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TENSORES NA RELATIVIDADE
Nos capı́tulos anteriores introduzimos os principais conceitos que nos guiarão até a for-
mulação da Teoria da Relatividade Geral, são eles:
Neste capı́tulo vamos generalizar os resultados válidos para 4-vetores e fazer um breve estudo
de 4-vetores e tensores e designar a notação usada neste trabalho.
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5.1.2 Tensor de ordem 1
Alguns exemplos de tensores de ordem 1 ou 4-vetores foram vistos anteriormente, como
4-vetor posição, 4-vetor velocidade, 4-vetor aceleração e 4-vetor momento.
Um tensor de ordem 1 ou 4-vetor possui apenas um ı́ndice e obedece à seguinte lei de
transformação:
�
V α → V α = Λαβ V β (5.1.1)
quando o sistema de coordenadas é transformado do referencial S para S � pelas TL por
�
xα → xα = Λαβ xβ . (5.1.2)
Mais precisamente, tal V α deve ser chamado de um vetor contravariante para distingui-lo
de um quadrivetor covariante, definido como Uα cuja regra de transformação é
Vα ≡ ηαβ V β (5.1.8)
e para todo quadrivetor covariante Uα há um contravariante correspondente
U α ≡ η αβ Uβ (5.1.9)
tal que:
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em concordância com Uα� = Λαβ Uβ . Do mesmo modo U α ≡ η αβ Uβ produz um quadrivetor
contravariante.
O vetor covariante está em um espaço e o contravariante está em um outro espaço. A
métrica faz a ponte entre esses dois espaços. O produto escala Vµ V µ resulta em um invariante
de Lorentz.
Também pode-se subir e baixar ı́ndices de um tensor usando o tensor métrico de Minkowski,
por exemplo:
1 - Combinação linear: Uma combinação linear dos tensores com os mesmos ı́ndices supe-
riores e inferiores é um tensor com os mesmos ı́ndices. Por exemplo, se Rαβ e S αβ são tensores,
e a e b são escalares, e nós definimos T αβ ≡ aRαβ + bS αβ então T αβ é um tensor,
T �αβ ≡ aR�αβ + bS �αβ = aΛαγ Λβδ Rγδ + bΛαγ Λβδ S γδ = Λαγ Λβδ T γδ (5.2.1)
2 - Produto direto: o produto das componentes de dois tensores resulta em um tensor cujos
ı́ndices superior e inferior consistem de todos os ı́ndices superior e inferior dos dois tensores
originais. Por exemplo, se Aα e B γβ são tensores e
K αγβ ≡ Aα B γβ (5.2.2)
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K �αγβ ≡ A�α B �γβ = Λαδ Λγµ Λβ� Aδ B µ� = Λαδ Λγµ Λβ� K δµ� (5.2.3)
3 - Contração: definir um ı́ndice superior e inferior iguais e somando-os sobre seus valores
0,1,2,3 produz um tensor com esses dois ı́ndices ausentes. Por exemplo, se Rµν é um tensor de
ordem 2, a quantidade ηµν Rµν = Rµµ = R0 0 + R1 1 + R2 2 + R3 3 ≡ R é um tensor de ordem 0,
ou escalar.
Da mesma forma, para um caso mais geral, se Tβ αγδ é um tensor e T αγ = ηδβ Tβ αγδ = Tδ αγδ
então T αγ é um tensor,
4 - Simetria: Um tensor é simétrico se a troca de dois ı́ndices produz o mesmo tensor, por
exemplo, se Rµν = Rνµ dizemos que o tensor é simétrico. Também, para um tensor de ordem
mais alta, se Aαβγδ = Aγβαδ , dizemos que o tensor é simétrico nos ı́ndices α, γ.
Em particular, o tensor métrico de Minkowski é simétrico, η µν = η νµ , e portanto η µν =
ην µ ≡ ηνµ , e não é necessário indicar a separação dos ı́ndices referentes a linha e coluna na
representação matricial.
∂ ∂ ∂xβ ∂
→ = (5.3.2)
∂xα ∂x�α ∂x�α ∂xβ
∂x β
β
e como vimos anteriormente, ∂x �α = Λα é a maneira que se transforma um 4-vetor covariante,
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∂ ∂
�α
= Λαβ β (5.3.3)
∂x ∂x
Uma notação mais compacta e intuitiva para o operador gradiente é:
∂
≡ ∂β , (5.3.4)
∂xβ
deixando claro que o ı́ndice correspondente é covariante. Da mesma forma
∂
≡ ∂β . (5.3.5)
∂xβ
α
Uma consequência é que a divergência de um vetor contravariante ∂V
∂xα
= ∂α V α é invariante.
Outra é que o produto escalar que representa o operador d’Alembertiano é também invariante,
∂ α ∂α ≡ �.
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