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AULA #3

• PARTILHANDO
O TESOURO

O BOM SERVIÇO
LITÚRGICO PROF. MICHEL PAGIOSSI
IMERSÃO LITÚRGICA Prof. Michel Pagiossi Silva

A Liturgia
como Joia
da Igreja
por Michel Pagiossi Silva

De acordo com o Padre Reüs, "A liturgia é a A liturgia é também a glória da Igreja. Na
casa de ouro, de perfeita harmonia. É a glória sua prática e celebração, a Igreja se torna
da Igreja". Ela representa um novo mundo, um farol de luz, guiando os fiéis no
sendo a joia mais preciosa, o "diadema e o caminho da verdade e do amor divino. E
diamante" da Igreja. assim como a glória do céu é inatingível e
inescrutável, a liturgia, em sua beleza e
A liturgia, no entendimento do Padre complexidade, transcende o entendimento
Reüs, é muito mais do que uma série de humano. Ela não pode ser completamente
ritos e cerimônias; ela é a manifestação compreendida ou definida; em vez disso,
sublime e tangível da divindade na vida da deve ser vivida e experimentada.
Igreja. Como uma casa de ouro, ela é o
lugar onde a riqueza insondável de Deus é Além disso, a liturgia é o "diadema e o
apresentada ao mundo, e onde os fiéis se diamante" da Igreja. Como um diadema,
reúnem para celebrar e adorar o seu ela coroa a Igreja, adornando-a com a
Criador. Nesta casa, cada palavra majestade de Deus e destacando sua
pronunciada, cada gesto realizado, cada dignidade e importância na obra de
canto entoado, ressoa com uma harmonia salvação. Como um diamante, ela reflete a
que atesta a divindade de Deus e o Seu luz de Deus em todas as direções, tocando
amor pela humanidade. cada aspecto da vida dos fiéis e iluminando
o caminho para o conhecimento e a
comunhão com Deus. Ela é, portanto, não
apenas um componente central da vida da
Igreja, mas também a joia mais preciosa
em sua coroa, um tesouro a ser
reverenciado e protegido.

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As Rubricas e o
Direito Litúrgico
Na liturgia, as fórmulas de oração são
especificadas por textos rubros,
conhecidos como rubricas. As rubricas um
roteiro detalhado para a celebração dos
sacramentos, proporcionando orientações
precisas para a oração e a conduta durante
a liturgia. Desde o tempo de Deus
revelando ao povo de Israel preceitos e
cerimônias específicas no Antigo
Testamento, a importância de diretrizes
claras na adoração foi reconhecida. Estas
instruções garantem que cada aspecto da
celebração litúrgica reflita a santidade do
Deus que é adorado, contribuindo para a
reverência, a dignidade e a beleza do culto
público.

Em uma escala maior, estes preceitos e


cerimônias constituem o Direito Litúrgico,
um corpo de leis e regulamentos que a
Igreja utiliza para estabelecer e regular o
culto público.

Este direito não é uma imposição


arbitrária, mas uma expressão do cuidado
pastoral da Igreja em salvaguardar a
pureza do culto e promover a participação
dos fiéis no mistério da salvação. Ele
abrange desde os detalhes das práticas
sacramentais até a disposição e o uso dos
espaços de culto, assegurando que todas as
coisas no culto divino apontem para Deus,
glorifiquem a Deus e conduzam as almas à
união mais profunda com Deus.

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Zelo pela Unidade


na Liturgia
O zelo pela unidade na liturgia é uma
expressão concreta do desejo da Igreja de
preservar a integridade de seu culto e de
proteger sua rica tradição litúrgica de
inovações imprudentes ou indisciplinadas.
A liturgia não é uma prática individualista,
mas uma celebração comunitária que
envolve a totalidade do Corpo de Cristo. É
por essa razão que a Igreja exige um alto
grau de uniformidade em sua liturgia, não
para sufocar a expressão criativa, mas
para garantir que a liturgia permaneça fiel
ao seu propósito: a glorificação de Deus e a
santificação dos fiéis. Contudo, é essencial compreender que o
zelo pela unidade não significa rejeição da
diversidade legítima dentro da tradição
litúrgica. Em sua sabedoria, a Igreja
reconhece a necessidade de exame e
adaptação cuidadosos dos costumes
litúrgicos para garantir que eles
permaneçam significativos e eficazes em
contextos culturais e temporais
específicos. Porém, quem define e legisla
sobre estas questões é o Magistério. Como
afirmado no documento "Redemptionis
Sacramentum", muitos abusos surgem da
ignorância em relação ao significado
profundo e à antiguidade de certos ritos e
costumes. Portanto, é crucial uma
formação litúrgica sólida que promova a
compreensão e o apreço pela riqueza da
tradição litúrgica, capacitando os fiéis a
participarem mais plenamente na liturgia
e a beneficiarem-se mais plenamente de
seus frutos espirituais.

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Cuidado e Rigor
na Celebração
O cuidado meticuloso em cada aspecto da
celebração litúrgica é um reflexo do
profundo respeito e reverência da Igreja
para com o mistério pascal. Cada
elemento, desde o espaço físico da
celebração até as vestimentas do
celebrante, passando pelos gestos,
palavras, e músicas, contribui para a
sacralidade da celebração e ajuda a
facilitar a participação dos fiéis no
mistério divino. É por isso que a
observância rigorosa das rubricas, as
instruções detalhadas para a realização da
liturgia, é tão importante. As rubricas não
são meras formalidades ou prescrições
arbitrárias; elas são guias práticas que
garantem a fidelidade da celebração
litúrgica à sua forma ritual estabelecida
pela Igreja. Essa atenção minuciosa à celebração da
liturgia não deve, contudo, ser vista como
uma restrição à expressão pessoal ou
comunitária da fé. Ao contrário, ela liberta
os fiéis para se concentrarem mais
plenamente no mistério divino que está
sendo celebrado, ao invés de serem
distraídos por variações desnecessárias ou
inovações impróprias. A observância das
rubricas não limita a experiência de
adoração; ela a aprofunda e a enriquece,
oferecendo uma estrutura dentro da qual a
graça de Deus pode fluir mais livremente.
Seguir as rubricas com cuidado e precisão
não é um ato de legalismo, mas uma
expressão de amor e respeito pelo mistério
pascal de Cristo.

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A Autoridade
Papal na Liturgia
A autoridade do Papa na liturgia é um
aspecto essencial da vida da Igreja. Como
Vigário de Cristo e Pastor da Igreja
Universal, o Papa possui a autoridade
suprema na Igreja, um poder conferido
diretamente por Cristo a Pedro, o primeiro
Papa, quando Ele disse: "Tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei minha Igreja"
(Mt 16,18). Em virtude deste ofício
divinamente conferido, o Papa tem o
direito e o dever de supervisionar e
regulamentar o culto litúrgico da Igreja,
para garantir que seja celebrado com
dignidade, reverência e fidelidade ao
Evangelho.

O Papa, no entanto, não exerce sua


autoridade na liturgia sozinho. Em seu
nome, a Congregação para o Culto Divino,
um dicastério da Cúria Romana, também
possui autoridade legislativa na liturgia,
sendo responsável pela promoção e
proteção da liturgia em toda a Igreja,
assistindo o Papa na regulação e
ordenação do culto divino. A Congregação
também é encarregada de considerar
questões relativas à doutrina litúrgica e à
disciplina sacramental, e de aprovar as
traduções litúrgicas, garantindo que
estejam em conformidade com os
originais latinos. Desta forma, a
autoridade papal na liturgia, exercida em
colaboração com esta Congregação,
assegura a unidade e a integridade do culto
divino em toda a Igreja Católica.

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A Arte de
Celebrar
A "ars celebrandi" é, em essência, a arte
de celebrar devidamente os ritos e
sacramentos da Igreja, assegurando que
cada aspecto da liturgia revele e honre o
mistério da Eucaristia. É uma arte que vai
além da mera conformidade com as
rubricas, exigindo dos ministros litúrgicos
uma compreensão profunda e um respeito
reverente pelo significado espiritual e
teológico inerente a cada gesto, palavra e
símbolo. Esta arte de celebrar não é uma
questão de expressão pessoal ou inovação,
mas de participar de forma digna e
apropriada na ação litúrgica da Igreja, que
é por sua vez uma participação na obra
redentora de Cristo.

Com efeito, o rito litúrgico, sendo em si


uma norma, serve à realidade superior que
se propõe a salvaguardar, ou seja, o
mistério de Cristo presente e atuante na
Eucaristia. Esta norma não deve ser vista
como um obstáculo à criatividade, mas
como uma estrutura que orienta e dá
forma à celebração, garantindo que ela
permaneça fiel à sua natureza
sacramental. A "ars celebrandi", portanto,
é uma arte que exige, acima de tudo,
fidelidade à essência do rito e
sensibilidade ao mistério que se busca
celebrar.

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Formação Litúrgica
Permanente
A formação litúrgica é um processo O compromisso com a formação é uma
contínuo e vitalício que exige um resposta ao chamado de Deus para uma
compromisso profundo tanto dos relação mais profunda e mais íntima com
ministros quanto de todos os batizados. Ele. Reconhece que nossa compreensão da
Não é uma mera acumulação de liturgia deve se aprofundar e se
conhecimento, mas uma jornada desenvolver ao longo de toda a nossa vida,
espiritual que envolve uma compreensão à medida que crescemos em nossa fé e em
cada vez mais profunda do mistério nosso relacionamento com Deus. Isso
celebrado, que sempre transcende nosso requer uma abertura contínua ao ensino
entendimento humano limitado. Tal da Igreja e uma disposição para ser
formação requer humildade - a disposição formado e transformado pela graça de
para admitir que nunca chegaremos a uma Deus em sua ação litúrgica. Nesse sentido,
compreensão completa dos mistérios de a formação litúrgica é mais do que uma
Deus, e que sempre há mais para aprender questão de aprendizagem; é uma questão
e explorar. É a humildade que abre espaço de conversão do coração, uma jornada de
para o assombro, para a reverência e a fé que nos leva mais profundamente ao
admiração que são respostas adequadas à mistério do amor de Deus revelado na
presença e à ação de Deus em nossas vidas. Sagrada Eucaristia.

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Salvaguardar o
Diadema da Eucaristia
Há um chamado ressoando ao longo dos Este chamado para salvaguardar a joia
séculos, um chamado para salvaguardar e preciosa da Eucaristia é um chamado para
fazer brilhar a preciosa joia da Eucaristia, cada um de nós. Somos convidados a nos
o diadema da Igreja. A Santa Missa, no unir a Cristo no Seu sacrifício, a mergulhar
cerne da fé católica, é o espaço sagrado no mistério eucarístico e a permitir que ele
onde os fiéis encontram-se com Deus, transforme nossas vidas. Este chamado é
oferecem a Ele sua devida glória, e são uma convocação para aprofundarmos
santificados através do sacrifício do Corpo nossa devoção e reverência à Eucaristia, a
e Sangue de Cristo. Este lugar de encontro fonte e o ápice da vida cristã. Enfrentamos
é um tesouro a ser desvendado, um desafio a missão de defender e exaltar a Santa
espiritual e uma meta a ser alcançada. É, Missa, para que seu brilho não seja
em muitos sentidos, uma nova Jerusalém, ofuscado, mas resplandeça em todo seu
a cidade santa que, como povo de Deus, esplendor, iluminando o caminho para a
estamos destinados a conquistar. nova Jerusalém, nossa casa eterna.

Em suas sábias palavras, Monsenhor


Fulton Sheen convida-nos a visualizar:

“o Sumo Sacerdote, Cristo, saindo da


sacristia do Céu para o altar do
Calvário. Ele já se revestiu da nossa
natureza humana, colocou no braço o
manípulo do nosso sofrimento, a estola
do sacerdote, a casula da Cruz. O
Calvário é a Sua Catedral; a rocha do
Calvário é a pedra do altar; o rubor do
sol poente a lâmpada do Santuário;
Maria e João são as imagens vivas dos
altares laterais; a Hóstia é o Corpo de
Jesus; o vinho o Seu sangue. Ele está de
pé, como sacerdote, e prostrado, como
vítima. A Sua Missa vai começar”.

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O Chamado
à Formação
A Santa Missa, em sua essência mais
profunda, é um encontro transformador
com Deus. Nela, a liturgia celeste desce até
nós, e nós somos elevados à comunhão
com Deus. Em cada celebração, nos
unimos a Cristo em Seu sacrifício redentor
e somos, assim, chamados a uma maior
santidade. Ao participarmos da Missa,
glorificamos a Deus e somos santificados
por Ele. É uma experiência sublime que
transcende o tempo e o espaço,
colocando-nos diante de uma "Jerusalém
a ser conquistada", um chamado à mais
plena comunhão com Deus.

Este chamado é estendido a todos nós,


independentemente de onde estejamos em
nossa jornada de fé. Cada Missa é uma
nova oportunidade para nos
aproximarmos de Deus e aprofundarmos
nosso entendimento e apreciação do
mistério eucarístico.

Assim, convidamos a todos para se juntar


a nós nesta jornada de fé e devoção. Com
humildade e reverência, vamos celebrar
juntos a Santa Missa, honrando o
grandioso mistério da Eucaristia.
Convidamos a todos para se juntar a nós
nessa jornada de fé e devoção, para juntos,
celebrarmos e honrarmos o grandioso
mistério da Eucaristia. Você virá conosco?

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