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Escola de Ciências da Saúde

ECS

RAD 025
EXAMES RADIOGRÁFICOS SECCIONAIS:
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
AULA 2
Princípios Básicos de TC

Curso Superior de Tecnologia em Radiologia


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ASPECTOS HISTÓRICOS
Sir Godfrey Newbold Housfield (1919-2004), em 1967
na Inglaterra, mais precisamente em Middlesex, iniciou suas
investigações sobre o reconhecimento de imagens e técnicas
de armazenamento de dados em um computador, tendo como
objetivo avaliar as atenuações de um feixe de raios X através
do corpo. Ainda em 1967, na Inglaterra, junto com James
Abraham Edward Ambrose (1923-2006) realizou o estudo de
um cérebro humano, conseguindo visualizar um tumor
cerebral. O sistema empregado para a obtenção das imagens
foi por eles denominado como Tomografia Computadorizada
do Crânio (TCC). Em setembro de 1971, em Londres, foi
realizado o primeiro exame de crânio (SOARES, LOPES. 2000).

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ASPECTOS HISTÓRICOS

O método de diagnóstico por imagem obteve grande


repercussão particularmente pelas suas propriedades de
avaliação de tecidos moles como os músculos, vísceras e o
parênquima cerebral até então difíceis de serem
demonstrados. Em 1974, a técnica tomográfica foi ampliada e
passou também a ser utilizada nos demais sistemas e órgãos
do corpo humano (NOBREGA, 2005).

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04 de jan. de 1973 Jornal O Globo

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ASPECTOS HISTÓRICOS

Hounsfield, diante do recebimento de inúmeros


prêmios de entidades físicas, médicas e sociais, chegou ao
prêmio Nobel em medicina no ano de 1979, compartilhando o
prêmio com Allan MacLeod Cormack (1924-1998) que
também desenvolveu este projeto. A medicina pode assim
contar com um método pouco invasivo para confirmar
hipóteses diagnósticas de afecções das diversas partes do
corpo e indicar o tratamento com maior segurança (SOARES,
LOPES. 2000).

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ASPECTOS HISTÓRICOS

A TC foi batizada inicialmente por computerized axial


tomography (CAT) por permitir as fatias (slices) apenas em um
plano de secção. Nesse caso, o plano transversal (axial). Hoje a
TC é conhecido por ser um método complementar de
diagnóstico que consiste em uma imagem que representa
uma secção do corpo sem qualquer sobreposição.
Embora as imagens sejam adquiridas no plano axial
existe a possibilidade em reconstruí-las nos planos sagital,
coronal e oblíquo, assim como o próprio plano axial porém
com mais definição e outras especificidades (BERNARDES,
2007).

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ASPECTOS HISTÓRICOS

O primeiro tomógrafo utilizado para radiodiagnóstico e


apresentado por Hounsfield, constava de um equipamento
fabricado pela empresa E.M.I. e formado basicamente por um
tubo de raios X simples de anodo fixo e alvo de dimensões
relativamente exageradas (3mm X 13mm) mas, suficiente para
suportar o alto “calor” produzido pelos sucessivos bombardeios de
elétrons. A construção dos cortes tomográficos (scans) se fazia por
meio de um feixe estreito da espessura aproximada de um lápis
que, após atravessar o corpo do paciente incidia em dispositivos
detectores da radiação residual.

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ASPECTOS HISTÓRICOS
A imagem inicial era formada pela leitura, através dos
detectores, de cerca de 160 exposições do feixe estreito ao longo
de uma certa direção (varredura linear). Após completar esta
varredura o conjunto tubo/detectores fazia um movimento de
rotação de 1º grau e uma nova varredura linear se iniciava. Este
procedimento se repetia cerca de 180 vezes, mudando-se a rotação
do conjunto a cada 1º grau. Os dados obtidos e armazenados no
computador podiam então ser utilizados na reconstrução do corte
tomográfico. O feixe do primeiro equipamento tinha dimensões
aproximadas de 3mm x 13 mm.

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ASPECTOS HISTÓRICOS
coronal
sagital
axial

Adaptado de: psych.stanford.edu

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CONCEITO

A tomografia computadorizada pode ser conceituada como


um exame radiográfico exibido com imagens em tomos, “fatias”
finas de tecidos e conteúdo corporal, representando reconstruções
matemáticas assistidas por computador, processadas antes pelos
detectores dispostos ao redor do paciente (no gantry).

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

Os princípios físicos da TC são os mesmos do raios X


convencional. Portanto, para a obtenção de imagens em TC,
são utilizados os mesmos raios X, diferindo apenas no
tipo de feixe de raios X empregado.

Na radiografia convencional, o feixe de raios é


piramidal e a imagem obtida é uma imagem de projeção, na
TC o feixe é emitido por uma pequena fenda e tem a forma
de leque.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

RADIOGRAFIA CONVENCIONAL

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

A tomografia computadorizada sofreu uma série de


aperfeiçoamentos ao longo de sua historia. Tais acontecimentos
proporcionaram o surgimento de tecnologias inovadoras que
contribuíram significativamente com a evolução dessa
modalidade.
Os primeiros tomógrafos não utilizavam computadores
para gerar a imagem e apresentavam uma imagem de qualidade
baixíssima em relação aos aparelhos posteriores.
A introdução do sistema computacional permitiu a
obtenção de imagens de melhor qualidade mas criou certa
dependência para esta modalidade.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA LINEAR

Também conhecida como tomografia convencional, esta


modalidade foi o primeiro método de obtenção de imagens
tomográficas. Suas principais características são: formação da
imagem diretamente em filmes radiográficos e varias projeções
no mesmo filme.
Esta ultima característica, apesar de ser a responsável
por permitir a visualização de um plano de corte, e também
responsável por gerar uma imagem de baixíssima qualidade e
grande numero de artefatos.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA LINEAR

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

1ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Movimento do conjunto fonte-detector: Translação e rotação (1º de cada vez)


Geometria do feixe: Muito colimado (feixe “lápis”)
Detector: 1 ou 2 detectores
Tempo de aquisição: 5 minutos (em média)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)


1ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

A geometria de aquisição de dados dos primeiros


equipamentos era baseada em um princípio de rotação-
translação no qual um feixe de raios X altamente colimado
atravessava o paciente e era coletado por 1 ou 2 detectores. Este
feixe de raios paralelos gerava um perfil de projeção a cada
varredura (translação). Após uma translação, o tubo e o detector
giravam um grau e transladavam novamente para coletar
informações de uma direção diferente. Este processo era
repetido até circunscrever 180º ao redor do paciente e esses
equipamentos gastavam seis minutos, em média, para executar
todo este processo.
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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

1ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Como era muito difícil fazer com que o objeto


permanecesse imóvel durante todo esse tempo, ocorria grande
numero de artefatos em imagens de abdome e tórax,
inviabilizando estes exames.

•Imagem sem resolução espacial.


•Baixo número de pixels.
•Boa visualização de estruturas internas do crânio devido a
facilidade de imobilização desta parte.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

1ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

2ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Movimento do conjunto fonte-detector: Translação e rotação (6º de cada vez)


Geometria do feixe: Divergente (formato de leque)
Detector: 30 unidades (detectores)
Tempo de aquisição: 20 segundos (em média)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

2ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Nesta geração de tomógrafos, o número de detectores


aumentou resultando em uma geometria de feixe em forma de
um pequeno leque com origem no tubo de raios X. Após uma
varredura, o tubo e o conjunto de detectores realizavam um
movimento de rotação (6º a cada giro), completando um ciclo.
Este processo era repetido até circunscrever 180º em torno do
paciente.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

2ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Isto acarretou em mudanças significativas no processo de


reconstrução das imagens, que agora deveria ser capaz de
manipular as informações obtidas a partir de uma projeção de
um feixe em forma de leque. Foi elaborado um arranjo composto
por 30 detectores, que eram capazes de coletar todas as
projeções em torno de 20 segundos.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

2ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

3ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Movimento do conjunto fonte-detector: Rotação e rotação (Giro completo 360º)


Geometria do feixe: Divergente (formato de leque)
Detector: Formato de arco de 30º a 40º
Tempo de aquisição: Menor que 1 segundo (em média)
Limitações: Cabos de alta tensão (slip ring)
Artefatos: Formato de anel (detector descalibrado
ou com defeito)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

3ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Equipamentos desta geração, também conhecidos como


sequenciais, realizavam uma coleta completa dos perfis das
projeções em rotação de 360º do conjunto fonte-detector. A
geometria do feixe ainda possui formato de leque e atingia o
conjunto de detectores posicionados em arcos de 30º a 40º.
As limitações de aquisição estavam no sistema gerador,
pois o tubo de raios X era alimentado por cabos de alta tensão,
que ficavam torcidos ao final de cada giro do gantry, era
necessário então rotacionar no sentido contrário para
“desenrolar” os cabos e assim possibilitar uma nova aquisição.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

3ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Assim, sequências axiais, com incremento da mesa eram


realizadas em diversos exames.

⇒ Cabos de alta tensão: cabos de alimentação que levam tensão


do gerador ao tubo de raios X.

Esses equipamentos realizavam a varredura em tempos


menores que 1 segundo, o que resultou na diminuição da
quantidade de artefatos gerados devido aos movimentos do
paciente.

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3ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

4ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Movimento do conjunto fonte-detector: Rotação-estacionário


(giro completo – 360º )
Geometria do feixe: Divergente (formato de leque)
Detector: Arco de 360º, composto por 4000
unidades detectoras
Tempo de aquisição: Menor que 1 segundo (em média)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

4ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

O projeto dos tomógrafos de 4ª geração consistia de


um conjunto detector composto por um arco de 360o
(contendo 4000 unidades, em média) que se mantinha
estacionário, enquanto o tubo de raios X rotacionava ao redor
do paciente. Uma vantagem dos equipamentos desta geração
foi o fato de obter-se uma alta amostragem das projeções,
pois a mesma área do detector era atingida por uma grande
quantidade de fótons de raios X (isto devido à geometria do
feixe e à maneira como os fótons chegavam ao detector), o
que minimizou os artefatos de descontinuidade.
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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

4ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA


Era possível também, calibrar e normalizar (equalizar) o
sinal em cada detector, isto evitou artefatos do tipo anel, nesta
geração de equipamentos. Porém, como cada detector era
atingido por fótons provenientes de feixes muito largos, isto
produzia muita radiação espalhada. Outra desvantagem estava
associada ao custo de um equipamento deste tipo, pois eram
necessários cerca de 4000 elementos detectores distribuídos em
uma grande circunferência ao redor do paciente. Tal número era
devido a uma abertura de suficiente do gantry para caber um
paciente e também para manter o tubo de raios X a uma
distância aceitável até o paciente.
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4ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

5ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Movimento do conjunto fonte-detector: Estacionário - estacionário


Geometria do feixe: Feixe de elétrons – fótons em leque
Detector: Anéis de tungstênio
Tempo de aquisição: 50 milissegundos
Aplicação Exames cardíacos

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

5ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Os tomógrafos desta geração foram construídos entre


1980 e 1984 com a finalidade de aplicação em exames
cardíacos. Os tomógrafos por feixe de elétrons (do inglês:
electron beam computer tomography – EBCT) eram capazes de
obter imagens do coração praticamente sem movimento, pois
conseguiam adquirir imagens em 50 milissegundos minimizando
assim artefatos de movimento, inerentes às imagens cardíacas.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

5ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Nestes equipamentos, a rotação da fonte era obtida por


meio de campos magnéticos, atingindo anéis de tungstênio,
gerando radiação X. Os fótons de raios X atravessavam o
paciente e eram capturados por detectores que estavam
posicionados em oposição aos anéis de tungstênio. Neste
sistema, tanto a fonte (anéis-alvo) quanto os detectores eram
estacionários.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

5ª GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

Movimento do conjunto fonte-detector: Rotação-rotação


Geometria do feixe: Feixe cônico
Detector: Fileira única
Tempo de aquisição: Menor que 1 segundo (em média)
Aplicação Diversas regiões anatômicas

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

Pode-se dizer que esta é uma variação da 3ª geração


de equipamentos de tomografia. O que tornou a tomografia
helicoidal ou espiral possível foi o desenvolvimento de uma
nova tecnologia conhecida por slip ring (anéis deslizantes),
que eliminou o problema dos cabos de alta tensão que
limitavam as aquisições na 3ª geração. Tal sistema permitia
que o contato elétrico entre o gerador e o tubo de raios X
fosse feito por meio de “escovas” que deslizavam em um anel
metálico.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

Assim, tornou-se viável a aquisição das projeções


enquanto a mesa se movimentava, obtendo-se imagens
volumétricas. Como resultado do movimento combinado
entre a rotação do sistema tubo-detectores e do movimento
da mesa, a fonte de raios X se movia como se formasse um
padrão helicoidal ao redor do paciente. Outro conceito
importante criado neste período foi o fator de passo (pitch),
definido pelo movimento da mesa do paciente a cada 360º de
rotação do tubo de raios X e pela largura do feixe de raios X.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

REVOLUÇÃO – Giro de 360º do conjunto tubo/detectores,


dura em média 1 segundo;

PITCH - Representa a razão entre o deslocamento da mesa e a


espessura do corte;

deslocamento da mesa
Pitch =
espessura do corte

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

OBS.1 – Fator importante a considerar nos casos de trabalhos


com pitch de relações maiores que 1:1 é que a quantidade de
radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida,
aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa
dose de exposição.

OBS.2 – Quanto maior o pitch menor o tempo de varredura ou


maior a área a ser estudada, porem haverá uma redução na
qualidade da imagem.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL ou ESPIRAL

INTERPOLAÇÃO – Sempre que for necessário o uso do pitch


maior que a relação 1:1 (no sentido de evitar que a espessura
do corte apresente variações muito amplas), alguns
equipamentos fazem a aquisição dos dados em apenas 180º
do movimento do tubo de raios X, interpolando dados nos
próximos 180º , calculados pelo computador, com base nas
informações obtidas a partir da primeira parte da aquisição.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

Movimento do conjunto fonte-detector: Rotação-rotação


Geometria do feixe: Feixe cônico
Detector: Múltiplos–aquisição simultânea
Tempo de aquisição: Frações de segundos
Aplicação Diversas regiões anatômicas e específicas

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

Apesar dos grandes avanços obtidos com a TC helicoidal,


algumas aplicações clínicas, como a angiografia por tomografia
exigia cobertura de volumes maiores, porém os equipamentos
helicoidais contendo uma fileira para aquisição não eram rápidos
o suficiente para obter imagens de boa qualidade no pico de
concentração do material de contraste nas veias e artérias do
paciente. Diante de necessidades como esta, os fabricantes
desenvolveram os equipamentos de múltiplos detectores.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)


O primeiro equipamento com esta tecnologia é de 1998
com a configuração de quatro fileiras detectoras que faziam
aquisições simultâneas, agilizando o processo de obtenção das
imagens.

helicoidal 4 canais 8 canais 16 canais

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

Na tomografia de uma única fileira detectora (single


slice), a espessura de corte era determinada pela abertura do
colimador, o que era bom para aumentar a quantidade de fótons
de raios X que atingia o paciente. Porém, a resolução espacial
piorava, pois a quantidade de radiação espalhada aumentava no
paciente e, consequentemente, esta atingia os detectores
elevando o ruído, o que comprometia a visualização de
estruturas importantes em um exame.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

Nos equipamentos de múltiplos detectores, a colimação


(n x d) passou a ser determinada pela combinação, entre o
tamanho do elemento detector (d) associado à quantidade de
fileiras de detectores selecionadas (n); a espessura de corte
pode ser escolhida entre as possibilidades de cada colimação.

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)


(b)
(a)

Diferença da colimação selecionada em um equipamento com uma fileira


detectora (a) e em um equipamento de múltiplos detectores (b)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

Por serem detectores do tipo estado sólido, já não seria


mais possível mudar fisicamente a largura do detector para
atender a um protocolo de exame. Era necessário agrupá-los
entre si, por meio de controle computacional, para se ajustarem
à espessura selecionada para a representação da imagem. Os
fabricantes escolheram construir as fileiras detectoras de duas
maneiras: homogêneas (todas as fileiras com o mesmo tamanho
de detector - Figura # a) e híbridas (fileiras com tamanhos
diferenciados - Figura # b)

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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)


TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)

(a)

(b)

Figura #. Diferença entre os detectores homogêneos (a) e híbridos (b)


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PRINCÍPIOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

TC DE MULTIPLOSDETECTORES (ou MULTSLICE)


Atualmente, encontram-se equipamentos com 4, 8, 16,
32, 40, 64, 128 e 320 fileiras detectoras. Apenas como um
exemplo: um equipamento de 16 fileiras possui, em média, 750
detectores por fileira, chegando a um total de 12 mil detectores
individuais. Os arranjos entre as fileiras detectoras podem ser
exemplificados para um equipamento de 16 fileiras com
espessura de detector de 0,625 mm (colimação = 16 x 0,625
mm), é possível selecionar espessuras de corte de 0,625, 1,25,
2,5 e 5,0 mm, gerando 16, 8, 4 e 2 imagens, respectivamente
(Figura @).
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“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é


preciso desenvolvermos em nós mesmos as
qualidades que naquela admiramos.”
Sócrates

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Referências

Hsieh, J., Computed Tomography – Principles, Design, Artifacts and Recent Advances, Spie Press, Bellingham, Washington, EUA, 2003

Buzug, T. M., Computed Tomography – From Phonton Statistics to Modern Cone-Beam CT, Springer, Berlim, Germany, 2008

BUSHBERG, J. T. et al. The essencial Physics of Medical Imaging. 2. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2002

Bushong, S. C., Ciência Radiológica para tecnólogos – Física, Biologia e Proteção, tradução 9ª ed, Mosby Elsevier, Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, Brasil, 2010

Costa, P. R., Nersissian, D. Y., PET/CT em Oncologia - Princípios de Tomografia Computadorizada, cap.3, p.19-34, São Paulo, São Paulo,
Brasil, 2011

SEERAM, E., “Computed Tomography: Physical Principles, Clinical Applications,and Quality Control”, 2nd ed, W.B. Saunders Company,
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AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICS IN MEDICINE, The Measurement, Reporting, and Managenment of Radiation Dose in CT, AAPM
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Bushong, S. C., Computed Tomography – Essential of Medical Imaging Series, McGraw-Hill, New York, EUA, 2000

WOLBARST, A. B., Physics of Radiology, Appleton & Lange, Connecticut, EUA,1993

KODEL, K. A., “Desenvolvimento e Caracterização de Cintiladores Cerâmicos de Tungstanato de Cádmio”, 2006. Dissertação de
Mestrado – Núcleo de Pós-Graduação de Física da Universidade Federal de Sergipe.

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Referências

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Corporate Publishing, GWA, Erlangen, Alemanha, 2005

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KALENDER, W. A., “Computed Tomography: Fundamentals, System Technology, Image Quality, Applications”, 2nd ed, Publics
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BAUHS, J. A., McCOLLOUGH, C. H. et al “CT dosimetry: Comparison of Measurement Techniques and Devices”, Radiographics, v. 28,
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. “Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico do Ministério da Saúde”.
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INTERNATIONAL ELETROTECHNICAL COMMISSION. Medical Electrical Equipment: Particular Requirements for the Safety X-ray
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AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICS IN MEDICINE - Comprehensive Methodology for the Evaluation of Radiation Dose in X-Ray
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