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Fundamentos da Educação
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Fundamentos da Educação
Gustavo Silva
Sumário
Fundamentos da Educação.........................................................................................................................................4
1. Pensadores da Educação.........................................................................................................................................4
2. Principais Teorias Modernas da Educação. ..................................................................................................9
3. Desenvolvimento da Educação. . ........................................................................................................................12
4. Processo do Trabalho Pedagógico Coletivo.............................................................................................15
5. Processo Construtivista de Escolarização................................................................................................19
6. Competências e Saberes para a Educação e para o Ensinar............................................................ 22
7. Saberes Voltados para o Desenvolvimento das Dimensões Cognitivas, Afetivas,
Sociais e Culturais. . .......................................................................................................................................................25
8. Escola Inclusiva como Espaço de Acolhimento, de Aprendizagem e de Socialização.....32
9. A Construção Coletiva da Proposta Pedagógica da Escola: Expressão das Demandas
Sociais, das Características Multiculturais e das Expectativas dos Alunos e dos Pais.
Formação Continuada de Professores...............................................................................................................37
10. O Papel do Professor na Integração Escola Família. .........................................................................42
11. A Relação Professor/Aluno: Construção de Valores Éticos e Desenvolvimento de
Atitudes Cooperativas, Solidárias e Responsáveis. ..................................................................................49
12. Diferenças Individuais: Fatores Determinantes e Capacidade Mentais. ................................56
13. Desenvolvimento da Inteligência. . ................................................................................................................62
14. Estágios do Desenvolvimento da Aprendizagem................................................................................ 67
15. O Processo de Socialização. . .............................................................................................................................71
16. Princípios e Fundamentos dos Referenciais Curriculares.............................................................. 74
17. Função Social da Escola e Compromisso Social do Educador...................................................... 79
18. Currículo e Projeto Políticopedagógico: o Espaço Físico, a Linguagem, o
Conhecimento e o Lúdico na Pedagogia. .......................................................................................................... 82
19. Planejamento e Avaliação.................................................................................................................................86
20. Visão Interdisciplinar e Transversal do Conhecimento..................................................................90
21. Novas Tecnologias da Informação e Comunicação e Sua Contribuição com a Prática
Pedagógica........................................................................................................................................................................ 93
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
1. Pensadores da Educação
Piaget
Principal representante da psicologia da aprendizagem, que centra suas investigações nas
estruturas cognitivas, Jean Piaget defendia a ideia de que o conhecimento não existe: aquilo a
que se dá este nome é um conjunto de capacidades intelectuais hierarquicamente classifica-
das que requerem uma visão científica mais global. Tinha como objetivo estudar a evolução do
pensamento da infância até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que
o indivíduo utiliza para captar o mundo. Pesquisador que desenvolveu muitas investigações,
que constituíram a base do construtivismo, cujos resultados são utilizados por psicólogos e
que receberam e recebem diversas interpretações e consequentes propostas didáticas. Piaget
concebia a criança como um ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade.
Jean William Fritz Piaget, psicólogo, biólogo e filosofo, nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 9
de agosto de 1896. É mundialmente conhecido por seu trabalho sobre a inteligência e o desen-
volvimento infantil, sendo base para inúmeros estudos em psicologia e pedagogia até os dias
atuais. Na maior parte de sua carreira, Piaget interagiu com crianças, observando e estudando
os processos de desenvolvimento na infância, fundando, assim, a Epistemologia Genética e a
Teoria do Conhecimento.
Em seus trabalhos, Piaget defendia que o desenvolvimento do indivíduo se dava a partir de
sua ação sobre o meio em que este estava inserido, recebendo influências também de fatores
biológicos em seu desenvolvimento mental.
Além disso, Piaget denominou quatros estágios do desenvolvimento cognitivo na infân-
cia, sendo cada estágio caracterizado como um período de comportamentos e pensamentos
específicos da criança. Os quatro estágios do desenvolvimento são denominados por Piaget
como: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Piaget observou e descobriu, em seus estudos sobre a infância, que o raciocino da criança
se difere dos adultos, levando-o a criar uma abordagem educacional voltada para a esse perí-
odo. Sua descoberta acarretou a reconstrução da pedagogia tradicional, que acreditava que a
mente da criança era como um receptáculo vazio, sendo preenchido pelo conhecimento que
lhe era depositado. Os estudos de Piaget acerca do desenvolvimento mudaram a forma de se
enxergar a infância e o desenvolvimento do sujeito, sendo considerados como umas das mais
importantes contribuições para a Psicologia e Pedagogia na história.
Jean Piaget divide o desenvolvimento cognitivo em 4 estágios principais: sensório-motor,
pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. É na transição entre eles que há maio-
res chances de acontecer o desequilíbrio entre assimilação e acomodação.
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1. Estágio Sensório-motor
Faixa etária: do nascimento aos 18-24 meses de idade
A criança possui uma inteligência prática, baseada na manipulação e percepção de objetos
concretos. Ela só se manifesta quando há objetos ao alcance dos bebês. É neste estágio que
há um aumento na capacidade sensorial e motora. Nos primeiros meses de vida, o bebê se
adapta a partir de reflexos, desenvolvendo aos poucos a consciência e a intencionalidade das
ações motoras. Ele também se concentra apenas no que pode perceber imediatamente pelos
sentidos. Se um objeto não está à vista, para a criança ele não existe.
2. Estágio Pré-Operatório
Faixa etária: dos 2 aos 7 anos de idade
O desenvolvimento de representações mentais internas acontece a todo vapor. É com o
pensamento representativo que a criança conseguirá aprimorar o pensamento lógico, caracte-
rístico do estágio seguinte.
Este estágio do desenvolvimento cognitivo é marcado pela comunicação verbal. É comum
a criança falar tudo o que se passa em sua mente, sem considerar o que as pessoas dizem. A
conversa passa a ganhar mais coerência com a idade, quando meninos e meninas passam a
prestar mais atenção no que é dito pelos outros.
As crianças passam a manipular símbolos verbais para se referir a objetos e ações e, com
o tempo, adquirem a capacidade de mobilizar conceitos. Elas ainda não conseguem se con-
centrar em vários aspectos de uma situação, mas prestam bastante atenção em um único
aspecto observável de um objeto.
3. Estágio Operatório-Concreto
Faixa etária: dos 7 aos 11 anos de idade
As crianças são capazes de manipular mentalmente representações internas, mobilizando
ideias e memórias para realizar operações mentais. Elas começam a formular regras internas
sobre como o mundo funciona e as utilizam para orientar o raciocínio. Conceitos como núme-
ros e relações são mais facilmente compreendidos e a linguagem se torna mais socializada.
4. Estágio Operatório-Formal
Faixa etária: a partir dos 11 anos de idade
No último estágio do desenvolvimento cognitivo, as crianças conseguem realizar opera-
ções mentais que envolvem abstrações e símbolos que não necessariamente têm formas con-
cretas. Ou seja, elas têm a capacidade do raciocínio abstrato. Elas também são capazes de se
colocar no lugar dos outros, imaginar a perspectiva das outras pessoas sobre determinadas
situações. A característica mais importante dessa fase é o desenvolvimento do pensamento
hipotético-dedutivo.
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Vygotsky
Lev Semenovitch Vygotsky enfatizava o papel da linguagem e do processo histórico social
no desenvolvimento do indivíduo. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela
interação do sujeito com o meio. Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas também interativo,
pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros
sujeitos que o conhecimento e as funções sociais são assimilados. O professor, portanto, tem
o papel explícito de interferir nos processos e provocar avanços nos alunos, criando o que
ele chamava de zonas de desenvolvimento proximal. O aluno, no modelo de Vygotsky, não é
apenas o sujeito da aprendizagem, mas aquele que aprende com o outro aquilo que seu grupo
social produz.
O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da interação so-
cial com materiais fornecidos ela cultura, sendo que o processo se constrói de fora para den-
tro. A ideia central para a compreensão de suas concepções sobre o desenvolvimento humano
como processo socio-histórico é a ideia de mediação: enquanto sujeito do conhecimento o
homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, através de recortes do real,
operados pelos sistemas simbólicos de que dispõe, portanto enfatiza a construção do conhe-
cimento como uma interação mediada por várias relações, ou seja, o conhecimento não está
sendo visto como uma ação do sujeito sobre a realidade, assim como no construtivismo e sim,
pela mediação feita por outros sujeitos.
Basicamente, a ZDP é a distância existente entre o que a criança consegue fazer de forma
independente e o que ela consegue realizar de forma assistida ou com o auxílio do professor,
pais ou outra criança em um nível de desenvolvimento mais avançado.
Para que o professor possa identificar a Zona de Desenvolvimento Proximal de seus alunos
é preciso que ele conheça também os conceitos de desenvolvimento real, que é aquele já con-
solidado pela criança, e desenvolvimento potencial, que diz respeito ao que a criança consegue
realizar de forma assistida. A ZDP é o intervalo entre esses dois níveis de desenvolvimento.
O desenvolvimento proximal ou possível de uma criança é aquele que ela desenvolve encon-
trando-se em um ambiente de ensino com condições e contexto favoráveis ao seu aprendizado.
Para criar esse ambiente, é essencial que o professor estimule a interação entre alunos. Se uma
criança consegue desenvolver uma tarefa mais complexa com a ajuda de alguém, naturalmente
para ela será mais fácil entender a linguagem de um colega mais experiente do que a de um adul-
to. Por isso a troca de conhecimento entre alunos é interessante e deve ser encorajada.
Um exemplo prático no qual podemos observar essa troca é quando há a escolha de “aju-
dantes” nas atividades em sala de aula. De acordo com as habilidades que estão sendo tra-
balhadas, o professor pode formar duplas unindo um aluno mais desenvolvido a outro que
apresenta dificuldades, para que um auxilie o outro no cumprimento da tarefa. Dessa forma,
aquele que já aprendeu aperfeiçoa suas habilidades e aquele que está com dificuldades sente-
-se desafiado a superar suas limitações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Para que a adoção de uma estratégia socioconstrutivista dê certo é preciso que o educa-
dor compreenda que seu papel não é de detentor do conhecimento, mas sim de mediador da
aprendizagem. Compete a ele a importante tarefa de avaliar o desenvolvimento individual dos
alunos, fazendo a diferenciação entre o que cada um já domina e o que ainda está aprendendo.
Essa avaliação não deve se basear no que eles conseguem fazer sozinhos, mas sim no que
conseguem fazer colaborando com outros colegas e recebendo ajuda dos mesmos.
Para avaliar o desenvolvimento proximal do aluno, Vygotsky sugere que o professor adote
um modelo de avaliação dinâmico. Atualmente a maior parte dos educadores testa a aprendi-
zagem de seus alunos por meio de avaliações estáticas, nas quais só interessa ao avaliador
aquilo que a criança responde corretamente ou se se comporta da maneira considerada corre-
ta frente a alguma situação.
A zona de desenvolvimento proximal vai indicar ao professor as habilidades que estão
próximas de serem alcançadas pelo aluno e sua capacidade de resolver não só os problemas
determinados, mas outros problemas semelhantes.
Uma relevante implicação pedagógica decorrente do enunciado da zona de desenvolvi-
mento proximal é a interdependência dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Esta
seria uma região de funções emergentes, ainda não consolidadas no desenvolvimento atual
e observável dos aprendizes, mas que podem se manifestar em função de certas condições:
ampliação de conhecimentos e experiências prévias das crianças; acesso a bens culturais
diversos; processos interativos que possibilitem o benefício das aprendizagens colaborativas.
Para Vygotsky, a “boa” aprendizagem e o “bom” ensino deveriam sempre operar sobre ní-
veis superiores de zonas de desenvolvimento proximal. Assim, o ensino tem papel fundamental
na mudança das condições do desenvolvimento e não se confunde com uma perspectiva ‘es-
pontaneísta’ que apenas respeite níveis atuais de aprendizagem, sem uma visão prospectiva,
que considere expectativas mais amplas de conhecimentos a serem adquiridos na escola.
Quando se trata de escolarização inicial, é grande o alcance dessa formulação, pois os
complexos desafios da inserção em uma cultura escolar e da apropriação da cultura escrita
exigem mediadores sensíveis às oportunidades de ampliação de desempenhos e de abertura
a novos possíveis.
Paulo Freire
Paulo Freire foi um educador e pedagogo pernambucano que ganhou atenção na déca-
da de 1950. Ele recebeu o título de patrono da educação brasileira em 2012 e foi o brasileiro
mais homenageado da história por títulos de Doutor Honoris Causa (título de doutor concedido
por causa de honra por universidades a pessoas eminentes, que não necessariamente sejam
portadoras de uma graduação acadêmica, mas que se destacaram em determinada área). O
educador recebeu 48 desses títulos de universidades brasileiras e estrangeiras, além de ser
indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1995 e ganhar o prêmio de Educação para a Paz da Orga-
nização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) em 1986.
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Gustavo Silva
O professor que desrespeita a curiosidade do educando, (…) que ironiza o aluno, que o minimiza, que
manda que ‘ele se ponha em seu lugar’ ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o
professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se
furta ao dever de ensinar, (…) transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência.
(Paulo Freire)
Freire combatia não apenas a opressão que decorre da necessidade financeira e da limi-
tação do acesso aos bens materiais, mas também reafirmava a necessidade de combater a
mentalidade conservadora. A mentalidade conservadora, tradicional, tem a ver com o que o
sujeito aprende com a sua família, na religião e no trabalho. Nessas relações, essa convivência
ao invés de torná-lo um sujeito livre e amoroso, o aprisiona a um conjunto de preceitos morais,
éticos e céticos que o distancia de outros seres humanos.
Uma das principais contribuições de Paulo Freire é a sua crítica à educação tradicional,
conceituada na obra “Pedagogia do Oprimido” como educação bancária. Segundo o pedagogo,
o sujeito que está aprendendo na educação bancária é tratado como um lugar onde se depo-
sita verdades, e isso não seria um processo de aprendizagem uma vez que não há diálogo.
Aprender para transformar Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar.
De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano.
Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhe-
cimento do outro. Esse aprender coletivo tem a ver com o conhecimento sistematizado pelas
outras pessoas. Saber que você precisa escutar e aprender com o outro é fundamental para
romper com uma lógica de educação tradicional.
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A partir desse conjunto de ideais, as pedagogias modernas, nos seus vários matizes, ad-
quirem suas peculiaridades, formulando distintos entendimentos sobre as formas de conheci-
mento, função da ciência, conceito de liberdade, etc., sem, todavia, renunciar à ideia de criação
de uma sociedade racional.
Uma herança comum dessas teorias, vista pelos críticos como negativa, é que em nome
da razão e da ciência se abafa o sentimento, a imaginação, a subjetividade e até a liberdade, à
medida que a razão institui-se como instrumento de dominação sobre os seres humanos. Nes-
se sentido, a questão problemática na racionalidade instrumental é a separação entre razão e
sujeito, entre o mundo científico e tecnológico e o mundo da subjetividade.
Outra questão problemática refere-se a consequências da grande acumulação de conhe-
cimentos científicos e técnicos produzidos pela modernidade. Entre elas, a mais típica foi a
constituição de campos disciplinares isolados, fragmentados, ignorando o conjunto de que faz
parte e a perda de significação. Com isso, a própria sociedade reproduz essa fragmentação,
dissociando a cultura, a economia, a política, o sistema de valores, a personalidade.
Algumas correntes modernas da educação buscam rearticular seus discursos face às
transformações que marcam a contemporaneidade. O momento histórico presente tem rece-
bido várias denominações: sociedade pós-moderna, pós-industrial ou pós mercantil, socieda-
de do conhecimento. Alguns preferem entender que o tempo presente é de uma modernidade
tardia. Para os objetivos deste texto, utilizarei a expressão “pensamento pós-moderno”.
Relativização do conhecimento sistematizado, especialmente do poder da ciência, des-
tacando o caráter instável de todo conhecimento, acentuando-se, por outro lado, a ideia dos
sujeitos como produtores de conhecimento dentro de sua cultura, capazes de desejo e imagi-
nação, de assumir seu papel de protagonistas na construção da sociedade e do conhecimento.
Mais do que aprender e aplicar o conhecimento objetivo, os indivíduos e a sociedade pro-
gridem à medida que se empenham em alcançar seus próprios objetivos.
Não há cultura dominante, todas as culturas têm valor igual. Os sujeitos devem resistir às
formas de homogeneização e dominação cultural.
É preciso buscar critérios de restabelecimento da unidade do conhecimento e das práticas
sociais que a modernidade fragmentou, por meio do princípio da integração, onde os saberes
eliminem suas fronteiras e comuniquem-se entre si.
Não há uma natureza humana universal, os sujeitos são construídos socialmente e vão for-
mando sua identidade, de modo a recuperar sua condição de construtores de sua vida pessoal
e seu papel transformador, isto é, sujeito pessoal e sujeito da sociedade.
Na verdade, as classificações sempre existiram, independentemente das críticas que lhes
são feitas, elas pertencem sim a certa tradição da racionalidade científica. Mas, exatamente
com base no argumento de que os campos se definem por relações de poder, seria injusto e
desigual que o professorado desconhecesse a existência desses campos, de suas disputas e
de seus conflitos.
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3. Desenvolvimento da Educação
Os países que detêm uma boa educação, respeito, zelam para o cumprimento das leis, condenam a
corrupção, os privilégios e praticam a cidadania, como consequência, desenvolvem-se.
A educação é fundamental para a transformação de uma nação, os países que não valorizam a
ética, o trabalho e a educação em geral, apresentam economia frágil, os rendimentos são inferiores,
refletindo em todo segmento, como habitação, saúde, qualidade e expectativa de vida.
As nações que priorizam e valorizam a educação têm, com esse objetivo, maneiras concretas de as-
censão profissional-econômica através do esforço em anos de estudo e trabalho. O contrário ocorre
nos países que não valorizam a educação, a maioria visa uma mudança de vida sem dedicação e
esforço, quer uma ascensão a partir de prêmios lotéricos, no ramo artístico e esportivo.
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Apesar de não ouvirmos com tanta frequência o termo desigualdade educacional, não é
raro ouvirmos discussões sobre os problemas que envolvem a educação como um todo. Cor-
riqueiramente, deparamo-nos com comentários sobre as deficiências de nosso sistema de
ensino e dos problemas sociais resultantes dessa realidade.
Nesse sentido, os métodos de avaliação e toda a organização educacional que está estru-
turada em volta deles tornam-se mais um instrumento de segregação social do que propria-
mente uma ferramenta educacional. Sua crítica está voltada para o ideal de educação centra-
do exclusivamente na formação de indivíduos instrumentalmente capazes, isto é, um projeto
educacional que negligencia a formação plena do “sujeito-cidadão” em nome da valorização de
uma educação instrumental, unicamente formadora de mão de obra capacitada.
O principal ponto da discussão está na definição da real função da educação escolar, que
não pode simplesmente se tornar uma instituição puramente holística, dando total ênfase na
educação puramente humanística do indivíduo. Todo indivíduo necessita de meios de subsis-
tência e, para que os obtenha, necessita de formação técnica e instrumental para poder utilizar
sua experiência educacional, sobreviver e conquistar sua independência financeira.
A supervaloração da educação “economicista”, no entanto, traz o prejuízo da desigualdade
educacional e do pobre desenvolvimento de pontos essenciais da formação humana. A felici-
dade e o bem-estar de cada indivíduo estão diretamente relacionados com o desenvolvimento
de suas capacidades e de sua individualidade, que, no atual formato educacional, é completa-
mente negligenciada em nome de um ideal imediatista de progresso.
A educação brasileira tem passado por diversas modificações no decorrer do tempo, dessa
maneira, vale ressaltar alguns processos que desenvolveram a educação pública estatal, que
hoje abrange as diversas escolas do país.
No percurso da história, de todo o processo de pesquisa e desenvolvimento, os seres hu-
manos foram classificados como participantes do reino animal, entretanto, a diferença entre
eles e os outros animais é que conseguiram atingir o mais alto nível de cognição. Esse alto
nível de cognição não foi adquirido desde o seu nascimento, mas sim através do processo de
educação que foi transmitido a eles através de outros seres humanos. Dessa forma, não nas-
cemos humanos, nos tornamos humanos via processo de educação.
Além disso, o processo de educação consiste na transmissão do legado cultural de um gru-
po a outro com a finalidade de uma existência mais confortável. O processo de educação pode
ser transmitido de diversas maneiras, através de grupos de amigos, de convívios familiares e
principalmente na escola, onde ocorre o processo de escolarização, que tem como finalidade
maior, a aprendizagem humana.
Isto ocorre, porque é na escola que ensinamos e aprendemos, tornando-se estes os fatores
principais para a humanização. Essa humanização é necessária tanto para educadores quanto
para aqueles que serão educados. Referente aos educadores, podemos classificá-los como
aqueles que estudam pedagogia e assim conhecem a totalidade do processo de educação.
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A pedagogia é uma ciência que está em construção, passando por diversas modificações
no decorrer da história, desde o seu início com a obtenção do título de bacharel, até o novo con-
texto em que se apresentam, com a formação de cunho licenciado com ênfase na constituição
de professores de educação infantil, séries iniciais, de jovens e adultos. Por outro lado, o curso
de pedagogia também abrange a área da gestão, que é necessária como base à docência, pois
só é possível gerir alguma coisa a partir do momento em que a conhece.
Contudo, não cabe ao pedagogo incentivar projetos que não condizem com a realidade
escolar, como um projeto de natação em uma instituição que não possui piscinas, ou projetos
muito caro em escolas mais carentes. A principal competência a ser desenvolvida durante a
sua formação é a capacidade de problematizar a realidade escolar, ou seja, é a capacidade de
saber enxergar quais as reais necessidades dos alunos e da escola.
Esta nova constituição, enfatizou um caráter ditador na educação, onde houve a criação
de disciplinas como moral e educação física, com o objetivo de proporcionar o adestramen-
to, concedeu privilégios a educação privada e criou o ensino profissional para as classes
menos privilegiadas.
Durante o período de 1962 a 1985, surge então o modelo tecnicista, onde foi transferida
toda a burocracia da indústria para a escola, colocando os especialistas da educação (peda-
gogos), para cuidar do currículo escolar e assegurar que os planos dos militares dessem certo.
Tal planejamento veio, segundo Aranha (1996), prejudicar as escolas públicas, exacerbando
a burocratização do ensino com preenchimento de papéis e controle das atividades, além de
ignorar as especificidades do processo pedagógico, reduzindo o professor a simples executor
de tarefas organizadas no âmbito do planejamento.
Na década de 80, a educação se transformou em um caos, pois grande parte da população
vivia abaixo da linha da pobreza, muitos estudantes eram desistentes ou repetentes do primei-
ro grau, alguns professores não dominavam totalmente o conteúdo a ser trabalhados em sala
de aula e parte das crianças nunca tinham ido até uma escola.
A partir da década de 1990, surge um conjunto de ideias políticas e econômicas, que de-
fendiam a não participação do Estado na economia, como solução a crise econômica do país
iniciada, principalmente, com a crise do petróleo de 1973. Essas ideias e princípios de gestão
do Estado são denominadas neoliberalismo, que se define como a baixa participação do Esta-
do na assistência das pessoas, tendo como principal ação no Brasil a instauração do chamado
“Estado Mínimo”.
A restrição e a intervenção Estatal da economia só ocorriam para as classes economica-
mente baixas. Para eles, o Estado dava o mínimo, e para os sujeitos de classe média e alta,
era necessário que se sustentassem a partir de seus próprios recursos, pagando por serviços
que legalmente são direitos previstos na Carta Magna de 1988, como a educação, a saúde,
segurança etc.
O sistema neoliberal beneficia apenas as grandes potências econômicas, não se importan-
do muito com os países pobres ou em desenvolvimento, gerando assim baixos salários, alto
índice de desemprego e aumento das desigualdades sociais.
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bem como a melhoria da qualidade de ensino. Além disso, o autor discorre sobre o trabalho pe-
dagógico coletivo, o qual tem como base aliar a equipe escolar com a função social da escola,
e deve ser constituído e construído por educadores que tenham pontos de partida (princípios)
e pontos de chegada (objetivos) e considerem os elementos curriculares básicos (como o alu-
no, professor, sociedade, conteúdos etc.).
Um dos agentes escolares que tem um peso muito grande no ambiente escolar é o diretor.
O diretor é o sujeito responsável por conduzir toda a organização da dinâmica escolar, tendo
como base as normas e diretrizes e o Projeto Político Pedagógico da instituição, contudo, es-
ses aspectos devem estar em sintonia com os demais sujeitos inseridos no ambiente escolar
(coordenador pedagógico, professores, funcionários, alunos e comunidade).
Infelizmente, a gestão escolar é vista e concebida pela maioria das pessoas de forma dis-
torcida, já que se pensa que o diretor deve voltar-se apenas aos trâmites administrativos e bu-
rocráticos, fazendo uma divisão em que o diretor é responsável somente pelo administrativo,
cabendo apenas ao coordenador pedagógico trabalhar com o pedagógico.
Portanto, ambos não se separam, o administrativo sustenta o pedagógico, assim como só
tem sentido a partir das ações pedagógicas, além de que, todo o trabalho realizado na escola é
em alguma medida pedagógico, pois para atender os alunos é preciso se pautar nos princípios
estabelecidos no Projeto Político Pedagógico, que deve ser construído com todos os agentes
escolares e a comunidade.
Porém, faz-se necessário salientar que essa visão tão comum de que o diretor é um buro-
crata, advém de concepções e políticas pregadas pelo Estado que impedem que o gestor esco-
lar tenha condições de ser um gestor de pessoas e protagonize o processo de desenvolvimen-
to pedagógico da escola, já que necessita suprir a demanda burocrática e técnica que o deixa
sobrecarregado e intensifica seu trabalho, além de desviar o foco da sua função, acarretando
também o distanciamento do diretor de seus professores, pelo fato de que a equipe docente
não procura o diretor quando tem dúvidas, dificuldades.
Nem todos os diretores, bem como os demais agentes escolares, aceitam e buscam efe-
tivar o trabalho pedagógico coletivo, pois costumam trabalhar isolados, centralizando o poder
de decisão em suas mãos, seguindo a cultura do individualismo ou então tentam por executálo
como atividade isolada resultando na separação das ações e na desordem dos objetivos do
grupo, em que cada um caminha para um lado diferente.
Essa articulação e parceria entre todos os profissionais devem visar o objetivo principal de
toda escola: a democratização do ensino. Porém, essa parceria muitas vezes não é efetivada
e acaba resultando no desconhecimento dos educadores quanto à complexidade do trabalho
pedagógico coletivo. Isso decorre da falta de clareza dos objetivos e despreparo dos membros
da equipe escolar, o que pode tornar as ações de reflexão e busca de soluções ineficazes, acar-
retando na distorção das intervenções e em ações desconexas e desarticuladas.
Vale ressaltar também que o diretor é uma autoridade que deve liderar a sua equipe escolar,
portanto precisa caminhar juntamente com os demais sujeitos no planejamento, reflexão, debate
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e concretização das ações em busca dos objetivos delineados com o todo, diferentemente da
concepção de diretor autoritário, que age isoladamente de acordo com os seus princípios e vê os
componentes da sua equipe apenas como executores e técnicos que seguem ordens.
Ainda se faz necessário que o diretor garanta tempos e espaços de formação e reflexão
para que os componentes da equipe tenham subsídios teóricos para confrontar as experiências
vivenciadas na escola, e que permita que haja lideranças dentro do próprio grupo, de forma es-
pontânea, para que, assim, os membros se sintam mais à vontade para participar e articular as
contribuições de todos, elaborando sínteses com as reflexões e possíveis soluções levantadas.
Dessa forma, estará sendo realizada uma ação coordenada com objetivos definidos, atri-
buição de responsabilidades e condições/regras estabelecidas no grupo, com cronogramas e
pautas para facilitar a comunicação e a discussão, concretizando-se um espaço democrático.
E no dia a dia, por mais dificultosos que sejam, quando se conta com uma liderança posi-
tiva, que incentiva os profissionais, torna-se possível a concretização estruturada no coletivo,
a partir do momento em que a direção assume a responsabilidade não somente dos afazeres
burocráticos e administrativos, mas que reconhece a particularidade escolar e seu contexto.
Essa é a visão que muitas pessoas têm do diretor escolar, como aquele que prioriza as es-
pecificidades pedagógicas, que entende da organização da escola, de questões educacionais
e muitas outras prioridades que ocorrem no dia a dia escolar. E essa é a realidade que muitos
diretores enfrentam, desempenhando diversas funções, destinando uma boa parte de seu tem-
po à interação com pessoas, seja com pais de alunos, seja com funcionários. No cotidiano, é
possível se construir a cultura escolar, marcando a prática com transformação.
O coordenador pedagógico é o agente escolar responsável pela formação continuada do
corpo docente e por garantir que a equipe escolar esteja articulada no planejamento, debate,
reflexão e elaboração do PPP, das metas, objetivos e as demandas da escola. Portanto, deve
promover encontros e reuniões pedagógicas que envolvam a equipe como um todo.
Porém, como a rotina escolar é bem atribulada, ao coordenador pedagógico decorrem mui-
tas outras atribuições que dificultam que ele esteja em contato com a equipe escolar, desvian-
do o foco da sua verdadeira função, muitas vezes tendo que executar um trabalho burocrático,
como o preenchimento de inúmeras fichas de sondagens e relatórios, e se desdobrar em mui-
tas outras atividades, como o constante atendimento aos alunos indisciplinados e aos pais,
que poderiam ser realizadas por outras pessoas.
Dessa forma, intensifica-se sua rotina, contribuindo para a precarização das suas condi-
ções de trabalho, acarretando no esvaziamento das funções pedagógicas. Além disso, por
ser um agente com um leque de tarefas a cumprir, muitas vezes acaba por não exercer com a
qualidade necessária as funções de cunho pedagógico.
Um aspecto muito comum nos dias atuais e que condiciona o trabalho dos coordenadores
pedagógicos são as avaliações de larga escala, já que muitas cobranças são voltadas a estes
profissionais para que atinjam as metas estipuladas e alcancem bons resultados/notas para
que, dessa forma, a escola seja “merecedora” das tais bonificações.
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onde tem que reinar a democracia e a harmonia que está ao redor, de maneira que a observação
e a percepção humanas façam parte de um todo e que esse todo não está isolado no mundo, no
universo. Não se pode ignorar a pertinência da totalidade, as atitudes e pensamentos relaciona-
dos ao conhecimento contextualizado, mais plenos e verdadeiros. A história de vida dos alunos
é muito importante e não se pode ignorar.
Sabe-se que essas reflexões trazem muitas incertezas, principalmente em relação ao futu-
ro, e a educação deve fazer-se presente, consolidar-se para ter condição de atentar às mudan-
ças do ocorrido ao seu redor e, a maioria das vezes, constituídos de incertezas. A forma de sa-
ber atuar com elas é utilizando determinadas estratégias de ensino para romper as armadilhas
das consequências da insegurança no processo de aprendizagem.
Um dos principais objetivos da educação do futuro é a compreensão, que trata de uma
atitude do ser humano para alcançar entendimento, além de ser importante para a condição
humana garantir a solidariedade intelectual e moral, princípios que os professores devem ensi-
nar a seus alunos, para que a educação possa intervir no processo de caráter humano e tentar
desenvolver a compreensão de forma desinteressada, além de desenvolver a ética e a intercul-
tura, uma vez que ambas devem caminhar juntas para que se possa aprender e reaprender de
maneira permanente e verdadeira.
A humanização feita pela consciência respeita os demais, em suas semelhanças e dife-
renças, ensinando sua própria ética de gênero humano e ensinando democracia que permite a
expressão da melhor forma dentro da sociedade e para a sociedade, como forma de enrique-
cimento intelectual, emocional, psíquico e moral.
É necessário um projeto articulado, organizado em sociedade entre as instituições forma-
doras. A escola é o espaço de atuação do futuro professor, para que seu trabalho não se dis-
tancie da realidade do aluno e ajude-o a compreender melhor os contextos históricos, sociais,
culturais, políticos tanto seus como dos alunos, pois o objetivo é fazer com que o professor
torne-se reflexivo, pesquisador, sempre relacionando a teoria à prática, organizando e reorgani-
zando, pensando e repensando, construindo e reconstruindo conhecimentos e estratégias para
que o processo de ensinar e de aprender tenha êxito.
Portanto, a formação continuada possibilitará ao professor a oportunidade de trocar co-
nhecimentos entre os demais professores da mesma instituição de ensino e/ou de outras ins-
tituições de formação; trocar também saberes entre professores e seus alunos, já que ambos
são atores importantes dentro do mesmo processo.
Por isso, a relevância de trabalhar com projetos, planejamentos e ações reflexivas, nas
quais poder-se-á fazer uma análise mais precisa das metodologias utilizadas pelos professo-
res na sala de aula, além de criar e adequar materiais didáticos e escolher uma abordagem crí-
tica, de acordo com o perfil e o nível de ensino da turma que se está trabalhando no momento.
O conceito de competência está relacionado à capacidade de realizar bem uma tarefa, ou
seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o professor deverá ter disponíveis os re-
cursos necessários para serem mobilizados com vistas a resolver a situação na hora em que
ela se apresente.
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que envolvem distintos graus de complexidade. São nessas situações que o aluno passará a
exercitar habilidades e competências através dos conteúdos.
Para que isso aconteça é objetivo do ensino propiciar oportunidades para que aconte-
çam mudanças que desencadeiem desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Quando mo-
bilizamos conhecimentos, valores e atitudes, agindo de modo pertinente na resolução de
situações problemas, temos o que chamamos de competência. Quando tomamos decisão
para a resolução de problemas, muitas vezes lançamos mão da improvisação e da criativida-
de associadas à experiência.
A escolarização é uma escolha da sociedade. A escolarização deve também se funda-
mentar em um conhecimento abrangente e atualizado das práticas sociais, pois a escola é
reprodutora da sociedade.
Hoje em dia nós não devemos apenas aprender o “Teorema de Pitágoras”, mas devemos
sobretudo além de aprender, mobilizar esse conhecimento para resolver problemas de geo-
metria. Atualmente a sabedoria de quem ensina é enfocada na elaboração de programas com
observação das práticas sociais, identificando situações com as quais os seus alunos serão
confrontados. Devemos saber desenvolver estratégias para resolver conflitos, saber cooperar,
saber viver com normas, saber conviver a fim de interagir na diversidade cultural.
O conceito de competência está intimamente relacionado à ideia de laboralidade e aumenta
a responsabilidade das instituições de ensino na organização dos currículos e das metodologias
que propiciam a ampliação de capacidades como resolver problemas novos, comunicar ideias,
tomar decisões. A competência é um conjunto de saberes e habilidade é um saber-fazer rela-
cionado à prática do trabalho, mais do que mera ação motora. As habilidades são essenciais da
ação, mas demandam domínio de conhecimentos. Ao educar para competências será através
da contextualização e da interdisciplinaridade, com conteúdos pertinentes à realidade do aluno.
Dentro de um processo de escolarização, há necessidade além da construção e reconstru-
ção dos saberes, que se pretenda ao desenvolver competências e habilidades, dedicar tempo
para colocá-las em prática. Os educandos constroem saberes, passam nos vestibulares, mas
não conseguem mobilizar o conhecimento para aplicá-los em situações do dia a dia.
Uma reflexão aprofundada da Educação Escolar prescreve analisar o meio em que os edu-
candos vivem, seus hábitos, costumes e valores, assim, podemos pensar num planejamento
escolar com a intenção de inovar e integrar com maior comprometimento os diferentes obje-
tivos (educandos – escola).
O desenvolvimento educacional vai acontecendo através de situações presenciadas e ex-
periências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida. A definição de educação engloba
gentileza, delicadeza, civilidade e a sua capacidade de socialização demonstrada por cada su-
jeito. No sentido técnico, a educação é o processo contínuo de desenvolvimento das valências
físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de uma melhor integração na sociedade ou
no seu próprio grupo.
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Isso desafia uma formação que seja mais integral e pense no educando como sujeito de
aprendizagens, que em seu percurso vai acumulando conhecimentos e saberes necessários
para sua vida. Para isso quanto mais integral a formação dos sujeitos, maiores são as possibi-
lidades de criação e transformação da sociedade.
A busca pela formação integral é, portanto, parte da experiência humana na qual a escolari-
zação vai ocupando lugar central no percurso formativo dos educandos, e a educação é, nesse
sentido, expressão do desejo e do direito humano fundamental.
Então, é fundamental que as práticas pedagógicas a serem desenvolvidas nas escolas con-
siderem a importância do desenvolvimento de todas as potencialidades humanas, sejam elas
físicas/motoras, emocionais/afetivas, artísticas, linguísticas, expressivo-sociais, cognitivas,
dentre outras, contribuindo assim para o desenvolvimento do ser humano de forma integral.
Assim sendo, entende-se que a natureza humana não é dada de forma biológica, mas pro-
duzida nas relações intersubjetivas, o que remete à necessidade de se pensar o percurso for-
mativo de cada novo ser humano. Por meio da apropriação cultural, mediada pela linguagem,
em suas diferentes formas, é que os sujeitos em sua singularidade se humanizam, o que resul-
ta na ressignificação de aspectos emocionais, cognitivos, psicológicos e sociológicos, dentre
outros, de modo a se tornarem elementos significativos da conduta, da percepção, da lingua-
gem, do pensamento e da consciência, sempre tendo em vista a formação integral do sujeito.
Portanto, é pelo fato de o ser humano ser social que ele se constitui como ser humano
único com suas especificidades. Portanto, rompe-se com a crença de que existe uma natureza
humana biológica que é semelhante nas diversas idades, ao mesmo tempo em que se reafirma
que cada pessoa se constitui em sujeito singular.
Os processos de aprendizagem necessitam oferecer aos sujeitos um amplo leque de vivên-
cias e de atividades ao longo de todo o percurso formativo, haja vista que a realização de uma
dada atividade não promove o desenvolvimento de todas as capacidades humanas.
A organização do percurso formativo permite compreender que a efetivação de um pro-
cesso de formação integral dos sujeitos está relacionada a uma organização escolar em que a
mesma deve fazer aquilo que lhe dá identidade e autoridade para desempenhar a sua função
social, função que não mais permite conceber os espaços escolares isoladamente.
Entende-se, então, que o percurso formativo está ligado a todas as relações vivenciadas
nos tempos e espaços escolares, contribui para melhorar o ensino e a aprendizagem, sempre
voltando à integralidade da formação.
É de fundamental importância garantir dentro da escola a compreensão, por parte do sujei-
to, da importância dada nesse ambiente ao seu percurso formativo na integralidade, em idade
adequada, e sua formação integral por meio do desenvolvimento pleno, abrangendo várias
formas de conhecimento em sua totalidade.
Também é importante que a escola valorize suas individualidades e a cultura que cada indi-
víduo traz consigo, pois, os saberes que os sujeitos trazem dos diferentes espaços sociais em
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que estabelecem relações interpessoais, quer seja com as amizades que se tem, dos filmes
que assistem, das fotografias, da televisão, da literatura e dos diferentes modos de produção
característicos da internet.
As interações por meio desses diferentes artefatos culturais podem servir como ponto de
partida para a ampliação dos conhecimentos sistematizados e o desenvolvimento do ato cria-
dor e do pensamento teórico que é função social da escola.
As discussões que perpassam os conceitos de educação integral e percurso formativo
devem levar em consideração os diferentes elementos que compõe a formação da identidade
humana. Isso se revela na necessidade de pensar os desenvolvimentos: cognitivo, afetivo, so-
cial e motor dos sujeitos que estão na escola. Com isso, abre-se um leque, do qual o educador
deverá ter atenção e cuidado no planejamento, para garantir um desenvolvimento integral des-
ses estudantes e, que não seja uma formação fragmentária que leva em conta apenas alguns
aspectos da vida.
A cognição envolve várias habilidades como: pensamento, raciocínio, abstração, lingua-
gem, memória, atenção, criatividade, capacidade, capacidade de resolução de problema, entre
outras funções. Como pode-se perceber essas habilidades não são “transmitidas” aos educan-
dos, outrossim ela deve se “desenvolver” por isso, o professor deve desafiar os sujeitos e não
apresentar apenas conteúdos com resoluções pré estabelecidas.
A atuação do professor no processo de ensino e aprendizagem deve considerar que o
aluno é um corpo dinâmico e não foi programado para imitar, mas para expor e participar ati-
vamente das atividades a serem realizadas, sempre expondo criatividade e rompendo limites.
Por isso os professores, em grande medida, são responsáveis por parte dessa formação inte-
gral dos alunos, dessa forma é necessário incentivar e demonstrar as possibilidades de novas
formas de aprendizagem.
O ser humano ao tentar memorizar ou decorar sem aprender, ou seja, aprender mecani-
camente, ele armazena apenas por um curto espaço de tempo, isso não apresenta nenhuma
relação com o nosso cognitivo. Dessa forma a aprendizagem mecânica tende a ser esquecida
facilmente, sem deixar registro na estrutura cognitiva, então o cognitivo precisa ser estimulado
de forma natural e prazerosa para que haja aprendizagem.
Essa estimulação acontece quando o professor apresenta problemas a serem resolvidos,
em que seja possível estabelecer relações que, muitas vezes possa ser com seu cotidiano e,
a partir desses estabelecer conhecimentos. Para isso devem ser pensadas estratégias que
estimulem a cognição tais como: ler, pensar e agir perante as situações em que se encontram
visando à educação integral do aluno durante toda a sua formação.
O professor como mediador de conhecimento deve, portanto, identificar os conceitos es-
senciais que irão permitir uma maior flexibilidade cognitiva, ou seja, maior capacidade de uti-
lizá-la em diferentes situações. Nesse caso, o papel da escola deve ser o de ajudar o aluno
a desenvolver sua aptidão do pensar e agir, dialogando, estimular a capacidade cognitiva do
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aluno através do saber aprender, saber fazer, saber agir, saber conviver e se conhecer. O edu-
cando deve aprender a ser sujeito do próprio conhecimento que aprende a aprender, a buscar
informação, como sujeitos pensantes de maneira prática e analítica.
Nota-se que os novos tempos exigem um padrão educacional em que os professores es-
tejam voltados para o desenvolvimento integral com um conjunto de competências e de habili-
dades essenciais para o desenvolvimento, a fim de que os alunos possam fundamentalmente
compreender e refletir sobre a realidade em que vive, participando e agindo no contexto de
uma sociedade comprometida com o futuro.
O educador é um vinculador de valores, a socialização do indivíduo se da através de valores
e normas de conduta da sociedade que pertence e, assim, a escola se torna a instituição que
promove a socialização. Contudo o desenvolvimento motor (que se relaciona a desenvolvimento
de espacialidade e corporeidade) só será desenvolvido se estiver uma ligação entre o cognitivo.
O desenvolvimento motor é a continua alteração no comportamento ao longo do ciclo da
vida, como um processo que envolve as necessidades biológicas subjacentes, ambientais e
ocupacionais, ou seja, realizado pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do
indivíduo e as condições do ambiente.
Sabe-se que o desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento mo-
tor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central, quanto à interação com o am-
biente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança. As habilidades motoras
fundamentais são de movimentos básicos que começam a desenvolver-se aproximadamente
no mesmo período em que a criança aprende a caminhar independente de se movimentar li-
vremente pelo ambiente, ou seja, na fase fundamental meninos e meninas estão começando
a desenvolver um conjunto inteiro de habilidades motoras básicas, tais como: correr, pular,
arremessar, apanhar, chutar e driblar.
A partir disso, os professores devem conhecer e analisar as exigências das tarefas nas
habilidades motoras, a fim de maximizar o êxito do aprendiz. Sabendo que cada criança apre-
senta seu padrão característico de desenvolvimento, visto que suas características inerentes
sofrem a influência constante entre a criança e seu ambiente o professor deve oferecer ativida-
des atrativas para que o aluno não pare e não iniba o desenvolvimento motor.
As tecnologias presentes na sociedade, e de todas as formas, acaba atrapalhando muitas
vezes o desenvolvimento motor das pessoas em geral, levando a perda de relação imediata do
sujeito com o movimento motor, ocasionando a diminuição da prática corporal na atualidade.
Sendo que um bom desenvolvimento motor repercute na vida futura das pessoas nos aspectos
sociais, intelectuais e culturais. Então o desenvolvimento motor deve ser uma sequência cuida-
dosamente planejada, para que não interfira na vida adulta posteriormente.
O desenvolvimento motor é um processo intenso que progride durante a vida toda e deve
ser exercitada desde criança até a vida adulta envolvendo muitas habilidades, dentro dessas
habilidades, a qual mais se destaca é a psicomotricidade. Diante das múltiplas habilidades
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motoras a qual mais se destaca é a psicomotricidade, pois essa tem relação tanto com o cog-
nitivo como o afetivo e engloba o social.
A psicomotricidade baseada na interdependência do desenvolvimento cognitivo e motor
propõem-se a partir de brincadeiras, jogos, movimentos e exercitações contribui para a edu-
cação integral da criança e adolescente. A psicomotricidade está presente em todas as ati-
vidades que desenvolvem a motricidade das crianças, contribuindo para o conhecimento e o
domínio de seu próprio corpo.
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento or-
ganizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de
sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. O jogo, por exemplo, é o principal meio
para desenvolver aspectos cognitivos e psicomotores, pois o adolescente aprende a explorar
o seu corpo através dos movimentos de uma forma lúdica, ou seja, se divertindo com jogos
o mesmo desenvolve gradativamente diversos elementos que compõem a psicomotricidade.
A educação psicomotora acontece dentro e fora do âmbito escolar, principalmente nos
segmentos da Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Assim, a escola também deve pro-
porcionar atividades psicomotoras que estimulem as vivências corporais, ou seja, buscando
desafiar os alunos, atingindo suas zonas de desenvolvimentos, assim o brincar é um ato social
que permite uma comunicação através de gestos, mesmo que não haja comunicação verbal.
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base
indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para
que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através dessas
atividades lúdicas a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento
do comportamento psicomotor. No brincar, é que a criança tem a oportunidade de expressar o
que está sentindo ou necessitando.
A criança utiliza-se do brincar para construir sua aprendizagem, porque é na brincadeira
que ela explora situações usando a imaginação e libera seu eu criativo, realizando seus dese-
jos mais íntimos. O mais importante de tudo isso é que, por meio do brincar, o professor as-
sume um papel fundamental neste processo, pois é ele que arma, de maneira planejada e não
casual, as cenas mais pertinentes para que esse desenvolvimento da psicomotricidade ocorra.
Colado ao desenvolvimento motor, encontramos o desenvolvimento afetivo. Entre muitos
aspectos que são desenvolvidos no processo de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento
afetivo, está ganhando pouca atenção. Tanto pelos educadores, quanto pela proposta de ensi-
no sistematizado. Diante disso temos a necessidade de se trabalhar isso em nossas crianças,
compreendendo seus sentimentos. Emoções e o próprio modo de agir.
É importante considerar a aprendizagem escolar como uma atividade na qual os sentimen-
tos se desenvolvem, pois as situações de ensino e aprendizagem envolvem motivos, sentimen-
tos e emoções. Ao ensinar conteúdos, o professor ensina também determinados sentimentos,
tanto em relação aos conhecimentos como em relação aos valores predominantes na contem-
poraneidade. Alguns estudos relacionados ao desenvolvimento humano e social defendem a
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A educação inclusiva caracteriza-se como um novo princípio educacional, cujo conceito fundamen-
tal defende a heterogeneidade na classe escolar, como situação provocadora de interações entre
crianças com situações pessoais as mais diversas. Além dessa interação, muito importante para o
fomento das aprendizagens recíprocas, propõem-se e busca-se uma pedagogia que se dilate frente
às diferenças do alunado.
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Para que haja uma efetiva inclusão, é preciso que a escola se transforme, iniciando por des-
construir práticas de segregação, abandonando toda forma de discriminação contra pessoas
com deficiência ou contra qualquer outro aluno. As diferenças devem ser vistas como enrique-
cedoras, pois, contribuem para o crescimento de todos os envolvidos no processo educacional.
Portanto, uma das propostas para construção de uma escola inclusiva é a aproximação de
toda a comunidade escolar (interna e externa). Essa integração é mais do que dialogar, é um pro-
cesso lento, conflituoso, em que conhecer os conflitos e saber mediá-los torna-se fonte essencial.
Por essa razão, é muito importante ouvir pais, comunidade e órgãos de representação da
sociedade civil. Esse é o caminho para a construção da educação inclusiva. Pensar a inclusão
é repensar a escola para que deixe de ser a escola da homogeneidade para uma escola da he-
terogeneidade, para que passe de uma escola da discriminatória e segregacionista, e para ser
uma escola aberta a todos.
As escolas inclusivas, conforme já foi dito, devem ser escolas para todos, participando de
um sistema educacional que reconheça, atenda e respeite as necessidades de todos os alunos
em suas diferenças individuais. Por essa ideia, não somente portadores de deficiência devem ser
ajudados e sim todos os alunos que, pelas mais diversas causas, endógenas ou exógenas, tem-
porárias ou permanentes, possuam, dificuldades de aprendizagem ou em seu desenvolvimento.
A educação inclusiva constitui uma proposta educacional que reconhece e garante o direi-
to de todos os alunos de compartilhar um mesmo espaço escolar, sem discriminações de qual-
quer natureza. Promove a igualdade e valoriza as diferenças na organização de um currículo
que favoreça a aprendizagem de todos os alunos e que estimule transformações pedagógicas
das escolas, visando à atualização de suas práticas como meio de atender às necessidades
dos alunos durante o percurso educacional. Compreende uma inovação educacional, ao rom-
per com paradigmas que sustentam a maneira excludente de ensinar e ao propor a emancipa-
ção, como ponto de partida de todo processo educacional. (BRASIL, 2007, p.14).
O projeto político-pedagógico deve então promover uma ação coletiva voltada para a to-
lerância, a diversidade, a cidadania e a justiça, possibilitando assim a formação de cidadãos
críticos com a capacidade de mobilizarem-se na sociedade de forma a garantir os seus direi-
tos e executar os seus deveres. Outra questão importante do educando com necessidades
especiais é a oportunidade de vivenciar diferentes grupos sociais, situação esta que é capaz
de promover a tolerância, o respeito a diversidade e a vida com dignidade, mas não é proces-
so muito simples, pois deve haver a elaboração de políticas públicas capazes de promover o
entendimento sobre as capacidades e a vivência das pessoas com necessidades especiais.
O projeto político-pedagógico deve estar orientado para as práticas inclusivas, pois, todos
os indivíduos, independentes de raça, cor, religião, nível sócio-econômico, formação física ou
cognitiva possuem direito ao acesso à educação de qualidade. Para que a criança com neces-
sidade educativa seja inserida na escola regular, o currículo deve ser adaptado para atender
suas necessidades gerais da classe escolar.
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Regular devem oferecer vagas e matricular todos os alunos, organizando-se para o atendimen-
to com equidade aos educandos com necessidades educacionais especiais e assegurar-lhes
condições necessárias para a permanência e aprendizagem.
A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na
rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos de-
mais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desen-
volver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
A diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos. Daí a importância do papel
da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, funcioná-
rios, corpo docente e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para
que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades extraclasses nunca deixam
de atender os alunos com necessidades especiais.
I – a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos
de estudo, de trabalho e de inserção na vida social;
II – a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das
suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais
no processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores,
atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;
III – o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação so-
cial, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usu-
fruto de seus direitos.
Os fundamentos de escola de qualidade para todos, remete-se em questões específicas
relacionadas ao conhecimento e a aprendizagem, ou seja, consideram-se que o ato de educar
supõe intenções, representações que temos do papel da escola, do professor, do aluno, con-
forme os paradigmas que os sustentam. A autora ainda relata que a escola inclusiva exige mu-
danças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos abstratos que se
materializam de modo imperfeito no mundo concreto. Possa também ser entendida, segundo
uma concepção moderna, como um conjunto de regras, normas, crenças, valores, princípios
que são partilhados em um grupo em um dado momento histórico e que norteiam o nosso
comportamento, até estarem em crise, porque não nos satisfazem mais, não nos dão mais
conta dos problemas que temos para solucionar.
Ainda nos dias atuais a inclusão é vista como um desafio, causando angústias e expectati-
vas em grande parte dos profissionais da educação. Porém, mais amenas que em tempos pas-
sados, pelo fato de que, ao ser devidamente aceita pela escola, desencadeia um compromisso
com as práticas pedagógicas que favorecem todos os alunos, ou seja, uma verdadeira mudan-
ça na concepção de ensino, visando uma aprendizagem significativa, inclusiva e de qualidade.
A igualdade não está em desacordo com o respeito às diferenças entre as pessoas, mas
sim na valorização na capacidade de cada ser humano em suas realizações. Assim quando se
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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trata de proporcionar oportunidades iguais e justas para todos, tem-se muito ainda por fazer
nas escolas para corresponder ao princípio segundo o qual os seres humanos têm direito à
dignidade, sejam quais forem as suas capacidades ou realizações.
A observância deste princípio é limitada por predisposições que nos levam a responder
situações ou a outras pessoas de modo desfavorável, tendo em vista um dado valor. No caso
da igualdade entre pessoas, as barreiras se materializam na recusa em reconhecer e defender
este valor, por meio de comportamentos, reações, emoções e palavras.
O envolvimento da família no processo educacional da criança é uma necessidade e de
muita importância. A família deve ser orientada e motivada a colaborar e participar do pro-
grama educacional, promovendo desta forma uma interação maior com a criança. Também é
fundamental que a família incentive a prática de tudo que a criança assimila.
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma orga-
nização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura. Assim, a
qualidade da estimulação no lar e a interação dos pais com a criança se associam ao desen-
volvimento e a aprendizagem de crianças com necessidades educacionais especiais
Os pais e familiares de crianças com necessidades educacionais especiais necessitam de
informações sobre a natureza e extensão da excepcionalidade; quanto aos recursos e serviços
existentes para a assistência, tratamento e educação, e quanto ao futuro que se reserva ao
portador de necessidades especiais.
A superproteção dos pais em relação à criança pode influenciar de forma negativa no proces-
so de desenvolvimento da criança, e normalmente, estes concentram suas atenções nas defici-
ências da criança de modo que os fracassos recebem mais atenção que os sucessos e a criança
fica limitada nas possibilidades que promovem a sua independência e a interação social.
Os professores estão preparados para a educação inclusiva, e isso pode ocasionar resistên-
cias de alguns às inovações educacionais, como a inclusão, ao considerarem que a proposta de
uma educação para todos é válida, porém impossível de ser concretizada, levando em conta o
número de alunos e as circunstâncias em que se trabalha nas escolas da rede pública de ensino.
Demonstra-se, mais do que nunca, que os professores devem capacitar-se, acreditar e, principal-
mente, aceitar a inclusão, tornando, assim, a sua sala de aula um ambiente propício à construção
do conhecimento, tanto do aluno com necessidades especiais, quanto dos demais.
A diversidade de habilidades e características físicas e intelectuais foi categorizada pelo
saber médico e científico na forma de padronizações excludentes. Nesse sentido, conformou-
-se ao longo do século 18 o chamado “corpo normal”, isto é, uma medida arbitrária de huma-
nidade calcada em um conjunto de características tidas como necessárias para se constituir
enquanto um sujeito de direitos. Uma pessoa que não atendesse a essas expectativas era
definida como menos capaz e, por conseguinte, excluída dos espaços de convivência social,
educação e trabalho. A esse fenômeno histórico e social dá-se o nome de capacitismo, o qual
resulta da exclusão sistemática e estrutural de pessoas com deficiência.
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A LBI é uma grande conquista na medida em que vai na contramão desse passado histó-
rico, definindo a deficiência como atributo que não pode ser descolado do contexto, uma vez
que se dá na interação de uma pessoa que possui uma ou mais características que divergem
do padrão com barreiras.
Em outras palavras, a deficiência seja ela de que ordem for só existe na relação com um
mundo repleto de impedimentos para a plena inclusão da pessoa que a possui. As barreiras
podem ser arquitetônicas (portas estreitas, banheiros não adaptados, por exemplo); urbanís-
ticas (calçada desnivelada, falta de piso tátil e sinal sonoro em semáforos, entre outros); nos
transportes (ausência de rampas e corrimão); na comunicação (ausência de libras, legendas,
texto alternativo etc.); tecnológicas (que impedem o acesso à tecnologia); e/ou atitudinais.
A inclusão garante direitos e promove a aprendizagem, estimulando a autonomia e a inde-
pendência das pessoas com deficiência em todas as fases da vida. Dessa forma, o Brasil esta-
beleceu na Meta 4 do Plano Nacional de Educação o objetivo de universalizar para a população
de 4 a 17 anos com deficiência o acesso à educação de acordo com o modelo de inclusão.
A abordagem prioriza o direito de todos os estudantes frequentarem as salas regulares,
combatendo qualquer discriminação. Além disso, a meta prevê espaços de atendimento edu-
cacional especializado (AEE), como medida complementar e não substitutiva da sala de aula
comum, que podem ser frequentados pelos estudantes com deficiência no contraturno. O AEE
tem por objetivo identificar demandas específicas e elaborar recursos pedagógicos e de aces-
sibilidade que eliminem barreiras existentes, garantido a inclusão e autonomia dos estudantes.
No plano nacional, convém salientar que, pela primeira vez na nossa história, uma proposta
educacional que emana do Ministério de Educação nacional, os Parâmetros Curriculares Na-
cionais, publicados em 1997 e que suscitaram grandes controvérsias quanto a sua concepção,
processo de construção e estruturação interna, incorporou, entre os temas transversais, o da
pluralidade cultural.
Esta opção não foi pacífica e sim objeto de controvérsias, de toda uma negociação em que
a pressão dos movimentos sociais se fez presente, e a reestruturação da equipe responsável,
inevitável. O próprio documento assim justifica a introdução da temática da pluralidade cultural
no currículo escolar.
Por outro lado, somos conscientes de que o atual contexto internacional, marcado por uma
globalização excludente, políticas neoliberais e uma emergente doutrina de segurança global,
está reforçando fenômenos socioculturais de verdadeiro apartheid, que assumem diferentes
formas e manifestações.
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No entanto, esta não é uma realidade que afeta igualmente a todos os grupos sociais,
culturais, nem a todas as pessoas. São os considerados “diferentes”, aqueles que por suas
características sociais e/ou étnicas, por serem considerados “portadores de necessidades es-
peciais”, por não se adequarem a uma sociedade cada vez mais marcada pela competitividade
e pela lógica do mercado e do consumo, os “perdedores”, os “descartáveis”, que vêm a cada
dia negado o seu “direito a ter direitos”.
A escola como instituição está construída tendo por base a afirmação de conhecimentos
e valores considerados universais, uma universalidade muitas vezes formal que, se aprofun-
darmos um pouco, termina por estar assentada na cultura ocidental e europeia, consideradas
como portadoras da universalidade.
A questão colocada hoje supõe perguntarmo-nos e discutirmos que universalidade é essa,
mas, ao mesmo tempo, não cairmos num relativismo absoluto, reduzindo a questão dos co-
nhecimentos e valores veiculados pela escola a um determinado universo cultural, o que nos
levaria inclusive a negar a própria possibilidade de construirmos algo juntos, negociado entre
os diferentes, e à guetificação.
A questão do conhecimento e dos valores transculturais, preferimos esta expressão, faz
com que nos situemos de uma maneira crítica em relação aos conhecimentos e valores univer-
sais tal como estamos acostumados a considerá-los, assim como em relação ao relativismo
cultural radical.
O tema do multiculturalismo é especialmente polêmico no momento atual. Defensores e
críticos confrontam suas posições apaixonadamente. Uma das características fundamentais
deste possível campo de estudos constituído pelas questões multiculturais é exatamente o fato
de estar atravessado pelo acadêmico e o social, a produção de conhecimentos e a militância.
Convém ter sempre presente que o multiculturalismo não nasceu nas universidades e no
âmbito acadêmico em geral. São as lutas dos grupos sociais discriminados e excluídos de
uma cidadania plena, os movimentos sociais, especialmente os referidos às questões identitá-
rias, que constituem o locus de produção do multiculturalismo.
Sua penetração na academia deu-se num segundo momento e, até hoje, me atreveria a
afirmar, sua integração no mundo universitário é frágil e objeto de muitas discussões, talvez
exatamente por seu caráter profundamente marcado pela intrínseca relação com a dinâmica
dos movimentos sociais.
Não é possível trabalhar questões relativas ao multiculturalismo sem um diálogo intenso
com os grupos sociais, relação esta que passa por algum tipo de presença nos diferentes fó-
runs da sociedade em que os conflitos e embates multiculturais se dão.
Neste sentido, o multiculturalismo não pode ser reduzido a uma temática de produção
acadêmica. Ao mesmo tempo em que penetra na lógica da academia, submete-a permanente-
mente a vários questionamentos a partir do “olhar” e do compromisso da militância.
Outra dificuldade para se penetrar na problemática do multiculturalismo está referida à
polissemia do termo. Inúmeras e diversificadas são as concepções e vertentes multiculturais.
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Muitos autores, tanto de perspectiva liberal quanto de inspiração marxista, que levantam fortes
questionamentos teóricos e ao seu papel na sociedade, não levam devidamente este fato em
consideração ou, quando o fazem, referem-se a aspectos mais superficiais, sem distinguirem
com maior profundidade as diferentes posições, ou fazem grandes generalizações.
No que diz respeito às diferentes concepções e propostas do multiculturalismo, esta cor-
rente de pensamento tem sido reconhecida e discutida por defensores e críticos, como uma
estratégia de lidar com as diferenças, seja no âmbito político-social, cultural ou educativo.
Para que esta competição se possa dar, é necessário remover os obstáculos por meio de
reformas orientadas a melhorar as condições econômicas e socioculturais das populações do-
minadas. Para tal, podem ser criados programas específicos, dentro do modelo social vigente.
Essa posição, segundo o autor, reveste-se frequentemente de um humanismo etnocêntrico e
universalista que privilegia na realidade os referentes dos grupos dominantes.
Quanto ao multiculturalismo liberal de esquerda, coloca a ênfase na diferença cultural e
afirma que privilegiar a igualdade entre as raças/etnias pode abafar diferenças culturais impor-
tantes entre elas, assim como as diferenças de gênero, classe social e sexualidade.
Favorece muitas vezes também um certo elitismo populista que valoriza as experiências
dos grupos populares e étnicos e praticamente não leva em consideração a cultura dominante.
Junto com esta questão e em íntima relação com ela, pode também ser colocada a ques-
tão da importância e, ao mesmo tempo, da dificuldade de se construir um projeto pedagógico
para as escolas de ensino médio.
As experiências analisadas tornaram muito evidente que este aspecto deve ser muito mais
valorizado no âmbito escolar. O projeto pedagógico confere identidade, impregna a cultura es-
colar e a cultura da escola, favorece a coesão e um sentido de pertença que dão consistência
ao processo educativo.
Ambas as escolas experimentaram esta realidade nas suas origens, mas a proposta foi
se diluindo com o passar dos anos. No entanto, ainda hoje, por afirmação de alguns de seus
elementos ou pela consciência de sua ausência, constatou-se o poder mobilizador de sonhos,
análises críticas e perspectivas de futuro do projeto pedagógico.
No caso das escolas de ensino médio pesquisadas, é possível afirmar que a seleção dos
conteúdos por elas veiculados nas salas de aula estava centrada nos conteúdos definidos para
os exames vestibulares e nos livros didáticos adotados, principalmente na escola particular.
No caso da escola pública, a seleção estava centrada basicamente nas apostilas indicadas e/
ou nos livros didáticos adotados, sem que a referência ao vestibular fosse forte, em geral por
não se acreditar nas possibilidades de os alunos terem êxito neste exame.
Apesar da afirmação, em ambos os casos, cada vez com maior força, da autonomia das
escolas e dos professores, a seleção dos conteúdos veiculados no cotidiano das salas de aula
estava muito mais determinada por critérios externos à dinâmica pedagógica escolar.
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No entanto, convive com tensões no interior da dinâmica do movimento e dos núcleos, uma
vez que se faz necessário conviver lado a lado tanto com o clima de competição típico do pro-
cesso seletivo, do qual o vestibular não é uma exceção, quanto com o clima de solidariedade,
no qual os(as) alunos(as) se apóiam mutuamente e se sentem mais fortes por saberem que
sua exclusão não é isolada, mas a realidade de milhões de negros e pessoas de baixa renda
que sofreram e continuam sofrendo todo tipo de injustiça e preconceito em nossa sociedade.
A lógica de adesão tende a reforçar o papel central atribuído aos exames vestibulares,
concebendo as diferentes dimensões do projeto de forma subordinada à finalidade mais ime-
diata de ingresso no ensino superior. Nesta lógica, mais importante do que questionar a atual
concepção do vestibular, trata-se de adequar-se às suas exigências.
Dessa forma, por exemplo, professores(as) aceleram o conteúdo das matérias, ou privile-
giam correções de questões de provas de vestibulares passados, deixando de lado frequen-
temente discussões de interesses mais amplos, ou, em outra perspectiva, a coordenação e
os(as) alunos(as) enfatizavam e dedicavam muito tempo e energia a recorrer a vários meios
para conseguir dinheiro ou isenções para garantir as inscrições de todos(as) nos exames, en-
tre outros exemplos.
Quanto à lógica de resistência, também presente, ela tende a imprimir um movimento de
distanciamento em relação ao vestibular, ou melhor, um movimento de conformidade crítica.
Joga-se com as regras do jogo em vigor sem, no entanto, deixar de questioná-las. Nesta pers-
pectiva, resiste-se à lógica competitiva e individualista que caracteriza os exames vestibulares
e introduz-se outros conteúdos que não estão direta nem necessariamente orientados a es-
ses exames.
No entanto, a pressão da lógica de adesão ao ritmo de trabalho de preparação para o ves-
tibular imposta aos docentes, colaboradores e alunos(as), dificulta a realização de atividades
e a discussão de temáticas que possam ir além do programa cobrado no vestibular, como su-
gere a carta de princípios, ou seja, a criação de um espaço público de elaboração de propostas
e discussão política sobre justiça, democracia e educação, assim como a defesa de posturas
contrárias a qualquer tipo de discriminação racial.
A disciplina Cultura e Cidadania tenta minimizar essa tensão constituindo-se como um es-
paço para se discutir questões gerais de cultura, política, saúde, educação etc. Contudo, seja
pela maneira como é ministrada em vários núcleos, sob a forma de palestras realizadas por
diferentes especialistas convidados, seja pela pressão da discussão de temas mais ligados
aos conteúdos solicitados pelo vestibular, ela também possui suas tensões próprias, e nem
sempre consegue trabalhá-las de modo adequado e produtivo.
Importa sublinhar que, no caso da disciplina Cultura e Cidadania, a aplicação deste critério
não se coloca da mesma forma. A sua própria existência traduz uma modalidade de aborda-
gem da questão da eletividade dos conteúdos escolares às avessas. Ao passo que a tendência
mais comum no âmbito das disciplinas escolares tradicionais é a de minimizar a dimensão
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fim de compartilhar as informações que cabem aos pais, sobre o processo educativo, os proje-
tos que serão trabalhados ao longo do semestre ou ano letivo, onde se valoriza a participação
dos mesmos na vida escolar.
A rotina da escola também deve ser valorizada e mostrada para os pais. Os horários de
acesso às salas de aula, bem como para conversar com os professores e coordenação peda-
gógica devem ficar bem delimitados, a fim de que os pais não entrem no meio das atividades,
o que pode atrapalhar o andamento das mesmas.
Um problema comum nas escolas é a falta de comunicação com os pais, buscando uma
sintonia dos mesmos com a instituição e com os professores. Muitos avisos são dados de úl-
tima hora, o que prejudica os alunos. Os canais de comunicação entre escola e família devem
estar abertos, seja em cartazes dispostos no pátio, na porta da sala ou através das agendas
de recados. Um telefonema também pode proporcionar grandes conquistas para a escola e,
consequentemente para o processo educativo.
Críticas e sugestões devem ser sempre ouvidas e aceitas. Os pais sentem-se seguros
quando a direção ou coordenação da escola compartilha as ideias, mesmo que as mesmas
não sejam acatadas. É uma forma democrática e respeitosa de se trabalhar.
Em determinados momentos, a escola pode aproveitar as diversas profissões dos pais e
seus saberes para que os mesmos participem ativamente das aulas. Um pai promotor de jus-
tiça pode discutir com um grupo de alunos sobre segurança, direitos e deveres dos cidadãos,
mudando a dinâmica de aprendizagem da instituição.
Falar da avaliação é o fundamental. A escola deve compartilhar as diversas maneiras pelas
quais as crianças ou adolescentes serão avaliados, a fim de dar ciência aos pais, mas também
de que os mesmos participem desse processo, orientando seus filhos. Fazer portfólios e dei-
xá-los expostos é uma excelente forma de mostrar como as atividades estão caminhando, se
estão dando certo ou não, obtendo o sucesso desejado.
O professor deve acolher as diferenças e as considerar no processo de ensino-aprendiza-
gem, reconhecendo que cada estudante aprende de uma forma diferente, tem um contexto
próprio e precisa ser reconhecido como indivíduo. Ele deve aprender a conhecer a realidade
do aluno, da sua família e da comunidade em que a escola e estes estudantes estão inseridos.
O professor deve trazer a comunidade para a sala de aula, buscando aproximar os conhe-
cimentos comunitários dos conhecimentos acadêmicos. Ele deve ser um mediador, facilitador
e articulador do conhecimento e não apenas aquele que detém a informação. Ele deve atuar
como um pesquisador, que provoca o aluno a ser também curioso e descobrir a partir de seus
próprios questionamentos. Deve convidar o estudante a ver a realidade como seu objeto de
estudo. Deve convidar o estudante a ver a realidade como seu objeto de estudo. Ele é um me-
diador que deve negociar os conhecimentos que todos têm e apoiar os estudantes a juntos
sintetizarem o conhecimento compartilhado.
O professor deve olhar para o aluno de forma integral, buscando identificar suas dife-
rentes dimensões formativas e como sua atuação nessa função educadora, responde ou
dialoga com elas.
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Ele também deve levar em consideração todo o tempo em que o aluno está na escola, e não
só na sua sala de aula. Ele deve atuar de acordo com o (PPP) da escola e pensar no currículo
de forma diferenciada, integrando o conhecimento acadêmico aos saberes da comunidade e
dos próprios estudantes.
Professor também deve ter o papel de aluno: deve aprender ao passo que ensina. Profes-
sor e alunos devem compartilhar os princípios éticos e a proposta do PPP da escola que vão
nortear essa perspectiva de ensino-aprendizagem como um processo dialógico.
Para entender a formação integral dos alunos, ele deve desenvolver estratégias de trabalho
colaborativo com outros professores da escola, criando espécie de comunidade de aprendiza-
gem colaborativa entre professores. Juntos, eles devem compartilhar seus anseios e propor
estratégias de trabalho que respondam às demandas que identificaram.
O professor deve elaborar estratégias de trabalho para dar protagonismo para a aula,
para que o estudante possa participar ativamente como autor e proponente do seu próprio
percurso pedagógico.
Ele tem que pensar o projeto do seu aluno e apoiá-lo a alcançar esses sonhos. Junto aos
estudantes, ele deve ser um avaliador contínuo de todo esse processo, estimulando que o es-
tudante reconheça individualmente e com seus pares o que precisa fazer para alcançar seus
objetivos individuais e objetivos coletivos – da turma, da escola e da própria sociedade.
O gestor precisa convidar e trazer para troca de experiências e convivência professores que
já participam de programas de Educação Integral. Convidá-los a apoiar a equipe docente da
escola é uma estratégia importante para apoiar a equipe.
A escola deve ter um professor que atue como articulador e educador comunitário, estabe-
lecendo as pontes entre oficineiros, parceiros e oportunidades educativas do território com o
corpo docente e escola.
O gestor, equipe gestora ou esse professor/educador comunitário deve reconhecer as li-
deranças comunitárias e construir junto à escola cardápios de oportunidades educativas no
território que apoiem os professores: o plano de aula pode ser complementado ou construído
a partir da oferta do território.
A gestão pública, ao adotar um programa de educação Integral, deve garantir aos docentes
a formação continuada em serviço. A formação deve ser sobre Educação Integral e temas cor-
relatos e acontecer como parte da carga horária do profissional.
Por fim, o professor deve ter acesso à direção para discutir a necessidade de espaços e
estrutura, para desenvolver atividades que não aconteçam apenas em sala de aula. Ele precisa
se sentir autônomo para propor projetos e ações inovadoras que respondam às suas necessi-
dades didáticas e de aprendizagem dos seus estudantes.
Fundamentalmente, a escola deve garantir a presença de grêmios estudantis efetivos. Para
tanto, é preciso que o gestor e corpo docente invistam em formação dos estudantes para a
composição, regulamento e ação política dos estudantes.
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A escola deve investir na criação e efetivação de instâncias políticas de decisão. Uma es-
tratégia é a realização de assembleias que deliberem sobre temas e necessidades concretas
da escola: como regras de convívio, currículo, PPP, uso de uniformes etc.
Diante da necessidade do envolvimento efetivo da família no processo de ensino e aprendi-
zagem dos alunos e com a intenção de articular este processo de participação, a escola deve
oportunizar, incentivar, mediar, ampliar e fortalecer as relações com a família, durante momentos
que possibilitem às famílias oportunidades de diálogo esclarecedor desta relação e das respon-
sabilidades que escola/família deveriam exercer dentro do processo de ensino e aprendizagem.
Entretanto a equipe pedagógica de algumas escolas ao buscar promover uma aproximação
com as famílias, acaba transformando as reuniões em que os responsáveis estão presentes
em repasses de informações de caráter financeiro e administrativo, não priorizando assuntos
pedagógicos, dificultando, assim, o real envolvimento das famílias neste processo.
Outro fato observado no cotidiano escolar diz respeito à estrutura familiar, que, historica-
mente, vem se transformando, de acordo com as modificações das forças produtivas, o que
tem favorecido a existência de diferentes formas de organização familiar que devem ser con-
sideradas pela escola.
Na escola, especificamente, nas turmas em que se propôs a desenvolver este projeto,
os desafios enfrentados perpassaram por compreender quais formas e arranjos de famílias
predominavam como estas se moldavam quais os interesses em relação à educação de seus
filhos e de que forma a escola poderia promover um canal de comunicação, em que as rela-
ções entre as instituições Escola e Família pudessem contribuir efetivamente com o processo
de ensino e aprendizagem. O trabalho teve como foco os alunos matriculados no 6º ano do
Ensino Fundamental.
Objetivando colaborar com a discussão sobre o envolvimento da família no processo de
ensino e aprendizagem, para fortalecer as relações pedagógicas entre as principais institui-
ções de socialização e educação: família e escola, e melhorar a qualidade do ensino e aprendi-
zagem realizou-se um estudo bibliográfico que discute a relação família e escola, as mudanças
ocorridas na formação da família, as atribuições e contradições desta relação. Finaliza-se com
a análise de um projeto desenvolvido com pais, alunos e professores.
A família é influenciada pelas transformações do mundo contemporâneo sofre, em seu
interior, alterações importantes nas relações estabelecidas entre os seus membros e, mui-
tas vezes, as imposições da vida cotidiana, em uma sociedade cada vez mais competitiva e
excludente, produzem.
Tal inversão ou transferência de responsabilidade pode ser explicada por diversos fatores,
entre eles, as mudanças sociais atuais, seja por conta do processo de industrialização, do
avanço tecnológico, da maior participação da mulher no mercado de trabalho, do aumento de
separações e divócios, da diminuição das famílias numerosas, do elevado nível da desigualda-
de econômica, das transformações nos modos de vida e nos comportamentos das pessoas
ou, ainda, pelas alterações na dinâmica dos papeis parentais e de gêneros.
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Considerando que as famílias e a escola são responsáveis pela educação integral do aluno,
é necessário um estudo para conhecer estas duas realidades e buscar minimizar as distâncias
que, por vezes, são observadas entre elas. É fundamental implementar ações para fortalecer as
relações entre estas duas instituições, que são inter-relacionadas e insubstituíveis no processo
educacional dos alunos. É urgente, portanto, a participação e contribuição efetiva das famílias.
A influência da educação familiar e de outras instituições sociais é observada nos com-
portamentos individuais e coletivos dos educandos e tem influenciado, significativamente, o
desenvolvimento pedagógico e psicológico dentro e fora do ambiente escolar.
Considerando que a aprendizagem acontece o tempo todo, a partir das relações sociais,
a família, ao exercer sua função social transmite às suas crianças e adolescentes, os conhe-
cimentos informais e valores baseados nos princípios éticos, estéticos, morais, culturais,
sociais e religiosos. Estas práticas concretizam-se em ações habituais e contínuas e embora
sendo conhecimento sistematizado, é o resultado de uma aprendizagem social transmitida
de geração em geração.
Assim, o trabalho integrado entre família e escola imprime relevante papel no que se refere
ao estabelecimento de relações de cooperação e participação, pelas quais uma instituição pode
colocar-se no lugar da outra, expondo suas opiniões, sugerindo e questionando, sempre buscan-
do acrescentar algo positivo em atividades pedagógicas e educativas, subsidiando a educação
e contribuindo para a formação de personalidade autônoma com valores e princípios que nor-
tearão tanto a conduta diária, quanto a relação com o conhecimento escolar propriamente dito.
O processo de industrialização, a urbanização, a migração para as cidades, a presença da
mulher na escola e no mercado de trabalho, o controle da natalidade, as mudanças morais, as
novas tecnologias, a lei do divórcio que equipara homens e mulheres do ponto de vista jurídico
são fatos que ajudam a produzir mudanças na estrutura familiar e que devem ser consideradas
pela escola quando esta busca melhorar a qualidade de ensino com o apoio das famílias.
A família nuclear patriarcal monogâmica, que antes era chefiada pelo pai (homem prove-
dor) que trabalhava fora e sustentava a casa, tendo mãe (mulher cuidadora) exclusivamente
―do lar‖, zelando pelos filhos e dos trabalhos domésticos, deu lugar, para a família contempo-
rânea, cuja composição é diversa, mas que, sobretudo, tem o papel da mulher transformado.
Isso porque esta passou a ocupar o mercado de trabalho, ampliando seus direitos e par-
ticipação na organização política, econômica e cultura da sociedade. Com a saída da mulher
do ambiente exclusivamente doméstico cria-se a necessidade de uma escola para atender às
diferentes etapas do desenvolvimento das crianças, que agora já não contam mais com a pre-
sença integral dos pais/mães e/ou responsáveis em sua residência.
Portanto, é necessário que as medidas de aproximação entre estas duas instituições es-
tejam voltadas para as grandes transformações ocorridas na sociedade e consequentemente
nas famílias nos últimos anos, mas principalmente para os aspectos pedagógicos visando
fundamentalmente ao processo de ensino aprendizagem. Para tanto, escola e famílias preci-
sam assumir cada uma a sua responsabilidade frente ao processo educacional do aluno/filho.
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E, ainda do ponto de vista da legislação, sobretudo no que se refere aos direitos da criança
e aos deveres das instituições família e escola, quanto à formação integral destes sujeitos, o
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990) regulamenta especificamente os pa-
péis da família e da escola. De acordo com o artigo 53 desta lei, a criança e o adolescente têm
direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394/1996) estabelece o conceito de edu-
cação como sendo além da educação formal, pois, é na família que a criança construirá valo-
res a ser incorporados ao longo da vida e onde ocorre o primeiro processo de socialização que
lhe permitirá traçar caminhos futuros.
Cumpre destacar, porém, que a existência de leis não é garantia de participação das famí-
lias na escola e que dificilmente será conseguida alguma mudança, se esta não partir de uma
postura positiva da instituição de ensino com relação às famílias responsáveis pelos estudan-
tes, oferecendo-lhes momentos de diálogos, de convivências verdadeiramente humanas e de
participação na vida escolar.
Diante da necessidade do efetivo envolvimento da família no processo de ensino e aprendi-
zagem dos alunos e com a intenção de articular este processo de participação dos pais, mães
e/ou responsáveis, o trabalho desenvolvido, foi desenvolvido a partir da seguinte problemática:
Pode a escola oportunizar, incentivar, mediar, ampliar e fortalecer as relações com a família? A
educação familiar interfere na educação escolar? Os pais têm clareza do papel social da esco-
la e do papel da educação familiar?
Numa perspectiva qualitativa, foi realizado um estudo bibliográfico referente à participação
da família na escola, às mudanças ocorridas na sua organização bem como às contradições
decorrentes desta relação. Aplicou-se um questionário semiestruturado junto aos alunos, pro-
fessores e às respectivas famílias com o objetivo de compreender os fatores que levam à
ausência dos pais no contexto escolar, além de se buscar percebe-se dá sua participação no
cotidiano escolar dos filhos e de que maneira são observados pelo setor pedagógico esta au-
sência ou envolvimento das famílias no processo educacional dos alunos.
A partir dos resultados dos estudos e dos dados coletados, elaborou-se um projeto de
intervenção direta com as famílias que tinha por objetivo fortalecer as relações pedagógicas
entre as principais instituições de socialização e educação: família e escola.
Realizaram-se encontros, envolvendo família e escola, proporcionando-lhes espaço de dis-
cussão, reflexão e participação, para que as famílias conhecessem o sistema educacional ofe-
recido a seus filhos a fim de estimulá-las a participar, efetivamente, do processo de ensino e
aprendizagem. Durante o desenvolvimento deste projeto buscou-se identificar e compreender
os fatores que levam à ausência das famílias no processo educacional, além de se ter procura-
do propor-lhes ações que estimulassem sua participação na vida escolar de seus filhos.
Cumpre dizer que tais encontros promoveram importantes reflexões acerca desta relação, que
deve ser sempre estimulada, para se buscar o sucesso no processo de ensino e aprendizagem.
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Por outro lado, deve-se aproveitar os pais que já participam e fazer disso um momento
ideal para as escolas organizarem encontros de formação que possibilitam reflexões acerca
dos problemas vivenciados, buscando dividir com as famílias tanto as preocupações quanto o
sucesso dos alunos, rever o que está dando certo e buscar novas estratégias para superar os
obstáculos encontrados.
O acompanhamento diário da vida escolar dos filhos tem resultados satisfatórios no dia a
dia escolar. Infelizmente o que se constata é que muitos pais buscam acompanhar os filhos
somente no último bimestre, quando o ano letivo já está encerrando.
Para os professores pesquisados, quando os pais se envolvem no processo de aprendiza-
gem os alunos são mais comprometidos e responsáveis, valorizam mais o estudo, não faltam
e colaboram com a organização coletiva. Para eles, a conscientização da família deve ser feita,
pois não é necessário muito tempo para se dedicar ao acompanhamento escolar dos filhos.
Isso porque, não é só a quantidade e sim a qualidade do tempo que se dedica aos filhos é que
pode promover o sucesso no aprendizado, ou seja, a maneira como a família estabelece as
relações com eles.
Na ausência dos primeiros e principais educadores nos lares, as crianças ficam expostas a
toda sorte de influências principalmente oriundas dos meios de comunicação modernos e da
internet. E, a família que deveria ser o berço da formação de regras, princípios e valores, acaba
deixando essa responsabilidade da formação da criança a cargo das escolas, e em alguns ca-
sos, a cargo destes instrumentos de comunicação citados acima. A criança acaba por receber
todo tipo de influências externas.
Durante muito tempo era claro o papel da escola para a sociedade, era respeitada a autorida-
de do professor, que por sua vez tinha o apoio dos pais, que hoje os criticam por suas decisões
e demonstram uma total falta de apoio. Com essa falta de identidade da escola e a falta de au-
toridade do professor é necessário acompanhar as transformações ocorridas e elaborar novos
métodos de ensino, mantendo-se sempre atualizados, sendo necessária uma reforma em todo
sistema de ensino. Um passo importante é ganhar o apoio das famílias, uma melhor formação
dos professores com relação aos métodos, didáticas psicologias do desenvolvimento, e novos
materiais e equipamentos, o que custaria aos cofres públicos. (TEIXEIRA, 2000, p. 08).
Apesar de a escola ser insubstituível na educação, formação profissional e socialização da
criança, por toda sua variedade de ideias e suas diferenças de crenças, culturas e de condições
sociais, se torna um espaço de muitos conflitos. É por isso que o diálogo, a compreensão, o
compromisso são elementos indispensáveis para que se consiga terra fértil.
Assim faz-se necessário o investimento no sentido de se construir bom relações, procu-
rando minimizar a indisciplina. Onde entra o diretor como personagem principal de bons re-
lacionamentos, promovendo iniciativas que atraem a participação dos familiares e de toda
comunidade no universo escolar.
A escola deve acompanhar as mudanças constantes em relação às tecnologias, poden-
do assim ensinar as crianças a usá-las de forma crítica. De maneira que favoreça, e possa
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Atitudes e valores vão se formando ao longo da vida, através de influências sociais; A es-
cola tem papel fundamental no desenvolvimento das atitudes e valores através de um modelo
pedagógico eficiente; O ensino e a aprendizagem estão relacionados num processo de de-
senvolvimento das atitudes e valores de acordo com a diversidade cultural; O Professor como
ponte de ligação entre a escola e o aluno, proporcionando o desenvolvimento das atitudes no
processo de aprendizagem.
Do ponto de vista da teoria das atitudes, pelo nos casos em que se acedeu ao seu estudo
a partir de casos de delineamentos vinculados a educação, não surgem controvérsias impor-
tantes no que se refere ao facto de se tratar ou não natureza humana susceptíveis de serem
estimulados através da ação educativa. Ou seja, parece existir um acordo geral segundo o qual
as atitudes e os valores poderiam se ensinados na escola.
As ações das atitudes começam a se desenvolver logo na criança quando ela esta rodeada
de exemplos de família, amigos e principalmente pelos ensinamentos da escola. É interes-
sante que quando se tem um ambiente favorável e principalmente dos pais, acompanhando e
orientando a criança, percebe-se a construção de boas atitudes.
Um ponto importante no processo de construção das atitudes esta o papel do professor.
Ele tem a função de criar um processo de aprendizagem dinâmico entendendo a necessidade
e diversidade do aluno, mostrando os caminhos corretos para o desenvolvimento das atitudes.
Desenvolver a educação alinhada a ferramentas como ética e valores não é tarefa fácil quan-
do se depara com uma diversidade de situações que se encontra na sociedade do mundo de hoje.
A educação não é a única alternativa para todas as dificuldades que se encontra no mundo
atual. Mas, a educação significa um importante caminho para que o conhecimento, seja uma
semente de uma nova era para ser plantada e que cresça para dar bons frutos para sociedade.
Se a educação inclui a ética como uma condição para que ela se construa de acordo com a
sua tarefa primordial, antes de tudo, buscaremos compreender o que se entende por educar e
de que tarefa se trata aqui. Para explicitar o conceito de educação que assumimos ao relacio-
ná-la com a ética, começaremos por contextualizar a existência humana, razão da emergência
do fenômeno educativo e das exigências éticas.
Percebe-se a importância da ética no processo de aprendizagem, onde alunos profes-
sores e escolas, devem selar este princípio na troca de informações para o crescimento do
conhecimento.
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importante para o crescimento do ser humano enquanto pessoa e profissional. Portanto, dentre
as tantas relações relevantes na escola, elegeu-se estudar o relacionamento professor-aluno.
Ademais, na atualidade, o professor tem deixado de ser apenas um mero transmissor de
conteúdo, assumindo a postura de mediador do conhecimento, ou seja, tornando-se ponte
entre os saberes que ele detém e os conhecimentos trazidos pelos educandos. Assim, o pro-
cesso de ensino e aprendizagem é o caminho pelo qual professores e alunos terão a missão
de trilhar para que, no final dessa caminhada, obtenham o sucesso escolar tão almejado. En-
tretanto, o que muitas vezes ocorre é que no meio desse processo existem interferências, que
dificultam a aprendizagem e ocasionam o fracasso escolar.
Todavia, ressalta-se aqui que, o professor não é o único responsável para uma educação de
qualidade e eficaz, mas acredita-se que o professor é um dos principais agentes para essa edu-
cação aconteça. É ele quem deve propor, fazer a diferença e inovar procurando sempre esta-
belecer um bom relacionamento com seus alunos possibilitando assim um ambiente favorável
de aprendizagem. Portanto, diante das considerações acima, foi formulado o seguinte proble-
ma de pesquisa: Como deve ser a relação professor-aluno no processo de ensino - aprendiza-
gem? Haja visto que a forma como os atores sociais da sala de aula (professor – aluno) se
relacionam afeta todo o processo de ensino-aprendizagem.
Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo geral fazer uma análise crítica e reflexiva
sobre a relação professor/aluno no processo de ensino - aprendizagem, especificamente, bus-
ca aprofundar conhecimentos acerca do tema através de uma pesquisa bibliográfica e, refletir
sobre o papel do professor no relacionamento com os educandos.
Em linhas gerais, é notório que o processo de ensino aprendizagem tem como ponto de
partida a figura do professor e a forma como ele se relaciona com seus alunos, utilizando
como eixo norteador, não apenas o conhecimento mediado, resultante da captação e absorção
dos conteúdos propostos pelo currículo, mas sim de uma formação integral de seus alunos,
visando construir cidadãos conscientes.
É fato que, por vezes, os conteúdos científicos tornam-se complicados na visão dos alu-
nos, cabendo ao professor simplificar sem modificar seu conteúdo essencial, contextualizan-
do esse conteúdo a realidade dos educandos, gerando uma aproximação e maior interesse por
parte dos alunos, já que o professor acaba falando a mesma língua da sua turma.
É de fundamental importância fazer com que os envolvidos no ensino/aprendizagem, re-
conheçam que não se trata de uma tarefa individual, mas sim coletiva, onde o conhecimento
é o fruto das relações humanas e das atividades desenvolvidas pelos seus agentes, podendo
trazer influências sociais e culturais ao longo de seu processo de aquisição.
É nessa perspectiva que entra em questão a importância da relação professor/ aluno nes-
se processo, no qual o professor tem papel relevante, agindo como mediador dos conteúdos
e das estratégias de aprendizagem, para que ocorra a efetiva compreensão e assimilação
dos mesmos.
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Compreender este estado e pensar a sua superação requer coragem de propor uma edu-
cação e uma escola que supere a concepção educacional de formar para o trabalho, numa
dimensão estreita, pois se assume aí a integração da educação como fria produtora de mão-
-de-obra do mercado de trabalho da sociedade consumista atual.
Uma dimensão fundamental de uma educação humanizada e humanizadora induz a ne-
cessidade de rever os métodos, procedimentos pedagógicos que, muitas vezes restringem
os conteúdos escolares e o processo pedagógico à dimensão cognitiva, esquecendo-se de
que o homem é um ser, cuja intelectualidade e emoção fundem-se trazendo implicações no
desenvolvimento educativo.
Uma educação intelectualista, em que o objetivo principal seja o cumprimento do progra-
ma curricular, ignorando o indivíduo em sua totalidade, poderá deixar lacunas irreparáveis na
formação integral do mesmo, uma vez que uma verdadeira aprendizagem não se restringe à
transmissão ou apropriação de saberes conceituais.
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Até a metade da década de 60, a existência dos testes de inteligência e o uso deles em
diversas instâncias não eram questionados. Pelo contrário, os testes eram vistos como uma
das maiores descobertas da Psicologia, um sinal emblemático do seu sucesso enquanto ciên-
cia. Os psicólogos seriam os detentores de instrumentos, quase sobrenaturais, que permitiam
acesso aos “segredos da mente humana”, colocando esses estudiosos numa posição extre-
mamente privilegiada.
De fato, considerava-se que tais instrumentos forneciam ao psicólogo o dom de adquirir
tanto conhecimento acerca do intelecto humano, que seria justificável delegar-lhe o poder de
ampliar ou limitar as oportunidades educacionais, sociais e de trabalho dos seus sujeitos. Era
uma situação muito cômoda, dado que os testes eram de fácil uso e extremamente versáteis.
Isso explica o seu amplo uso nas escolas, nas forças armadas, nos órgãos governamentais e
até no comércio e na indústria.
A Psicometria enfatiza mais a “anatomia” e a “cinemática” da inteligência, ou seja, sua es-
trutura e movimento, do que, propriamente, seus mecanismos e a sua dinâmica. Assim, a ca-
racterização do intelecto humano que ela produz fundamenta-se mais no fazer do que no ser.
A atenção do experimentador está voltada para verificar somente os acertos e os erros numa
série de problemas, desconsiderando por completo as estratégias adotadas para se chegar às
respostas dadas.
Para cada tarefa, uma resposta, convencionalmente estabelecida como correta, é a única
aceita, sendo as possíveis alternativas excluídas a priori. Com isso, nenhuma ênfase é dada
aos processos mentais, exceto apenas pela descrição do sucesso ou fracasso de um determi-
nado esforço de resolução de problemas.
O resultado disso é uma visão simplista da inteligência, uma perspectiva incapaz de teori-
zar acerca das causas de um desempenho intelectual observado e/ou sobre os elementos que
influenciam tal desempenho. As análises utilizadas para se chegar a esse tipo de definição de
inteligência foram de cunho bastante pragmático, não contribuindo para o desenvolvimento
teórico do assunto. Além do mais, não foi produzida uma teoria evolutiva sofisticada, muito
provavelmente devido ao interesse específico em uma inteligência geral, inata e a uma ênfase
demasiada em mensurações de habilidades simples.
Além da questão conceitual, nos últimos anos também tem sido observada uma tendência
crescente no sentido de se apontar as problemáticas questões acerca da validade dos méto-
dos de mensuração das habilidades cognitivas. Nesse aspecto, diversas limitações têm sido
apontadas quanto à inadequação das formas tradicionais de avaliação intelectual, como, por
exemplo, quando são examinadas populações com experiências culturais ou escolares dife-
rentes daquelas encontradas nas sociedades e culturas ocidentais nas quais (e para as quais)
as avaliações foram elaboradas.
Este problema torna-se ainda mais grave quando as avaliações são realizadas sem levar
em conta as experiências e práticas dos sujeitos envolvidos, e tampouco, a própria situação de
teste e o que esta significa para o sujeito.
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básicos nesta perspectiva tem, na realidade, encontrado uma associação positiva entre simi-
laridades genéticas e níveis de QI.
Acontece, porém, que o inevitável problema com estudos envolvendo os membros de uma
mesma família é que tais indivíduos geralmente vivem juntos, compartilhando o que é, em
grande parte, o mesmo tipo de influência ambiental. Para eliminar esse obstáculo, os pesqui-
sadores têm adotado a estratégia de investigar pessoas que são geneticamente relacionadas,
mas que foram criadas separadamente, e pessoas sem nenhuma ligação de parentesco, mas
que foram criadas juntas.
Apesar dos resultados destas investigações terem apontado que gêmeos idênticos cria-
dos separadamente ainda apresentam um QI bastante similar (isto é, que o QI é, em grande
parte, hereditário), esses estudos apresentam uma série de limitações. Primeiramente, o nú-
mero de gêmeos comparados é, em geral, extremamente reduzido, muito provavelmente não
sendo representativos da população como um todo.
Além do mais, o nível de diferenciação do ambiente, assim como a distância geográfica
entre eles, não está muito clara. Um número significativo de gêmeos criados separados tinham
sido adotados por uma tia, às vezes morando muitos próximos de seus irmãos gêmeos, suge-
rindo, desta forma, um elevado nível de similaridade do ambiente.
Os resultados mostraram que, sob condições favoráveis, mesmo os filhos de pais cujas ca-
pacidades cognitivas são baixas a ponto de excluí-los das profissões médias, podem atingir ní-
veis de eficiência intelectual unanimemente considerados como elevados. Consequentemente,
apesar do fato de as crianças diferirem consideravelmente em suas capacidades intelectuais,
apesar da elevada probabilidade dessas diferenças apresentarem um componente genético
substancial, os dados disponíveis sugerem que são os fatores ambientais os principais res-
ponsáveis pela incapacidade de determinadas crianças em atingirem níveis de eficiência cog-
nitiva adequados, mesmo sem apresentar distúrbios neurológicos específicos.
Embora nas abordagens cognitivas a inteligência seja concebida de forma bem diferente
daquela adotada pela psicometria, havendo uma ênfase em mecanismos, estruturas e proces-
sos, ainda existe amplo espaço para críticas. De fato, é possível identificar, nos estudos e teori-
zações da psicologia do desenvolvimento cognitivo, o mesmo tipo de negligência a relevância
dos fatores sociais, culturais e ecológicos no desenvolvimento e atuação dos processos men-
tais que foi observada anteriormente.
Nas abordagens cognitivas, as habilidades mentais geralmente são tidas como sendo re-
guladas por estruturas operacionais lógicas bastante dissociadas dos contextos sócio-cultu-
rais onde elas se manifestam. Ainda que a interação com o meio-ambiente seja considerada
um elemento que possa vir a influenciar a aquisição e o desenvolvimento das estruturas men-
tais, normalmente não se define claramente tal meio e, tampouco, o tipo de influência que ele
exerce sobre as estruturas, processos e esquemas mentais.
O modelo piagetiano visa observar e descrever analiticamente o desenvolvimento como
uma sequência invariante de estágios qualitativos, nos quais ocorrem reorganizações em
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atentas, organizadas, capazes de atuar com mais autonomia na tomada de decisão frente
aos conflitos e obstáculos cotidianos.
Pensemos na conduta do bebê: ele nasce com alguns mecanismos inatos capazes de ga-
rantir sua sobrevivência e de se coordenarem entre si para ampliar progressivamente a cons-
trução de conhecimento do pequenino. Por exemplo, a criança nasce com a capacidade de
emitir sons, por isso chora, procurando manifestar aquilo que sente (dor, sono, fome, etc.).
Nasce também com o reflexo de sucção, de preensão, entre outros, que vão sendo utilizados,
exercitados e coordenados progressivamente e se tornam cada vez mais complexos.
Quando cresce um pouco mais, pode-se observar que o bebê amplia sua psicomotricidade,
sendo capaz de se sentar sozinho, e seu campo de visão se amplia. Em seguida, ao observar,
no cotidiano da Educação Infantil, as outras crianças e ao experimentar novas investidas, o
bebê amplia seu equilíbrio e começa a engatinhar e, mais tarde, a caminhar, antes mesmo de
atingir o segundo estádio de desenvolvimento, na maioria das vezes.
No início do estádio sensório-motor, o bebê não tem consciência de si próprio. Durante este
primeiro tempo de vida, o pequenino não comporta ainda objetos permanentes, ou seja, se um
objeto escapa parcialmente ou totalmente de seu campo de visão, ele pode pensar que este
não existe mais. Por exemplo, ao cobrir metade de uma mamadeira, o bebê não reconhece que
a parte vista seja ainda o mesmo objeto. Somente pelo oitavo mês de vida, em média, é que
puxará o aparato para buscar o objeto escondido.
A tomada de consciência de suas ações é sempre parcial, pois não leva em conta todos
as relações possíveis em jogo, ao raciocinar. Não há, portanto, reversibilidade em seu pen-
samento: neste estádio, por exemplo, a criança não consegue conceber que João possa ser,
ao mesmo tempo, mais novo que Joaquim e mais velho do que Pedro, seus dois irmãos. As-
sim, no pensamento infantil pré-operatório ainda não existe a conservação das propriedades
físicas dos objetos, o que faz a criança pensar que a mudança na forma de um objeto vem
acompanhada da mudança de suas propriedades físicas, tais como quantidade, peso, volume
e comprimento.
A falta de reversibilidade do pensamento é o que limita as pré-operações, isto é, uma ação,
seja física ou mental, não vem acompanhada de uma ação contrária que a compense. Eis
como as crianças raciocinam: um pedaço de bolo para se levar de lanche à escola é muito
pouco, mas o mesmo pedaço dividido ao meio é suficiente “porque agora são dois bolos”. Um
pedaço representa para a criança préoperatória um valor absoluto de uma unidade. Quando o
adulto reparte o bolo ao meio, a criança não tem reversibilidade em suas operações mentais
para voltar ao ponto de origem, ou seja, ao pedaço inteiro.
Porém, quando as crianças são incentivadas e raciocinar, agindo sobre o entorno, através
de condutas exploratórias e investigativas, isto se torna fator fundamental para a apropriação
de conhecimento e passagem para níveis mais avançados de conhecimento. Diferente das for-
mas como tradicionalmente se age no ambiente escolar, de modo geral, ou seja, tentando dar
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explicações para as crianças, as quais, muitas vezes, não significam as proposições de seus
professores, devido à falta de esquemas mentais previamente construídos através de ações
das próprias crianças.
No estádio pré-operatório, portanto, em cada idade, as crianças possuem características
diferenciadas, pois os avanços cognitivos são rápidos e enormes. Uma criança de maternal é
bastante diferente da criança da pré-escola, por exemplo. Acompanhar esta evolução e com-
preendê-la é, destarte, fundamental, para se atuar com propriedade.
Assim, enquanto por volta dos dois anos, ela é capaz de reproduzir uma cena assistida no
dia anterior, por exemplo, por volta dos três anos, a criança pequena já começa a assumir pa-
peis e condutas que observa em seu dia a dia de modo mais elaborado. O ser humano aprende,
primeiramente, pelo corpo, ou seja, de modo sensorial e motor.
As representações que vão sendo interiorizadas progressivamente passam primeiramente
por ações concretas. É assim que nos apropriamos do tempo e do espaço para, progressi-
vamente interiorizarmos conhecimentos vivenciados, antes, pela ação concreta. Correr, pular,
dançar, gesticular, brincar de roda, subir e descer no escorregador, saltitar, enfim, a descoberta
do mundo passa pelo corpo na infância. E, de fato, diante de novos objetos, sempre precisa-
mos iniciar um processo de aprendizagem partindo da ação rumo à compreensão.
Os jogos de exercício, realizados no estágio sensório-motor, tem a função de desenvolver
novas habilidades. Eles não pressupõem consciência, nem capacidade de representação. Mas
são as primeiras brincadeiras de exploração sensorial e motora necessárias, nesta etapa de
vida, pois fazem parte da conduta do bebê, cujos exemplos serão citados aqui, e contribuem
para seu desenvolvimento em todos os sentidos.
No estágio sensório-motor, a repetição é algo muito importante para a criança. Brincar vá-
rias vezes da mesma coisa ou cantar a mesma canção são atividades que encantam os peque-
ninos. O prazer de dominar progressivamente suas ações e de se sentir seguro, num ambiente
que reconhece pelas rotinas, traz conforto e bem-estar ao bebê.
A criança, dessa forma, costuma brincar imitando as condutas parentais, dos irmãos mais
velhos, coleguinhas ou de seus professores. Nessa idade também encena personagens que
conhece através de livros ou das mídias. Por isso, as interações sociais, para ela, são muito
importantes, já que um dos polos do processo de adaptação, segundo Piaget (1990), é o da
imitação (referente à acomodação necessária de seu organismo ao meio). A imitação comple-
menta o polo do jogo, que se constitui, assim, como ferramenta de assimilação dos objetos às
estruturas mentais do sujeito.
A criança observa e imita aquilo que experiencia diariamente, especialmente, através de
sua conduta lúdica. Assim, assimila os eventos e amplia suas estruturas mentais adaptando-
-se para agir com mais êxito sobre novos desafios. É assim que suas estruturas mentais vão
se ampliando e a criança aprende: agindo e se apropriando do universo que a cerca, segunda
a perspectiva piagetiana. Quanto mais for incentivada a pesquisar, refletir, brincar, enfim agir,
testando suas próprias hipóteses, mais constrói conhecimento.
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Mais uma vez devemos refletir sobre a importância do protagonismo infantil, no sentido de
agir sobre o mundo com mais liberdade de expressão, com maior espontaneidade, segundo
nossas próprias reflexões inspiradas pela teoria piagetiana. Isso não significa que o(a) docente
não deva planejar atividades, que precisam partir da zona do interesse das crianças. Mas que
essas atividades precisam propiciar condutas investigativas e criativas, de pesquisa, ou seja,
a criança precisa ser ativa durante as atividades dirigidas, e não apenas reproduzir modelos
prontos, de modo mecanicista, como ainda ocorre em muitas escolas.
Nos jogos competitivos aprendem a ganhar ou perder, a esperar a vez, criam estratégias
para chegar ao objetivo final etc. Mas, nos jogos cooperativos, elas aprendem mais ainda, pois
desenvolvem condutas cooperativas, ao procurarem atingir o objetivo geral do jogo em conjun-
to, atuando coletivamente em prol de algo em comum. Além disso, os jogos cooperativos de-
senvolvem condutas mais solidárias, humanas e a capacidade de cooperar, ou seja, de operar
em conjunto, o que enriquece a capacidade de respeito mútuo.
Na Educação Infantil, objetos como móbiles, peças coloridas e grandes, brinquedos de
borracha, objetos sonoros, panos, lenços, e outros materiais apropriados para os pequeninos
são fontes de novas construções e combinações, que levam a criança a construir esquemas
de ação, que são as bases de novas investidas sobre objetos ainda desconhecidos. Piaget não
tinha como foco a educação, e sim, o desenvolvimento da conduta psicológica e seu desenvol-
vimento. Por isso, essas são apenas sugestões para os professores que pretendam levar em
conta a teoria piagetiana ao proporem atividades nos espaços de aprendizagem.
É preciso deixar claro aqui que a inteligência sensório-motora do bebê é anterior à inteligên-
cia simbólica e sua condição necessária, pois a capacidade de representação mental depende
destas construções precedentes para evoluir progressivamente. Por isso, a importância de um
trabalho pedagógico bem desenvolvido no estádio sensório-motor. Desse modo, as atividades
relativas ao desenvolvimento das primeiras condutas psicológicas sensório-motoras são indi-
cadas para se trabalhar no berçário.
Atividades relativas às sensações táteis, cinestésicas, auditivas, visuais, olfativas e gus-
tativas são bastante adequadas nesta primeira etapa de vida. Depois de conhecer a turma do
berçário, através de visita em território previamente preparado para a exploração sensorial dos
pequenos, e de mapear para onde os bebês mais se dirigem, o que gostam de fazer, fica mais
fácil de preparar um projeto que vá ao encontro do que é significativo para a turminha.
Assim, o momento de alimentar o bebê, de trocá-lo, de dar banho ou de simplesmente in-
teragir brincado é essencial para que o adulto responsável (professor(a), cuidador(a), pai, mãe
etc.) possibilite interações produtivas, no sentido de incentivar as ações, para que haja desen-
volvimento de sua capacidade intelectual. Paralelamente, o pequenino estará aprendendo a se
comunicar e se desenvolverá, em termos gerais. A afetividade, sendo o motor dos processos
de estruturação progressiva do pensamento, também estará sendo desenvolvida.
Transformar a criança em um pequeno cientista não é difícil. Basta instigá-la através de
questionamentos, sobre suas proposições espontâneas, propor algumas investidas iniciais e
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deixar que ela explore espaços, objetos, situações. Na Educação Infantil, por exemplo, com
crianças com mais de quatro anos, já é possível filosofar e investigar cientificamente alguns
fenômenos, desde que as atividades sejam lúdicas e despertem a curiosidade delas.
A ludicidade, desse modo, é ferramenta essencial para se proporcionar atividades signifi-
cativas durante toda a Educação Infantil. Como já se propôs, as brincadeiras de faz-de-conta,
características da conduta lúdica nesta faixa etária, são as mais indicadas. Os espaços de
aprendizagem internos, organizados com materiais diversificados, são modos de instigar a
curiosidade e incentivar as brincadeiras das crianças.
Eles podem ser organizados pelos professores de acordo com os projetos em andamen-
to com materiais estruturados, como brinquedos e com materiais não estruturados, ou seja,
materiais naturais ou recicláveis. Os espaços externos podem instigar o brincar heurístico
com materiais não estruturados. Pensar as possibilidades de interação dos territórios onde
as crianças irão agir significa potencializar aprendizagens e evitar possíveis acidentes. Assim,
esses territórios poderão se tornar “laboratórios experimentais” para que as crianças, através
de suas brincadeiras, possam realizar novas descobertas.
Caixas com jogos diversificados, instrumentos musicais, fantasias, letras e números colo-
ridos, peças encaixáveis e muitos tipos de brinquedos podem ser deixadas à disposição das
crianças, ou seja, numa altura que possam ser manipuláveis. No pátio, troncos de árvores,
pneus, instalações sensoriais, grandes pedras arredondadas, murais para pintar, caixa de areia
e os elementos naturais que ali se encontram são fontes de ricas interações entre as crianças.
Mas, infelizmente, muitas vezes, os(as) docentes têm medo “da bagunça” ou de perder o
“controle” sobre as crianças, ao deixarem que elas explorem os materiais e diferentes espaços
disponíveis. Ora, segundo nossas próprias observações empíricas, todo(a) professor(a) que é
muito controlador(a) acaba se estressando na Educação Infantil, pois este é um período em
que a exploração, liberdade de expressão e movimentação corporal devem ser incentivados.
Não é necessário temer perda de controle se as atividades forem divertidas e significativas
na Educação Infantil. As crianças pequenas, geralmente, costumam ser muito participativas e
se expressarem livremente. O brincar pode ser livre ou dirigido, e propomos que se alterne no
planejamento cotidiano estas duas formas de brincar na Educação Infantil.
As contações de histórias, com um estudo prévio sobre o livro a ser contado, são mo-
mentos que geram interpretação de mundo, despertam a imaginação das crianças e podem
se tornar momentos de interação lúdica: as crianças podem realizar os sons da história, ler
as imagens do livro, encenar aquilo que é contado, serem questionadas sobre os eventos
que irão acontecer etc. Após a contação, muitas atividades relativas ao texto podem dar
continuidade à aula.
Tendo em vista que a(o) docente está colocando em prática algum projeto que partiu do
interesse das crianças, a história eleita precisa ir ao encontro da temática do mesmo, assim
como todas as atividades previstas.
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Um projeto pode ter início com um simples passeio pelo bairro, sem uma questão prévia, sim-
plesmente como forma de investigar o ambiente e observar as zonas de interesse da turma. Isso
já é suficiente para se gerar um projeto significativo. Uma turma do maternal, cuja faixa etária
corresponde a 2 a 3 anos, exemplo, saiu com a professora da escola e, ao olhar para o céu, todos
observaram a lua, mesmo sendo de dia. O passeio teve continuidade, de acordo com o planeja-
mento feito previamente, mas a temática da lua permaneceu firme na cabeça dos pequeninos,
que se referiam a ela a todo o momento, durante o passeio e na volta para a escola. E foi assim
que a professora elegeu a lua como tema de seu projeto, obtendo sucesso durante todas as ati-
vidades propostas e cativando os pequenos para a plena participação nas atividades.
Depois de voltarem de um passeio, em forma de expedição investigativa, a turma pode
desenhar o que lhe chamou atenção durante a caminhada, cada um pode contar no ouvido
do(a) professor(a) o que mais gostou, para que não haja a corriqueira influência de uns sobre
os outros ao relatarem os fatos observados, enfim, cada professor(a) encontrará sua forma de
atuar com sua turma. O contato com a natureza, com os animais, com expressões artísticas
diferenciadas, em contextos ricos em possibilidades de interação são formas de incentivar as
investidas infantis rumo a novas descobertas.
Assim, os territórios escolares e os passeios investigativos podem ser planejados das mais
diversas formas. O(a) docente pode conversar antes com os responsáveis por determinado
território, para receber as crianças com atividades referentes ao local, que estimulem a curio-
sidade e a pesquisa dos pequenos, dependendo da faixa etária com a qual se atua. Dessas
ações, pode nascer um lindo projeto, referenciado, não no desejo da professora, mas naquilo
que foi significativo para as crianças.
A Educação Infantil é, portanto, um rico espaço de interação social, um ensaio para a vida
adulta através do exercício imaginativo, condição essencial para se desenvolver a criatividade
das pessoas. A criatividade garante condutas inteligentes e não é inata. Precisa, assim, ser
desenvolvida. As crianças pequenas costumam inventar muitas coisas, sem a necessidade de
verificar a todo o momento se estão ou não sendo compreendidas. Este exercício é de extrema
importância para o desenvolvimento da inteligência e precisa ser preservado e incentivado já
nos primeiros anos de vida, momento rico e propício para isto.
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processo de aprendizagem. Sendo assim, Jean Piaget trouxe aos seus experimentos e cons-
tatações que a criança vivencia diferentes fases de desenvolvimento para adquirir habilidades
fundamentais para sua vida, como o pensamento e a linguagem.
Por trás do processo de aprendizagem estão algumas etapas que são imprescindíveis para
o progresso da mente e, também, para o fortalecimento da capacidade do pequeno em lidar
com os desafios e as descobertas do conhecimento e aprendizado.
No Estágio sensório-motor o pequeno começa a compreender o significado da capacidade
sensitiva e como seus movimentos influenciam alterações no ambiente. O campo sensorial é o
que rege a vida da criança em tal período. Isso quer dizer que ela só considera algo existente,
aquilo que esteja em seu campo de visão e/ou pode ser tocado por ela. Isso é extensivo a tudo
que faz parte do seu mundo, pode ser um brinquedo ou até a mamãe. Por isso é normal os bebês
chorarem quando não conseguem ver suas mães. É como se ela tivesse deixado de “existir”.
No Estágio pré-operatório a criança começa a criar representações da realidade em que
vive. Importante ressaltar que neste período o pequeno tem o desenvolvimento da fala apri-
morado. Outra característica notável é o desempenho do aspecto cognitivo. O egocentrismo
tão perceptível nos pequenos dessa faixa etária não é um traço de personalidade, mas apenas
parte do desenvolvimento cognitivo normal para esta etapa. O pensamento lógico começa a
se desenvolver. No entanto, mesmo que aspectos dotados de noções, regras e valores sejam
identificados neste estágio, a criança ainda não tem condições de fazer julgamentos de situa-
ções diversas, entre certo e errado.
No Estágio operatório-concreto a criança tem a capacidade de manipular mentalmente as
representações e as experiências. Nota-se também o desenvolvimento da moral, uma vez que
ela já consegue distinguir o que é certo. As noções de regras passam a fazer mais sentido. Os
conceitos abstratos ainda não são possíveis para a sua compreensão.
No Estágio operatório-formal a última etapa do processo de aprendizagem é marcada pela
capacidade do pré-adolescente em fazer representações abstratas e com conceitos que não
utilizam formas físicas. Além disso, outra característica é a compreensão à experiência vivida
por outras pessoas. A pessoa passa a entender e a enxergar o ponto de vista alheio. Tudo isso
como desdobramento do estágio anterior.
Portanto, o desenvolvimento da aprendizagem está diretamente ligado aos estímulos que
o ambiente oferece e como o organismo se adapta aos mesmos, gerando assim mudanças
que acarretam desenvolvimento e consequentemente em aprendizagens, passando por fases
de maturação no decorrer da vida.
Para atingir os objetivos da pesquisa esta será de natureza básica, tendo uma aborda-
gem qualitativa quanto a seus resultados e exploratória quanto a seus objetivos, sendo teórica
quanto a seus procedimentos técnicos, utilizando-se de revisão bibliográfica. Quanto a nature-
za é uma pesquisa básica, com uma abordagem qualitativa, quanto aos objetivos é explorató-
ria, quanto aos procedimentos técnicos é teórica utilizando-se de revisão bibliográfica.
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Com o desenrolar das análises, percebe-se a real importância de cada estágio para forma-
ção humana, e a relação de ligação de cada qual, e a relevância do equilíbrio entre adaptação,
assimilação e acomodação as quais regem as passagens de estágios, as quais devem receber
grande atenção e atendimento, pois ocorre nesse processo a progressão do conhecimento e a
construção de estrutura para as demais aprendizagens do estágio a ser atingindo.
O desenvolvimento da aprendizagem está relacionado com o meio em que se está inseri-
do. Ao entrar em contato com novos estímulos, ocorre a necessidade de adaptação gerando
um equilíbrio sobre o que supostamente se tem contato, unindo com o novo conhecimento e
gerando readaptação do aprendizado.
O aprendizado possui ligação entre adaptação, acomodação e assimilação, através de in-
formações adquiridas no meio em que se está inserido. Esses são processos de internalização
de conteúdos externos, passando por etapas para que seja possível ocorrer uma compreensão.
Após o nascimento, o bebê entra em contato com o meio externo, começa a ter compre-
ensão não somente de si, mas de outros objetos, isso acontecendo de forma gradual e de-
pendendo dos estímulos que recebe. Este começa a ter noção de seu corpo, analisando seus
membros e tendo conhecimento aos poucos de sua movimentação.
O período pré-operacional, acontece entre dois a sete anos. É chamado assim porque a
criança carrega significações do período anterior, tendo conceitos iniciais confusos, mas em
constante construção de ideias lógicas (RAPPAPORT, 1981). A criança nesta fase, ainda é ego-
cêntrica, tendo a noção de que o mundo é feito para ela, e voltado para seus desejos, limitan-
do-a a realizar trocas intelectuais, visto que ainda não possui referências para o diálogo, irritan-
do-se facilmente quando contrariada (LA TAILLE, 1992).
Por sua vez, as operações concretas perfazem na vida da criança dos sete aos 12 anos,
onde se pode analisar a evolução dos aspectos anteriormente mencionados, passando do
pensamento egocêntrico para a estruturação da razão.
Sendo assim, seu intelecto passará a operar de forma evolutiva, instigando o raciocínio
efetivo com a realidade, e de maneira mais ágil, tendo capacidade de organizar e coordenar
estruturas de pensamento com maior estabilidade, e para isso, não somente a maturação irá
contribuir, mas os estímulos que recebeu.
O último estágio do desenvolvimento infantil é denominado de operações formais, que
acontece a partir dos 12 anos. Ocorrendo o raciocínio hipotético-dedutivo, o qual é responsá-
vel pela capacidade de gerar grandes feitos, como a invenção do automóvel, e de solucionar
problemas cotidianos.
Nesse estágio, os adolescentes conseguem levar em conta as combinações de fatores,
não somente deduções a partir de hipóteses. Começam, dessa forma, a ter consciência da
razão podendo entender doutrinas e teorias, conceituar termos e buscar compreender o que
realmente significam, com isso adquire capacidade para criticar os sistemas sociais e propor
novos códigos de conduta; discute os valores morais de seus pais e constrói os seus próprios
(adquirindo, portanto, autonomia).
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Por consequência desse processo, ocorre a busca pela identidade, gerando conflitos inter-
nos na busca pela autonomia pessoal. Isso faz com que haja o desenvolvimento da personali-
dade, o que muitas vezes gera contradições de ideias.
Assim, pode-se perceber a explicação para algumas das atividades que promovam ou mes-
mo que venham de encontro aos conceitos altruístas da adolescência, sem deixar de relacio-
nar com a formação da personalidade dos sujeitos, e favorecendo a construção do conheci-
mento sem deixar de compreender os inúmeros conflitos internos que fazem parte da vida
desses sujeitos.
A descoberta do corpo e das sensações acontecem por volta dos 0 aos 2 anos de idade.
Nesta fase do desenvolvimento infantil, a coordenação motora é desenvolvida a partir dos es-
tímulos que o bebê recebe, sejam desafios, espaços ou propostas lúdicas. Por exemplo, você
já percebeu um bebê jogando um brinquedo no chão? Ao fazer isso ele está experimentando
os processos da ação, percebendo que seus movimentos geram algo ao seu entorno. A desco-
berta acontece de dentro para fora, partindo do corpo e do que podem sentir para o que podem
ver, ouvir ou tocar.
A fase pré-operatória acontece dos 2 aos 7 anos. Nesta fase, a criança ainda percebe o
mundo de acordo com suas experiências individuais e tende a se colocar no centro de todas
as situações. Além disso, neste período acontece a “fase dos porquês” na qual há muita curio-
sidade sobre o mundo, sobre como as coisas são feitas e como funcionam.
O estágio operacional concreto ocorre entre os 8 e 12 anos de idade. Nesse momento, a
criança começa a resolver problemas concretos a partir da lógica, a abstração e o pensamento
filosófico ainda estão em desenvolvimento. As regras sociais já estão mais internalizadas, co-
mandadas por um senso de justiça e reciprocidade. Esta é a fase da lógica e da matemática,
onde tudo é entendido por meio de regras e padrões, mas também é o momento em que as
crianças estão aprendendo a lidar com o pensamento e questões conceituais.
A fase operacional formal acontece a partir dos 12 anos e é o momento em que as capa-
cidades de reflexão e abstração já estão desenvolvidas. A partir daí, o adolescente começa a
formar opiniões e conceitos sobre temas como sociedade e sua relação como indivíduo. Ao
olhar para si e para o mundo a sua volta, questiona estruturas e define seus posicionamentos.
Nesta fase também já está claro o que é imaginação, pensamento e realidade, fazendo
com que a arte seja importante para auxiliar a aflorar a imaginação ao mesmo tempo que es-
timula aspectos físicos e habilidades intelectuais. Aprender técnicas artísticas requer superar
desafios, o que é uma ótima atividade para a adolescência.
Durante este período, cursos como dança (seja ballet, jazz ou danças urbanas) e teatro
podem ser boas opções para quem busca exercícios físicos aliados ao prazer e ao trabalho em
grupo. Os cursos de música e desenho atendem a diversos perfis e tem como foco habilidades
como percepção auditiva/visual e manuais. Contudo, todas as opções de cursos de artes para
esta fase são eficazes para facilitar a expressividade e trabalhar a disciplina.
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Qualquer que seja a classe social e a realidade, os processos de socialização são mui-
to diversos.
Seja qual for a cor, a etnia, a classe social, todos os seres humanos desde cedo estão em
constante processo de socialização, seja na escola, na igreja, na faculdade ou no trabalho. Al-
guns fatores podem afetar esse processo, tal como um local marcado por guerras.
As consequências dos processos de socialização geralmente são positivas e resultam na
evolução da sociedade e dos indivíduos. Por outro lado, as pessoas que não se socializam podem
apresentar muitos problemas psicológicos, determinados, por exemplo, pelo isolamento social.
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o seu próximo, de exigir melhores condições de vida, bem como de melhorar o seu ambiente
externo, de expressar seus desejos e vontades.
Essas relações que vão se efetivando entre indivíduos e indivíduos, indivíduos e grupos,
grupos e grupos, indivíduo e organização, organização-organização, surgem por meio de ne-
cessidades específicas, identificadas por cada um, de acordo com seu interesse.
O indivíduo, enquanto ser particular e social, desenvolve-se em um contexto multicultural,
em que temos regras, padrões, crenças, valores, identidades muito diferenciadas. Assim, a
cultura torna-se um processo de “intercâmbio” entre indivíduos, grupos e sociedades. Assim,
não podemos considerar a cultura como algo isolado, mas como um conjunto, integrado de
características comportamentais aprendidas. Essas características são manifestadas pelos
sujeitos de uma sociedade e compartilhadas por todos.
O indivíduo como sujeito ativo no contexto cultural. Ele tem a liberdade de tomar decisões, por
meio de novas interpretações. Ele recebe a informação e constrói, criativa e coletivamente, um
processo cultural voltado à época histórica atual que vivencia. Ele mesmo constrói suas regras,
por meio das atividades coletivas, podendo alterá-las, da mesma forma que é afetado por elas.
Podemos considerar a cultura como uma herança social, que é transmitida por ensinamen-
to a cada nova geração. Portanto, devemos conhecer a realidade cultural do indivíduo para
compreender suas práticas, costumes, concepções e as transformações que ocorrem na sua
vida. E é nessa realidade sociocultural que o indivíduo se socializa. Sua personalidade, suas
atitudes, opiniões se formam a partir dessas relações sóciocultural, em que controla e planeja
suas próprias atividades.
O primeiro contato que o ser humano tem, ao nascer, é a família: primeiramente, com a
mãe, por meio dos cuidados físicos e afetivos, e, paralelamente, com o pai e os irmãos, que
transmitem atitudes, crenças e valores que influenciarão no seu desenvolvimento psicosso-
cial. Num segundo momento, tem a interferência da escola. Geralmente, nessa fase, o indiví-
duo já traz consigo referências de comportamentos, de orientação pessoal básica, devido ao
contato inicial com a família.
Todo o processo de socialização que os seres humanos vivenciam está ligado à cultura do
indivíduo, como também a uma estruturação de comportamentos, à medida que aprendemos
e os internalizamos. Essa estruturação e atribuição de significados ocorrem por meio da inte-
ração com os outros. Isso faz com que criemos expectativas sobre esses comportamentos
diante do grupo social, desenvolvendo papéis sociais, pois o processo de socialização pode ser
visto também como um processo pelo qual cada indivíduo configura seu conjunto de papéis.
Isso significa que a objetividade e a subjetividade configuram-se como um processo dialé-
tico de desenvolvimento da configuração social, dinâmico, e está em constante interação na
vida do indivíduo, como ser histórico, capaz de promover transformações sociais, visto que o
desempenho do papel nunca é solitário.
A partir do momento em que reconheço o outro, reconheço a mim mesmo como um ser
único particular. Essa diferenciação geralmente ocorre com a mãe, que é o primeiro “outro”
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com quem temos contato. Nesse momento, por meio das relações, começamos a construir
nossa identidade. E, à medida que adquirimos novas experiências ampliando nossas relações
sociais, vamos nos transformando, adquirindo novos papéis.
A objetividade e subjetividade são fundamentais para o processo de construção da nossa
identidade. A experiência humana se objetiva na realidade criando singularidades (hábitos,
tradição) e as instituições são subjetivadas, por meio da introjeção pela socialização. A psico-
logia social crítica busca a compreensão da relação individual – social, por meio dessa inte-
ração indivíduo/sociedade, visto que a identidade do indivíduo se dá por meio dessa relação,
considerando o indivíduo com a sua história particular como um ser de transformações.
A atividade do indivíduo é a sua realização concreta, e a expressão da sua subjetividade
diante da definição papeis exercidos por ele. Ela é subjetiva (envolve afeto de um eu indivi-
dual) e objetiva (contato com o mundo exterior). Nesse processo o indivíduo constrói o seu
mundo, da mesma forma que constrói a si mesmo, sua identidade, suas relações, suas ex-
periências vivenciadas.
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condição essencial para a efetivação dos princípios expressos nos Parâmetros Curriculares
Nacionais e constitui, sem dúvida, o mais importante nível de sua concretização.
Toda escola desenvolve uma proposta educativa, mesmo quando não a explicita; a falta de
consciência (ou de explicitação) sobre a própria proposta não permite a realização de um tra-
balho coletivo da equipe escolar, uma vez que este depende diretamente da clareza que todos
os envolvidos precisam ter, em relação aos princípios e as metas que orientam suas ações.
Daí, a importância de que cada escola concretize sua proposta educativa num projeto, que sir-
va como norteador de seu trabalho.
O projeto educativo não é um documento formal elaborado ao início de cada ano letivo
para ser arquivado. Ele se realiza mediante um processo contínuo de reflexão sobre a prática
pedagógica, em que a equipe escolar discute, propõe, realiza, acompanha, avalia e registra as
ações que vai desenvolver para atingir os objetivos coletivamente delineados.
Nesse processo, a equipe escolar produz seu conhecimento pedagógico, construindo-o
e reconstruindo-o cotidianamente na sala de aula, com base em estudos teóricos na área de
educação e em outras áreas, na troca de experiências entre pares e com outros agentes da co-
munidade, incluindo-se aí alunos e pais. Sabe-se que cada escola tem identidade própria. Essa
identidade é constituída por uma trama de circunstâncias em que se cruzam diferentes fatores.
Cada escola tem uma cultura própria permeada por valores, expectativas, costumes, tradi-
ções, condições, historicamente construídos, a partir de contribuições individuais e coletivas.
No interior de cada escola, realidades econômicas, sociais e características culturais estão
presentes e lhe conferem uma identidade absolutamente peculiar. Ao elaborar seu projeto edu-
cativo, a escola discute e expõe, de forma clara, valores coletivos, delimita prioridades, define
os resultados desejados e incorpora a auto-avaliação ao seu trabalho, em função do conheci-
mento da comunidade em que atua e de sua responsabilidade para com ela.
Ao atuar para que os alunos possam desenvolver capacidades de diferentes naturezas,
e desse modo, poder construir suas identidades e seus projetos de vida, de forma refletida e
consciente, é importante levar em conta seus momentos de vida, suas características sociais,
culturais e suas individualidades.
Nesse processo, serão compartilhados saberes diferenciados, de professores e alunos,
de adultos e crianças, adolescentes e jovens, ou seja, de indivíduos com histórias diversas, o
que propicia a construção de conhecimentos diferenciados. Ao considerar essas diferenças e
semelhanças, em seu projeto educativo, a escola colabora para aproximar expectativas, neces-
sidades e desejos de professores e de alunos.
O trabalho da equipe escolar com objetivos claros provoca o estudo e a reflexão sobre
problemas reais, organiza o planejamento que dá sentido às ações cotidianas, reduz a im-
provisação, o arbítrio das imposições e as condutas estereotipadas e rotineiras que, muitas
vezes, são incoerentes com os objetivos educacionais compartilhados. Daí a importância fun-
damental de jornadas de trabalho que incluam tempo específico para uma atuação coletiva da
equipe escola.
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A função social da escola, ela é muito relativa e complexa, pois há várias formas de pensar
a educação, para três grandes sociólogos há diferenças da forma de pensar a função da escola
na construção do aluno.
A educação física que é atividade que promova a saúde do ser e a outra é o estudo tecno-
lógico que visa acabar com a alienação do proletariado perante a classe dominante. Para MAX
WEBER a educação é um modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções
dentro da sociedade, sendo uma educação racional, a visão de educar está vinculada enquan-
to formação integral do homem, uma educação para habilitar o indivíduo para a realização de
uma determinada tarefa para obtenção de dinheiro dentro de uma sociedade cada vez mais
racionalizada e burocrática e estratificada.
Cabe à escola formar alunos com senso crítico, reflexivo, autônomo e conscientes de seus
direitos e deveres tendo compreensão da realidade econômica, social e política do país, sendo
aptas a construir uma sociedade mais justa, tolerante as diferenças culturais como: orienta-
ção sexual, pessoas com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc. Passando a
esse aluno a importância da inclusão e não só no âmbito escolar e sim em toda a sociedade.
A escola pública nos dias atuais deixa muito a desejar quando se fala de educação e de
formar cidadãos para viver numa sociedade tão multicultural e pluriétnicas, como a nossa. A
falta de investimentos e de capacitação de professores, escolas sem infraestrutura adequada
para o recebimento desse aluno. O modelo segregado e homogêneo que com muito esforço
está mudando para o modelo de escola inclusiva, mesmo escolas sem condições adequadas
para receber esse aluno.
A humanidade passa momentos de transformações em suas estruturas, como é o caso da
globalização do mercado, da formação de blocos econômicos e a grande revolução dos recur-
sos tecnológicos. Atualmente, essas mudanças tomam um ritmo acelerado, o que acaba por
torna-se um risco para a própria humanidade: relegar a segundo plano a dimensão humana: a
instrumentalização do ser humano!
Diante disto, faz-se necessário o repensar constante de nossas concepções e atitudes,
tendo como objetivo uma perspectiva mais humana, proporcionando a inclusão social. Neste
aspecto a educação escolar passa a ter redelineada a sua função social. Refletir sobre a his-
tória da humanidade e da própria vida proporciona a compreensão de parte da inquietação na
busca de significado de tudo o que se experimenta.
Ajuda a perceber que estamos inseridos num contexto com valores já definidos; que o pre-
sente é o resultado do que aconteceu no passado, por isso é preciso conhecer o passado para
compreender o presente e poder interferir no futuro; que os acontecimentos exteriores afetam
diretamente nossa vida, isto porque vivemos num grupo social globalizado; que os sujeitos es-
tão situados nos grupos sociais a que pertencem e que a história da humanidade e a história
de cada um é um processo constante, sempre transformando e sendo transformado.
Este modo de organização da sociedade adota modo de produção também primitivo. O
trabalho é um determinante social. Por vezes modifica abruptamente uma sociedade. Foi o
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que aconteceu com a expansão do trabalho, que levou inicialmente os homens para fora das
comunidades e mais tarde as mulheres, obrigando as comunidades a organizarem outra forma
de socialização das gerações mais jovens.
Assim, a crescente complexidade das estruturas sociais ao longo dos séculos levou a cria-
ção de instituições que deveriam se responsabilizar por dar continuidade à produção de conhe-
cimentos construídos e repassá-los às novas gerações. Diante deste novo contexto, tornou-se
necessária a ação do tutor, do preceptor, das academias ou escolas, estabelecimentos mais
amplos que abrigassem mais crianças ao mesmo tempo.
Educar significa muito mais do que transmitir conhecimentos, significa formar para a auto-
nomia, isto é, para autogovernar-se. Um processo educacional somente será verdadeiramente
autônomo e libertador se for capaz de, tendo o conhecimento científico produzido pela huma-
nidade como instrumento, formar cidadãos críticos, dotados das condições que lhes permitam
entender os contextos históricos, sociais e econômicos em que estão inseridos. Educar não é
uma tarefa exclusiva da escola.
Coma afirma a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 é função também da
família e sociedade. Dialogar e ajudar o outro a viver a vida com domínio do conhecimento
científico e senso de justiça permitem o desenvolvimento pessoal e coletivo. Dentro deste
contexto, a formação do homem é muito mais ampla do que apenas aprender os conhecimen-
tos acadêmicos ou familiares, ultrapassa o seu individual chegando ao social, em que exerce
e do qual sofre influência. Sua atuação como cidadão é fundamental para as transformações
sociais desejadas.
A escola enquanto espaço de socialização organiza-se a partir de três objetivos: pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para
o trabalho. Este compromisso está explicito na atual Constituição da República Federativa do
Brasil (1988).
Esta Lei trata da educação no Título VIII, Capítulo III, Seção I. Em seu artigo 205 deixa claro
os seguintes princípios que nortearam a educação no Brasil.
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições pú-
blicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais de ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira
para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concur-
so público de provas e títulos, assegurado pelo regime jurídico único para todas as instituições
mantidas pela União;
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade. (Vade Mecum, 2006: 63).
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O lúdico é uma das maneiras mais eficazes para envolver os educando nas atividades
propostas. No processo ensino-aprendizagem, contribui de forma muito significativa para o
desenvolvimento do ser humano, Lopes coloca que “a criança aprende brincando, é o exercício
que faz desenvolver suas potencialidades” (2002, p. 35), ou seja, é um instrumento que auxilia
não só no desenvolvimento cognitivo como também no desenvolvimento social, pessoal e cul-
tural dos educandos, facilitando assim, o processo de socialização, comunicação, expressão e
construção de conhecimento.
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passam na sala de aula. Atividades de expressão lúdica atraem a atenção dos educandos e
contribuem como forte mecanismo de potenciação da aprendizagem.
A ludicidade precisa e deve ser trabalhada por todos os educadores comprometidos com a
educação, independente da disciplina que atuam, dentro e fora da sala de aula. Eles precisam
planejar os conteúdos trocando informações entre si, para que juntos possam resgatar o pra-
zer de aprender nos educandos e o próprio prazer de ensinar.
As atividades lúdicas podem ser aplicadas por todas as disciplinas, pois além de enrique-
cerem o currículo, trabalham o conteúdo de forma prática e concreta, dando disposição para
as explicações mais áridas e longas, as quais se fazem necessárias, e também, podem ser
uma importante ferramenta de motivação ou avaliação de determinados aspectos de uma
disciplina, deixando que as aulas não sejam cansativas e que caiam na mesmice, fazendo com
que o aluno seja participante ativo da própria descoberta, caminhando para o mesmo objetivo
comum que é a construção do conhecimento.
A partir dos subsídios do currículo, da ementa dos programas, das experiências de obser-
vação, registro e análise, reflexão e avaliação sobre o que ocorre na prática do fazer pedagógi-
co, os educadores terão mais condições de planejar e propor situações significativas. Reaver o
lúdico nas disciplinas, abordando diversas questões, não quer dizer colocar em contraposição
as demais atividades, mas sim colocar as atividades lúdicas como parte integrante da vida dos
educandos na Instituição.
O lúdico é essencial para uma escola que se propõe não apenas com o sucesso pedagó-
gico, mas também com a formação de cidadãos independentes, responsáveis, incorporando
também valores morais e éticos. E é na escola onde o aluno pode buscar e construir o seu
próprio pensamento e dominar suas ações, tornando-se cidadãos capazes de exercer sua ci-
dadania com dignidade e competência.
No processo ensino-aprendizagem a ludicidade é um subsídio para a construção de uma
práxis emancipadora e integradora, pois o lúdico além de tornar-se um instrumento de aprendi-
zagem o qual favorece a construção do saber é uma estratégia insubstituível para ser utilizada
como estímulo na construção de conhecimento humano, bem como uma importante ferra-
menta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais.
O trabalho a partir da ludicidade abre caminhos para envolver todos numa proposta intera-
cionista, cabe a cada um desencadear estratégias lúdicas que valorizem a criatividade, o culti-
vo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, para dinamizar o seu trabalho,
que com certeza, será muito mais produtivo, prazeroso e significativo.
Porém para atingir esse fim, os educadores devem repensar os conteúdos e sua prática
pedagógica, substituindo sua rigidez e passividade pela alegria e pelo entusiasmo, devem tra-
balhar de forma interdisciplinar para ensinar os seus educandos, pois a aprendizagem ocorre
no todo, nada é isolado.
Kami ressalta que: Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um
caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a
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tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber
aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre mui-
tos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as cir-
cunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida (1991, p. 125).
As atividades lúdicas precisam ocupar um lugar especial na educação e adotar a ludicidade
como uma estratégia pedagógica é muito mais que proporcionar e oportunizar aos educandos
momentos lúdicos, mas sim fazer com que eles possam extrair desses momentos o seu valor
real, que é de contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do ser humano, auxiliando
não só na aprendizagem, mas também no desenvolvimento social, pessoal e cultural dos alunos.
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Está inequívoco desta escala que a avaliação passou a ter critérios definidos, consequente-
mente, criou-se um padrão a ser aplicado para se mensurar o grau de conhecimento adquirido
pelo aluno ao longo do processo ensino/aprendizagem. Porém, o que infere desta circunstân-
cia é que, outrossim, por meio deste instrumento avaliativo, passou-se a representar a imagem
pública da escola e dos docentes, refletindo a qualidade de ensino proporcionada por eles.
Contemporaneamente, a avaliação no processo ensino/aprendizagem escolar é alvo de in-
tenso debate pelos profissionais envolvidos com a educação, devido, justamente, pelas trans-
formações ocorridas nos últimos quarenta anos no que tange ao contexto socio-econômico,
de tal modo que o assunto vem representando uma questão central neste processo.
Ao longo da história da educação, o termo avaliação esteve relacionado à concepção de
aprovação ou reprovação e o próprio ambiente escolar aproveitou da expressão “avaliação”
como um instrumento para determinar os “melhores” e os “ruins”.
A avaliação, em termos gerais, vem sendo aplicada na forma de provas e exames, nor-
malmente, desvinculada do processo ensino/aprendizagem, ensejando que diversos teóricos
passem a questionar a prática pedagógica de modo a identificar e determinar uma anuência ou
senso comum acerca da significação do que é avaliar e como ela pode ser consubstanciada no
sentido de garantir a efetivação da aprendizagem pelo aluno.
Luckesi (2002) enfatiza que a avaliação no processo ensino/aprendizagem deve ser toma-
da para si como algo que existe, ou seja, a avaliação deve medir a qualidade do conhecimento
assimilado pelo aluno, além de procurar compreender o estágio que ele se encontra no proces-
so ensino/aprendizagem.
Reforça ainda Luckesi (2002) que, posteriormente à identificação destes contextos, o do-
cente ou educador vai ter a possibilidade de tomar as devidas decisões no sentido de propiciar
ao aluno o avanço neste processo, portanto, em uma análise aprofundada da concepção de
Luckesi, permite-se compreender que a avaliação, a princípio, deve ser diagnóstica.
Assim sendo, a avaliação neste contexto educacional vem fazendo das escolas um espaço
de competição no qual os alunos participam inconscientemente, disputando quem aprendeu
mais, e cujo prêmio é a nota, resultado da avaliação; e em termos gerais, pode-se dizer que o
significado da avaliação tem sido o de estereotipar o aluno como bom ou ruim, como um ins-
trumento de classificação, o meio mais comum para essa realidade é a aplicação de exames,
em que o aluno vai devolver ao professor o que dele recebeu, uma espécie de troca.
Assumindo o caráter pedagógico, a avaliação precisa desvincular do processo classifica-
tório, seletivo e discriminatório, para estabelecer o básico da sua função que se aplica princi-
palmente ao professor que a utiliza, analisando e refletindo os resultados dos alunos. Desta
forma, a avaliação propicia retomada de conteúdos, novas metodologias e um redimensio-
namento de trajetória conforme a necessidade do momento. Enfatizando assim o processo,
refletindo o ensino que busca a construção do conhecimento.
Assim, para que a educação justa se concretize, fundamental seria que as desigual-
dades fossem compensadas na dinâmica escolar, como o atendimento das necessidades
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A abordagem dos temas transversais deve se orientar pelos processos de vivência da socie-
dade, pelas comunidades, alunos e educadores em seu dia a dia. Os objetivos e conteúdos dos
temas transversais devem estar inseridos em diferentes cenários de cada uma das disciplinas.
Considera-se a transversalidade como o modo apropriado para a ação pedagógica destes temas.
A transversalidade só tem significado dentro de uma compreensão interdisciplinar do co-
nhecimento, sendo uma proposta didática que possibilita o tratamento de conteúdos de forma
integrada em todas as áreas do conhecimento. A transversalidade e interdisciplinaridade têm
como eixo educativo a proposta de uma educação comprometida com a cidadania, conforme
defendem os Parâmetros Curriculares.
A partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, foram de-
finidos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que, por sua vez, orientam para a aplicação
da transversalidade. No âmbito dos PCNs, a transversalidade diz respeito à possibilidade de
se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente
sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real e de sua transformação
(aprender na realidade e da realidade).
Não se trata de trabalhá-los paralelamente, mas de trazer para os conteúdos e para a me-
todologia da área a perspectiva dos temas. Dessa forma, os PCNs sugerem alguns “temas
transversais” que correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias for-
mas na vida cotidiana: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e
Pluralidade Cultural.
A transversalidade se difere da interdisciplinaridade porque, apesar de ambas rejeitarem
a concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, a
primeira se refere à dimensão didática e a segunda à abordagem epistemológica dos objetos
de conhecimento. Ou seja, se a interdisciplinaridade questiona a visão compartimentada da
realidade sobre a qual a escola se constituiu, mas trabalha ainda considerando as disciplinas,
a transversalidade diz respeito à compreensão dos diferentes objetos de conhecimento, possi-
bilitando a referência a sistemas construídos na realidade dos alunos.
A construção de um conhecimento interdisciplinar, entre outros processos sociais, é de
fundamental importância na análise e resolução dos problemas ambientais. Nas últimas dé-
cadas, com efeito, tem ocorrido um debate epistemológico em todos os campos de especia-
lização científica sob uma perspectiva interdisciplinar, em vista de uma maior compreensão e
domínio da problemática ambiental.
Um saber ambiental, com efeito, implica em um conjunto de disciplinas, tanto das ciências
naturais quanto das sociais, para a construção de um conhecimento capaz de abranger a mul-
ticausalidade e as relações de interdependência dos processos naturais e sociais determinan-
tes de mudanças sócio-ambientais e, portanto, um conhecimento que possibilite por sua vez a
construção de uma racionalidade ambiental produtiva, baseada em princípios de um desenvol-
vimento sustentável, justo e duradouro.
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Apesar das Ciências Matemáticas aparecerem até o presente pouco comprometidas com
os estudos ambientais, são fundamentais para a construção de modelos, o desenvolvimento
de análises de processos e sistemas complexos e o tratamento de dados em processos de
decisão referenciados a critérios probabilísticos.
Pelo fato de que os problemas ambientais advêm de ações antrópicas, é de importância
crucial a colaboração das Ciências Sociais aos estudos do meio. As pesquisas neste campo,
no entanto, são ainda insuficientes. Nesta área, a Economia, o Direito e a Sociologia são as
ciências que mais avançaram na problemática ambiental.
Dentre as contribuições das Ciências Sociais aos estudos ambientais destacam-se algu-
mas perspectivas ou dimensões.
Assim, a Economia tem enfocado a questão do máximo rendimento sustentável, avaliando
o impacto ambiental de políticas, programas e projetos de desenvolvimento; os conceitos de
capital natural e função de danos são valiosos na construção de uma nova economia ecológica.
No âmbito da Sociologia, sobressaem especialmente a análise dos movimentos ambien-
talistas, a avaliação de impactos ambientais, e educação ambiental e participação política, as-
sim como a integração da problemática ambiental ao debate teórico e metodológico, em vista
da legitimação dos princípios da racionalidade ambiental.
A Geografia igualmente tem-se ocupado em avaliar impactos ambientais relativos a políti-
cas, programas e projetos de desenvolvimento, em realizar análises espaciais e planejamento,
bem como em integrar a problemática ambiental no debate teórico e metodológico; os geógra-
fos ambientalistas têm desenvolvido estudos de percepção ambiental e da ação antrópica (por
exemplo, nos processos geomorfológicos) e estão trabalhando com sistemas geográficos de
informação, já em perspectiva interdisciplinar.
A Geografia e a Ecologia vêm se aproximando num sentido de especialização da Ecologia,
de modo a melhor captar os mecanismos de apropriação dos recursos naturais e poder cons-
truir unidades operacionais de manejo desse recurso. No campo da História, as maiores cons-
tribuições aos estudos do meio estão relacionadas com o paleomeio-ambiente, no contexto
das pesquisas arqueológicas, paleotológicas e da Antropologia Histórica.
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A educação formal (aquela que ocorre nos sistemas de ensino tradicionais) é o princípio
da formação humana, ou seja, as formações sociais de sua organização para a vida. São vá-
rias as transformações no decorrer dessa formação para a construção do conhecimento na
sociedade em que vivemos, para que possamos formar cidadãos verdadeiramente agentes
de transformações.
É cada vez mais evidente a presença constante dessas transformações na sociedade e
a cada dia vemos a importância do homem e da tecnologia criando um novo olhar diante do
sistema educacional e que estão ligadas aos avanços tecnológicas.
Uma vez que muitos veem as tecnologias digitais como uma concepção transformadora e
deliberativa para um melhor silogismo, ou seja, uma visão mediadora no processo de ensino-
-aprendizagem, e isso os fazem verem que as tecnologias proporcionam o domínio de novas
habilidades e entendimentos, mas sempre considerando que existirão alguns problemas que
podem estar associados à inclusão de novas tecnologias a frente dos alunos e professores
em sala de aula diariamente auxiliando no conteúdo escolar, tornado-se um desafio para am-
bos principalmente para os professores que tem que saber lidar com toda essa metodologia
diferenciada juntando o tradicional com o renovado e levando um melhor conhecimento do
ensino-aprendizagem para os alunos.
Assim, em uma sociedade moderna em todas as circunstâncias sabemos que a tecnologia
digital é uma primordialidade mundial, e que a unidade escolar deve estar elaborada para pre-
encher os requisitos da realidade atual, uma vez que todos nós que fazemos parte da institui-
ção escolar temos o dever de conhecer as novas exigências que o mundo nos oferece.
A sociedade está constantemente em busca de tecnologias avançadas, e diante disso vê-
-se a prioridade da inclusão das TIC nas instituições escolares que busquem uma melhoria no
modo de transmitir o conhecimento para auxiliar no aprendizado do aluno e, dessa forma, pro-
curando ampliar os métodos de ensino que proporcione para os alunos um ambiente interativo,
participativo, dinâmico no processo de ensino-aprendizagem.
O uso da informática como ferramenta pedagógica oferece um aumento na eficácia e na
qualidade do ensino, assim temos que pensar na busca de uma superação dos supostos pro-
blemas de ensino e dessa maneira buscarmos identificar formas que ajude a superar esses
problemas diante de um ensino renovado dentro das escolas.
Por isso, podemos dizer que cada dia o uso de computadores está crescendo nas escolas
e rompendo barreiras no ensino, facilitando e preparando para um desempenho escolar acei-
tável para todos que fazem parte da instituição escolar, pois a chegada dessas mídias traz um
crescimento significativo tanto dentro como fora das instituições que possa levar diferentes
formas de como trabalhar seus conteúdos escolares (Almeida, 2003, p. 79).
Assim, compreende-se que a utilização de computadores nas escolas vem rompendo bar-
reiras e se desenvolvendo de forma positiva quanto à importância do reconhecimento do seu
uso benefício para explorar as habilidades e competências diversas, organizando e tornando
fácil o desempenho no aprendizado do aluno.
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A Base também tem como objetivo formar estudantes com habilidades e conhecimentos
considerados essenciais para o século XXI, incentivando a modernização dos recursos e das
práticas pedagógicas e promovendo a atualização do corpo docente das instituições de ensino.
Para assegurar os direitos de aprendizagem dos estudantes da Educação Básica, a Base
Nacional Comum Curricular foi estruturada em competências. Para a BNCC, competência é a
mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver questões do coti-
diano, do mundo do trabalho e para exercer a cidadania.
A Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica é formada por três segmentos:
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio:
Educação Infantil
• Foi homologada em dezembro de 2017 e deve ser implementada em todas escolas do
país até 2020.
• A organização da Base ocorre por 6 direitos de aprendizagem em 5 campos de experiên-
cias, relacionados às 10 competências gerais da BNCC.
• Seus eixos estruturais são o brincar e o interagir.
• É focada no desenvolvimento da oralidade e da escrita.
Ensino Fundamental
• Assim como a Base da Educação Infantil, o documento do Ensino Fundamental foi ho-
mologado em dezembro de 2017 e a Base deve ser implementada em todas escolas do
país até 2020.
• A alfabetização deve acontecer nos 2 primeiros anos do Ensino Fundamental.
• No componente curricular de História, o ensino deve seguir a cronologia de fatos e acon-
tecimentos.
• O ensino da Língua Inglesa se torna obrigatório a partir do 6º ano.
Ensino Médio
• Aprovada pelo CNE em 4 de dezembro de 2018.
• Homologada em 14 de dezembro de 2018 pelo ministro da Educação.
• Os componentes de Língua Portuguesa e Matemática devem estar presentes no currícu-
lo dos 3 anos de Ensino Médio.
• O foco da Base está no protagonismo do jovem na sociedade, bem como em sua auto-
nomia e no mundo do trabalho.
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princípios gerais. Boff aponta que “Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar
melhor o ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável psico-
logicamente integrada e espiritualmente fecundada” (1997). No caso da educação gira em
torno dos educandos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, LEI N. 8.069, de 13 de julho de 1990, Art. 53 fala
que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de
sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Sendo assim,
o professor precisa trabalhar e empenhar-se para que isso ocorra.
Seja em suas atitudes docentes, nas relações com os educandos, na postura do profes-
sor em sala, no chamar a atenção nas conversas, no relacionamento com os profissionais
da escola ou na forma como se comporta na sociedade, a ética se faz presente como algo
muito fundamental.
Para a atuação do professor, seja com os educandos ou com o corpo docente, é necessário
possuir um estilo de vida equilibrado, desapegado de vícios que prejudiquem a si mesmo e aos
outros. Suas ações precisam conter: afeto, alegria, sobriedade, moderação e em seu modelo
de fala deve usar palavras cultas e não chulas ou gírias.
Diante disso, não se pode deixar de pensar na importância das vestimentas, que não de-
vem ser inconvenientes como: rasgadas, transparentes, curtas ou apertadas. É propício o uso
de algo que lhe caia bem, seja descente e que combine com ele/ela, ou seja, usar algo que
mostre seu estilo, lembrando que até nisso será copiado. A ética está presente em tudo.
Cortella (2010, pg.107) diz que: “A ética é uma plantinha frágil que deve ser regada diaria-
mente.” Isso acontece no nosso cotidiano.
Com o corpo docente ou a gestão, seu relacionamento deve acontecer de forma singela
e colaborativa, pois ambos estão traçando objetivos para caminhos que os levarão a um só
objetivo, a uma educação de qualidade, a uma aprendizagem significativa e ao crescimento de
seus educandos.
Os educandos têm direito a ter uma educação prazerosa e de qualidade. É fundamental
que o professor cumpra as regras e normas da nossa educação. Para que a educação se torne
com sabor e alcance seus objetivos, não dá para se pensar em apenas ensinar o conteúdo
de determinada matéria, mas é necessário investir no educando para que ele se desenvolva,
tornando-se crítico diante do que vê e lê, um questionador, sendo autor da sua própria história,
saindo da plateia e indo ao palco.
A ética é os valores morais estão ligados a uma cultura, independentes de seus valores,
costumes ou tradições, a ética começa a existir a partir de um pilar central, o ser humano e
suas relações entre o meio em que vive. Segundo Paranhos (2007), o termo ético deriva do
grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e
princípios que norteiam a conduta humana na sociedade.
A ética serve para que haja um equilíbrio na formação social. Desta forma, a ética, não
pode ser comparada com as leis. A ética é elaborada por uma sociedade tendo como princípio
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a história e a cultura. No pensamento da filosofia, a ética e uma ciência que estuda os valores
e fundamentos morais de uma sociedade e seus grupos.
Os grupos profissionais buscam a distinção de interesses de outros grupos e da sociedade
em geral procura estudar, pesquisar, sistematizar padrões. Isso passa a ser ética como ciência,
cujo objeto é a moral. Essa forma cientifica, definida e sistematizada onde por intermédio da
ética os profissionais criam sua identidade.
No cotidiano escolar, relatos de certos problemas que podem comprometer a efetividade e
qualidade do ensino-aprendizado. Como discutir assuntos que particularmente dizem respeito
a alunos ou outros colaboradores em locais inadequados.
Situações que causam certos transtornos e constrangimentos que podem comprometer a
eficiência e eficácia do processo ensino aprendizagem. Em algumas ocasiões, temos obser-
vado que o tema das virtudes sumiu das escolas. Casos de desrespeito, de falta de limites, de
assédio têm sido comuns, mas a radicalidade da crise ética nos impõe o desafio de reinserir te-
mas morais da formação humana nos processos educacionais em todas as suas dimensões.
A escola é uma atividade social onde ações morais são realizadas e discutidas diariamen-
te diante de cada nova situação. Os professores se deparam com situações controversas e
suas ações diante delas são formas de moral. Tais ações necessitam de uma discussão mais
profunda e refletida. Esse é o papel da ética docente. Uma reflexão sobre a ação docente de
cada dia que em seu conjunto reflete uma prática moral. E essa prática carece de definição,
reflexão e de sistematização.
Pois somente a partir de uma discussão aprofundada e refletida sobre nas nossas ações
seremos capazes de emitir juízo ético (e não apenas morais) sobre a ação docente e, conse-
quentemente, sobre os valores da educação. Isso permite a visualização de uma ética docente
baseada em princípios comuns nas exigências e demandas sociais e nos meios adequados
para alcançá-los.
Nessa tarefa, os professores devem ser um modelo, porque “a imitação é o primeiro e
mais poderoso condutor para a formação da consciência do educando”. Dessa forma, “deve-
mos atentar para que nossos procedimentos sejam sobretudo imitados por eles. A elabora-
ção do docente como um sujeito que ajusta seu comportamento por princípios, empenhado
com a justiça, com a elucidação e a independência, com a humanização e o pensamento
crítico, é o resultado de um trabalho constante e a dedicação do sujeito consegue mesmo e
com o ato educativo.
Nas diferenças, de complexidades e de paradoxos, a dimensão dos valores se impõe por se
tratar de uma ação de sujeitos sobre a composição que os cerca e por se dar em um espaço de
vida de educandos e de educadores. Sendo assim, toda ação educativa deveria estar implica-
da com a construção de uma consciência ética e social, sendo imperativa a reflexão sobre as
virtudes no cotidiano escolar e a discussão e efetivação de propostas pedagógicas que levem
em conta a formação de um ambiente sociomoral cooperativo e participativo.
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de princípios e procedimentos que visam adequar o projeto institucional das escolas campesi-
nas em todos os níveis e modalidades de ensino.
A Resolução n. 56/2017, do CEE/AP, de 26 de abril de 2017, a qual “estabelece diretrizes
complementares para funcionamento das instituições da educação do campo, dos povos das
águas e das florestas no âmbito da educação básica e superior no Estado do Amapá e dá ou-
tras providências.” Dessa forma, essa Resolução deve garantir a eficácia da implantação da
educação do Campo do Estado do Amapá.
Os sujeitos do campo têm direito à educação pensada, desde o lugar e a participação,
vinculada à cultura e às suas necessidades humanas e sociais. Sendo assim, as Diretrizes Cur-
riculares da Educação do Campo denotam um importante instrumento para a construção de
uma educação pública e gratuita de qualidade, presente e que respeite e valorize a diversidade
humana diversidade cultural, socioambiental, étnica, de gênero, sexual, religiosa e científica, e
ainda os valores sociais e políticos, contribuindo assim com a construção de uma sociedade
cada vez mais justa e solidária.
A oferta da Educação Básica para o povo do campo requer a promoção de adaptações
necessárias às suas peculiaridades curriculares, que no Estado do Amapá, conforme prerro-
gativa legal deve reunir componentes curriculares de caráter regionalizado, como: História e
Cultura do Amapá, Educação Ambiental, Estudos Amazônicos, Técnica Agropecuária, Extrati-
vista e Pesqueira. Esses componentes curriculares devem permear as necessidades reais e
interesses dos alunos do campo, uma organização escolar própria, incluindo adequações do
calendário escolar às fases do ciclo agrícola, plantio-colheita-coleta, as lançantes das marés,
às condições climáticas, a adequação à natureza do trabalho no campo, dentre outras.
Historicamente as escolas do campo, as quais incluem classes multicícladas (multisseria-
das), para garantir e organizar um modelo de escola que reúne num único espaço, um conjunto
de diferentes anos do Ensino Fundamental (Anos Iniciais). Assim, a construção desse sistema
educacional do campo tornou-se uma estratégia para solucionar o acesso à escolarização de
um número reduzido de crianças e jovens presentes no campo.
Para trabalhar nas escolas do campo, que possuem classes multicícladas, deve-se pensar
na construção da identidade dessa escola na perspectiva de não ser vista apenas e resumida-
mente como “multi” e ou “ciclada”. Além do mais, entender e definir as escolas do campo que
possuem classes multicícladas não serão o suficiente para garantir uma nova estratégia de
intervenção pedagógica.
Assim, deve-se ter um olhar para novos horizontes da prática pedagógica e um novo modo
de pensar o projeto político pedagógico para que seja possível investigar e expressar as poten-
cialidades de todos os sujeitos que frequentam a escola do campo, definindo assim um tipo
de identidade de acordo com as condições regionais e locais dos sujeitos que frequentam as
classes multicicladas.
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Para cada subfunção componente do processo produtivo de uma área profissional, estão
identificadas as competências - saberes articulados e mobilizados através de esquemas men-
tais - e as habilidades que permitem que essas competências sejam colocadas em ação em
realizações eficientes e eficazes.
Para cada subfunção estão, também, identicadas bases tecnológicas ou conjuntos sis-
tematizados de conceitos, princípios e processos (métodos, técnicas, termos, normas e pa-
drões) resultantes, em geral, da aplicação de conhecimentos científicos a essa área produtiva.
Quadros de competências, habilidades e bases tecnológicas, identificadas em cada subfunção
do processo de produção, integram, assim, matrizes que podem orientar a organização de mó-
dulos ou de blocos que componham o desenho curricular traçado pela instituição.
As bases tecnológicas, entendidas como insumos para a geração das competências, po-
dem ser reunidas, na organização curricular, em disciplinas, seminários, programas de estudos
e de experiências laboratoriais, oficinas de experimentação, etc, conectados a um eixo central
de projetos característicos da área profissional, do seu processo produtivo e / ou, em particu-
lar, de uma subfunção dele integrante, eixo este propiciador do exercício efetivo das competên-
cias a serem desenvolvidas.
Para cada subfunção componente do processo produtivo de uma área profissional, foram
também identificadas e serão alvo de publicação complementar bases científicas conceitos e
princípios das ciências da natureza, da matemática e das ciências humanas, que fundamentam
as tecnologias e as opções estéticas, políticas e éticas da atividade profissional em questão e
bases instrumentais domínio de linguagens e códigos que permitem leitura do mundo e comu-
nicação com ele e de habilidades mentais, psicomotoras e de relação humana, gerais e básicas.
Estas bases permitem a percepção clara dos requisitos de entrada para a apropriação das
bases tecnológicas e para o desenvolvimento das competências e habilidades envolvidas em
cada subfunção integrante do processo de produção na área profissional. Assim, quadros de
bases científicas e instrumentais serão posteriormente publicados para oferecer referências
para que se estabeleçam as ligações específicas entre os currículos da educação básica e os
da educação profissional na área objetivada, subsidiando processos seletivos ou de caracteri-
zação de candidatos e a organização de possíveis módulos curriculares destinados ao nivela-
mento ou à recuperação dessas bases prévias.
Finalmente, algumas indicações sugestivas de itinerários de formação, inspiradoras de
opções ou de critérios para os desenhos curriculares, integram os Referenciais Curriculares.
Uma opção pode ser a de Itinerário que contemple etapas com terminalidades ocupacionais
definidas. Neste caso, o desenho curricular deve identificar e agrupar competências próprias
ao exercício da ocupação-alvo do programa de educação profissional a ser oferecido.
Outra opção ou critério pode contemplar um segmento da área profissional. No dese-
nho curricular, essa opção refletir-se-á no contexto específico dos projetos ou das ações pro-
postas para o desenvolvimento das competências. Como a nova educação profissional está
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RESUMO
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (OMNI/PREFEITURA DE LENÇÓIS PAULISTA–SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMEN-
TAL/2021) Com base em Rousseau, assinale a alternativa que corresponde a aprendizagem:
a) A aprendizagem revela-se tradicional mediante submissão e reprodução dos padrões, trans-
missão, oratória.
b) A aprendizagem é o polo coadjuvante da relação pedagógica e deve estar a serviço da criança.
c) A aprendizagem pressupõe que o indivíduo detém em si mesmo a razão. A educação possi-
bilita o desenvolvimento do homem integral.
d) A aprendizagem é o núcleo relevante e operante da relação pedagógica.
d) Hannah Arendt.
e) Rachel de Queiroz.
( ) Há uma marcha para o equilíbrio, com bases biológicas, que começa no período sen-
sório-motor, com a construção de esquemas de ação, e chega às ações interiorizadas,
isto é, efetuadas mentalmente.
( ) A peculiaridade da teoria piagetiana é pensar a interação pela perspectiva da ética
(igualdade, respeito mútuo, liberdade, direitos humanos).
( ) Para Piaget, ser coercitivo ou cooperativo não depende de uma atitude moral, visto que
a democracia não é condição para o desenvolvimento da personalidade.
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( ) O indivíduo apreende o mundo por meio da atuação com o meio e com os outros se-
res. É através do contato com a cultura pré-concebida que o pensamento se constitui,
é estabelecida uma troca mútua entre o sujeito e o meio e realiza-se uma experiência
pessoalmente significativa.
( ) As ideias são instrumentos para solucionar problemas da vida prática. O conhecimento,
portanto, só é relevante se estiver conectado a um contexto social e a dúvida e a inqui-
rição são desenvolvidas em um contexto prática, sem isolar o conhecimento da ação.
( ) A busca pelo conhecimento se dá para suprir a necessidade de compreender o mundo,
o que traz a sensação de equilíbrio e bem-estar para os sujeitos. Esse processo de com-
preensão é feito através da assimilação (reconhecer o que já faz parte de um repertório
familiar) e da acomodação (modificar conhecimentos prévios para adequar os novos).
d) 3, 2 e 1.
e) 2, 3 e 1.
( ) O conhecimento se adquire por um processo de construção e não por absorção de in-
formações vindas do mundo exterior.
( ) O professor, mediador do processo de construção do conhecimento, encoraja seus alu-
nos a experimentar e a buscar respostas.
( ) Um conflito cognitivo pode desencadear um processo de equilibração, fundamental
para a construção das estruturas da inteligência.
alunos percebeu que a maioria deles recorria à contagem de objetos para realizar adições
simples. Assim, planejou para a aula seguinte uma atividade em que seus alunos seriam desa-
fiados a operar a adição em um jogo sem o recurso de objetos.”
Seguindo a concepção de Vygotsky sobre a aprendizagem, é correto afirmar que a professora:
a) deveria ter continuado trabalhando com objetos, na zona de desenvolvimento real
das crianças;
b) deveria incentivar que os alunos trabalhassem individualmente;
c) agiu adequadamente, estimulando o conhecimento potencial dos alunos;
d) agiu adequadamente, reforçando que as crianças se mantenham no nível de conhecimento
que apresentam;
e) não deveria intervir, uma vez que as crianças constroem sozinhas seu conhecimento.
( ) O professor deve educar com base nos aspectos intelectuais, morais e afetivos dos
alunos.
( ) O professor deve oferecer meios para que os alunos desenvolvam suas habilidades
com autonomia.
( ) O professor deve priorizar a transmissão dos conteúdos, sem considerar a individuali-
dade dos alunos.
III – Para a teoria psicanalítica, o estágio de latência proporciona a dispersão da energia libi-
dinal para uma dimensão mais social, moral e cognitiva, e estende-se, aproximadamente, dos
cinco aos dez anos.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
( ) O indivíduo orienta sua atenção para muitos estímulos, sem identificar os mais im-
portantes.
( ) O indivíduo percebe não só que errou, mas onde errou.
( ) O indivíduo dedica sua atenção à outra atividade, como os movimentos e táticas do
adversário.
c) 2 – 1 – 3
d) 3 – 2 – 1
e) 1 – 3 – 2
( ) Há uma relação entre os conteúdos de duas ou mais disciplinas para abordar um tema
de maneira mais aprofundada.
( ) Um tema é abordado por diversas disciplinas sem uma relação direta entre elas.
( ) É uma abordagem mais complexa, em que a divisão por disciplinas, hoje implantada
nas escolas, deixa de existir.
a) A relevância social do conteúdo, o que implica compreender seu significado na reflexão pe-
dagógica da escola.
b) A hierarquização dos conteúdos, o que exige pré-requisitos, reforçando o etapismo.
c) A contemporaneidade do conteúdo, o que garante a seleção dos temas mais atuais.
d) A adequação do conteúdo às práticas sociais e à capacidade cognitiva do aluno.
e) A simultaneidade dos conteúdos, o que implica na apresentação dos conteúdos ao
mesmo tempo.
“O tema Pluralidade Cultural oferece aos alunos oportunidades de conhecimento de suas ori-
gens como brasileiros e como participantes de grupos culturais específicos”.
(BRASIL. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas Transversais:
Pluralidade Cultural. Brasília: MEC/ SEF, 1997, p. 137)
Assinale a alternativa que apresenta a capacidade a ser desenvolvida em sala de aula em uma
perspectiva de trabalho transdisciplinar e multicultural.
a) Compreender a desigualdade social como um problema que está presente em todos os ti-
pos de sociedade e, portanto, é uma realidade inábil de mudanças.
b) Reconhecer as qualidades da própria cultura como legítimas e dominantes em relação
às demais.
c) Perceber a diversidade étnica e cultural como um direito dos indivíduos e dos grupos que a
compõem, como um elemento importante na construção da democracia.
d) Compreender a pluralidade cultural como uma conquista da sociedade brasileira, em que as
questões étnicas e raciais já foram superadas devido aos processos emancipatórios.
e) Reconhecer no processo histórico formador da cultura brasileira, a cultura portuguesa como
aquela que contribuiu, de maneira exclusiva, para a construção da identidade brasileira.
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Assinale:
a) F, V e F.
b) V, F e F.
c) V, V e V.
d) F, V e V.
e) F, F e F.
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GABARITO
1. c 37. e
2. a 38. a
3. d 39. d
4. a 40. b
5. a 41. e
6. d 42. a
7. b 43. d
8. b 44. c
9. a 45. d
10. b 46. e
11. b 47. b
12. b 48. b
13. c 49. a
14. d 50. a
15. b
16. b
17. a
18. a
19. d
20. e
21. c
22. d
23. d
24. c
25. d
26. b
27. e
28. c
29. e
30. e
31. d
32. a
33. d
34. b
35. e
36. e
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GABARITO COMENTADO
001. (OMNI/PREFEITURA DE LENÇÓIS PAULISTA–SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMEN-
TAL/2021) Com base em Rousseau, assinale a alternativa que corresponde a aprendizagem:
a) A aprendizagem revela-se tradicional mediante submissão e reprodução dos padrões, trans-
missão, oratória.
b) A aprendizagem é o polo coadjuvante da relação pedagógica e deve estar a serviço da criança.
c) A aprendizagem pressupõe que o indivíduo detém em si mesmo a razão. A educação possi-
bilita o desenvolvimento do homem integral.
d) A aprendizagem é o núcleo relevante e operante da relação pedagógica.
O modelo básico de educação proposto por Rousseau para substituir a educação tradicional que,
em nome da civilização e do progresso, obriga os homens a desenvolverem na criança a formação
apenas do intelecto em detrimento da educação física, do caráter moral e da natureza própria de
cada indivíduo.
Letra c.
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O Racionalismo é uma corrente filosófica que atribui particular confiança à razão humana, ao
passo que acredita que é dela que se obtém os conhecimentos.
Saber de onde vinha o conhecimento era uma preocupação da Filosofia. A tentativa de respon-
der a essa questão resulta no aparecimento de pelo menos duas correntes filosóficas:
• Racionalismo, que do latim ratio significa “razão”;
• Empirismo, que do grego empeiria significa “experiência”.
A razão e o pensamento racionalista guiavam todos os desejos e as vontades iluministas. Os
pensadores pautavam suas reflexões nas temáticas relacionadas à sociedade e ao mundo na-
tural em que vivemos. A partir de então, começaram a pensar sobre as desigualdades sociais
e a composição de elementos naturais (como a água). Sobre as formas de governo, os pen-
sadores iluministas retomaram uma discussão dos filósofos gregos antigos, principalmente
Platão e Aristóteles.
Essa maneira, para o Iluminismo, a chave para decifrar tais indagações se encontrava na ca-
pacidade racionalizante do ser humano, ou seja, no racionalismo, e não na tradição e na reli-
gião. A razão iluminista era o caminho para as pessoas vencerem suas ignorâncias e medos
e construírem um mundo baseado na verdade, no progresso e na liberdade. Dessa maneira, a
razão permitiria alcançar a universalidade, a individualidade e a autonomia política e comercial
dentro do processo civilizatório criado pelos filósofos iluministas.
Letra a.
“A pedagogia crítico social dos conteúdos, atribui ao ensino o papel de proporcionar aos alu-
nos o domínio dos conhecimentos científicos para que possam formar uma consciência crítica
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A pedagogia Renovada se baseia na teoria educacional de Jonh Dewey é conhecida como Di-
dática da Escola nova ou Didática Ativa. O aluno é sujeito de sua aprendizagem, o professor é
apenas auxiliar que orienta e incentiva. Libâneo, Didática, pg. 68.
Letra a.
A educação popular é não formal critica toda educação sistematizada e baseia-se em temas
geradores a partir da realidade dos estudantes.
Letra a.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras
e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edi-
fícios e nos meios de transporte e de comunicação.
O termo “pessoa com deficiência” passou a substituir o termo “pessoa portadora de deficiên-
cia” com a promulgação, por meio do Decreto n. 6.949/2009, da Convenção Internacional so-
bre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova
York, em 30 de março de 2007.
Letra d.
III – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou
por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos,
que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade.
IV – confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou
por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia especí-
ficas, atendidas as especificações legais.
Estão corretas, APENAS, as categorias dispostas em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes categorias: (Regulamento)
(Regulamento)
I – particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por uma
ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características dos
incisos abaixo;
II – (Revogado)
II – (Revogado)
II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma
ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na
sua entidade mantenedora representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei n. 12.020, de 2009)
III – confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por
uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas e ao
disposto no inciso anterior;
IV – filantrópicas, na forma da lei.
Letra b.
Saviani, em “História das Ideias Pedagógicas no Brasil” ao dissertar sobre as reformas pom-
balinas, especificamente nas disposições relativas aos professores de gramática latina, publi-
cadas no Alvará de 28 de junho de 1759 (acerca da “reforma dos estudos menores”), escreve
texto extraído de tal documento:
Disposições relativas aos professores de gramática Latina: [...] ninguém poderá ensinar, nem públi-
ca nem particularmente, sem aprovação e licença do Diretor dos Estudos, sendo que a concessão
dependerá de da aprovação em exame [...] (p. 84)
Ainda acerca dos exames para professores, outro trecho do livro afirma: “em 28 [de julho de
1759] [...] lançou primeiro EDITAL convocando os candidatos ao novo magistério a se apre-
sentarem para, após análise dos dados referentes à disciplina pretendida e, sendo o caso de
experiência anterior no magistério, serem submetidos à EXAME DE CAPACITAÇÃO E DE CO-
NHECIMENTOS correspondentes à disciplina escolhida (p.89).
Alude, ainda, que “no Brasil o primeiro CONCURSO para admissão de professores régios foi reali-
zado em Recife em 20 de março de 1760. E em 7 de maio do mesmo ano se realizaram exames
para professores régios de gramática latina no Rio de Janeiro. Não obstante a realização desses
exames, as nomeações demoravam a acontecer. [...] em 1965 ainda não havia sido nomeado ne-
nhum professor público no Brasil, embora o concurso já houvesse acontecido há 5 anos (p.89)”.
Letra b.
a) os cognitivos e os comportamentais.
b) longitudinal e o transversal.
c) o alfa e o beta.
d) a mantenedores e a conservadores.
Patto, em sua obra “A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia”, faz
uma denúncia de como as diversas teorias, especialmente a da Privação Cultural, culpabilizam
a criança pobre e sua família pelo problema do não aprender.
Letra c.
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( ) Há uma marcha para o equilíbrio, com bases biológicas, que começa no período sen-
sório-motor, com a construção de esquemas de ação, e chega às ações interiorizadas,
isto é, efetuadas mentalmente.
( ) A peculiaridade da teoria piagetiana é pensar a interação pela perspectiva da ética
(igualdade, respeito mútuo, liberdade, direitos humanos).
( ) Para Piaget, ser coercitivo ou cooperativo não depende de uma atitude moral, visto que
a democracia não é condição para o desenvolvimento da personalidade.
( V ) Há uma marcha para o equilíbrio, com bases biológicas, que começa no período sensó-
rio-motor, com a construção de esquemas de ação, e chega às ações interiorizadas, isto é,
efetuadas mentalmente.
( V ) A peculiaridade da teoria piagetiana é pensar a interação pela perspectiva da ética (igual-
dade, respeito mútuo, liberdade, direitos humanos).
( F ) Para Piaget, ser coercitivo ou cooperativo não depende de uma atitude moral, visto que a
democracia não é condição para o desenvolvimento da personalidade.
Letra a.
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I – Errado. As atuais estruturas da sociedade exigem um padrão educacional que esteja vol-
tado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades, a fim de que
os alunos possam fundamentalmente desassimilar e ignorar a realidade do contexto social
comprometido com as constantes mudanças.
II – Errado. A educação destina-se a múltiplos sujeitos e tem como objetivo a troca de sabe-
res, a socialização e o confronto do conhecimento, segundo diferentes abordagens, exercidas
exclusivamente por profissionais habilitados em cursos de licenciatura e com especialização
em áreas científicas.
III – Errado. Vygotsky afirmava que a prática educativa possibilita e permite à criança aprendiz
envolver-se nas atividades de forma independente apenas quando não dispunha da ajuda de
outros indivíduos.
Letra a.
Obs.: O crescimento físico quer dizer o desenvolvimento, ou seja, um bebê não consegue
fazer coisas que uma criança de três anos faz, por isso, precisa do crescimento físico.
Sensório-Motor (0 a 2 anos)
• Interação sujeito meio
• Atividade Intelectual de natureza sensório-motora
• Inteligência prática
• Grande conquista: desenvolvimento da noção de permanência do objeto
Letra e.
( ) O indivíduo apreende o mundo por meio da atuação com o meio e com os outros se-
res. É através do contato com a cultura pré-concebida que o pensamento se constitui,
é estabelecida uma troca mútua entre o sujeito e o meio e realiza-se uma experiência
pessoalmente significativa.
( ) As ideias são instrumentos para solucionar problemas da vida prática. O conhecimento,
portanto, só é relevante se estiver conectado a um contexto social e a dúvida e a inqui-
rição são desenvolvidas em um contexto prática, sem isolar o conhecimento da ação.
( ) A busca pelo conhecimento se dá para suprir a necessidade de compreender o mundo,
o que traz a sensação de equilíbrio e bem-estar para os sujeitos. Esse processo de com-
preensão é feito através da assimilação (reconhecer o que já faz parte de um repertório
familiar) e da acomodação (modificar conhecimentos prévios para adequar os novos).
(2) O indivíduo apreende o mundo por meio da atuação com o meio e com os outros seres. É atra-
vés do contato com a cultura pré-concebida que o pensamento se constitui, é estabelecida uma
troca mútua entre o sujeito e o meio e realiza-se uma experiência pessoalmente significativa.
(1) As ideias são instrumentos para solucionar problemas da vida prática. O conhecimento,
portanto, só é relevante se estiver conectado a um contexto social e a dúvida e a inquirição são
desenvolvidas em um contexto prática, sem isolar o conhecimento da ação.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
( ) O conhecimento se adquire por um processo de construção e não por absorção de in-
formações vindas do mundo exterior.
( ) O professor, mediador do processo de construção do conhecimento, encoraja seus alu-
nos a experimentar e a buscar respostas.
( ) Um conflito cognitivo pode desencadear um processo de equilibração, fundamental
para a construção das estruturas da inteligência.
O animismo (dar características humanas a objetos) é uma característica comum na fase pré-
-operatória (2 a 7 anos).
Letra d.
Para Vygotsky, existe uma interdependência entre pensamento e linguagem. Ele afirma que
sem a palavra não há conceito abstrato, pois ela é o signo mediador. Portanto, o desenvolvi-
mento do pensamento é determinado pela linguagem, ou seja, pelos instrumentos linguísticos
do pensamento e pela experiência sociocultural.
Vygotsky afirma que a linguagem possui duas funções básicas: intercâmbio social e pensa-
mento generalizante. A função de intercâmbio social é bem visível nos bebês, uma vez que
conseguem, por meio de gestos, expressões e sons, demonstrar seus sentimentos, desejos
e necessidades. A função de pensamento generalizante pode ser exemplificada quando fa-
lamos, por exemplo, a palavra boi. Independentemente de ter visto de perto algum boi ou de
comer ou não sua carne, nosso pensamento classifica tal palavra na categoria animais e nos
remete à sua imagem.
De acordo com Vygotsky, o pensamento está dividido em duas fases: pensamento pré-verbal
e pensamento verbal. Esse último, de acordo com o teórico, é o que diferencia a raça humana
dos demais animais. A fase pré-verbal é percebida em bebês e crianças que ainda não desen-
volveram a linguagem – falada ou não – e por isso não expressam com eficácia seus senti-
mentos, vontades e emoções. A partir do momento que o sujeito adquire a linguagem e passa
a fazer uso dela, o seu pensamento torna-se verbal. Após alcançar o pensamento verbal, o
sujeito conquista os instrumentos necessários à comunicação e expressão de ideias, desejos,
reflexões, emoções e vontades.
Quando o sujeito domina a linguagem, seu pensamento torna-se verbal e sua linguagem, inte-
lectual. Nesse momento, a comunicação acontece de maneira efetiva e o sujeito passa a inte-
ragir com a sociedade de maneira mais ativa e autônoma. É preciso que haja essa união entre
linguagem e pensamento para que o sujeito aprenda e se desenvolva, pois, para Vygotsky, a
relação entre os dois elementos apresentados neste artigo promove, junto a outros aspectos,
a internalização de processos mentais superiores. Vygotsky denominava a linguagem como
um instrumento simbólico.
Letra d.
( ) O professor deve educar com base nos aspectos intelectuais, morais e afetivos dos
alunos.
( ) O professor deve oferecer meios para que os alunos desenvolvam suas habilidades
com autonomia.
( ) O professor deve priorizar a transmissão dos conteúdos, sem considerar a individuali-
dade dos alunos.
(V) O professor deve educar com base nos aspectos intelectuais, morais e afetivos dos alunos.
Correto, é necessário propiciar o desenvolvimento integral dos alunos.
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(V) O professor deve oferecer meios para que os alunos desenvolvam suas habilidades com
autonomia. Correto, os alunos devem ser ativos no processo de aprendizagem.
(F) O professor deve priorizar a transmissão dos conteúdos, sem considerar a individualidade
dos alunos. Errado. A transmissão só pela transmissão remete ao ensino tradicional, no qual
os conteúdos são totalmente desvinculados da realidade do aluno, bem como não consideram
as individualidades e interesses destes.
Letra e.
Pré operatório: é a fase de imitações, a fase simbólica, dos “por quê?” do egocentrismo, a crian-
ça não consegue se pôr no lugar da outra.
Letra e.
O uso do registro nas escolas é frequentemente aplicado para acompanhamento dos progres-
sos dos alunos e para analisar a prática pedagógica. Com esse instrumento há a possibilidade
de analisar os conhecimentos, limites e possibilidades dos envolvidos. É possível saber se o
planejamento e as intervenções são os mais adequados. A boa prática, aquela que permite
avançar para estágios cada vez mais elevados no desenvolvimento profissional, é a prática
reflexiva. Para isso, registros sobre aspectos ocorridos em classe alimentam a reflexão. Essa
documentação transforma experiências e impressões, ou seja, realidades nem sempre de fácil
acesso ao docente, em algo visível e que suporta uma análise. Este recurso pode ser usado em
benefício do trabalho pedagógico. Os registros são maneiras de não deixar passar elementos
que chamaram a atenção na dinâmica da aula, como observações sobre o desenvolvimento
das propostas, a adequação delas ao planejamento e o alcance dos objetivos. Assim, esse
instrumento metodológico favoreceria o processo de ensino e aprendizagem ao fornecer infor-
mações sobre os progressos e dificuldades do aluno frente a cada uma das atividades desen-
volvidas, de maneira que a professora pudesse analisar e promover mudanças em sua prática,
a fim de alcançar os objetivos educacionais estabelecidos.
Letra a.
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Aprendizagem e o desenvolvimento não coincidem inteiramente, mas são dois processos que
estão em complexas inter-relações. De acordo com Vigotski (2000, p.303).
Letra d.
d) daquilo que a criança efetivamente já aprendeu e daquilo que a criança poderá aprender
na interação com outra criança de seu grupo social que se encontra no mesmo nível de
desenvolvimento;
e) das ações, em resposta a um problema, que o indivíduo realiza de maneira independente e
das ações, em resposta a um problema, que o indivíduo realiza sob a orientação de um adulto
ou em colaboração com companheiros mais capazes.
I – Certo. Para Rogers, o objetivo da educação é propiciar uma aprendizagem significante, que
não se circunscreve a uma acumulação de informações.
• Rogers sustenta que o organismo humano, assim como todos os outros (incluindo as
plantas), possui uma tendência a atualização, tendo como fim a autonomia. Esta é a
única força motriz dos seres vivos. No caso dos seres humanos, está atualização gerou
as sociedades e a cultura.
II – Certo. Com base na teoria rogeriana, o foco do processo ensinoaprendizagem é o aluno.
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• Para Carl Rogers, fundador da terapia não-diretiva, a tarefa do professor é liberar o cami-
nho para que o estudante aprenda o que quiser, conduzido a seu modo.
III – Certo. Para a teoria psicanalítica, o estágio de latência proporciona a dispersão da energia
libidinal para uma dimensão mais social, moral e cognitiva, e estende-se, aproximadamente,
dos cinco aos dez anos
• Freud: A fase de latência está localizada entre as fases fálica e genital, ou ainda entre
a organização sexual infantil e adulta, corresponde a um aumento gradual no tempo de
espera pela satisfação dos desejos da criança, aprendendo com as frustrações. Com-
preende entre os seis e dez anos de idade
• A corrente de Rogers ficou conhecida com humanista, baseando-se numa visão otimista
do homem.
Letra e.
As operações formais são baseadas nas hipóteses e não mais nos objetos, o pensamento
combinatório começa a se formar.
Letra e.
( ) O indivíduo orienta sua atenção para muitos estímulos, sem identificar os mais impor-
tantes.
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( ) Há uma relação entre os conteúdos de duas ou mais disciplinas para abordar um tema
de maneira mais aprofundada.
( ) Um tema é abordado por diversas disciplinas sem uma relação direta entre elas.
( ) É uma abordagem mais complexa, em que a divisão por disciplinas, hoje implantada
nas escolas, deixa de existir.
a) A relevância social do conteúdo, o que implica compreender seu significado na reflexão pe-
dagógica da escola.
b) A hierarquização dos conteúdos, o que exige pré-requisitos, reforçando o etapismo.
c) A contemporaneidade do conteúdo, o que garante a seleção dos temas mais atuais.
d) A adequação do conteúdo às práticas sociais e à capacidade cognitiva do aluno.
e) A simultaneidade dos conteúdos, o que implica na apresentação dos conteúdos ao
mesmo tempo.
Sobre a abordagem das professoras a respeito das relações entre as disciplinas, assinale a
afirmativa correta.
a) As duas professoras apresentam uma organização multidisciplinar dos conteúdos.
b) Kátia apresenta uma abordagem interdisciplinar e Lúcia apresenta uma abordagem multi-
disciplinar dos conteúdos.
c) As duas professoras apresentam uma organização interdisciplinar dos conteúdos.
d) Kátia apresenta uma abordagem multidisciplinar e Lúcia apresenta uma abordagem inter-
disciplinar dos conteúdos.
e) Kátia apresenta uma abordagem interdisciplinar e Lúcia apresenta uma abordagem trans-
disciplinar dos conteúdos.
“Reconhecer a diferença cultural na sociedade e na escola traz como primeira implicação, para
a prática pedagógica, o abandono de uma perspectiva monocultural.”
(MOREIRA, Antonio F. Barbosa. Currículo, diferença cultural e diálogo. Revista Educação & So-
ciedade, ano XXIII, n. 79. Agosto/2002, p.25)
Letra c.
Assinale:
a) F, V e F.
b) V, F e F.
c) V, V e V.
d) F, V e V.
e) F, F e F.
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A interdisciplinaridade teve sua gênese no fim do século XIX e emergiu pela necessidade de
oferecer uma resposta a fragmentação gerada pela concepção positivista, pois, as ciências
foram fragmentadas surgindo, diversas disciplinas. Diante desse contexto, é correto afirmar
sobre interdisciplinaridade, que: A interdisciplinaridade visa garantir a construção de conheci-
mentos que rompam as fronteiras entre as disciplinas, buscando envolvimento, compromisso
e reciprocidade diante dos conhecimentos.
Letra a.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
uma analogia entre os conhecimentos teóricos e as questões que envolvem a vida real. Desta
forma, julgue as afirmativas abaixo:
I – A transversalidade constitui um meio de abordar o conhecimento buscando a reintegração
de procedimentos acadêmicos que ficam isolados entre as disciplinas.
II – A abordagem transversal orienta-se exclusivamente das vivências educacionais dos
estudantes.
III – A transversalidade apresenta como epicentro educativo a proposta de uma educação par-
cialmente comprometida com a cidadania.
IV – O princípio da transversalidade vai além da concepção das disciplinas e estabelece um
eixo comunicativo entre elas.
Marque a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas, I e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas, II, III, e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas, I e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas, II e IV estão corretas.
Gustavo Silva
Professor da SEDF. Professor de cursos para concursos e da rede privada. Formado em Letras – Português
com especialização em alfabetização e letramento.
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