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RACHEL DE SOUZA LIMA

DICIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA


EDUCAÇÃO
CÓDIGO:CEL0466
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR-PCC


6º PERÍODO

TEMA:

“DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E DIFERENÇAS SOCIAIS.”

RIO DE JANEIRO
2021
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO
2. DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA
3. DESIGUALDADES EDUCACIONAIS
4. INTRODUÇÃO
5. DESENVOLVIMENTO
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO

A disciplina aspectos antropológicos e sociológicos da educação tem como objetivo


refletir e investigar as relações entre a sociedade e a cultura, na contemporaneidade,
focalizando com especial relevo a “educação” e a “escola”, suas funções e relações com
a sociedade , o conhecimento e a construção de identidades pessoais, sociais e culturais.

2. DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA

Diferença e desigualdade não são palavras sinônimas. O termo desigualdade é, muitas


vezes, quando empregamos a palavra desigual , construímos uma relação que
subentende uma dicotomia, uma antinomia em que uma coisa é “melhor” do que outra.
Desigual, em muitos casos, supõe uma relação de superioridade e inferioridade. Por
outro lado, quando falamos em diferença, ao invés de desigualdade, deixamos de lado a
carga valorativa e estabelecemos uma outra relação, desinvestida de um julgamento
prévio em termos de “melhor” e “pior”, “inferior” e “superior”, o diferente não é
desigual. Não precisamos fazer nenhum esforço para constatarmos a existência de uma
enraizada desigualdade socioeconômica em nossa sociedade. Basta darmos uma volta
pela cidade para percebermos as diversas formas de sutis a escancarados, que dão tom
às relações socioeconômicas que caracterizam a sociabilidade no mundo capitalista.

3. DESIGUALDADES EDUCACIONAIS

As desigualdades educacionais estão diretamente relacionados a outros tipos de


desigualdades, alimentando-as e formando com elas um verdadeiro círculo vicioso. O
exemplo concreto dessa situação é o analfabetismo. O individuo é analfabeto porque
não teve oportunidade de estudar, e a pobreza é um óbice a alfabetização. De acordo
com Tomazi (1997), os analfabetos situam-se em uma posição subalterna, pois a nossa
sociedade é toda voltada para pessoas que sabem ler e escrever, por menos que seja em
conhecimento. O surgimento do sistema escolar fundamental brasileiro no inicio do
século XX, estava atrelado a necessidade de atender aos filhos das classes dominantes e
médias, portanto já era desigual. Os filhos dos trabalhadores quase sempre eram
excluídos, tendo acesso apenas as escolas dominicais (igrejas) e que existiam no interior
das fábricas. Não há duvidas de que as desigualdades no desempenho escolar estão
diretamente relacionados as condições sociais e econômicas, ou em outros termos, as
desigualdades sociais em que vivem os diferentes alunos.

4. INTRODUÇÃO

O sistema educacional, fruto de um processo histórico, configura-se no bojo das relações


sociais, que dividiram e ainda dividem a sociedade em grupos econômicos distintos e, ainda
mais, estabelece uma relação entre classes sociais antagônicas. Segundo Ponce (2005) o sistema
educacional constitui-se a partir do momento em que a sociedade se estruturou em classes
sociais antagônicas, com o fim da chamada sociedade primitiva. Os interesses as necessidades
da classe social dominante passaram a delimitar o campo de educação na medida em que passou
a servir para a dominação social de poucos sobre muitos. O Rio de Janeiro tem se tornado palco
de investimentos públicos e privados visando seu desenvolvimento econômico e social. No
trabalho aqui mencionado trago algumas observações sobre o bairro do Méier, zona norte do rio
de janeiro.

5. DESENVOLVIMENTO

A região administrativa do Méier (R.a XIII), localizada na zona norte do Rio de Janeiro, se
destaca por apresentar importantes transformações socioeconômicas advindos da dinâmica
territorial em curso na cidade. Ela é composta por 16 bairros, a saber, Abolição, Agua Santa,
Cachambi, Encantado, Engenho de Dentro, Engenho Novo, Jacaré, Lins de Vasconcelos, Méier,
Piedade, Pilares, Riachuelo, Rocha, Sampaio, São Francisco de Assis e Todos os Santos. O
bairro do Méier é um dos principais da zona norte do Rio de Janeiro, com vasto e excelente
comércio e uma ampla variedade de serviços, o Méier também é conhecido por ser um bairro
residencial e acolhedor. Essa é uma região antiga e muito tradicional da cidade do Rio de
Janeiro, que foi se modernizando ao longo do tempo. Com todo comércio e toda disponibilidade
de supermercados, escolas, academias, faculdades, hospitais e clinicas médicas. O bairro
também conta com uma grande diversidade cultural, incluído bares, restaurantes, shopping e
centros culturais. Com relação a mobilidade do bairro os trens são os meios de transporte mais
utilizados por seus moradores. Para facilitar mais a mobilidade, o Méier conta com dois
terminais rodoviários e uma boa variedade de linhas de ônibus. As transformações
socioeconômicas ocorridas nessa região, entre o período de 1991 e 2010 associam-se
sobremodo, a implementação de vetores estruturantes da dinâmica territorial em curso na região
e em sua influência imediata. Nesse contexto, assume especial importância a abertura da linha
amarela. Não há como deixar de mencionar que com grande avanço socioeconômico do bairro,
existe um grande número de escolas públicas e privadas, porém o número de escolas da rede
privada ainda supera a quantidade de escolas públicas, ainda faltam investimentos para superar
o sucateamento das escolas públicas, gerando grandes diferenças entre o ensino público e
privado.

6. CONCLUSÃO

O alto investimento que as camadas médias e altas empregam nas instituições de ensino
privado facilitam sua abertura, apresentando um processo de mercantilização do sistema
educacional, que encontra sua origem na desvalorização do sistema público e na
monopolização de verbas do estado por partes de uma “elite”, considerada “parceira” do
governo na aplicação financeira de projetos educacionais de caráter estritamente
“privatista” (Andes-SN,2004). O bairro Meier, por ser um bairro central recebeu
grandes incentivos de crescimento urbano, por isso vem em crescente evolução ao longo
dos anos em relação a infraestrutura e serviços.

7. REFERÊNCIAS
GUZZO, Raquel Souza Lobo e EUZEBIOS FILHO, Antonio, Escritos educ.[on line]. 2005, vol.
4, Desigualdade social e sistema educacional brasileiro: a urgência da educação emancipadora.
n.2,pp.39-48. ISSN 1677-3843

FIGUEIREDO, FB. Aspectos antropológicos e sociológicos da educação (1ed.) Rio de


Janeiro, Seses,2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE)

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94508_cap12.pdf

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