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Mecanismo de Translação:
Onde:
Ka = Fator de Aceleração (função do fator de atrito “f”e da aceleração – fig. 35 e 36)
Ks = Fator de Serviço (Tabela 17 ou 18)
V = Velocidade Máxima do Conjunto após 10 segundos. (pés por minuto – fpm)
Wt = Peso Total sobre as Rodas, ponte ou carro. (Peso Próprio e Carga). (short ton)
* As tabelas e figuras estão anexadas no final do capítulo.
O fator Ka inclue os efeitos do atrito no processo de aceleração do carro ou da ponte. Os
detalhes do calculo deste fator pode ser obtido na secção 4.12.3 da AISE 6. O fator de atrito “f”será
definido no item a seguir.
- Potência de Velocidade Constante: Este valor deve ser considerado para efeito de
dimensionamento do sistema de transmissão, sendo obtido na expressão:
O valor de “f” é definido em lb/short ton pois os cálculos e tabelas da AISE 6 estão definidos
em unidades do sistema americano. Nestes cálculos o valor da tonelada métrica deverá ser
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multiplicado por 1,102311 para transformar em tonelada americana (short ton). (Maiores detalhes
de transformação de unidades ver Dubbel – Manual do Engenheiro Mecânico).
A tabela 20 da AISE 6 apresenta alguns valores típicos de “f” para diferentes diâmetros de rodas
com mancais de rolamento. No caso de rodas de mancal de deslizamento, o fator de atrito deve ser
considerado f = 26 lb/short ton.
Detalhes sobre o cálculo da potência são apresentados no item 3.2.4 utilizando os dados da
especificação da tabela 9.
No caso das pontes rolantes o arranjo do mecanismo de translação possui construções típicas,
padronizadas em normas de dimensionamento e projeto. No caso da AISE 6 a figura 27 (ver anexo)
apresenta os principais tipos de arranjos de acionamento das pontes.
Apesar destes mecanismos apresentarem procedimento de dimensionamento semelhante ao do
item 2, considerando apenas os critérios da norma específica, alguns detalhes devem ser observados
em função das características dos eixos de transmissão, que neste caso podem apresentar
comprimentos maiores.
A deflexão e a vibração torsional do eixo devem ser analisadas, pois os níveis de vibração
poderão ser amplificados caso as frequências naturais sejam baixas e as deflexões elevadas.
O espaçamento entre os mancais dos eixos flutuantes é dimensionado considerando o diâmetro e
a rotação. Para rotações superiores a 400 rpm deve ser verificado o nível de vibração a ser gerado.
As recomendações sobre o diâmetro e espaçamento são mencionados na AISE 6, secção 3.9.2.2.
O ângulo de deflexão do eixo de transmissão também deve ser verificado. Para um torque de 2
vezes o torque total do motor, o eixo não poderá apresentar um ângulo de torção superior a 0,3
graus/metro de comprimento.
O mecanismo de translação é fixado na estrutura do carro ou da ponte. A técnica de fixação é
muito importante para garantir a estabilidade, alinhamento e facilidades de manutenção para este
conjunto.
O exemplo de cálculo é apresentado no item 3.2.4.
As rodas e trilhos de pontes rolantes seguem uma padronização especial em função das
características de carga e ciclo de utilização destes equipamentos. A maioria das máquinas de
elevação e transporte sobre trilhos também podem utilizar as mesmas especificações das pontes
rolantes. A normalização destes trilhos segue diversos padrões (americano, DIN, JIS). A
propriedade mais importante para estes componentes é a dureza das pistas, que esta diretamente
relacionada com a capacidade de carga.
A norma AISE 6 apresenta as características dimensionais e de capacidade das rodas e trilhos
que utilizam o padrão ASCE e Bethlehem. Os detalhes para o projeto dos equipamentos podem ser
obtidos nos catálogos de fabricantes.
A especificação da roda esta diretamente relacionada com o trilho, como pode ser observado nas
tabelas 9 e 10 da AISE 6 (ver anexos no final do capítulo). A definição da carga máxima da roda
deve seguir o critério:
Onde:
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Carga Admissível da Roda = Ver Catálogo de Fabricante
Fator de Velocidade = Ver Tabela 11 da AISE 6
=Fator
Ver Tabela
de Serviço
12 da AISE 6== = Ver Tabela 12 da AISE 6
O número de rodas do mecanismo de translação será escolhido em função da carga aplicada nas
rodas escolhidas, caso necessário devem ser utilizadas rodas de maior diâmetro. O material da roda
também influencia na capacidade de carga, devendo sempre ser analisado em conjunto com o trilho
utilizado. A quantidade de rodas escolhidas influencia no projeto da estrutura do conjunto de rodas
e na fixação deste conjunto às vigas do carro e da ponte.
Para a especificação do motor será utilizado o critério da AISE 6, que determina a verificação
das potências de aceleração e velocidade constante.
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Figura 23: Arranjo do Mecanismo de Acionamento da Translação da Ponte
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O primeiro item a ser determinado é o fator de atrito “f”. Para definição do fator de atrito
conforme a tabela 20 é necessário conhecer o diâmetro da roda, que esta definido no item c) e
corresponde a 24 “. Neste caso a tabela 20 determina um fator f = 12 (lb/ton).
Na figura 36, que corresponde a pontes rolantes com alimentação em corrente alternada e
motores com controle em corrente contínua, obtem-se o fator Ka = 0,0011.
O valor de Wt corresponde a soma dos seguintes valores: peso da ponte, peso do carro principal,
peso do carro auxiliar, peso da barra de carga, peso do gancho auxiliar e peso da carga no
levantamento principal. O cálculo dos valores relativos ao peso das estruturas serão definidos no
item 3.4. Considerando a tabela 9, especificações básicas da ponte rolante, tem-se:
Obs.: o valor de 1200 rpm corresponde aos valores de taxa de redução e diâmetro de roda
escolhidos nos itens seguintes.
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Os principais parâmetros de dimensionamento dos freios são o torque no eixo de frenagem e a
capacidade térmica do freio. A norma AISE estabelece como critério para a escolha dos freios do
mecanismo de translação da ponte o espaço necessário para a parada total do equipamento. Este
fator é muito importante para este sistema e também depende do atrito entre a roda e o trilho.
O torque do eixo de cada motor será: (obs. calculado pela velocidade real do motor 1180
rpm).
Para permitir o ajuste do sistema de freios para o sistema de translação da ponte é recomendado
um fator de serviço de 1,5. Portanto o torque a ser especificado para os freios é de:
O freio do sistema de translação pode ser a disco com pastilhas ou de tambor com sapatas. Na
especificação deve ser avaliada a capacidade térmica do freio que está relacionada com o número de
ciclos de atuação. Os materiais de fabricação são muito importantes para garantir o bom
desempenho.
Os freios devem ser ajustados para que a parada total da ponte ocorra em um percurso máximo
de 10% da velocidade para a condição máxima de solicitação (valores em pés e pés/minuto).
A carga de trabalho da roda é obtida dividindo o peso máximo de trabalho (224,4 toneladas
métricas) pelo número de rodas (8). A carga de trabalho é de 28,05 (toneladas métricas) que
corresponde a 28,05 x 2,2046 = 61860 libras.
A carga admissível da roda deve atender as condições previstas no item 3.2.3. Utilizando as
tabelas 11 e 12 são determinados os fatores de velocidade e de serviço respectivamente:
Fator de Velocidade = 1,03 (262,4 ft/min. prevendo roda de 24” com base na carga por roda)
Conforme a tabela 9 da AISE 6 para roda de 24” pode ser utilizado o trilho a partir do tamanho
CR 135 lb. Para este equipamento foi especificado o trilho CR 175 lb.
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Para o cálculo da redução é necessário determinar a rotação da roda do sistema de translação:
Esta taxa de redução é bastante comum para redutores de 3 eixos paralelos. Conforme figura 24
pode-se observar que foi definido um redutor de eixos paralelos. Os fatores a serem observados na
seleção do redutor são: taxa de redução, potência mecânica, fator de serviço, potência térmica e
dimensões para montagem no equipamento.
O eixo flutuante deve ser verificado conforme as condições estabelecidas pela AISE 6. O
comprimento entre as extremidades do eixo flutuante é de 932 mm, sendo utilizado acoplamento
semi-flexivel. Para o diâmetro de 120 mm o comprimento de 932 mm esta bem abaixo do valor
admissível (4876 mm).
O ângulo de deflexão com relação à transmissão do torque deve ser verificado. O valor deve ser
inferior a 0,3 graus/metro.
Onde:
Substituindo valores obtem-se = 0,006 o/m, que é inferior ao valor admissível de 0,3 o/m.
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Tabelas e Figuras AISE 6
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