação
Hierárquicos Tipos de Informação Sinergia
Alta Macrorrelacionadas
Adminis raçã (MAIE)
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G s E m G_ru_p_s
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C rpo Técnico
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Além disso, existem níveis de abrangência dos Sistemas de Informações Gerenciais,
como apontado por Oliveira (2018). Inicialmente, destaca-se o nível corporativo, que
se referente ao sistema de informação do negócio ou do grupo de negócios em que a
corporação atua, ou poderá atuar. Já o nível de Unidade Estratégica de Negócios pode
englobar mais de uma empresa de uma mesma corporação.
O nível de empresa tem a abrangência de uma instituição atuando de forma
interativa com o seu ambiente. Por que é importante conhecermos estes níveis? De
forma simples, para compreendermos os tipos de informações exigidas por eles, para
que possam ser atendidas as necessidades.
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No modelo dinâmico, destaca-se que não há mais níveis hierárquicos do sistema,
o que o deixa mais funcional, facilitando a utilização das informações geradas por mais
de um nível hierárquico e de uso. Ou seja, aqui é possível observar que há uma maior
dinamicidade entre as informações, podendo até gerar uma integração entre elas.
Um exemplo para utilização deste modelo é uma empresa que se estruture de forma
orgânica, a qual possui uma tomada de decisão mais descentralizada, um nível maior de
autonomia entre os departamentos e não tem bem delineada uma estrutura hierárquica
(de subordinação).
Corpo Técnico
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Atualmente, o modelo que parece ser o mais robusto, atendendo melhor as
necessidades da contabilidade, tanto gerencial quanto financeira, perpassa pelo Modelo
de Sistema de Informação com Tecnologia da Informação. Isso porque os softwares
de contabilidade estão se adaptando a captar informações de outras áreas, bem como
concatenar informações do meio externo para dentro das organizações.
Trazendo a importância dos sistemas de informações para o Curso de Ciências
Contábeis, sabe-se que a contabilidade registra as atos e fatos que alteram o patrimônio
da empresa, e ela precisa de dados para alimentação dos sistemas, processamento
e as saídas, que seriam os relatórios. Com base nisso, a função do contador quanto à
escrituração dos fatos é fundamental. Por meio de todo o fluxo de informações, é possível
aplicar métodos de análise. Assim, a contabilidade busca registrar e controlar tudo que
ocorre de alteração no patrimônio.
Para Padoveze (2019 ): "A ciência contábil traduz-se naturalmente dentro de um
sistema de informação. Poderá ser arguido que fazer um sistema de informação contábil
com a ciência da contabilidade é um vício de linguagem, já que a própria contabilidade
nasceu sob a arquitetura de sistema informacional".
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principalmente, para suporte das decisões táticas e estratégicas
(OLIVEIRA, 2018, p.146).
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Estratégia
Tecnologia Processos
Pessoas
Esses elementos fazem parte dos sistemas e informações. Isso quer dizer que
tanto a tecnologia quanto o delineamento dos processos e atuação das pessoas dentro
da organização são estruturados de forma estratégica, para atender as necessidades de
informações dos usuários e para o andamento dos processos. Fica fácil percebermos que,
em um sistema de informação, tais elementos precisam estar alinhados, a fim de que
também os processos, aliados à tecnologia e às pessoas, estejam estruturados de forma a
identificar uma estratégia para o alcance das metas.
SAIBA MAIS
O estudo de Jacomossi e Silva (2016) investigou como a percepção dos gestores
sobre a incerteza do ambiente pode influenciar no uso de sistemas de controle ge
rencial em uma instituição de ensino superior. Os resultados apontaram que a incerteza de estado,
do efeito da resposta influenciam o uso dos sistemas de informação gerencial. Isso quer dizer que,
dependendo do nível de incerteza, há uma diferença no uso das técnicas de controle gerencial.
Fonte: JACOMOSSI, Fellipe André; DA SILVA, Márcia Zanievicz. Influência da incerteza ambien
tal na utilização de sistemas de controle gerencial em uma instituição de ensino superior. REGE
-Revista de Gestão, v. 23, n. 1, p. 75-85, 2016.
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Segundo Marion (2017), o sistema de informação é composto por um conjunto
de dados, em que foram utilizadas técnicas de articulação, ajustes e também a edição
de relatórios. É com base no registro das atividades realizadas pela empresa que se
busca o controle, a informação e os sistemas responsáveis por fazer as operações serem
comunicadas, o que consequentemente auxilia na manutenção dos processos. Além
disso, os sistemas de informações permitem algumas ações dentro da empresa, como
destaca o autor:
a. tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível
de relevância e o mínimo de custo; e
b. dar condições para, por meio da utilização de informações
primárias constantes do arquivo básico, com técnicas derivadas da
própria contabilidade e/ou outras disciplinas, fornecer relatórios de
exceção para finalidades específicas, em oportunidades definidas
ou não (MARION, 2017, p.2).
SAIBA MAIS
Leia um pouco mais sobre o uso das informações contábeis na tomada de
decisão de pequenas empresas, disponível em: http://www.ufrgs.br/gianti/files/
artigos/2008/2008_232_AMS_HF_RAUSPe.pdf.
Após a leitura é possível evidenciar que há uma distância entre os contadores e pequenos
proprietários, dificultando a adequada gestão.
Fonte: STROEHER, Angela Maria; FREITAS, Henrique. O uso das informações contábeis na
tomada de decisão em pequenas empresas. Revista de Administração Eletrônica. São Paulo, v. 1,
n. 1, p. 1-25, 2008.
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