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Trabalho 2 Cálculo IV

Felipe Alberto G. Cruz - 182054284 Renato Fritz Hoefler -182054837


Fevereiro 2021

1 Introdução: Fluxo do Campo Elétrico


2 Teorema da Divergência
3 Modelagem
4 Conclusões

1
1.Introdução: Fluxo do Campo Elétrico

No campo da Eletrostática, é de fundamental importância compreender a


forma a qual uma carga produz uma perturbação no espaço, o Campo Elétrico,
e quais são suas propriedades. Para melhor compreensão do comportamento
desse fênomeno estudamos suas linhas de irradiação, sua influência em um
ponto qualquer e seu fluxo por entre superfı́cies quaisquer. A lei de Gauss é
uma das ferramentas que, na eletrostática nos permite relacionar o fluxo do
campos elétrico por uma determinada superfı́cie fechada, com a quantidade de
carga envolvida nesta superfı́cie e, assim, determinar seu módulo em um deter-
minado ponto sobre uma superfı́cie fechada com a carga resultante envolta por
essa mesma superfı́cie. O teorema da divergência é, então essencial para melhor
entendimento dessa lei, uma vez que relaciona o fluxo de um campo vetorial
em uma superfı́cie fechada, com o divergente desse campo em todo o volume
encapsulado. O teorema da divergência é um aparato ferramental singular da
matemática para engenharia, em particular para a eletrostática e dinâmica de
fluidos, usualmente sendo aplicado para 3 dimensões. Ele equivale, para uma
dimensão, ao Teorema Fundamental do Cálculo e para duas dimensões, ao teo-
rema de Green.

2.Teorema da Divergência

Para melhor compreensão da Lei de Gauss e, do fluxo do Campo Elétrico


será utilizado o Teorema da Divergência ou Teorema de Gauss.
− →
→ − →

ZZ ZZZ
F .ds = ∇. F dV (1)
S V

O Teorema da Divergência propõe que, o fluxo de um determinado campo veto-




rial F ao longo de uma superfı́cie fechada com orientação anti-horária S é igual à


integral tripla do divergente desse mesmo campo F . Dessa forma relacionando,
por meio da ferramenta do divergente, a área superficial de um sólido com seu
volume, fazendo desse teorema essencial para a questão da Lei de Gauss, onde
justamente precisamos relacionar o fluxo elétrico em uma superfı́cie, chamada
de gaussiana, com a quantidade de carga envolvida, ou seja a quantidade de
carga ao longo do volume envolvido.

2
3. Modelagem



Dada uma carga Q, fonte de um campo elétrico E , envelopamos essa carga
numa superfı́cie esférica, devido o fator da simetria, onde as linhas de campo
não tem direção preferencial. Assim, desejamos saber qual o fluxo do campo
elétrico nessa superfı́cie. Primeiramente vamos entender fluxo como:

− →

Φ = E.A


onde k A k= A.
Assim, temos que para entendermos como o fluxo Φ se comporta por toda
a superfı́cie devemos primeiro entender seu comportamento em um elemento
infinitesimal de área.Portanto:

− → −
dΦ = E .d A

Temos também que, Φ é proporcional à sua fonte ou seu sumidouro, no nosso


caso eletrostático temos que:
Φ ∝ KQ
onde a constante de proporcionalidade K = 10 .
Dessa forma, realizando a soma ao longo de toda a superfı́cie:

− → −
I
Q
Φ= E .d A =
A  0

que é a lei de Gauss na forma integral como a conhecemos.


Mas temos que Q trata-se de:
Z
Q = ρdV

onde ρ(r) é a densidade volumétrica de carga ao longo de toda essa esfera.


Substituindo Q na fórmula integral da Lei de Gauss, temos:
− −
→ →
ZZ ZZZ
1
E .dA = ρdV (2)
A 0 V

3
Assim, o Teorema da Divergência nos propõe que:
− →
→ − →

ZZ ZZZ
F .ds = ∇. F dV (3)
s V



ou seja, o fluxo que do campo F ao longo da superfı́cie S é igual à integral
tripla do divergente desse campo em todo o concreto V envolto por S.
Assim, comparando-se as equações 2 e 3 temos que:


ZZZ ZZZ
1
∇. E dV = ρdV (4)
V 0 V

O que nos leva à:



− ρ
∇. E = (5)
0
que se trata da forma diferencial da Lei de Gauss e a primeira lei de Maxwell.

4. Conclusões

Entender o comportamento do Campo elétrico foi uma das maiores descober-


tas da ciência, trazendo muitos frutos e muito mais questionamentos acerca do
mundo em que vivemos. Sobre a questão do fluxo do campo elétrico proposto
pela lei de Gauss o Teorema da Divergência é imprescindı́vel, uma vez que dis-
cute os mesmos parâmetros isto é, uma relação entre área e volume que devolve
como resultado um valor escalar. Não obstante à partir dessa ferramenta pode-
mos entender esse mecanismo fı́sico em sua forma diferencial5(Primeira Lei de
Maxwell), onde podemos relacionar o módulo do campo elétrico ponto à ponto
em um volume qualquer.

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